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Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
terça-feira, 30 de julho de 2013
Brasil e UE discutem acordo para comercialização de produtos orgânicos
Comil enviará ônibus rodoviários para testes por petrolíferas nos Emirados
A
Comil, uma das principais montadoras de ônibus do Brasil, enviará dois ônibus
rodoviários para os Emirados Árabes Unidos para serem testados no transporte de
funcionários de empresas petrolíferas.
As
unidades foram desenvolvidas com configurações especiais para rodar sob o forte
calor da região do Oriente Médio.
“Seguimos
as orientações que foram passadas pelo nosso agente local. Os ônibus estão sendo
construídos com detalhes que são únicos”, comenta Eduardo Duro Garcia, gerente
de Exportação.
Há
um ano, a Comil mantém uma empresa dos Emirados como sua representante. Foi a
partir daí que surgiu a oportunidade de mostrar seus veículos por lá.
Entre
os detalhes que compõem o modelo, chamado de Campione 3.45, estão um
ar-condicionado de alta potência, vidros duplos, poltronas com cinto de
segurança de três pontos e tanque de combustível produzido em aço inox.
Os
veículos contam também com um bar completo, além de sistema de áudio e vídeo
integrado.
Os
ônibus devem ficar prontos em setembro e seguirão para Abu Dhabi. De acordo com
Garcia, a empresa pretende que os veículos sejam testados pelo maior número
possível de clientes em potencial, para que possam conhecer as unidades e gerar
pedidos futuros, pois estes compradores renovam constantemente suas frotas,
conta o executivo.
“A
ideia é que os ônibus fiquem em demonstração de três a seis meses. Esperamos
que no início de 2014 já tenhamos os resultados destes testes e,
consequentemente, os primeiros pedidos”, revela Garcia.
De
acordo com o gerente da Comil, se somados todos os potenciais clientes que
possam ter interesse nos ônibus Campione, a demanda pode ser de 80 a 100 unidades.
No
entanto, ele aponta que esse número pode ser ainda maior. “Nada impede também
que os ônibus sejam utilizados por clientes que atuem em outros ramos (não
petrolífero). Isto abre uma possibilidade bastante significativa”, avalia. O
Campione 3.45 transporta 44 passageiros, além do motorista. O custo de
aquisição do modelo na fábrica é de cerca de US$ 230 mil.
Sobre a prospecção de outros negócios na região, Garcia conta que além de outros emirados, como Sharjah e Dubai, a Comil também tem interessem em atingir o mercado da Arábia Saudita.
No
passado, a empresa brasileira vendeu tanto ao mercado saudita quanto ao Catar,
mas atualmente não está exportando aos países árabes.
Segundo ele, a entrada dos veículos chineses, com seus baixos preços, desbancou a competitividade dos ônibus brasileiros no Oriente Médio, mas a situação parece estar mudando.
Segundo ele, a entrada dos veículos chineses, com seus baixos preços, desbancou a competitividade dos ônibus brasileiros no Oriente Médio, mas a situação parece estar mudando.
"Muitos
não gostaram e estão voltando ao produto brasileiro, que tem uma tradição de
robustez e qualidade no acabamento”, aponta.
Hoje, relata Garcia, a Comil exporta para todos os países da América Latina. “Da Argentina ao México”, diz o executivo.
Hoje, relata Garcia, a Comil exporta para todos os países da América Latina. “Da Argentina ao México”, diz o executivo.
O
México, aliás, tem a única planta da Comil fora do território brasileiro. A
fábrica mexicana funciona desde 2002. No Brasil, a sede da Comil fica em
Erechim, Rio Grande do Sul.
No ano passado, as exportações da Comil somaram R$ 126 milhões. A cifra representa cerca de 30% do faturamento total da empresa em 2012.
Siemens enfrenta processo por cartel e presidente pode perder o emprego
29/7/2013 11:06
Por Redação, com agências internacionais e BdF - de São Paulo e Berlim
Por Redação, com agências internacionais e BdF - de São Paulo e Berlim
O presidente-executivo da Siemens, Peter Loescher, planeja,
ainda que em vão, lutar por seu cargo na reunião do conselho de
supervisão na quarta-feira, publicou um jornal nesta segunda, depois do
grupo industrial alemão ter dito no fim de semana que iria demiti-lo. A
pressão sobre Loescher aumentou depois do executivo ter repetidamente
interpretado erroneamente o desenvolvimento da demanda nos principais
mercados do grupo. A gota d’água parece ter vindo na semana passada,
quando a Siemens cortou sua meta de margem de lucro para 2014.
