Dilma Rousseff se encontra com presidente Sebastian Piñera no Chile
Foto: AFP
Foto: AFP
A interligação do Brasil e do Chile a partir dos oceanos Atlântico e
Pacífico deve se tornar uma realidade em pouco tempo. Os debates em
torno do corredor interoceânico foram aprofundados neste sábado em
Santiago, capital chilena, entre a presidente Dilma Rousseff e o
presidente do Chile, Sebastián Piñera.
Durante reunião de trabalho no início da manhã, que antecedeu a
abertura da 1ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e
Caribenhos (Celac) - União Europeia (UE), Piñera apresentou um mapa à
presidente brasileira ao retomar o debate sobre essa integração. Segundo
Dilma Rousseff, depois de discutir 'intensamente' o tema, os dois
países vão começar a trabalhar pela integração dos principais portos
marítimos.
"É justamente porque não temos fronteiras, mas estamos em dois oceanos
que a nossa relação de infraestrutura é estratégica. Essa amizade sem
limites (entre o Brasil e o Chile) vira agora uma amizade sem fronteiras
também", disse Dilma, destacando que também está sendo discutida a
interligação entre as duas economias vizinhas por um corredor
ferroviário.
A presidente lembrou que, mesmo diante de todas as dificuldades
impostas pela crise financeira internacional, o Brasil e o Chile
conseguiram manter uma trajetória de crescimento e de distribuição de
renda e mantiveram uma relação comercial estratégica, principalmente em
relação aos investimentos. "Por isso, fica claro que podemos mais. Os
grandes investimentos que as empresas chilenas fazem no Brasil são muito
bem-vindos", afirmou.
No encontro bilateral, que Dilma definiu como uma reunião de trabalho, a
presidente brasileira e Piñera também fecharam acordos de cooperação
nas áreas de educação e intercâmbio cultural e iniciaram discussões
sobre futuros acordos, como na área energética. Piñera destacou o
potencial da relação entre os dois países na área energética, como em
energias renováveis, fontes hidrelétricas e a partir de biomassa.
Em relação às cooperações na área de ciência e tecnologia, Piñera
assegurou à presidente que os militares e pesquisadores brasileiros que
atuam na Antártica vão poder usar a base chilena mantida no continente
branco, até que seja concluída a reconstrução da Estação Comandante
Ferraz, destruída no início de 2012 por um incêndio.
Agenda
Em Santiago, Dilma Rousseff ainda terá reuniões bilaterais com o
presidente do México, Enrique Peña Nieto, e com a chanceler da Alemanha,
Angela Merkel. No fim da tarde, a presidente participa da abertura da
1ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos
(Celac) - União Europeia (UE), onde os chefes de Estado vão definir
cooperações regionais e continentais e discutir soluções para minimizar
barreiras comerciais e intensificar as relações entre os países.
No fim da manhã, Dilma destacou que o encontro tem importância
histórica, considerando o atual cenário mundial. "Em um mundo altamente
globalizado, que vive uma conjuntura em que os temas da cooperação e da
integração regional e do enfrentamento das dificuldades que as crises
nos países desenvolvidos lançaram sobre o mundo, esta cooperação
inter-regional passa a ser elemento fundamental para a superação e a
construção de um mundo que cresce, que distribui renda e que beneficia
as suas populações".
- Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário