domingo, 20 de janeiro de 2013

ANP exigirá aumento de produção da Petrobrás em campos com queda.

Por Cláudia Schüffner
Leo Pinheiro/Valor
RIO - As exigências da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para aprovar o novo plano de desenvolvimento da produção do campo de Roncador, e um dos maiores produtores do país, deverão se repetir em outros da estatal que estão apresentando queda drástica da produção nos últimos dois anos.
 
No dia 7 de janeiro a ANP fez uma série de exigências à Petrobras para aprovar o novo plano de Roncador, um gigante descoberto em 1996 e que começou a produzir em 1999. Além de requerer estudos ainda este ano para a instalação de uma quinta FPSO na área, a ANP determinou a perfuração de três novos poços para avaliação de arenitos e carbonatos, mais quatro poços produtores e um número não determinado de poços para aumentar a injeção de água. 
Além de Roncador, um dos maiores campos da Petrobras (com uma área de 400 quilômetros quadrados) a ANP também está insatisfeita com a queda drástica da produção dos campos de Marlim, Marlim Sul, Caratinga, Albacora, Albacora Leste, Caratinga e Espadarte, só para citar alguns na Bacia de Campos. 
 
Uma fonte da ANP ouvida pelo Valor PRO lembrou  que as exigências são uma prerrogativa da agência. "O objetivo é que esses campos grandes e ainda longe de atingir seu pico de produção, se mantenham perto do que se imagina que seja uma curva de produção condizente", explicou a fonte. "E em Roncador chamava a atenção a redução da produção em um horizonte que nem de longe estava perto do pico de produção".
 
A agência reguladora também quer que a  Petrobras mantenha em Roncador a FPSO Brasil, "uma vez que resta clara a necessidade de mais do que as quatro plataformas previstas [para o desenvolvimento da produção]" e determinou ainda a instalação de um novo manifold de gás lift (conjunto de válvulas que controla a injeção de gás em cada poço) para maximizar a produção da plataforma P-52 até dezembro de 2014.
 
Atualmente as plataformas instaladas em poços de Roncador são a P-54, P-62, P-52, além da FPSO Brasil. Uma quinta unidade, a FPSO-55, está sendo construída no Brasil, com entrada em operação prevista para setembro de 2013. Os investimentos necessários devem ser da ordem de bilhões de dólares.
 
A queda da produção de petróleo do país tem efeitos sobre segurança energética e a balança comercial do país, sem considerar a perda de receita da Petrobras. Segundo um estudo da Bradesco Corretora publicado pelo Valor , a taxa de declínio da produção do país, onde a Petrobras opera 91% da produção, foi de 40% entre agosto de 2011 e agosto de 2012. Em volume, a queda representou uma perda de 679 mil barris de petróleo por dia.

Valor Econômico

Mudança traz mais estrangeiros a Jundiaí - Brasil :

Projeta flexibilização de regras para Imigração de especialistas e cidade é um dos alvos.




JOSÉ ARNALDO DE OLIVEIRA
arnaldo.oliveira@bomdiajundiai.com.br

Os estudos do governo federal para facilitar a entrada no Brasil de profissionais qualificados de outros países deve ter reflexos em Jundiaí, na opinião de diversos analistas.
“Não temos tempo hábil para formar a atual demanda de mão de obra, principalmente das nossas indústrias. Temos que aproveitar a oferta que existe em países que enfrentam dificuldades”, afirma o presidente do Ciesp Jundiaí (Centro das Indústrias do Estado), Mauritius Reisky.
Entretanto, ele destaca que a medida deve ser limitada e não criar concorrência com os postos de trabalho existentes, processo chamado de “canibalização” do mercado.

Um dos motivos da atenção é que a AUJ (Aglomeração Urbana de Jundiaí) é um dos atuais polos econômicos do país e também de sua globalização. Na região do Ciesp, formada por 11 cidades, há empresas de 30 países e apenas no município são 22 nacionalidades (veja quadro na página 3).
Investimento / O economista Everton Ubirajara Araújo da Silva (Baiano) avalia que o baixo crescimento do ano passado no PIB (Produto Interno Bruto) mostra que o consumo interno não puxa sozinho a economia.
“A mão de obra deixou de ser um gasto e já é tratada como investimento, porque os demais dependem dele”, explica.
 
Para ele, o risco está em repetir erros do passado. O avanço de empresas acaba gerando novas demandas de competitividade em toda a sua cadeia produtiva.
“Vamos precisar de um trabalho de melhoria da educação como um todo para evitar que essa concorrência do momento vire algo permanente”, diz.

Análise de dados / Na administração pública, o assunto já começa a ser estudado. Para Gilson Pichioli, diretor de fomento industrial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, um levantamento da situação atual é imprescindível para o debate de políticas adequadas em um novo cenário.
“Esse tema da mão de obra não é um desafio recente, tanto que as empresas investem em treinamentos da mão de obra que chega de cidades vizinhas. Mas vamos detalhar melhor com a chegada do novo secretário, no dia 21”, afirma sobre o titular, Marcelo Cereser, que já tinha compromisso internacional antes de iniciar o governo do prefeito Pedro Bigardi.

Para o setor privado, até lentidão de programas governamentais como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tem entre causas a falta da mão de obra qualificada.
Núcleo ligado à Presidência cuida de estudos finais

As propostas de flexibilização para estrangeiros qualificados, com anúncio previsto para março, estão sendo discutidas no Projeto Imigração, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. De acordo com nota do órgão, os estrangeiros chegaram a 7,3% da população em 1900 e equivalem a apenas 0,3% em 2012, uma das taxas mais baixas do continente americano.

Para o economista Everton Araújo da Silva (Baiano), essa analogia deve reforçar ainda mais a necessidade da qualificação educacional do país. “E, com isso, uma disputa mais valorizada da mão de obra nacional”, diz ao lembrar o programa Ciência sem Fronteiras, que pretende destinar 100 mil bolsas de estudo de brasileiros o exterior em dez anos.  Jundiaí teve primeira onda com a ferrovia

Formada pela base de povos ibéricos, indígenas e africanos entre os séculos 16 e 19, a cidade recebe na segunda metade dos anos 1800 o “know-how” dos ingleses com a ferrovia e até máquinas têxteis. Na época, o governo investiu mais em imigração do que em educação dos nativos.
Indústria vai investir R$ 100 mi até 2015

Dados do Ciesp Jundiaí mostram que o sistema Sesi-Senai (que inclui a rede de escolas e cursos do setor na região) prevê receber R$ 100 milhões em recursos nos próximos três anos, a maior parte para educação de base.

www.terra.com.br

Por que queremos Imigrantes ?

O Brasil já foi, no fim do século 19 e início do século 20, um país amplamente receptivo a todos os tipos de imigrantes. Italianos, espanhóis, alemães, japoneses, coreanos, africanos, judeus e árabes, grupos originários de todas as partes do mundo desembarcaram por aqui em busca de nova vida.

Criaram raízes, construíram riquezas, desenvolveram empresas, trouxeram ao Brasil novas ideias, experiências de vida e formas de lidar com o trabalho. E, sobretudo, deram a cara que a nação tem hoje. Ao longo de um século, no entanto, o país perdeu sua capacidade de atração de estrangeiros.
Em 1900, o total de imigrantes como proporção da população brasileira correspondia a 7,3%. Desde então, esse porcentual vem declinando: passou a 5,2% já em 1920 e, no fim do século, em 2000, atingiu 0,4%. Os últimos dados do IBGE indicam que, em 2010, a participação era de 0,3%.