Citando fontes da empresa, o jornal alemão Süddeutsche Zeitung
afirmou que Loescher só estava disposto a renunciar se o presidente do
conselho Gerhard Cromme, que o contratou há seis anos, também deixasse o
cargo. Caso contrário, Loescher esperava reunir a necessária maioria de
dois terços para evitar ser demitido, embora fontes da diretoria tenham
dito ao jornal que ele não tinha nenhuma esperança de sucesso. Fontes
disseram que vice-presidente financeiro Joe Kaeser, que passou toda
carreira na Siemens, era o candidato mais provável para substituir
Loescher, numa troca bem vista pelos analistas.
Loescher enfrenta, além do declínio financeiro, a denúncia de que a
empresa que dirige participou de um pesado esquema de corrução durante
sucessivos governos do PSDB, em São Paulo, em cumplicidade com outras
empresas internacionais na formação de um cartel para se apoderar de
licitações públicas no Metrô e trens. Há provas de crime, mas pouco que
sabe sobre a investigação. Há 20 anos, desde o governo Mário Covas e
mantido pelos governos de José Serra e Geraldo Alckmin, o esquema
envolve volumosas cifras pagas em propinas por aproximadamente 11
transnacionais, além do desvio de dinheiro público das obras do Metrô e
da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM).
A Siemens, que também fazia parte do esquema, revelou que as empresas
venciam concorrências com preços superfaturados para a manutenção e a
aquisição de trens e para a realização das obras de expansão de linhas
férreas tanto da CPTM, quanto do Metrô. Segundo investigações concluídas
na Europa, a teia criminosa também vinculada a paraísos fiscais, teria
onerado minimamente, até o momento, 50 milhões de dólares dos cofres
públicos paulistas.
Ademais, informações recentes de um inquérito realizado na França
apontam que parte da verba movimentada nas fraudes seria para manter a
base sólida do esquema no Brasil, formada pelos governadores tucanos,
funcionários de alto escalão do governo, autoridades ligadas ao PSBD e
diversas empresas de fachada montadas para atuar na trama. Dessa forma, o
financiamento de campanhas eleitorais aos governadores do PSDB foi
constante desde o início da fraude na tentativa de manter a
homogeneidade do esquema ilícito.
– Não dá para manter uma armação dessas sem uma base, um alicerce que
garanta a continuação das falcatruas. Por isso José Serra e Alckmin,
que se alteram no poder nos últimos anos, estão intimamente bancados e
ligados a essa tramoia – acusa Simão Pedro, secretário municipal de
Serviços.
Um dos executivos da Siemens, que prestou depoimentos ao Ministério Público paulista, confirma as acusações de Simão.
– Durante muitos anos, a Siemens vem subordinando políticos, na sua
maioria do PSDB e diretores da CPTM – relata ao jornal semanal Brasil de Fato (BdF).
Agora, diante de provas contundentes, sobre o que seria um dos
maiores crimes de corrupção da história envolvendo o transporte público
no Brasil, políticos da oposição, autoridades no assunto e parte dos
próprios metroviários questionam no momento a forma como a justiça
brasileira vem tratando o caso. Para eles, o episódio ganhou apenas mais
um capítulo com a delação da Siemens ao Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (CADE), pois a situação já é investigada e denunciada
com vigor desde 2008 por países europeus. Porém, no Brasil, algo parece
amarrar o andamento dos 15 processos abertos pelo Ministério Público, só
em São Paulo.
A transnacional francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola
CAF e a japonesa Mitsui são algumas das que fazem parte do esquema
delatado pela Siemens. Após ganhar uma licitação, essas empresas
geralmente subcontratavam uma outra para simular os serviços, e por meio
da mesma realizar o pagamento da propina.
Em 2002, no governo de Geraldo Alckmin, a alemã Siemens venceu a
disputa para manutenção preventiva de trens da CPTM. Para isso,
subcontratou à época a MGE Transportes. A Siemens teria pagado a MGE R$
2,8 milhões em quatro anos. Desse montante, ao menos R$ 2,1 milhões
foram distribuídos a políticos do PSDB e diretores da CPTM.
Diversos nomes foram citados na delação da transnacional alemã que
fariam parte da lista de pagamento de propinas das diversas empresas de
fachada. São eles: Carlos Freyze David e Décio Tambelli, respectivamente
ex-presidente e ex-diretor do Metrô de São Paulo; Luiz Lavorente,
ex-diretor de Operações da CPTM; além de Nelson Scaglioni, ex-gerente de
manutenção do Metrô paulista. Scaglioni, por exemplo, seria o
responsável por controlar “várias licitações como os lucrativos
contratos de reforma dos motores de tração do metrô, em que a MGE teria
total controle” diz trecho do documento da delação.
No mais, outro ponto do depoimento do executivo da Siemens que vazou à
imprensa cita Lavorente como o responsável por receber o dinheiro da
propina e fazer o repasse aos políticos do PSDB e partidos aliados.
Silêncio no Tribunal
Se as provas estão às claras, a pergunta que paira no ar é por que a
justiça brasileira, sendo previamente avisada por órgãos da justiça
internacional europeia sobre casos parecidos que pipocavam, em outros
lugares do mundo, envolvendo a Alstom, por exemplo, não tomou as devidas
providências e permitiu que novos contratos fossem realizados com o
governo paulista.
Em 2010, dois anos após as investigações terem se iniciado também no
Brasil, José Serra estabeleceu um contrato de R$ 800 milhões com a
Alstom para supostamente resolver o problema da superlotação dos trens
do metrô. A alternativa era aumentar a malha ferroviária e modernizar o
sistema do metrô nas linhas 1, 2 e 3.
Uma das exigências da Alstom, entretanto, era que os trens da
composição fossem reformados pela mesma para que se adequassem ao novo
sistema. “O orçamento apresentado pela transnacional francesa ficou mais
caro do que se fossem comprar novos trens, mesmo assim Alckmin aceitou e
bancou”, diz Paulo Pasim, secretário-geral do Sindicato dos
Metroviários de São Paulo.
Com o término da implantação do sistema previsto para 2011, até o
momento a empresa não viabilizou o prometido. “A Alstom não tinha as
mínimas condições técnicas para realizar o projeto e ganhar a licitação,
tanto é que estamos em 2013 e a empresa não conseguiu fazer o que foi
prometido”, afirma Pasim.
Diante dos fatos, a reportagem do Brasil de Fato tentou contato com
diversos promotores de Justiça para apurar sobre o andamento das
investigações já instauradas contra a Alstom. O responsável pela
investigação sobre a empresa francesa, o promotor Silvio Marques do
Ministério Público Estadual, não quis prestar declarações.
Outros dois promotores foram procurados pela reportagem, Marcelo
Mendroni, que investiga as irregularidades da linha 5 do Metrô, e
Roberto Bordini. Ambos também preferiram não comentar sobre o assunto.
Por fim, o promotor Saad Mazum, que investiga a improbidade
administrativa do caso não foi encontrado até o fechamento da edição do BdF.
– O único lugar que o processo de investigação não foi levado adiante
foi no Brasil. Nos outros países o desfecho foi mais rápido – lamenta
Pasim. Na Inglaterra, França e Suíça, as investigações concluíram que a
Alstom realizava pagamento de propina para ganhar licitações.
Também foi confirmado que os executivos da transnacional francesa
estavam envolvidos em lavagem de dinheiro e fraude na contabilidade da
empresa. O deputado federal Ivan Valente (PSOL) também reclama da demora
e do silêncio da justiça brasileira frente aos crimes. Ele aponta que
desde 2009 vem realizando uma série de denúncias contra as relações de
irregularidades envolvendo o PSDB, a Alstom e a Siemens em licitações de
obras públicas.
– Até agora esperamos resposta do promotor do processo Silvio Marques, mas sem sucesso – reclama.
Para Valente, é necessário, diante dessas novas denúncias, cobrar com
rigor a Justiça para que todos os envolvidos sejam punidos
verdadeiramente.
– Não cabe ao Cade ou ao Ministério Público conceder delação premiada
a Siemens ou fazer acordo e aplicar multa às transnacionais envolvidas
num caso de corrupção milionário como esse. Todos têm que pagar,
inclusive Serra e Alckmin – cobra.
Siemens delatou
Ao expor à Justiça os detalhes do cartel formado por diversas
transnacionais para avançar sobre licitações públicas envolvendo o metrô
de São Paulo e os trens da Companhia Paulista de Transportes
Metropolitano (CPTM), a alemã Siemens ficará livre de possíveis
processos referentes ao caso.
Para o deputado federal Ivan Valente, não resta dúvida de que a
Siemens agiu muito mais em busca de uma situação favorável a ela do que
por um sentimento de honestidade ou arrependimento por fazer parte das
irregularidades.
– A atitude da Siemens é a tentativa de limpar a barra
dela caso a situação viesse a público de outra forma, ainda mais nesse
clima anticorrupção que vivemos nas ruas – imagina o deputado.
Ademais, a Siemens teria a intenção de formar um clima favorável para
ganhar futuras licitações públicas no âmbito do transporte público na
esteira dos grandes eventos esportivos, Copa do Mundo e Olimpíadas. Não
por acaso, as empresas denunciadas pela Siemens: Alstom, Bombardier, CAF
e a Mitsu apresentaram projeto para as obras do trem-bala entre São
Paulo e Rio de Janeiro, que será licitado em agosto.
– Por isso, de olho nos diversos negócios futuros no Brasil, a Siemens não queria se comprometer – conclui Valente.
