domingo, 4 de agosto de 2013

Mundo: Tratado de Livre Comércio entre UE-Colômbia favorece Portugal, diz a Proexport

Mundo: Tratado de Livre Comércio entre UE-Colômbia favorece Portugal, diz a Proexport

Proexport - Colômbia01/08/13 - 11:21,
O Tratado de Livre Comércio entre a UE e a Colômbia, que entra hoje em vigor, cria um “terreno fértil” para os negócios com Portugal, disse a presidente da Proexport, entidade colombiana para as exportações.
A partir de hoje, deixa de haver barreiras comerciais entre a União Europeia e a Colômbia, com a entrada em vigor do Tratado de Livre Comércio entre os dois blocos, acordo que permite abrir o mercado de exportações.
 
Até ao final do período de transição, serão eliminados os direitos aduaneiros em produtos de indústria e pesca, e o comércio de produtos agrícolas terá uma circulação mais aberta, o que permitirá às empresas uma economia anual de mais de 500 milhões de euros, de acordo com a Proexport, entidade estatal colombiana que tem como missão captar investimento estrangeiro e ajudar a incrementar as exportações.
 
María Claudia Lacouture sublinhou que “Portugal e a Colômbia sempre tiveram excelentes relações”. Com este acordo, “estamos hoje, historicamente, mais próximos”, adiantou. Com “a visita do Presidente Juan Manuel Santos a Portugal, passando pela missão empresarial a Bogotá com o Presidente Cavaco Silva em abril de 2013″, as relações entre os dois países saíram reforçadas.
 
Além disso, na VII cimeira da Aliança do Pacífico, realizada em maio, “foi com grande satisfação e total apoio do governo colombiano que Portugal foi aceite como observador da Aliança do Pacífico, um bloco económico composto por Colômbia, o México, o Chile e o Peru e que representa hoje a oitava maior economia à escala global”, apontou a presidente da Proexport.
 
“Portugal, como observador, poderá converter-se numa porta de entrada da América do Sul na Europa, mas também em África, mercado que está nos radares da Aliança do Pacífico”, acrescentou.
 
“A fechar com uma verdadeira ‘chave de ouro’ este importante ciclo, surge o Tratado de Livre Comércio com a Europa, acordo que abre um extraordinário leque de oportunidades e cria terreno fértil para negócios mais frutíferos, tanto para Portugal, como para a Colômbia”.
 
Questionada se este acordo vai reforçar as relações comerciais entre os dois países, María Claudia Lacouture afirmou perentoriamente que “sim”.
 
“Em primeiro lugar porque este acordo comercial não só lidera uma franca redução e eliminação de taxas alfandegárias como alarga o leque de oportunidades de negócios, fornecendo um cunho institucional sólido e intemporal às relações comerciais entre mercados, fundamentadas na confiança, segurança e na garantia de bons resultados”.
 
Por isso, considera que o aprofundar das relações entre Lisboa e Bogotá “vai ser natural, pois Portugal e Colômbia, na sua aproximação, descobriram muitas complementaridades”.
 
Para Portugal, “as oportunidades na Colômbia são muito expressivas em setores como o florestal, agroindústria, hortofrutícola, hotelaria e turismo, BPO, software e serviços TI”.
 
Por outro lado, a Colômbia poderá tornar-se “num fornecedor estratégico de frutas, hortaliças, têxteis, vestuário, indústrias e serviços para os mais exigentes empresários europeus que procuram produtos de alta qualidade e valor acrescentado”.
 
Além disso, “foram identificadas oportunidades para que a Colômbia seja um importante fornecedor de flores e de produtos de ferro e aço de Portugal”, acrescentou.
Fonte: OJE

ACORDO CONTRA PROTECIONISMO DEIXA BRASIL E ARGENTINA ISOLADOS NO 'G-20'




O Brasil e a Argentina estão isolados no G-20, grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes, na rejeição de estender até 2016 um compromisso para os países não adotarem medidas afetando comércio e investimentos. Desde 2008, em cada cúpula de líderes do G-20, o grupo das nações que representam 90% da produção mundial se compromete a rejeitar o protecionismo. Foi renovado em Los Cabos (México), no ano passado, até o fim de 2014, incluindo a promessa de voltar atrás em qualquer nova medida protecionista adotada antes.

Agora, para a cúpula de setembro em São Petersburgo (Rússia), está na mesa de negociações a proposta de estender o compromisso por dois anos, em meio ao reconhecimento de que a economia global não saiu da crise, continua debilitada e o comércio internacional se expande lentamente. Esse compromisso é considerado importante do ponto de vista político, mesmo se sempre foi um fracasso.