O Brasil deve aos imigrantes, por exemplo, a transformação da USP na maior e mais reconhecida universidade da América Latina, como parte de uma bem-sucedida política migratória no início do século 20. Os europeus trouxeram para o Brasil novos métodos, técnicas e conhecimentos que foram fundamentais para o desenvolvimento da universidade — o mais lembrado, até hoje desses pesquisadores é Claude Lévi-Strauss, fundamental nas primeiras décadas de existência da USP.

Da mesma forma que no início do século, atrair trabalhadores estrangeiros e facilitar sua entrada e fixação em terras brasileiras significaria suprir uma lacuna em várias áreas que não dispõem de profissionais em quantidade e na qualidade que o país necessita para desenvolver-se, especialmente nos segmentos ligados a serviços de engenharia. Calcula-se que o Brasil forme, hoje, cerca de 40 mil engenheiros por ano, ante uma demanda de 60 mil profissionais.

Para os países de origem desses trabalhadores, a transferência para terras brasileiras também seria benéfica, pois o Brasil utilizará seus conhecimentos enquanto vai investindo para criar uma geração nova de engenheiros, e o trabalhador voltará depois ao país de origem com mais experiência. Significaria dar a profissionais capacitados uma chance que não conseguem oferecer em seus mercados de trabalho domésticos — casos de Portugal e Espanha, que enfrentam altos índices de desemprego.

O país também poderia atrair mais estudantes. Em países como os Estados Unidos, é comum os alunos aproveitarem as férias de verão para buscar trabalhos que lhes permitam ganhar experiência e adquirir conhecimento, os chamados summer jobs. Dados do Relatório de Talentos da BRAiN indicam que, para cada mil habitantes, menos de um estudante entra ou sai do país. Nos Estados Unidos, esse índice é de 2,2 estudantes; na Coreia do Sul, de três, e na Austrália, campeã mundial de intercâmbio, de sete estudantes.

Um trabalho para o aprimoramento da política brasileira de imigração vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, em parceria com a Brasil Investimentos & Negócios (BRAiN). O grupo vai avaliar, entre outros aspectos, o fluxo imigratório no Brasil, o potencial de atração do país, as vantagens e desvantagens, assim como os impactos que uma política de imigração para trabalhadores qualificados e não qualificados podem ter sobre o desenvolvimento nacional.
Robert John Dijk
(Diretor estatutário da Brasil Investimentos & Negócios – BRAiN)
(SAE – 16/01/2013)

sábado, 19 de janeiro de 2013

Indústria nacional terá prioridade nas obras do PAC

 

Pelo menos 80% dos produtos manufaturados utilizados em obras de mobilidade urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e 100% dos serviços contratados deverão ser nacionais. O percentual, definido por decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União da última terça-feira, tem por objetivo estimular o desenvolvimento da matriz industrial brasileira e do setor de serviços.

“O que está sendo feito no Brasil é o mesmo que fazem os países desenvolvidos: utilizar o poder de compra dos governos para estimular a indústria e o setor de serviços”, afirma a secretária de Desenvolvimento da Produção do MDIC, Heloísa Menezes. Outra medida já adota pelo governo federal com o mesmo objetivo é a adoção da margem de preferência nas compras governamentais, que permite o pagamento de até 25% a mais por produtos nacionais nas compras feitas pelo governo.

A obrigatoriedade nacional para serviços e produtos em obras do PAC deve ser descrita nos editais de licitação e contratos de execução das obras. Entre os produtos manufaturados que fazem parte do decreto estão materiais rodantes e sistemas embarcados, sistemas funcionais e de infraestrutura de vias e sistemas auxiliares de plataformas, estações e oficinas. Dentre os serviços estão os de engenharia, de arquitetura, de planejamento urbano e paisagismo.

A mobilidade urbana foi escolhida por ter um grande potencial de aquisição de produtos importados, de acordo com a Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento. , Esther Dweck. “Quando vimos essa possibilidade, e como tem um aporte de recursos do governo muito forte, constatamos que precisávamos de alguma maneira garantir que esses investimentos fossem para própria economia brasileira”, disse Esther Dweck, chefe da Assessoria. O orçamento previsto para as obras no setor é de R$ 32 bilhões.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC

Você sabe o que é Pegada Hídrica?





