domingo, 21 de abril de 2013

Líbia quer ajuda do Brasil para reconstruir infraestrutura do país e ampliar a economia



 
 
O novo governo da Líbia pretende reconstruir a infraestrutura do país, treinar e capacitar sua população e ampliar sua economia. Para colocar estes projetos em prática, os líbios querem ter o Brasil como um dos seus principais parceiros comerciais. 

O vice-primeiro-ministro Abdulsalam Al-Mahdi al Qadi, que visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apresentou a empresários brasileiros os projetos para os próximos anos e disse que deseja ter empresas brasileiras no seu país.

Algumas dessas companhias suspenderam seus negócios na Líbia durante a revolução que resultou na morte do ditador Muamar Kadafi, em outubro de 2011. Antes do encontro, Al Qadi disse à ANBA que deseja a retomada dos projetos parados e também atrair “outras empresas”. As companhias que interromperam seus negócios foram as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e a estatal do petróleo, Petrobras. Al Qadi se reuniu com representantes destas três empresas e com funcionários da fabricante de máquinas Weg, do frigorífico JBS e da construtora OAS.

Al Qadi veio ao Brasil a convite do vice-presidente da República, Michel Temer, com quem se reuniu na quarta-feira (17) em Brasília. “Recebi convites para visitar diversos países, mas só aceitei o do Brasil sabendo da força que o País tem. Contamos muito com a presença do Brasil no processo de reconstrução da Líbia e a Câmara Árabe pode desempenhar um papel importante na aproximação entre os países e suas empresas, pode facilitar os contatos”, disse.

Embora tenha reconhecido que precisa da parceria de empresas brasileiras no processo de reconstrução do país, Al Qadi disse, contudo, que os empresários não deverão fazê-lo apenas pensando no lucro. O governo líbio deseja que empresas que investirem lá também se comprometam a treinar e capacitar o povo líbio para atuar no mercado de trabalho local.

Missão empresarial

O diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, afirmou que a instituição deverá organizar uma missão empresarial ao país ainda neste ano. O vice-presidente de Marketing da Câmara Árabe, Riad Younes, também disse a Al Qadi que instituições brasileiras podem ajudar a Líbia a recuperar seu sistema de saúde. As duas ações deverão ser realizadas no segundo semestre deste ano. A missão empresarial deverá ser acompanhada por uma delegação de deputados organizada pelo deputado federal Adrian Mussi (PMDB-RJ), presidente da Comissão Parlamentar Brasil-Líbia.

O embaixador do Brasil em Trípoli, Afonso Carbonar, acompanha a visita de Al Qadi ao Brasil e afirmou que o país oferece oportunidades. Segundo Carbonar, a Líbia deverá registrar um crescimento entre 10% e 15% nos próximos anos e ampliar sua produção de petróleo de 1,6 milhão barris por dia para dois milhões de barris por dia em 2014. O país tem aproximadamente US$ 150 bilhões em reservas internacionais e uma renda per capita de US$ 12 mil, a maior da África. O país exporta cerca de US$ 60 bilhões por ano e importa US$ 40 bilhões.

“Em 2012, a Líbia comprou quase US$ 450 milhões [do Brasil] em produtos e 85% disso foi em carnes e frangos. Existe um potencial para a agroindústria, também para eletrônicos, bens de capital, empresas de construção. Eles estão vindo buscar parcerias com o Brasil porque compreendem que o País tem uma força estabilizadora, atua harmoniosamente e exerce uma liderança pacífica no mundo”, afirmou Carbonar.
 
Fonte: Anba
 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Apetite moderado por risco sustenta bolsas de valores e commodities

 
 
 Por José de Castro, Lucinda Pinto, Téo Takar e Marcílio Souza | Valor


SÃO PAULO - Num dia fraco de notícias de impacto, investidores preferem recompor as carteiras com alguns ativos de risco que sofreram quedas expressivas ao longo da semana, o que ampara a alta das principais bolsas de valores e das moedas de maior rendimento.

Os mercados brasileiros seguem essa toada, com o dólar passando por um ajuste de baixa e o Ibovespa em alta moderada nesta sexta-feira. Os juros futuros, contudo, mantêm o viés de queda, em meio à percepção de que o Banco Central (BC) evitará um aperto monetário mais firme, a despeito da inflação elevada, denunciada hoje pelo IPCA-15 de abril, que subiu 0,51% e ficou no teto das estimativas de analistas consultados pelo Valor.

