domingo, 3 de março de 2013

BENEFÍCIOS DA IMIGRAÇÃO PARA AS EMPRESAS BRASILEIRAS

Não é de hoje que o Brasil é reconhecido por suas diversas oportunidades, onde sempre atraiu e continua atraindo trabalhadores estrangeiros de várias nacionalidades, ainda mais nos tempos atuais com diversos eventos simultâneos ocorrendo e com grandes perspectivas de investimentos no Brasil.

Entretanto, muitos dos trabalhadores estrangeiros que desembarcaram em terras brasileiras durante a nossa recente história vieram por motivos dolorosos, a grande maioria pelos efeitos das guerras nefastas do século XX, onde prosperaram e cresceram ajudando a transformar o Brasil.

Atualmente, a guerra que o mundo contemporâneo globalizado convive é outra, não se tratam de conflitos bélicos idealistas e protecionistas, mas de conflitos socioeconômicos que somado a aliança da difusão econômica, fazem surgir ondas migratórias como ocorridas no século passado, migrações para países com enorme potencialidade de desenvolvimento, como é o caso do Brasil.

Podemos verificar, que desde 2009, o número de estrangeiros com autorização temporária de mão de obra no Brasil cresceu 137%, passando de 2.460 profissionais em 2009 para 5.832 em 2012, de acordo com o balanço do Ministério do Trabalho e Emprego, em que muitos dos vistos temporários podem tornar permanente no futuro.

A partir dessa crescente demanda migratória, por meio da Resolução Normativa n. 99/2012, o Conselho Nacional de Imigração (CNI) disciplinou o procedimento por meio do qual o Ministério do Trabalho e Emprego poderá conceder autorização de trabalho para obtenção de visto temporário, previsto no art. 13, inciso V, da Lei n. 6.815/80, em relação ao estrangeiro que migre para o Brasil com vínculo empregatício.

Os trabalhadores estrangeiros que atualmente vêm para o Brasil, de uma forma geral, não ocupam vagas pertencentes aos trabalhadores brasileiros em sua grande maioria, pois segundo o Ministério esses profissionais são altamente qualificados e vêm ao Brasil exercer cargos de supervisão de empresas na sua maioria multinacionais, mas é defensável a posição do Ministério do Trabalho em dificultar delimitando a entrada de trabalhadores estrangeiros no Brasil. Afinal, em um país que já sofre com uma péssima distribuição de renda e taxas de desemprego ainda em índices considerados elevados, seria um contrassenso os trabalhadores estrangeiros absorverem as vagas dos brasileiros.

A nova Resolução disciplina a concessão do visto temporário para o trabalhador estrangeiro, examinando a compatibilidade entre a qualificação e a experiência profissional do estrangeiro e a atividade que virá exercer no país.

Existe a necessidade de o estrangeiro comprovar sua qualificação profissional por meio de extensos e numerosos documentos formais, seguindo todos os requisitos determinados por lei.

Em relação ao prazo de estada do estrangeiro portador do visto temporário, será conforme a necessidade contratual, podendo ser renovado ou até mesmo ser concedido visto permanente conforme a legislação em vigor.

Importante destacar sobre os aspectos trabalhistas, nos termos dos art. 95 e seguintes da Lei n. 6.815/80, o estrangeiro residente no Brasil goza de todos os direitos reconhecidos aos brasileiros, assim em consonância com a Constituição Federal e demais legislações em vigor.

Conforme a Resolução Normativa, os dependentes do estrangeiro autorizado, também poderão trabalhar no país desde que tenham oferta de trabalho e obtenham o visto individual temporário.

As autorizações constantes nas legislações servem para que o trabalhador estrangeiro possa acompanhar as empresas multinacionais, muito delas com a mesma nacionalidade do próprio trabalhador, em que a experiência do trabalhador estrangeiro é altamente positiva para o país, podendo haver transferências de tecnologia, aprimoramento e qualificação da mão-de-obra nacional.

Podemos concluir que as empresas brasileiras e os empregados brasileiros também se beneficiam com a presença do estrangeiro, podendo absorver as qualidades técnicas e culturais para um desenvolvimento sólido.