Não se trata de um frisson na banheira ou de uma sorrateira enchente que te pega de surpresa numa rua qualquer. Em tempos anunciados de escassez da água, você não comprará nem um cafezinho, roupa ou carro, sem verificar antes os valores da pegada hídrica embutidos neles.

Esse indicador de sustentabilidade influenciará, como nunca, o modo de fazer negócios, como os países vão produzir e a forma do nosso próprio consumo. A água se tornará, literalmente, uma espécie de joia transparente.

O cenário é preocupante. A população mundial avança a casa dos 7 bilhões sedenta pelo consumo. Por outro lado, as cidades crescem desordenadas e o aumento da poluição é uma triste realidade.
Apenas 2% de toda a água do planeta é disponível para consumo. O restante é água salgada ou está inacessível para uso.  70% da água potável utilizada vai para a agricultura.

Pensando nisso, o conceito de Pegada Hídrica foi criado pelo professor holandês  Arjen Y. Hoekstra como uma espécie de Raio-X hídrico. Trata-se de um indicador da quantidade usada de água doce em todo o processo produtivo de bens ou serviços, desde a matéria-prima até chegar às mãos do consumidor final.  No caso do feijão, por exemplo, leva em conta a água da irrigação, do fertilizante, do descarte, transporte e até da evaporação.

Para esclarecer as fontes de uso, a água foi classificada por diferentes cores. Verde, quando a água da chuva evapora ou é incorporada em um produto durante a sua produção. Azul, que calcula as águas superficiais ou subterrâneas que evaporam ou são incorporadas em produtos. Cinza, quando mede o volume de água necessário para diluir a poluição gerada durante o processo produtivo.

Os cálculos são assustadores. Segundo a organização internacional Waterfootprint, somente para a produção de um único litro de leite são utilizados cerca de mil litros de água. Uma xícara de cafezinho? 140 litros.  Vestir uma calça jeans? Gasta 10 mil litros de água. Um quilo de arroz? 2.500 litros de água. Para produzir carne, o número é ainda maior: um quilinho absorve 15.400 litros de água.

A metodologia é capaz de monitorar o impacto humano sobre o meio ambiente. É possível, por exemplo, calcular a água, implícita e explícita, contida num único produto, num processo, setor, individuo, cidades, até mesmo nações e todo o planeta.

Em busca de processos mais econômicos e corretos, sem desperdícios e poluição, cientistas, empresas e governos já discutem a norma ambiental ISO14046 prevista para 2013/2014, que certifica os procedimentos da Pegada Hídrica nos processos de produção.

O governo brasileiro terá um importante papel na elaboração das leis para melhor gestão dos recursos hídricos. Aliás, o Brasil tem muito a fazer. Está em 4° lugar entre os maiores consumidores de água do mundo, segundo estudo americano da Hoekstra publicado na revista National Academy of Sciences (PNAS).

A população também pode ajudar muito a combater a escassez do precioso líquido. Comprar produtos cujo ciclo produtivo envolva menor quantidade de água será a nova onda verde.
E você pode fazer mais. Estudos apontam que os hábitos alimentares absorvem grande parte da água consumida por um indivíduo. Assim, a escolha por uma dieta equilibrada com baixo teor de gordura, açúcar e carne vermelha contribui significativamente com a diminuição da Pegada Hídrica.

Outra prática que ajuda é o uso moderado da água durante atividades domésticas, tais como: limpeza da casa, lavagem de calçadas e automóveis, irrigação de plantas, higiene pessoal, preparo dos alimentos, entre outros.

Enfim, muita água ainda vai rolar debaixo da ponte se aplicarmos uma velha fórmula bem simples: se poupar, não vai faltar.

Mônica Martins é jornalista e cronista

 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

HIGHLIGHTS SOBRE A CHINA - Diferenças Culturais




Respeitar a face do outro

“Dar face” significa o cuidado consciente de fazer algo que aumente habilmente a reputação ou o prestígio da outra pessoa. Elogiar um trabalhador para o superior dele e reconhecer publicamente os esforços de alguém são formas básicas de “dar face” ou prestígio a alguém.
Esses gestos vindos de um ocidental, tem um peso muito significativo para os chineses e serão profundamente apreciados e lembrados.

Dicas de “dar face” para um chinês:
  1. Elogiando sua competência ou suas realizações em público.
  2. Saindo da sua rotina para ajudá-lo.
  3. Tratando-o pelo título honorífico em vez de simplesmente por Sr. ou Sra.
  4. Convidando-o a um banquete.
  5. Cedendo-lhe um assento de honra.
  6. Dando-lhe um presente (desde que não seja um relógio, pois o som dessa palavra remete à morte= final de vida).
  7. Fazer um favor a um estrangeiro que lhe foi apresentado por um amigo é algo que confere mien tzi para o amigo que fez a apresentação.
O relacionamento com os chineses é criado lentamente e com cautela, porque, uma vez criado, é difícil ser rompido.

Outras diferenças entre chineses e ocidentais:
  • Estilos de comunicação: os chineses tendem a ser passivos e polidos na comunicação.
Os ocidentais, contudo consideram os chineses evasivos e submissos na forma de se comunicar.  Franqueza sem sutileza e sensibilidade é grosseria. Não peça o feedback deles.
  •  Importância de saber escutar ativamente: uma das características comuns da cultura asiática, como um todo, é que as más notícias ou assuntos espinhosos não costumam ser discutidos diretamente, objetivamente. Os chineses não gostam se sentem confortáveis levantando certos assuntos que possam gerar conflitos e quebra de harmonia no relacionamento.
Quando um chinês diz “sim”, isso não quer dizer que ele concorda com você,  mas simplesmente que está prestando atenção no que você está dizendo. Nunca pressuponha nada que não tenha sido sensorialmente, expresso ou         escrito. E, tudo o que foi dito pelos chineses e registrado por você, nos encontros, deve ser detalhado no contrato final do acordo.
  •  Iniciativas e decisões: Em geral eles procuram evitar tomar iniciativas nas suas atividades profissionais. Todas as novas situações são encaradas como complexas e repletas de riscos que podem trazer instabilidade ou quebra de harmonia.
Qualquer mudança significa novos riscos e responsabilidades. E essas duas coisas os chineses não assumem claramente.
Os ocidentais tendem a ver seus pares chineses como irresponsáveis, porque  fogem dos problemas e não fazem o que “obviamente” precisa ser feito enquanto não forem forçados a isso.
  •  Respeito pela autoridade: para os chineses cumprir suas obrigações por meio da obediência e do respeito total à autoridade formal. Eles se consideram fiéis defensores dos protocolos corretos de conduta interpessoal.
Obedecer é mais importante do que ser proativo.
  • Tratamento das informações: os chineses são considerados crentes em estatísticas e outros dados de “pesquisas”, que são, geralmente, aceitos, sem críticas, como verdades, especialmente se a fonte vier de uma autoridade reconhecida ou do governo. Eles se consideram analistas realistas.
A maioria dos executivos chineses acredita mais na confiança do que nos   contratos.
“Palavra é a sua reputação” e “cumprir com a palavra dada é a maior virtude moral”. Os chineses dão mais valor à confiança, evitando os conflitos e  processos legais.

MAIS DICAS.