A temporada de balanços nos Estados Unidos traz um cenário misto, com as ações de GE, McDonald’s e IBM caindo após resultados que não animaram investidores, enquanto os papéis de Microsoft e Google avançam. Na Europa, a cena política ocupa as atenções, com o Parlamento italiano não conseguindo eleger o novo presidente do país numa terceira tentativa. Uma nova votação ocorrerá nesta tarde.

Os mercados acompanham ainda as discussões entre líderes do G-20, reunidos em Washington. Por ora, as notícias de lá impactam especialmente o mercado de câmbio e o dólar volta a se aproximar dos 100 ienes, depois que o ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, afirmou que o grupo das 20 principais economias do mundo não se opôs ao afrouxamento monetário do país, por entender que a medida visa estabilidade de preços.

Por volta de 10h50, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 tem taxa (de 7,79% na véspera) e o DI janeiro de 2015 projeta 8,27% (de 8,30%).
O dólar passa por um ajuste de queda ante o real, mas insuficiente para devolver o ganho de quase 1% da véspera, que impulsionou a moeda americana à máxima em duas semanas, perto de R$ 2,02. Na ausência de notícias decisivas aqui e lá fora, o mercado aproveita para realizar lucros, mas a queda apenas modesta sugere que investidores não veem motivos suficientes para recolocar o dólar abaixo de R$ 2,00 no curtíssimo prazo.
O dólar comercial caía 0,19%, a R$ 2,013. A Bovespa, por sua vez, pegava carona na recuperação das commodities e tentava corrigir a perda de 3,27% acumulada na semana até ontem.

Petrobras, OGX, construtoras e empresas de papel e celulose estão entre as maiores altas do dia. Vale também opera no azul, mas com ganho menos expressivo, enquanto os investidores aguardam a definição do marco regulatório do setor. O ministro Edison Lobão reiterou ontem que o documento deve sair em 15 dias. Já os bancos seguem no vermelho, acompanhando o ajuste dos juros após o Copom elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, abaixo da expectativa de 0,5 ponto do mercado.

O Ibovespa subia 0,55%, para 53.458 pontos, depois de marcar máxima de 53.821 pontos.
(José de Castro, Lucinda Pinto, Téo Takar e Marcílio Souza | Valor)

André Esteves: “O Brasil está bem”

André Esteves: “O Brasil está bem”

Presidente do BTG Pactual acredita que o país não merece ser visto com pessimismo pelo mundo – assim como não merecia toda euforia que despertou lá fora recentemente

Por Pedro Pereira

Não contem com André Esteves, o presidente do Banco BTG Pactual, para dar crédito à desconfiança que analistas internacionais passaram a manifestar em relação ao Brasil logo que a economia reduziu drasticamente seu ritmo de crescimento, no ano passado

“Você conversa com estrangeiros e vê um mau humor que não se justifica com relação ao Brasil.       Assim como  era  exagerada  aquela  euforia com o Brasil quando cresceu 7,5%. A realidade não está nem em um extremo,  nem  em  outro.   Mas  há  várias  evidências  de  que  o Brasil vive um bom momento”, sustentou Esteves,  convidado  especial  do  Fórum Brasil  de  AMANHÃ,  promovido  pelo  Instituto  e  pela Revista AMANHÃ nesta quinta-feira em Porto Alegre.

esteves-brasildeamanha13-350Nem mesmo o frustrante crescimento do PIB no ano  passado  justifica  o pessimismo na visão de André    Esteves.     Até  porque,  segundo   ele, trata-se de um fenômeno natural.  “É um aspecto conjuntural: crescemos acima do nosso potencial em 2010.  Nos anos seguintes você devolve esse crescimento”,  explica.               “Trata-se de um crescimento     artificial,       pois    o      aumento desenfreado  do  consumo   traz  como consequência altos  índices de inadimplência.   A seguir   os   benefícios,   como   crédito       para consumo, são reduzidos até que a    economia se reacomode novamente”, explicou.

Em uma palestra seguida de debate com o presidente da Brasil Foods, José Antônio do Prado Fay, e com o vice-presidente de Relações Institucionais da  Marcopolo, José Antônio Fernandes Martins,  André Esteves alinhou  algumas  das  evidências  positivas  que  vê  no  Brasil.    “A  gente  discute  o tamanho do superávit primário.