Eike Batista e a fábula de Midas
Esta parábola poderia muito bem ser apropriada por Eike Batista, quem há pouco mais de um ano foi considerado o oitavo homem mais rico do mundo
Era uma
vez um monarca muito ganancioso conhecido como Midas, cujo sonho era ter
toda a riqueza do mundo. Certo dia encontrou nos jardins de seu palácio
um fauno (divindade com o dom da profecia), o qual havia fugido da
morada de Dionísio, e que por este era muito estimado. Ao devolvê-lo,
Dionísio concedeu-lhe como recompensa e gratidão a realização de um
único desejo, qualquer que fosse. Sem pestanejar, pediu para tudo em que
tocasse fosse convertido em ouro. Desejo concedido voltou a seu
palácio, transformando os objetos ao seu redor. Após pouco tempo começou
a notar as dificuldades ao realizar tarefas básicas como comer e beber,
transformando em metal um simples pedaço de pão.
Esta
parábola poderia muito bem ser apropriada por Eike Batista, quem há
pouco mais de um ano foi considerado o oitavo homem mais rico do mundo,
com patrimônio estimado em U$ 34,5 bilhões de dólares. Com o poder e
ganância (exibidas pelo Mercedes Benz em sua sala de estar e suas
declarações nada modestas), literalmente tudo o que tocava parecia virar
ouro, com suas empresas e ações valorizando-se dia a dia. Admirado,
cobiçado, laureado e elevado à categoria de ícone nacional do
empreendedorismo, foi comparado a personagens históricos como Visconde
de Mauá, que viveu na época de Dom Pedro II.
Apesar do colapso
premente, assim como a incerteza na continuidade das operações de suas
empresas, era brilhante o modelo de negócios arquitetado pelo mega
empresário, o qual visava criar um conglomerado diversificado e único,
construindo através da exploração de seus recursos internos e da
integração entre suas unidades, importantes barreiras de entradas a seus
oponentes, em setores já complexos por natureza. Elegi duas estratégias
que melhor se aplicam ao caso, conhecidas na teoria como integração
vertical e modelo VRIO, exploradas a seguir.
Integração Vertical: esta
estratégia passa pela integração dos diversos elos da cadeia de valor,
considerando cadeia como o conjunto de atividades para levar um produto
ou serviço desde a matéria-prima até o consumidor final. Uma das
vantagens em integrar as várias etapas está na redução das variações de
preços devido ao aumento da demanda, quebras de safra, variações
cambiais ou custos de oportunidade. Esta estratégia pode ser utilizada a
jusante ou a montante, à medida que se avança ou se retrocede nos elos
da cadeia.
Vejamos como isto funcionaria na prática. A petroleira
OGX compraria plataformas do estaleiro OSX; que estaria localizado no
porto em construção da LLX; que escoaria a produção da mineradora MMX;
que contrataria a energia da geradora MPX; que utilizaria o gás
explorado pela OGX.
A paródia com o poema “Quadrilha” de Carlos
Drummond de Andrade: “João amava Teresa que amava Raimundo que amava
Maria que amava Joaquim”, é mera coincidência, o que não se pode dizer
da integração a jusante e a montante, as quais tornariam o grupo
altamente eficiente e rentável, controlando seus custos através da
manutenção dos preços de seus principais insumos, reduzindo seus custos
de transportes, logística e matéria-prima, assim como revendendo sua
capacidade excedente aos competidores a preços de mercado, utilizando-se
do oportunismo por deter os elos da cadeia produtiva.
VRIO: esta
teoria menciona que uma empresa deve possuir recursos que sejam
valiosos, raros, difíceis de imitar e explorados pela organização.
Campos de petróleo, complexos portuários, mineradoras e geradoras de
energia são por si ativos que se enquadram nessa definição. Juntos ou
integrados dariam ao grupo EBX vantagens competitivas sustentáveis e
duradouras. Infelizmente o empresário e seu grupo de executivos não
conseguiu ou não teve tempo para colocar em prática os projetos,
falhando na última letra do acrônimo, a qual trata da capacidade da
organização da empresa no suporte à exploração dos recursos.
A
falha na entrega dos projetos e as previsões super dimensionadas de seus
poços de petróleo fez com que o feitiço se virasse contra o feiticeiro,
provocando um efeito dominó em suas empresas, as quais interligadas
começaram a cair como um castelo de cartas. Enfim, a história do mega
empreendedor ainda terá muitos desdobramentos, servindo de pano de fundo
como estudo de caso verdadeiramente verde e amarelo.
Voltando à
história de Midas, chamou à atenção a queda surpreendente na fortuna de
Eike, apurada pela agência Bloomberg em U$ 220 milhões. Apesar de o
valor ser suficiente, conforme reportagem de Bárbara Ladeia, para
realizar 1996 viagens suborbitais, passar três anos e meio bebendo uma
garrafa diária do vinho mais caro do mundo, arrematar a ilha grega de
Skorpios ou dar perda total em 149 Mercedes Benz iguais ao dirigido por
seu filho Thor em um acidente, a corrosão em seu legado é surreal.
