A Petrobras não poderá utilizar o Rio Guaxindiba, que corta a Área de
Proteção Ambiental (APA) Guapimirim para realizar as operações de
transporte de equipamentos pesados destinados à construção do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A informação foi divulgada
ontem (16) pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc. A decisão
foi tomada em comum acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração da APA
Guapimirim.
“Nós não vamos autorizar a passagem pelo rio. O estudo inicial indicava tratar-se de uma pequena dragagem, que não ia afetar muito o ecossistema da região, mas depois se viu que o projeto era muito maior – e realmente os reflexos poderiam trazer maiores implicações para o meio ambiente. Como a gente tinha licenciado o Porto de São Gonçalo e a estrada ligando o porto ao Comperj, achamos que os custos ambiental, social e político não compensavam”, disse Minc.
“Nós não vamos autorizar a passagem pelo rio. O estudo inicial indicava tratar-se de uma pequena dragagem, que não ia afetar muito o ecossistema da região, mas depois se viu que o projeto era muito maior – e realmente os reflexos poderiam trazer maiores implicações para o meio ambiente. Como a gente tinha licenciado o Porto de São Gonçalo e a estrada ligando o porto ao Comperj, achamos que os custos ambiental, social e político não compensavam”, disse Minc.
O Rio Guaxindiba, que desemboca na Baía de Guanabara, passa pela APA
Guapimirim, que abriga o último grande manguezal preservado da baía. A
decisão de proibir o transporte de equipamentos pesados pelo rio foi
tomada semana passada.
Na avaliação do secretário do Ambiente, como a dragagem do leito do
Rio Guaxindiba envolveria mais de 100 mil metros cúbicos de sedimentos
retirados, seria necessário um Estudo de Impacto Ambiental e seu
respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) e a realização de
audiência pública para um eventual licenciamento, “o que poderia atrasar
ainda mais essa opção”.
Minc disse que a Petrobras está executando investimentos da ordem de
R$ 600 milhões na região, exigidos como contrapartida para o
licenciamento ambiental do Comperj.
A Petrobras não vai se pronunciar sobre a decisão.
Fonte: Agência Brasil
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