Cuidados com reuniões e agendas:
  1. Atrasar-se num compromisso agendado é considerada uma ofensa séria.
  2. Antes de agendar suas reuniões, procure verificar as datas festivas da China. Elas são poucas, mas longas.
  3. Antes de cada reunião, planeje bem as conversas informais e os tópicos e alternativas da conversa.  Um conhecimento da cultura e da história chinesa é essencial, e seus anfitriões poderão apreciar sua iniciativa.
  4. Evite respostas negativas diretas, e jamais demonstre irritação ou impaciência durante as negociações.
  5. É importante saber falar um pouco a língua chinesa.
  6. Durante as refeições, demonstre entusiasmo e apreciação pelos pratos servidos.
Assuntos favoráveis para uma conversa informal:
  1. Cenários e lugares turísticos da China
  2. Tempo, clima e geografia
  3. Arte e filosofia chinesa.
Antes de aceitar um convite de chineses, você deve declinar, polidamente, umas três vezes. Quando eles realmente tem a intenção de convidá-lo eles irão insistir e aceitar no primeiro é considerado falta de educação.
Na China,  ficar em silêncio ou balançar a cabeça afirmativamente, como se dissesse “sim”não significa concordância; é apenas um sinal educado, neutro, de que você está sendo ouvido, que você é aceito e respeitado. O silêncio pode até significar discordância e é mais usado que nas reuniões ocidentais. Diferentemente da cultura brasileira, a chinesa não valoriza os conceitos de transparência ou de espontaneidade, considerados grosserias que sempre perturbam a harmonia da situação.
A harmonia interpessoal é mais valorizada que a sinceridade.
Geralmente os chineses não costumam abrir os presentes na frente de quem os presenteou.

Os chineses são supersticiosos com números:
  • Shi (quatro) soa como “morte” em chinês. Nunca dê nada com  4 unidades. Eles não tem o 4º andar.
  • Liu(seis) representa “sorte, progresso sem problemas” ;
  • Ba(oito) soa como Fa (prosperidade) e é um número considerado de muita sorte.
  • Tjou (nove) representa longevidade. A Cidade Proibida foi projetada com 999 mil quartos, e todas as escadas tinham ou 9 degraus ou qualquer número divisível por 9.
  • Shin Shan (treze), significa azar, assim como no ocidente.
  • As combinações de números são consideradas significantes: Shi Ba Liu (186) soa como viver para sempre. Wu Jiu Ba(598) é similar a “minha prosperidade dura para sempre”.
  • 73 representa funeral e 84 significa acidente, devendo ser evitados, portanto.
MAIS DICAS NA ÁREA COMERCIAL
  • Geralmente, os chineses tratam as informações de estrangeiros com desconfiança.
  • Deve-se ter um bom plano de apresentação e estar preparado com os recursos adequados para lidar com objeções e conflitos.
  • Prepare-se para fazer, possivelmente, várias apresentações para vários grupos diferentes.
  • Tenha seu material bem traduzido e com quantidade de cópias suficiente.
  • Não se esqueça de que regras políticas do regime comunista podem ter importância fundamental nas decisões dos chineses. Evidências, fatos e perspectivas só serão aceitos se não conflitarem com a doutrina comunista e os valores políticos dos negociadores.
  • Os valores coletivistas permeiam os argumentos e a retórica das negociações, mas os recursos individualistas, como estratégias e manobras de guerra, serão usados contra você.
  • Apresente seu cartão de visitas sempre com as duas mãos, principalmente para os executivos mais velhos ou o líder do grupo.
  • Ao receber um cartão, preste atenção e leia-o por alguns instantes; depois o coloque com cuidado sobre a mesa à sua frente. Não ler o cartão recebido é demonstração de desprezo ou de indiferença.
  • No protocolo chinês, o líder da equipe deve ser o primeiro a entrar na sala, seguido dos outros membros, em ordem hierárquica. O primeiro que entrar na sala será considerado pelos chineses como o líder do seu grupo.
  • Durante a reunião, somente os líderes tem o direito de falar e discutir. Qualquer interrupção por outro membro do grupo é falta de decoro profissional.
  • Na cultura chinesa, a humildade é uma virtude. Convêm não exagerar nas próprias vantagens ou méritos; primeiro porque soará arrogante, segundo, porque tudo será investigado depois.
  • Os chineses são mestres em estender o período de negociação para obter vantagens sobre você. E podem, na última hora, antes de sua partida do país, renegociar tudo que foi acertado.
  • A paciência será a sua maior arma. Não demonstre suas emoções, previna-se contra esses atrasos e pressões e, principalmente, nunca mencione seu prazo limite.
  • Os chineses, em geral, negociam em mesas redondas, com o líder sentado sempre de frente para a porta de entrada.
  • Eles seguem basicamente três etapas para conhecer um estrangeiro: 1. Conhecer seu nome (raízes familiares, posição hierárquica); 2. Conhecer seu rosto (feições e expressões) 3. Conhecer seu coração (atitudes e recursos) Obter confiança e conhecer seu coração é a fase mais demorada, que pode levar meses.
  • Os apertos de mão dos chineses, no cumprimento, são mais frouxos e longos que os nossos.
  • O respeito confucionista é pela idade, posição hierárquica da empresa, pelo casamento (relacionamento familiar) e riqueza, nesta ordem.
  • “As perguntas dos chineses são geralmente fechadas, isto é, são perguntas que só permitem respostas do tipo “sim” ou ‘não”.
  • Os chineses não gesticulam com as mãos ao conversar, e esperam que você faça o mesmo.
  • Os exportadores devem evitar o uso de etiquetas amarelas em suas embalagens, pois etiquetas amarelas significam mercadoria rejeitada.
Como responder sem ofender a “face” :
  • Isso pode ser complicado…
  • Prevejo alguns obstáculos…
  • Isso poderá ser problema…
  • Não tenho certeza sobre isso….
  • Possivelmente…..
  • Talvez…. Talvez isso não seja conveniente agora.
  • Podemos pensar sobre isso…
  • Vamos discutir isso  num outro dia…
  • Vamos perguntar para fulano sobre isso…
  • Ninguém pediu isso antes…
  • Estamos estudando esse assunto….
CONSELHO FINAL: NÃO DEIXE DE LER A ARTE DA GUERRA DE SUN TZU.

Maria Helena Magalhães Sarmento Afonso
 DBI Foreign Trade

Petrobrás não poderá usar rio em área de proteção para transportar equipamentos pesados

A Petrobras não poderá utilizar o Rio Guaxindiba, que corta a Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim para realizar as operações de transporte de equipamentos pesados destinados à construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A informação foi divulgada ontem (16) pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc. A decisão foi tomada em comum acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração da APA Guapimirim.
 
“Nós não vamos autorizar a passagem pelo rio. O estudo inicial indicava tratar-se de uma pequena dragagem, que não ia afetar muito o ecossistema da região, mas depois se viu que o projeto era muito maior – e realmente os reflexos poderiam trazer maiores implicações para o meio ambiente. Como a gente tinha licenciado o Porto de São Gonçalo e a estrada ligando o porto ao Comperj, achamos que os custos ambiental, social e político não compensavam”, disse Minc.
O Rio Guaxindiba, que desemboca na Baía de Guanabara, passa pela APA Guapimirim, que abriga o último grande manguezal preservado da baía. A decisão de proibir o transporte de equipamentos pesados pelo rio foi tomada semana passada.
Na avaliação do secretário do Ambiente, como a dragagem do leito do Rio Guaxindiba envolveria mais de 100 mil metros cúbicos de sedimentos retirados, seria necessário um Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) e a realização de audiência pública para um eventual licenciamento, “o que poderia atrasar ainda mais essa opção”.
Minc disse que a Petrobras está executando investimentos da ordem de R$ 600 milhões na região, exigidos como contrapartida para o licenciamento ambiental do Comperj.
A Petrobras não vai se pronunciar sobre a decisão.

FonteAgência Brasil