Como
efeito de comparação e trazendo os valores ao mundo real, teriam
sobrado míseros seis mil reais, a uma pessoa que tivesse um patrimônio
de um milhão, soma insuficiente para dar entrada em um carro popular.
Isto doeria no bolso de qualquer ser humano, agora imagine em alguém com
a cobiça do tamanho de Eike, para quem talvez tivesse sido melhor
morrer de fome, porém rico, muito rico. Tal qual a fábula de Midas.
INVESTIMENTO BRASILEIRO NO EXTERIOR AUMENTA 60%
"A internacionalização é um caminho que vem sendo trilhado por todos os
emergentes, e aqueles que não fizerem terão dificuldades em competir
mais à frente. E o Brasil ainda faz pouco".
Com um cenário
interno mais morno e várias barreiras de competitividade no país, como a
inflação e o aumento dos custos, as empresas brasileiras aproveitam
para expandir os negócios no exterior. É o que apontam os dados mais
recentes do BC relativos aos investimentos brasileiros diretos no
exterior. A parte desse montante destinada ao aumento de capital em
outros países - aplicações feitas na criação, ampliação ou aquisição de
novos negócios - teve aumento de 60,6% no primeiro semestre de 2013 ante
o mesmo período em 2012.
Até
junho as empresas com sede no Brasil investiram US$ 11,3 bilhões em
novos negócios no exterior, retomando um processo de internacionalização
que, após uma leva de expansão em 2010 e 2011, havia perdido fôlego no
ano passado. "Várias razões têm levado as empresas brasileiras a
buscarem espaço fora", diz Luis Afonso Lima, presidente da Sobeet. "Pode
ser um mercado que já está saturado no Brasil, pode ser para estar mais
próximo da matéria-prima, ou então para buscar em outros países
expertise que não temos aqui." É o que acontece, por exemplo, com o
setor de tecnologia da informação, diz Lima, citando o exemplo da
Stefanini, empresa brasileira de tecnologia que fez diversas aquisições
internacionais desde 2009, focadas principalmente no mercado dos Estados
Unidos. O setor tem pouco peso na balança comercial, mas seu tamanho
triplicou em 2013: os investimentos das companhias nacionais de TI em
outros países passaram de US$ 11 milhões no primeiro semestre de 2012
para R$ 32 milhões nos seis primeiros meses deste ano.
"É
natural imaginar brasileiros investindo no exterior", diz Fábio
Silveira, analista da GO Associados. "O risco do país piorou sob a ótica
internacional, passa por piora doméstica, por período de inflação alta.
Tudo isso estimula o investidor a pôr mais dinheiro lá fora." Isso não
significa, porém, que esteja ocorrendo um desinvestimento no país e uma
fuga do capital para outras regiões. "Os investimentos internos
desaceleraram, mas não estão caindo", destaca Lima. Ele lembra que o
nível de internacionalização das empresas brasileiras é ainda muito
pequeno, mesmo se comparado a outros países emergentes.
Entre
2011 e 2012, enquanto os emergentes aumentaram a sua participação no
bolo total de investidores externos de 25,2% para 30,6% - os Brics
passaram de 12,9% para 15,5% -, o Brasil perdeu espaço, com queda de US$
3 bilhões no total de capitais aplicados fora do país, segundo dados da
Unctad. "A internacionalização é um caminho que vem sendo trilhado por
todos os emergentes, e aqueles que não fizerem terão dificuldades em
competir mais à frente. E o Brasil ainda faz pouco", afirma Lima.
(Fonte: Valor Econômico)
"A internacionalização é um caminho que vem sendo trilhado por todos os
emergentes, e aqueles que não fizerem terão dificuldades em competir
mais à frente. E o Brasil ainda faz pouco".
Com um cenário interno mais morno e várias barreiras de competitividade no país, como a inflação e o aumento dos custos, as empresas brasileiras aproveitam para expandir os negócios no exterior. É o que apontam os dados mais recentes do BC relativos aos investimentos brasileiros diretos no exterior. A parte desse montante destinada ao aumento de capital em outros países - aplicações feitas na criação, ampliação ou aquisição de novos negócios - teve aumento de 60,6% no primeiro semestre de 2013 ante o mesmo período em 2012.
Até junho as empresas com sede no Brasil investiram US$ 11,3 bilhões em novos negócios no exterior, retomando um processo de internacionalização que, após uma leva de expansão em 2010 e 2011, havia perdido fôlego no ano passado. "Várias razões têm levado as empresas brasileiras a buscarem espaço fora", diz Luis Afonso Lima, presidente da Sobeet. "Pode ser um mercado que já está saturado no Brasil, pode ser para estar mais próximo da matéria-prima, ou então para buscar em outros países expertise que não temos aqui." É o que acontece, por exemplo, com o setor de tecnologia da informação, diz Lima, citando o exemplo da Stefanini, empresa brasileira de tecnologia que fez diversas aquisições internacionais desde 2009, focadas principalmente no mercado dos Estados Unidos. O setor tem pouco peso na balança comercial, mas seu tamanho triplicou em 2013: os investimentos das companhias nacionais de TI em outros países passaram de US$ 11 milhões no primeiro semestre de 2012 para R$ 32 milhões nos seis primeiros meses deste ano.