Fábio Bendheim
advogado associado do GDO Advogados e especialista em direito pela Fundação Getúlio Vargas (GVLaw)
(Dourados News – 18/02/2013)

sexta-feira, 1 de março de 2013

SE NÃO TEMOS MÃO DE OBRA, TEMOS QUE IMPORTÁ-LA

O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno, disse à BBC Brasil que os países latino-americanos carecem de mão de obra qualificada e devem estimular a imigração de estrangeiros para alavancar seu crescimento econômico.

Moreno deu entrevista à BBC Brasil durante a última cúpula entre países latino-americanos, caribenhos e a União Europeia, no fim de janeiro, em Santiago do Chile. O ex-diplomata colombiano diz que a região tem sofrido com a defasagem de conhecimento em alguns setores.

“Se nós não temos mão de obra, temos que importá-la”, afirma. “Essa também é uma oportunidade para ganhar conhecimento e, como consequência, ter maior integração com países da Europa (origem provável da maioria dos futuros imigrantes)”.
Para Moreno, elevar a qualidade da mão de obra deve ser uma prioridade dos governos latino-americanos, assim como ampliar a integração regional, investir em infraestrutura e inovação. As ações, diz ele, são essenciais para que a região possa competir com as economias asiáticas.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil -Na América Latina, enquanto membros da Aliança do Pacífico, entre os quais México e Chile, vêm firmando acordos de livre comércio com os Estados Unidos e a União Europeia, o Mercosul tem adotado um modelo comercial mais fechado e voltado à região. Qual modelo é melhor?

Luis Alberto Moreno – É importante ter em conta que um país grande como o Brasil, que tem um comércio exterior pequeno como porcentagem de seu PIB, vai focar naturalmente seu mercado interno, que é muito grande. Os países menores, como Chile, Colômbia e Peru, têm que se voltar à exportação, têm que buscar mercados de outras partes.

É verdade que a construção do Mercosul é diferente da Aliança do Pacífico. Os países respondem a demandas do setor privado, e as diferenças nos dois blocos refletem as visões distintas de seus setores privados.

Na Aliança do Pacífico, esses setores estão pensando todos os dias em maneiras de ter uma integração em torno de cadeias de valor – essa é a mesma forma de integração da Ásia.

BBC Brasil -Existe margem para uma integração maior dentro do Mercosul, levando em conta as assimetrias entre seus membros?

Moreno – Os governos têm de tomar decisões fortes, sabendo que a integração é nossa oportunidade para crescer mais. Nos próximos cinco anos, o mundo não vai crescer tanto como antes.
Esse menor crescimento tem duas origens: um, a crise internacional; outro, a necessidade de que os países encarem reformas estruturais. Nossa possibilidade de conseguir maior crescimento é pela integração, que exige vontade política e também uma integração física muito maior.

BBC Brasil – Mas há crescente oposição de comunidades locais a grandes obras de integração física na América Latina.

Moreno – Isso pode fazer com que a integração física demore mais, mas não pode travá-la. Ela é uma necessidade que todos os países têm. E há também a necessidade de aumentar o investimento em infraestrutura.

No Brasil, a presidenta anunciou no ano passado investimentos de cerca de US$ 60 bilhões em parcerias publico-privadas. Todos os países estão procurando maneiras de acelerar os investimentos em infraesteutura, porque eles se traduzem em maior competitividade.

BBC Brasil -No Brasil, em resposta à crescente fragilidade da indústria, que não tem conseguido fazer frente à competição externa (especialmente asiática), o governo tem adotado políticas de isenção fiscal e barreiras a produtos importados. Qual o caminho para fortalecer a indústria sem viciá-la e considerando nossas desvantagens competitivas em relação à Ásia?

Moreno – Esse é um tema não só do Brasil, mas de toda a América Latina. A América Latina tem um risco relativamente baixo para investidores, mas o custo dos países é muito alto em comparação com o de países asiáticos.

Temos um problema muito grande de produtividade, que envolve custos de energia, telecomunicações, capital humano, qualidade de educação, treinamento técnico, investimentos em ciência e tecnologia, infraestrutura e inovação. Os nossos países têm que focar esses temas.

BBC Brasil –Isso implica uma participação maior do Estado na economia?

Moreno – Os investimentos em infraestrutura dependem do setor público, não importa o modelo. O mesmo vale para as decisões sobre educação e capacitação de mão de obra.
Começamos a ter uma defasagem de conhecimento em alguns setores. Nossa força de trabalho é insuficiente e deve haver uma resposta importante dos governos.

BBC Brasil – Estimular a imigração é um caminho?

Moreno – Se nós não temos mão de obra, temos que importá-la. O programa Brasil Braços Abertos (em elaboração pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência e que visa facilitar a entrada de mão de obra estrangeira qualificada) trata disso.

Essa também é uma oportunidade para ganhar conhecimento e, como consequência, ter maior integração com países da Europa. As pessoas que vêm da Europa para cá podem abrir empresas, criar novos laços entre as regiões.

No passado, a imigração foi boa para o Brasil, que tem gente do Japão, Alemanha, Itália… Ela criou o caldeirão cultural brasileiro.

BBC Brasil –Alguns analistas dizem que o modelo de bem-estar social que vem sendo adotado no Brasil, com crescentes gastos com programas de transferência de renda, tem engessado a capacidade do Estado de investir em outros setores. Há incompatibilidade entre esses tipos de investimento?

Moreno – É normal que haja essas tensões. Mas acredito que o crescimento deve ser inclusivo e beneficiar a maioria das pessoas. O Brasil tem grande sucesso nisso, com as milhões de pessoas que deixaram a pobreza extrema.

Hoje há uma grande discussão, que eu acompanho de fora, sobre como o Brasil se posicionará diante das reformas estruturais necessárias para que possa aumentar sua produtividade, e que implicam todas as reformas em áreas de capital humano, investimento em infraestrutura, inovação, e mercados laborais.

BBC Brasil – Alguns países têm se queixado do que consideram uma escalada protecionista na América do Sul. A premiê alemã, Angela Merkel, disse recentemente que Brasil e Argentina não podem adotar as mesmas políticas protecionistas que levaram o mundo à crise várias décadas atrás. A crítica procede?

Moreno – A escalada do protecionismo começa pelos países industrializados. O mais importante para nós, agora, é uma maior integração da América Latina. Essa é a grande pendência que temos.
João Fellet

(BBC Brasil – 23/02/2013)

Ninguém vai perder dinheiro se investir no Brasil', diz Gleisi


Por André Borges e Assis Moreira | Valor




LONDRES - A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, abriu o seminário sobre planos de investimento em infraestrutura no Brasil, encontro que acontece nesta sexta-feira em Londres.


Joel Ryan/AP/Valor 
 
 
A ministra Gleisi Hoffmann no seminário promovido pelo Valor nesta sexta-feira, 1, em Londres
Falando a uma plateia de aproximadamente 300 pessoas, Gleisi defendeu a estabilidade do ambiente regulatório e econômico do país, e afirmou que essas condições, aliadas à necessidade que o Brasil tem de ampliar a sua infraestrutura, abrem uma grande oportunidade para investimento.

“Nossa maior deficiência é a área de infraestrutura e investimento é o grande compromisso do país. Ninguém vai perder dinheiro se investir no Brasil”, comentou Gleisi. “O governo quer acertar e está aberto para todos os que quiserem ser parceiros do país”, disse a ministra, na abertura do “Brazilian Infrastructure Forum 2013”, evento organizado pelo Valor.

Gleisi destacou os planos de concessões nas áreas de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que preveem investimentos de US$ 235 bilhões, e disse que o governo tem aprimorado suas propostas de concessão, para torná-las cada vez mais atraentes.

A ministra destacou ainda a atuação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), criada recentemente para atuar como integradora das ações da área de infraestrutura. “Erraremos menos e avançaremos mais. Agora temos apenas uma porta de entrada para facilitar aos senhores a busca por informações”, comentou.

O evento da qual a ministra participa em Londres é a segunda etapa de um “road show” que o governo brasileiro está realizando a fim de atrair investidores privados para grandes projetos de infraestrutura no Brasil.

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Estados Unidos reconhecem cachaça como produto de origem brasileira












Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil


Brasília - Os Estados Unidos reconheceram a cachaça como produto de origem exclusiva brasileira. A decisão vale a partir de 11 de abril e significa que, para levar no rótulo o nome de cachaça, o produto deverá ser fabricado no Brasil e de acordo com os padrões de qualidade brasileiros. Atualmente, o destilado é vendido nos EUA sob o nome genérico de brazilian rum.  O Brasil também reconhecerá como destilados exclusivos norte-americanos o bourbon e o tenessee whiskey em um prazo de 30 dias.
O reconhecimento foi divulgado hoje (27) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na avaliação do secretário de Relações Internacionais da pasta, Célio Porto, a mudança abrirá o mercado dos EUA para a cachaça brasileira. Para Vicente Bastos, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), haverá desenvolvimento da produção do destilado, com aumento das exportações, atualmente em um patamar modesto. "No ano passado foram apenas US$ 20 milhões, dos quais US$ 2 milhões foram para os Estados Unidos", disse. De acordo com ele, a cadeia produtiva da cachaça emprega cerca de 600 mil pessoas em todo o país.
Para Bastos, além de impulsionar o mercado, a alteração nas regras norte-americanas é o primeiro passo para assegurar a manutenção da qualidade do produto. "Nós temos que evitar o que ocorreu com a vodca e com o rum. Um era da Rússia e o outro do Caribe, mas transformaram-se em destilados genéricos, que qualquer país pode fabricar. Além da perda de mercado, isso traz perda de qualidade. Com o reconhecimento, para levar o nome de cachaça [a bebida] terá que se espelhar em nossos padrões. No Brasil há um decreto definindo o que é cachaça, mas tem que obter a regulamentação do restante dos países", disse, referindo-se ao Decreto n° 4062/2001.
Segundo o presidente do Ibrac, o reconhecimento dos EUA é resultado de negociações iniciadas em 2001 com a participação do governo e do setor privado. Há conversações iniciadas também com a União Europeia sobre o assunto. "Na Comunidade Europeia há vários exemplos de marcas de destilados, vinhos e queijos que são considerados exclusivos. Isso ajuda a assegurar mercado para o país produtor", disse.
 
Edição: Fábio Massalli
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Brasil perde posição de sexta maior economia do mundo


 

01 de Março de 2013 • 09h42 •  atualizado 10h00
01 de março  de 2013




A economia brasileira cresceu 0,6% no quarto trimestre do ano passado na comparação com o terceiro trimestre, acumulando em 2012 expansão de 0,9%, o pior resultado em três anos. Com os números de 2012, que ficaram em linha com as expectativas do mercado, a economia brasileira perdeu a sexta colocação no ranking mundial para o Reino Unido.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, em relação ao quarto trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 1,4% no último trimestre. 
 
O indicador foi afetado pelo mau desempenho dos setores industrial e agropecuário, além dos investimentos.Um dado positivo foi o crescimento de 0,5% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimento, no último trimestre de 2012, quando comparado com julho a setembro, interrompendo uma série de quatro quedas seguidas. 
 
No ano, porém, ela registrou contração de 4,0%.Também o setor industrial encerrou 2012 com contração, de 0,8%, mas chegou ao final do ano com um pequeno crescimento, de 0,4% no quarto trimestre, ante o terceiro.O setor de agropecuária teve queda trimestral de 5,2%, com alta de 2,3% no ano passado. 
 
Pesquisa Reuters mostrou que o PIB brasileiro cresceria 0,7% no quarto trimestre sobre julho-setembro, segundo a mediana de previsões de 36 analistas, com as projeções variando de 0,4% a 1,2%.As estimativas para o PIB do ano apontavam expansão de 0,9%, pela mediana de 41 previsões, numa faixa de 0,8% a 1,2%.

 
Reuters News

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Escândalo bilionário de refinaria pode levar petistas e dirigentes da Petrobras para a cadeia





Sol quadrado – Como noticiamos anteriormente, a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras é o grande escândalo que o PT vinha abafando, mas acabou chegando ao Tribunal de Contas da União e com largas chances de aterrissar na Justiça Criminal.

O estranho negócio, que causou prejuízo de pelo menos US$ 1 bilhão à empresa e seus acionistas, tem como protagonistas pessoas muito próximas a Lula e, sob a ótica do escândalo, tem todos os ingredientes necessários para superar com folga o Mensalão do PT. No olho do furacão estão Guido Mantega, ministro da Fazenda e atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras; José Sérgio Gabrielli de Azevedo, ex-presidente da estatal petrolífera e atualmente secretário no governo Jaques Wagner; Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro da empresa e presidente da Petrobras International Finance Co., a caixa de Pandora da empresa; Nestor Cerveró, diretor financeiro da BR Distribuidora; e Alberto Feilhaber, funcionário da Petrobras durante duas décadas e há alguns anos trabalhando na Astra Oil, uma das empresas do grupo que atraiu a Petrobras para a refinaria de Pasadena e depois largou a bomba nas mãos dos brasileiros.

O escândalo ganha contornos maiores e mais perigosos porque à época do negócio, que pode acabar em tribunal de Nova York a pedido de investidores internacionais, a presidente do Conselho de Administração da Petrobras era Dilma Rousseff, que posicionou-se contra o projeto apresentado por José Sérgio Gabrielli, seu desafeto, mas que por imposição de Lula foi obrigada a aceitar o negócio.
Com um terço do seu valor corroído nos últimos três anos e enfrentando sérios problemas de fluxo de caixa, inclusive com direito a atraso no pagamento de fornecedores, a Petrobras vem assustando o mercado financeiro, cujos analistas apostam em um rombo de alguns bilhões de dólares na estatal. 

Esse crime em termos de governança corporativa que o PT cometeu na Petrobras é infinitamente mais danoso do que a eventual privatização da empresa.

Acontece que nenhum ser humano minimamente lógico e dotado de inteligência, a ponto de ser guindado a cargos de direção em uma empresa como a Petrobras, aceita um negócio lesivo, como a compra da refinaria texana, sem que haja um plano diabólico por trás.

O Ministério Público Federal (MPF) já se debruça sobre o preâmbulo de uma ação que investigará casos concretos de superfaturamento em contratos firmados pela Petrobras durante a gestão de José Sérgio Gabrielli.

Na mira do MPF também estão outros escândalos envolvendo a Petrobras, como o da Gemini, empresa através da qual governo brasileiro repassou, não de graça, o monopólio de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma companhia norte-americana.

Confira abaixo como a refinaria de Pasadena transformou-se em um bilionário barril de pólvora prestes a explodir e escândalo que que ronda a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco

Pasadena

A compra de uma refinaria de petróleo em Pasadena, nos Estados Unidos, considerada obsoleta e pequena para os padrões locais, é o escândalo da vez e tem tirado o sono de muitos integrantes da cúpula petista, preocupados com a reverberação do caso se as investigações avançarem na direção certa, como já demonstra o Ministério Público Federal.

O bisonho negócio começou com a empresa belga Astra Oil comprando a Pasadena Refining System por US$ 42 milhões. Passado um ano, os belgas venderam metade da empresa norte-americana à Petrobras por US$ 360 milhões.

Como todo escândalo petista sempre tem um capítulo extra, a Petrobras foi obrigada pela Justiça dos Estados Unidos, após uma confusão programada, a pagar US$ 839 milhões por uma refinaria sem condições de processar o petróleo brasileiro. A estatal petrolífera tenta, sem sucesso, se desfazer do mico criado, não por acaso, pelo ex-presidente da empresa, o petista José Sérgio Gabrielli de Azevedo, que ostenta em seu o currículo o título de PhD em Economia pela Boston University.

A presidente Dilma Rousseff ejetou Gabrielli do comando da estatal, mas desde então não mais tocou no assunto que, quando é lembrado, causa incômodo e nervosismo generalizado no terceiro andar do Palácio do Planalto.

Até agora, a Petrobras recebeu apenas uma oferta pela refinaria em Pasadena: US$ 180 milhões. Atual presidente da empresa, Maria das Graças Foster não sabe o que fazer. Se aceitar a única proposta, colocará no já sacrificado caixa da Petrobras um prejuízo de pouco mais de US$ 1 bilhão, mas há quem garanta que essa conta macabra passa de US$ 1,6 bilhão.

Abreu e Lima

O caso da refinaria de Pasadena é um considerável escárnio, que exige explicação por parte de Dilma Rousseff e de Lula, mas o calo maior no pé da Petrobras está construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Anunciada por Lula com a pirotecnia oficial que todos conhecem, a refinaria de Abreu e Lima deveria seria erguida em parceria com a Venezuela do tirano e moribundo Hugo Chávez, que até o momento não aportou um tostão no empreendimento. Com a Venezuela, que tem 40% do negócio, deixando de honrar o compromisso, restou ao governo brasileiro usar o dinheiro do contribuinte para não interromper a obra.

Com previsão inicial de investimento na casa dos US$ 3 bilhões, o orçamento da refinaria pernambucana já saltou para incríveis e absurdos US$ 20 bilhões, podendo ganhar, até o final do empreendimento, um acréscimo de mais US$ 10 bilhões.

Como o anúncio da morte de Hugo Chávez é uma questão de tempo e será feito somente quando interessar aos bolivarianos que brigam pelo poder na Venezuela, a participação do governo de Caracas na refinaria pernambucana passa a ser uma inflamável incógnita. Pelo desenrolar dos fatos em Caracas, o governo brasileiro terá de arcar com toda a conta referente à construção da refinaria Abreu e Lima. O que permitirá que a corrupção circule à vontade nas raias de mais uma fanfarrice com o carimbo estelar do Partido dos Trabalhadores.

- See more at: http://ucho.info/escandalo-bilionario-de-refinaria-texana-pode-levar-petistas-e-dirigentes-da-petrobras-para-a-cadeia#sthash.CsbNA2sU.dpuf

Escândalo bilionário de refinaria pode levar petistas e dirigentes da Petrobras para a cadeia

Sol quadrado – Como noticiamos anteriormente, a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras é o grande escândalo que o PT vinha abafando, mas acabou chegando ao Tribunal de Contas da União e com largas chances de aterrissar na Justiça Criminal.
O estranho negócio, que causou prejuízo de pelo menos US$ 1 bilhão à empresa e seus acionistas, tem como protagonistas pessoas muito próximas a Lula e, sob a ótica do escândalo, tem todos os ingredientes necessários para superar com folga o Mensalão do PT. No olho do furacão estão Guido Mantega, ministro da Fazenda e atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras; José Sérgio Gabrielli de Azevedo, ex-presidente da estatal petrolífera e atualmente secretário no governo Jaques Wagner; Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro da empresa e presidente da Petrobras International Finance Co., a caixa de Pandora da empresa; Nestor Cerveró, diretor financeiro da BR Distribuidora; e Alberto Feilhaber, funcionário da Petrobras durante duas décadas e há alguns anos trabalhando na Astra Oil, uma das empresas do grupo que atraiu a Petrobras para a refinaria de Pasadena e depois largou a bomba nas mãos dos brasileiros.
O escândalo ganha contornos maiores e mais perigosos porque à época do negócio, que pode acabar em tribunal de Nova York a pedido de investidores internacionais, a presidente do Conselho de Administração da Petrobras era Dilma Rousseff, que posicionou-se contra o projeto apresentado por José Sérgio Gabrielli, seu desafeto, mas que por imposição de Lula foi obrigada a aceitar o negócio.
Com um terço do seu valor corroído nos últimos três anos e enfrentando sérios problemas de fluxo de caixa, inclusive com direito a atraso no pagamento de fornecedores, a Petrobras vem assustando o mercado financeiro, cujos analistas apostam em um rombo de alguns bilhões de dólares na estatal. Esse crime em termos de governança corporativa que o PT cometeu na Petrobras é infinitamente mais danoso do que a eventual privatização da empresa.
Acontece que nenhum ser humano minimamente lógico e dotado de inteligência, a ponto de ser guindado a cargos de direção em uma empresa como a Petrobras, aceita um negócio lesivo, como a compra da refinaria texana, sem que haja um plano diabólico por trás.
O Ministério Público Federal (MPF) já se debruça sobre o preâmbulo de uma ação que investigará casos concretos de superfaturamento em contratos firmados pela Petrobras durante a gestão de José Sérgio Gabrielli.
Na mira do MPF também estão outros escândalos envolvendo a Petrobras, como o da Gemini, empresa através da qual governo brasileiro repassou, não de graça, o monopólio de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma companhia norte-americana.
Confira abaixo como a refinaria de Pasadena transformou-se em um bilionário barril de pólvora prestes a explodir e escândalo que que ronda a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco
Pasadena
A compra de uma refinaria de petróleo em Pasadena, nos Estados Unidos, considerada obsoleta e pequena para os padrões locais, é o escândalo da vez e tem tirado o sono de muitos integrantes da cúpula petista, preocupados com a reverberação do caso se as investigações avançarem na direção certa, como já demonstra o Ministério Público Federal.
O bisonho negócio começou com a empresa belga Astra Oil comprando a Pasadena Refining System por US$ 42 milhões. Passado um ano, os belgas venderam metade da empresa norte-americana à Petrobras por US$ 360 milhões.
Como todo escândalo petista sempre tem um capítulo extra, a Petrobras foi obrigada pela Justiça dos Estados Unidos, após uma confusão programada, a pagar US$ 839 milhões por uma refinaria sem condições de processar o petróleo brasileiro. A estatal petrolífera tenta, sem sucesso, se desfazer do mico criado, não por acaso, pelo ex-presidente da empresa, o petista José Sérgio Gabrielli de Azevedo, que ostenta em seu o currículo o título de PhD em Economia pela Boston University.
A presidente Dilma Rousseff ejetou Gabrielli do comando da estatal, mas desde então não mais tocou no assunto que, quando é lembrado, causa incômodo e nervosismo generalizado no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Até agora, a Petrobras recebeu apenas uma oferta pela refinaria em Pasadena: US$ 180 milhões. Atual presidente da empresa, Maria das Graças Foster não sabe o que fazer. Se aceitar a única proposta, colocará no já sacrificado caixa da Petrobras um prejuízo de pouco mais de US$ 1 bilhão, mas há quem garanta que essa conta macabra passa de US$ 1,6 bilhão.
Abreu e Lima
O caso da refinaria de Pasadena é um considerável escárnio, que exige explicação por parte de Dilma Rousseff e de Lula, mas o calo maior no pé da Petrobras está construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Anunciada por Lula com a pirotecnia oficial que todos conhecem, a refinaria de Abreu e Lima deveria seria erguida em parceria com a Venezuela do tirano e moribundo Hugo Chávez, que até o momento não aportou um tostão no empreendimento. Com a Venezuela, que tem 40% do negócio, deixando de honrar o compromisso, restou ao governo brasileiro usar o dinheiro do contribuinte para não interromper a obra.
Com previsão inicial de investimento na casa dos US$ 3 bilhões, o orçamento da refinaria pernambucana já saltou para incríveis e absurdos US$ 20 bilhões, podendo ganhar, até o final do empreendimento, um acréscimo de mais US$ 10 bilhões.
Como o anúncio da morte de Hugo Chávez é uma questão de tempo e será feito somente quando interessar aos bolivarianos que brigam pelo poder na Venezuela, a participação do governo de Caracas na refinaria pernambucana passa a ser uma inflamável incógnita. Pelo desenrolar dos fatos em Caracas, o governo brasileiro terá de arcar com toda a conta referente à construção da refinaria Abreu e Lima. O que permitirá que a corrupção circule à vontade nas raias de mais uma fanfarrice com o carimbo estelar do Partido dos Trabalhadores.
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Cresce o Número de Estrangeiros na USP

Fruto do aumento da importância do Brasil no cenário internacional ou da crise nos países desenvolvidos, o fato é que o número de alunos estrangeiros estudando na mais renomada universidade do país, a USP (Universidade de São Paulo), tem crescido de forma constante nos últimos quatro anos.


Em 2009, eram 690 os estudantes que faziam intercâmbio na universidade. Em 2012, esse número saltou para 1088. Neste ano, o ritmo se acelerou e agora são 1427, um aumento de 31% em relação ao ano passado. O balanço, no entanto, é provisório, pois as matrículas ainda estão em andamento e a universidade costuma receber mais estudantes no segundo semestre.