Mas é importante saber que temos superávit primário, e que somos o único país  nesta  situação entre as 20 maiores  economias  do  mundo”,  exemplificou.          Assinalou também que o setor público e as empresas brasileiras  são  pouco  endividadas,  em  contraposição  a países como Estados Unidos, Alemanha e Japão, entre  os  quais  o  endividamento  beira  e  até  ultrapassa  o  patamar de 100% do PIB.      A  ainda  baixa participação  do  crédito  na  economia  brasileira  e  a  solidez  do  sistema financeiro nacional são aspectos promissores na comparação com outros países quando o assunto é exposição a riscos, afirmou.

O  presidente  do  Banco  BTG  Pactual  manifestou sua crença em um crescimento de pelo menos 3% este ano –  “até  porque  a  base de comparação, de 2012, é baixa” – e aplaudiu a decisão do Banco Central de elevar em 0,25% a taxa  básica de juros. “Era preciso mostrar disposição e firmeza no combate à inflação e, nesse  sentido,  eu  até  teria  aumentado  m 0,5%, para não deixar dúvidas”, afirmou. Sobre a inflação, que ultrapassou o teto (6,5%) da meta brasileira, ele foi claro.      “A inflação deve ceder, mas não esperem que volte ao centro da meta (4,5%) rapidamente”, advertiu.

Para  reverter  as  expectativas  desfavoráveis  sobre   o país,  Esteves  acredita que o governo deve passar confiança a investidores e à sociedade como um todo. E a melhor forma de agir, para isso, é mostrar que as regras são claras e o ambiente de negócios, previsível. “É a velha história de vermos o copo meio vazio.   O Brasil vive o maior nível de renda de sua história. A gente tem que entender onde está – e a gente está bem”, garante.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

A partir de hoje, governo beneficia profissionais em área de tecnologia no exterior



 
 
Na nova modalidade, já em vigor a partir desta quinta-feira (18/4) a empresa ou o instituto de pesquisa em que o profissional trabalha continuará pagando o salário e o governo arcará com a bolsa. 

“Queremos dar a oportunidade e estimular as empresas a investir em pesquisa e desenvolvimento e contratar talentos que são os melhores estudantes que nós temos”, disse o ministro da Educação,  Aloizio Mercadante (foto).

Essa é a nova modalidade do Programa Ciência Sem Fronteiras (CsF), lançado no final de 2011 com o objetivo de oferecer mais de 100 mil bolsas em quatro anos para capacitação de brasileiros no exterior. 
O foco agora são profissionais de empresas e institutos de pesquisa que atuam em áreas consideradas prioritárias, como engenharia, biomédicas, computação e tecnologia, fármacos e biotecnologia.

A Bolsa de Desenvolvimento Tecnológico no Exterior foi anunciada pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva.

O objetivo da nova modalidade, explicou Oliva, é mirar nas instituições que fazem ciência sob demanda, ou seja, para atender a uma determinada necessidade do País. “O sistema de inovação tem um tripé: a universidade, as empresas e os institutos de pesquisa e tecnológicos, que fazem ciência sob demanda.”

As atuais modalidades do programa priorizam pessoas com vínculos com universidades, seja na graduação ou na pós-graduação, mas excluem quem faz pesquisa e desenvolvimento fora da academia.
“É para esse universo (empresas e institutos de tecnologia) que estamos desenhando esse novo modelo de bolsa”, afirmou Oliva.

Ainda não há data para o lançamento do primeiro edital da nova modalidade, mas a estimativa inicial é oferecer 7 mil bolsas.

Para realizar o intercâmbio, será exigido que a empresa ou o instituto mantenha o salário do profissional durante a temporada no exterior. O CsF, por sua vez, complementará com o valor da bolsa, que deve ser, no caso dos Estados Unidos, de US$ 1,3 mil e US$ 2,1 mil mensais, a depender do nível do profissional.

A nova bolsa abarca duas categorias de profissional: júnior e sênior.

No primeiro caso, será necessário ter curso superior e atuar em um das áreas consideradas prioritárias.
Já para ter direito à bolsa sênior, o profissional terá de comprovar pelo menos cinco anos de experiência em pesquisa e inovação nessas mesmas áreas.

A ideia é que esses profissionais passem uma temporada em empresas ou institutos no exterior para aperfeiçoamento e desenvolvimento de projetos direcionados.

“Ele (o bolsista) não sairá do Brasil para fazer um doutorado. Ele irá com um foco específico: fazer um sistema de automação, um sistema de controle, um dispositivo sensor para melhorar a produção”, exemplificou o presidente do CNPq.

O anúncio da nova bolsa ocorreu durante o lançamento do Portal de Estágios & Empregos do CsF (www.ee.cienciasemfronteiras.gov.br), em Brasília, do qual participaram os ministros Mercadante e Marco Antonio Raupp, da pasta Ciência, Tecnologia e Inovação.