"É natural imaginar brasileiros investindo no exterior", diz Fábio Silveira, analista da GO Associados. "O risco do país piorou sob a ótica internacional, passa por piora doméstica, por período de inflação alta. Tudo isso estimula o investidor a pôr mais dinheiro lá fora." Isso não significa, porém, que esteja ocorrendo um desinvestimento no país e uma fuga do capital para outras regiões. "Os investimentos internos desaceleraram, mas não estão caindo", destaca Lima. Ele lembra que o nível de internacionalização das empresas brasileiras é ainda muito pequeno, mesmo se comparado a outros países emergentes.
Entre 2011 e 2012, enquanto os emergentes aumentaram a sua participação no bolo total de investidores externos de 25,2% para 30,6% - os Brics passaram de 12,9% para 15,5% -, o Brasil perdeu espaço, com queda de US$ 3 bilhões no total de capitais aplicados fora do país, segundo dados da Unctad. "A internacionalização é um caminho que vem sendo trilhado por todos os emergentes, e aqueles que não fizerem terão dificuldades em competir mais à frente. E o Brasil ainda faz pouco", afirma Lima.
Com um cenário interno mais morno e várias barreiras de competitividade no país, como a inflação e o aumento dos custos, as empresas brasileiras aproveitam para expandir os negócios no exterior. É o que apontam os dados mais recentes do BC relativos aos investimentos brasileiros diretos no exterior. A parte desse montante destinada ao aumento de capital em outros países - aplicações feitas na criação, ampliação ou aquisição de novos negócios - teve aumento de 60,6% no primeiro semestre de 2013 ante o mesmo período em 2012.
Até junho as empresas com sede no Brasil investiram US$ 11,3 bilhões em novos negócios no exterior, retomando um processo de internacionalização que, após uma leva de expansão em 2010 e 2011, havia perdido fôlego no ano passado. "Várias razões têm levado as empresas brasileiras a buscarem espaço fora", diz Luis Afonso Lima, presidente da Sobeet. "Pode ser um mercado que já está saturado no Brasil, pode ser para estar mais próximo da matéria-prima, ou então para buscar em outros países expertise que não temos aqui." É o que acontece, por exemplo, com o setor de tecnologia da informação, diz Lima, citando o exemplo da Stefanini, empresa brasileira de tecnologia que fez diversas aquisições internacionais desde 2009, focadas principalmente no mercado dos Estados Unidos. O setor tem pouco peso na balança comercial, mas seu tamanho triplicou em 2013: os investimentos das companhias nacionais de TI em outros países passaram de US$ 11 milhões no primeiro semestre de 2012 para R$ 32 milhões nos seis primeiros meses deste ano.
"É natural imaginar brasileiros investindo no exterior", diz Fábio Silveira, analista da GO Associados. "O risco do país piorou sob a ótica internacional, passa por piora doméstica, por período de inflação alta. Tudo isso estimula o investidor a pôr mais dinheiro lá fora." Isso não significa, porém, que esteja ocorrendo um desinvestimento no país e uma fuga do capital para outras regiões. "Os investimentos internos desaceleraram, mas não estão caindo", destaca Lima. Ele lembra que o nível de internacionalização das empresas brasileiras é ainda muito pequeno, mesmo se comparado a outros países emergentes.
Entre 2011 e 2012, enquanto os emergentes aumentaram a sua participação no bolo total de investidores externos de 25,2% para 30,6% - os Brics passaram de 12,9% para 15,5% -, o Brasil perdeu espaço, com queda de US$ 3 bilhões no total de capitais aplicados fora do país, segundo dados da Unctad. "A internacionalização é um caminho que vem sendo trilhado por todos os emergentes, e aqueles que não fizerem terão dificuldades em competir mais à frente. E o Brasil ainda faz pouco", afirma Lima.