De acordo com a VRERI (Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais) da USP, o crescimento levou a reitoria a orientar que todas as unidades da universidade criassem escritórios próprios de relações internacionais para mediar os intercâmbios com instituições estrangeiras.

Segundo a USP, além do aumento do interesse pelo país, outro fator que contribuiu para o maior fluxo de intercambistas foi o fato de universidades mais tradicionais, como as dos Estados Unidos e do Reino Unido, terem ficado mais caras. Também pesou o aumento no número de convênios fechados entre as unidades da USP com universidades estrangeiras e a boa colocação da universidade nos rankings que medem a qualidade de instituições universitárias no mundo. No ano passado, a USP ficou em primeiro lugar em uma lista das melhores universidades da América Latina.
 
Gringos

O estudante Jarryns Cabezas, 22, veio de Lima, no Peru, onde fazia curso de Produção, Qualidade e Marketing na PUC (Pontifícia Universidade Católica) local. Chegou a São Paulo no dia 15 de fevereiro e diz pretender ficar entre 6 a 7 meses, assistindo aulas na Escola Politécnica.  “A USP é uma universidade importante, com um reconhecimento mundial. É a primeira no ranking do continente. Amigos que estudaram aqui antes me recomendaram”, disse, justificando a sua escolha pela USP. Sobre a estadia no Brasil, ele contou ter boas expectativas. “Espero aprender muito, f­azer amigos, e viver as diferenças culturais.”

Luis Duarte, 23, veio de Portugal, onde estudava Engenharia Informática na Universidade da Madeira.  “Queria fazer intercâmbio em um lugar mais longe possível das minhas origens. Resolvi então vir para o Brasil, e para a USP, que é bastante reconhecida mundialmente.” Duarte também falou que planeja um tempo de estadia entre 6 a 7 meses. “Quero fazer quatro matérias e depois tirar um tempo para conhecer o país.”

A chilena Gabriela Morales, 23, veio da Universidade de Valparaíso, no Chile, onde fazia Engenharia de Produção.  Ela não chegou sozinha – está acompanhada de seu namorado, Agustín Benavides, que também faz intercâmbio. Gabriela é outra que menciona o bom posicionamento da USP no ranking de universidades. “A USP é a primeira da América Latina e isso contou muito. Também tenho amigos que estiveram aqui no ano passado e que me recomendaram. Disseram que as aulas e os professores eram muito bons.” As recomendações, porém, não se restringiram somente à natureza acadêmica da instituição. “Contaram para nós que aqui tem festas toda quinta, sexta e sábado. Estamos esperando para ver.”

O francês Olivier Dhavid veio da cidade de Lille, na França, mas há mais tempo – está na USP há um ano e meio. Lá, estudava engenharia na universidade Centrale Nantes. “Vim porque é a melhor universidade da América Latina e também para poder aprender outra língua”, revela. O fato de o Brasil viver um crescimento econômico também foi um atrativo. “Aqui faço estágio em uma pequena empresa que faz túneis, e projetos na área de engenharia civil não faltam. Isso se deve ao bom desenvolvimento do país”. Apesar de criticar um pouco a “desorganização” local, Olivier diz que gosta da sociabilidade dos brasileiros, e pensa até em estender sua estadia, que inicialmente seria até julho deste ano. “Gosto muito da universidade, os professores são muito bons. Tenho até pensado em fazer mestrado e doutorado por aqui”, conta.
 
Boas-vindas

Para recepcionar e auxiliar os intercambistas de outros países que chegam à Poli, alguns estudantes criaram o Escritório Politécnico Internacional, conhecido como “iPoli”. “Nosso papel é o de receber os alunos estrangeiros, auxiliar com documentos, dar informações e até ajudar a inseri-los socialmente. Fazemos coisas como buscar no aeroporto e organizar passeios pelo centro da cidade”, conta Giulia Avallone, 18, uma das integrantes do iPoli. A entidade também assiste os estudantes brasileiros que queiram estudar no exterior. “Agora mesmo estamos organizando uma semana de palestras, onde vamos explicar aos alunos que queiram estudar fora quais os procedimentos que eles devem tomar”, revela.

J. R. Penteado