Na página serão listadas vagas de estágios e empregos para bolsistas em todas as modalidades do CsF, em empresas parceiras. 

Segundo Mercadante, o portal tem uma área especifica para videoconferências, para as companhias entrevistarem os candidatos selecionados. 

Durante a cerimônia foi lançada uma área nova no portal do CsF, em que haverá informações como o número de bolsas oferecidas até o momento e os países e universidades para os quais os alunos bolsistas foram enviados. Acesse no endereço: www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/painel-de-controle.

Segundo Mercadante, na próxima semana será lançado o terceiro edital do programa. 
“Estamos chegando a um patamar de 40 mil bolsistas. A demanda pelo Ciência Sem Fronteiras é fortíssima.”

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Brasil e Argentina criam federação entre América do Sul, Oriente Médio e Norte da África

 
 
 
Os presidentes da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Marcelo Sallum, e da Câmara de Comércio Árabe Argentina, Edgard Omar Figueredo, assinaram, em Buenos Aires, o estatuto que cria a Federação das Câmaras de Comércio Árabes Sul-Americanas.

“A ideia é aproveitar os 88 anos de experiência da Câmara Argentina e os 60 da nossa entidade para motivar e ajudar os países sul-americanos a fundar suas câmaras árabes, assim teremos mais força na federação”, afirmou o diretor-geral da Câmara Brasileira, Michel Alaby (foto), que participou do evento de lançamento da federação no Clube Sírio-Libanês portenho.

De acordo com ele, o objetivo principal da entidade regional é aumentar o intercâmbio econômico e o turismo entre a América do Sul e os países árabes, e proporcionar um intercâmbio cultural entre as duas regiões.

A criação da federação foi prevista nas discussões da Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), encontro de chefes de estado e de governo das duas regiões realizado em 2005, no Brasil, em 2009, no Catar, e no ano passado, no Peru.

O próximo passo, segundo Alaby, será fomentar a instalação de câmaras de comércio árabes em outras nações sul-americanas, como Uruguai, Bolívia, Paraguai e Venezuela.

O ex-presidente da Câmara Brasileira Orlando Sarhan foi escolhido como presidente da federação, que terá Figueredo como vice-presidente e o próprio Alaby como secretário-geral. Foram indicados ainda três conselheiros, Rubens Hannun e Nahid Chicani, respectivamente vice-presidente de Comércio Exterior e diretor tesoureiro da Câmara Brasileira, e Sattam Al Kaddour, secretário-geral da Câmara Argentina.
 
Comex

Ações da indústria brasileira contra importados caem por falta de provas

 
 
 
Quase metade dos pedidos da indústria para que sejam adotadas barreiras contra importados é rejeitada ou retirada pelos próprios empresários antes de se transformarem em investigação no Ministério do Desenvolvimento, informou  a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres (foto).

A maioria dessas petições é arquivada após uma análise inicial, por não ser possível provar que as importações, mesmo em alta, foram a causa de problemas para seus competidores no Brasil ou causaram dano à produção nacional. 

“É uma angústia da indústria que chega até nós. O empresário vê o mercado se expandir, mas o seu crescimento não acompanha a demanda”, explicou a secretária.

Preocupada em preservar empregos na indústria nacional e promover o avanço econômico, a presidente Dilma pôs em prática, nos últimos dois anos, um conjunto de medidas, que, grosso modo, dificultam importações. 

Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram que o problema é global e praticamente triplicou neste ano o número de reclamações de membros contra medidas protecionistas de outros países. 

São 23 em 2012 contra oito no ano passado e dezessete em 2010. 
O Brasil, apesar de não ter sido alvo de nenhuma acusação formal de protecionismo, vem adotando, na visão de especialistas, uma postura cada vez mais fechada no mercado nacional, mas sem ferir as normas estabelecidas pelo órgão internacional.

“Existem medidas que são protecionistas, mas são legais, de acordo com a OMC. Elas estão dentro das regras do comércio internacional, como, por exemplo, o recente aumento do imposto de importação de cem produtos anunciado pelo Brasil”, diz Welber Barral, da consultoria BarralMJorge, referindo-se ao aumento de alíquota de importação de 12% para 25%, em média, para estimular a compra de produtos nacionais. 

Ele reconhece, porém, ser comum que em períodos de crise os países adotem posturas comerciais mais fechadas, podendo causar reclamações no órgão internacional. “Em um mercado mais competitivo, as nações querem proteger suas indústrias e também querem acabar com as barreiras que existem lá fora”, 
explica.