(Fonte: Valor Econômico)
Lucro do Itaú no 1º semestre é maior que a economia de 33 países
Matheus Lombardi e Luiza Calegari
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Produto Interno Bruto em 2012
País | PIB (em US$ milhões) |
Eritréia | 3.092 |
Guiana | 2.851 |
Aruba | 2.584 |
Burundi | 2.472 |
Lesoto | 2.448 |
Maldivas | 2.222 |
República Centro-africana | 2.139 |
Cabo Verde | 1.897 |
Butão | 1.780 |
Libéria | 1.767 |
Belize | 1.448 |
Timor Leste | 1.293 |
Djibuti | 1.239 |
Santa Lúcia | 1.186 |
Antígua e Barbuda | 1.176 |
Seychelles | 1.032 |
Ilhas Salomão | 1.008 |
Gâmbia | 917 |
Guiné-Bissau | 897 |
Granada | 790 |
Vanuatu | 785 |
São Cristóvão e Névis | 748 |
São Vicente e Granadinas | 713 |
Samoa | 677 |
Ilhas Comores | 596 |
Dominica | 480 |
Tonga | 472 |
Micronésia | 327 |
São Tomé e Príncipe | 264 |
Palau | 228 |
Ilhas Marianas do Norte | 187 |
Kiribati | 176 |
Tuvalu | 37 |
- Fonte: Banco Mundial
De acordo com um levantamento feito pelo UOL, com
dados do Banco Mundial, os ganhos do maior banco privado brasileiro
apenas nos seis primeiros meses do ano (cerca de US$ 3,11 bi) são
maiores do que o PIB (Produto Interno Bruto) de Aruba, Cabo Verde e
Butão, por exemplo.
Os 33 países mais pobres do mundo ficam principalmente na África, Oceania, Ásia e América Central.
Em 2012, a economia brasileira foi considerada a 7ª maior do mundo
(atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Reino Unido).
Bradesco ganha de 30 países
O lucro líquido do Bradesco de R$ 5,86 bilhões, no 1º semestre, foi o maior da história do banco para o período.
O resultado do segundo maior banco privado brasileiro é maior do que a economia de 30 países do mundo.
Bancos brasileiros estão entre os que mais ganham com juros no mundo
Os juros cobrados pelos bancos brasileiros são um dos fatores que fazem os lucros serem cada vez maiores.Segundo um levantamento do blog Achados Econômicos, o Itaú, apesar de ser só o 39º maior banco do mundo no ranking geral da revista britânica "The Banker", é o 13º quando o assunto é cobrança de juros.
O conglomerado financeiro recebeu US$ 27,687 bilhões com empréstimos no ano passado.
Os três maiores bancos do país (Itaú, BB e Bradesco) ganharam juntos US$ 72 bilhões com juros em 2012.
Entenda como é feito o cálculo do PIB
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços
produzidos em um país durante certo período. Isso inclui do pãozinho até
o apartamento de luxo.
O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular
a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é
levada em conta. No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra
na contabilidade.
Um carro de 2011, por exemplo, não é computado no PIB de 2012, pois o
valor do bem já foi incluído no cálculo daquele outro ano.O primeiro fator que influencia diretamente a variação do PIB é o consumo da população. Quanto mais as pessoas gastam, mais o PIB cresce. Se o consumo é menor, o PIB cai.
O consumo depende dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam menos juros nas prestações, o consumo é maior e o PIB cresce. Com salário baixo e juro alto, o gasto pessoal cai e o PIB também. Por isso os juros atrapalham o crescimento do país.
Os investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se as empresas crescem, compram máquinas, expandem atividades, contratam trabalhadores, elas movimentam a economia. Os juros altos também atrapalham aqui: os empresários não gastam tanto se tiverem de pagar muito pelos empréstimos para investir.
Os gastos do governo são outro fator que impulsiona o PIB. Quando faz obras, como a construção de uma estrada, são contratados operários e é gasto material de construção, o que ele eleva a produção geral da economia.
As exportações também fazem o PIB crescer, pois mais dinheiro entra no país e é gasto em investimentos e consumo.
Relativa calmaria
Relativa calmaria
Toda “política econômica”, por definição, é
“política” por envolver marcos institucionais, onde tanto podem se fazer
presentes formas de intervencionismo estatal quanto modos mais livres
de funcionamento do mercado, assim como o respeito ou desrespeito ao
direito de propriedade. É graças ao modo mediante o qual os cidadãos
tecem as suas relações institucionais e constitucionais que os processos
propriamente econômicos encontram o seu lugar de funcionamento.
Se tal formulação já é verdadeira no marco mais geral, ganha ela
particular significação quando vista na perspectiva de períodos
pré-eleitorais e, mais precisamente, de crise, como essa enfrentada pela
sociedade brasileira pós-jornadas de junho-julho. Note-se que estas
últimas puseram a nu um sério problema de representação política, com os
políticos e governantes em geral mostrando-se como separados, diria
mesmo desapegados, em relação aos cidadãos do país.
O governo federal (e os estaduais e municipais), diante deste quadro,
se mostrou desorientado, dissociando-se dos clamores populares. O país
entrou em uma disputa partidária sobre a reforma política que nem nas
ruas apareceu. O descolamento aumentou.