O ponto a ser destacado é que a lista de ações de Dilma não para na lista dos cem produtos. 
Além da lista, o governo brasileiro tem atuado, sempre legalmente, em outras frentes protecionistas, como o aumento de 30 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados e a taxação de transações financeiras em dólar, com o aumento do IOF.  
 
Fonte: Comex- redação, com agências.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Imposto de Renda: brasileiros no exterior devem prestar contas com a Receita


 
 
 
Da mesma forma, estrangeiros que vivem no Brasil estão obrigados a reunir os mesmos documentos de cidadãos brasileiros para declarar o Imposto de Renda.

Brasileiros que vivem no exterior são obrigados a apresentar informações ao fisco, especialmente se têm vínculos com seu país de origem. 

Mesmo que seus ganhos tenham origem em outra nação, é comum manter imóveis, ganhos de capital, dividendos, bens financeiros e contas bancárias no Brasil.
 
Segundo Bruno Drummond, sócio-diretor da Drummond CPA e especialista nas legislações financeiras do Brasil e EUA, o expatriado – quem reside legalmente em outro país – precisa apresentar à Receita a Declaração de Saída Definitiva do País , até o último dia de abril do ano-calendário seguinte ao da saída. Esta declaração substitui a do IR no Brasil e desobriga o expatriado de preenchê-la enquanto permanecer no exterior.
 
Quem sair do país permanentemente sem apresentar a Declaração de Saída no primeiro ano de sua ausência ainda será considerado residente do Brasil, e estará obrigado a prestar contas com o fisco, lembra Drummond, da CPA. Brasileiros nesta situação devem entregar a declaração no mesmo prazo que qualquer cidadão: até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 30 de abril.Drummond ressalta que o expatriado que tiver dependentes com CPF e que também estejam fora do Brasil no período devem ser mencionados na Declaração de Saída da Receita.
 
 COMO DECLARAR NOS EUA
 
Brasileiros que morem nos EUA devem prestar atenção às rígidas regras para declarar o Imposto de Renda à IRS (Internal Revenue Service), a Receita Federal norte-americana. A data para entrega do IR no país, referente ao ano-calendário anterior, termina no dia 15 de abril do ano seguinte.O prazo, contudo, é mais flexível.
 
"O contribuinte que, por algum motivo, não conseguir entregar a declaração até o prazo estipulado poderá preencher um formulário chamado pedido de extensão, onde informa o porquê da necessidade do adiamento”, explica Drummond.Geralmente, o fato de morar fora dos Estados Unidos é condição indispensável para a justificativa ser aceita, informa o especialista.  
 
Assim, a data de entrega pode se estender, normalmente, até 15 de junho do mesmo ano.O sócio-diretor da CPA ressalta que, para preencher a declaração do IR nos EUA, não é preciso ter um contador, mas o responsável por declarar deve se certificar – principalmente no caso de impostos de expatriados – que a pessoa que irá preparar o imposto deve conhecer a legislação em vigor, bem como direitos e deveres do contribuinte para que não incorra em multas e desagrados com a receita norte-americana como, por exemplo, auditorias.
 
DEDUÇÃO DE IMPOSTO 
 
Conforme a lei norte-americana, brasileiros que passaram no teste substancial de residência – já vivem nos EUA há mais de 183 dias – ou no de residência autêntica (conhecido como “bona-fide residency test”) têm direito a deduzir até US$ 95,1 mil de sua renda anual relacionada às receitas vindas do Brasil em 2012. “Além disso, o imposto para investidores, ao invés da tarifa fixa de 30% sobre ganho de capitais, terá variação de 0% a 28%”, complementa o consultor da CPA. 
 
NORTE-AMERICANOS NO BRASIL 
 
Norte-americanos que vivem no Brasil, aponta o especialista, devem ter as mesmas preocupações com a documentação de pessoas físicas brasileiras na hora de declarar o IR por aqui: CPF, informes de rendimento, relação de dependentes – se houver – e relação de bens (inclusive contas bancárias e investimentos).O prazo de entrega é o mesmo: 30 de abril. Pessoas com nacionalidade dos EUA podem deduzir gastos tanto da declaração do IR no Brasil como de seu país de origem. 
 
Entre eles, despesas com moradia (aluguel) e educação. “O cidadão americano, independente do local de residência, permanece com a obrigação de entregar a declaração do imposto de renda nos EUA”, diz Drummond.   
 
Fonte: IG