Mais particularmente, o país encontra-se em um processo de baixo
crescimento econômico, a inflação encontra-se longe do centro da meta,
com o governo contentando-se em dizer que ela não passará do teto da
mesma meta, o que é uma evidente distorção. O emprego já começa a dar
mostras de desaceleração, mantendo-se estável, com uma leve tendência de
queda. O alarme já soou em um contexto que se apresenta como difícil de
reeleição, em um jogo que, a persistir a atual situação, encontra-se
zerado.
Decisões econômicas são urgentes. Seu componente político é inegável.
O cálculo eleitoral comparece imediatamente. Ocorre que decisões que
visem ao bem comum deveriam ser tomadas em suas perspectivas de médio e
longo prazos. Ora, são bem essas que desaparecem do horizonte. O passado
recente do país, envolvendo tanto o PMDB (Plano Cruzado e outros do
governo Sarney) como o PSDB (crise cambial do governo FHC), mostra o
quanto, por razões eleitorais, decisões econômicas maiores são
postergadas, mergulhando o país, no presente dessas mesmas decisões, na
crise e no imediatismo.
Como se já não bastassem a inércia econômica e as soluções
“criativas” como a da contabilidade fiscal, o governo atual enfrenta-se
com anseios cidadãos, não atendidos, que podem irromper novamente a
qualquer momento, e muito provavelmente nos meses anteriores às eleições
do ano próximo, quando dos preparativos e no próprio Mundial. O que
esperar?
País entrou em uma disputa partidária sobre a reforma política quem nem nas ruas apareceu. O descolamento aumentou .
O governo optou por uma política econômica dirigista no nível
estatal, não hesitando em interferir nos mecanismos de mercado, diante
dos quais guarda uma desconfiança visceral. Responde aos problemas do
mercado com mais intervencionismo, agravando os problemas que procura
resolver. Quanto mais procura regular, mais desregulamentação produz. Os
impasses e dilemas não cessam de se reproduzir. Vejamos alguns,
salientando o seu caráter propriamente político.
Inflação. Não é de interesse político do governo que a inflação fuja
do controle, embora não tome medidas que propriamente possam trazê-la
para o centro da meta, salvo através de intervencionismos pontuais como a
redução do preço da energia elétrica e a desoneração tributária de
alguns setores, entre outros. A equação é política, porque um aumento da
inflação recai predominantemente sobre as classes mais desfavorecidas,
que sentem no bolso o aumento do custo de vida. Ora, essas classes são
beneficiárias do Bolsa Família e constituem a nova classe ascendente. A
inflação surge, então, como um problema político-eleitoral. O que faz o
governo? Em vez de diminuir o peso da máquina estatal, reduzindo o seu
custeio, responde com mais intervencionismo, e alimentando o processo
inflacionário que busca equacionar.
Consumo da classe média. Muito tem sido criticado o fato de o governo
privilegiar o crescimento da economia apostando no consumo em vez do
investimento. O modelo baseado no consumo está dando mostras de
esgotamento, visível nos pífios índices de crescimento do PIB. As
autoridades econômicas, diante desse fato, só estão dando respostas
pirotécnicas, falando idilicamente de um crescimento futuro que se
desmente a cada dia. Perdem legitimidade e nada transmitem de confiança,
elementos essenciais para uma economia de livre mercado.
Do ponto vista social, não parece haver, no curto prazo, horizonte
para que isto se altere, salvo se a presidente optar por uma posição de
estadista, alterando o rumo da política econômica, visando ao longo
prazo. Ocorre que sua base eleitoral está ancorada em uma política
expansionista de consumo, que se traduz em maior compra de automóveis,
fogões, geladeiras, etc. Não é casual que, depois do Minha Casa Minha
Vida, o governo adote uma política de equipamento eletrodoméstico dessas
mesmas moradias. Os empréstimos bancários se multiplicam e as dívidas
dos que os contraem só aumentam. A longo prazo, é altamente
problemático, a curto rende dividendos eleitorais.
Responsabilidade fiscal. Nesse contexto, falar de responsabilidade
fiscal torna-se, quando muito, um exercício de retórica, visando a
transmitir uma confiança inexistente. Aliás, os cortes anunciados, da
ordem de R$ 10 bilhões, só frustram ainda mais as expectativas. Há uma
razão política de fundo para que isto aconteça, pois o governo nem bem
consegue implementar as suas próprias políticas, por problemas evidentes
de gestão. Boas iniciativas como privatização dos aeroportos, rodovias e
nova lei dos portos tendem a ficar presas no emaranhado da
incompetência e da burocracia. Faz parte dela também uma desconfiança em
relação ao lucro.
Nesse meio tempo, as ruas estão cada vez mais dissociadas do que está
sendo discutido no mundo político. A relativa calmaria atual pode ser o
prenúncio de novas tempestades futuras.
Fonte: O Globo, 29/07/2013
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