A OMC mostra que mais de cem medidas restritivas ao comércio foram implementadas pelos países do G-20 nos últimos sete meses. O Brasil sempre resistiu ao compromisso de "standstill", conforme o jargão da OMC. Dessa vez, posição brasileira "surpreende" certos negociadores por pelo menos duas razões.

De um lado, o país isola-se com a Argentina numa situação vista como desnecessária e alimentando fricções, quando o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, recentemente anunciou que agora, com o real se desvalorizando, planeja reduzir algumas tarifas de importação para aliviar o custo de setores industriais. Além disso, o brasileiro Roberto Azevedo, novo diretor-geral da OMC, deverá ser um dos maiores defensores do entendimento anti-protecionismo. Azevedo participará em São Petersburgo de seu primeiro G-20, com o óbvio discurso de qualquer chefe da OMC, de que o comércio pode ser um motor de crescimento e uma fonte de força para a economia global, e não ser visto como uma fonte de instabilidade e tensão. Azevedo deve pedir aos chefes de Estado e de governo apoio para que um acordo de liberalização seja possível na conferência ministerial da OMC em dezembro, em Bali (Indonésia), para manter a credibilidade do sistema multilateral.


Do lado brasileiro, a avaliação é que compromisso anti-protecionista é desequilibrado. Ou seja, o G-20 quer renovar o acordo para não se aumentar as tarifas, mas não fala nada sobre a elevação de subsídios na agricultura. Para fonte brasileira, uma coisa é exercer o direito de subir, ou reduzir, alíquota na margem estabelecida em acordos na OMC. Outra é aceitar um princípio que era aceitável em 2008, na expectativa de conclusão da Rodada Doha um ano depois, o que continua longe de acontecer. Fonte brasileira confirma que Brasília e Buenos Aires são explicitamente contra o compromisso que o G-20 quer renovar, mas diz que existem países, como a África do Sul, por exemplo, que também se sente "desconfortável".


(Fonte: Valor Econômico)

sábado, 3 de agosto de 2013

OSX negocia devolver até metade da sua área no porto do Açu


RENATA AGOSTINI
DE BRASÍLIA


A OSX, empresa de construção e serviços navais de Eike Batista, negocia a devolução de até metade do terreno que hoje ocupa no porto do Açu, segundo apurou a Folha com fontes que participam da operação.
O porto pertence a outra empresa de Eike, a LLX, e estende-se por 90 quilômetros quadrados no litoral norte fluminense. A OSX tem 3,2 quilômetros quadrados do terreno e paga aluguel por isso. 

A devolução de parte da área é o primeiro passo do plano para sanear as contas da companhia. Ao reduzir o espaço ocupado, a empresa pretende economizar até R$ 100 milhões com aluguel por ano. O valor exato a ser poupado dependerá do acordo final sobre o tamanho da área que será devolvida. 

A LLX perderá receita, mas poderá arrendar o espaço, localizado em área considerada nobre do terreno, de frente para o mar, a outra empresa. 

Trata-se de um paliativo para a OSX. O problema financeiro de Eike com a empresa só deve começar a ser resolvido com a venda em massa das plataformas de exploração da companhia, avaliam executivos do grupo. 

A OSX, que possui um estaleiro e bases de afretamento e operação de navios e plataformas, está no centro crise que se abateu sobre os negócios de Eike, juntamente com a OGX, de petróleo. 

Ela foi criada para atender à demanda da petroleira por unidades de exploração. Com a desistência da OGX de manter investimentos em quatro de seus campos, a OSX não só teve encomendas canceladas, mas ficou com duas plataformas já prontas ociosas. 

Os executivos de Eike empenham-se em passá-las para frente. Na semana passada, partiram numa viagem de negócios no exterior, o chamado "road-show".

Porto do Açu

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Fabio Braga/Folhapress
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Área onde está sendo construído o porto do Açu, empreendimento da LLX, de Eike Batista, em São João da Barra, no Rio de Janeiro 
 
CINGAPURA E LONDRES
 
A equipe, comandada pelo presidente da companhia, Carlos Eduardo Bellot, passou por Cingapura e Londres e teve reuniões com pelo menos sete investidores estrangeiros, segundo apurou a Folha.

No cardápio apresentado, as duas plataformas ociosas OSX-1 e OSX-2 e também a unidade OSX-3, que servirá a campanha exploratória da OGX. A avaliação é que essa última, por ter contrato e renda garantida, é mais valiosa aos olhos dos potenciais compradores, aumentando as chances de a negociação ser bem-sucedida.

A expectativa é arrecadar cerca de US$ 3 bilhões com a venda. Apenas 20% do total seria revertido em recursos à companhia. Mas a venda diminuiria de forma significativa a dívida da OSX, que chegava a R$ 5,5 bilhões ao final de março. Mais da metade do montante referia-se a empréstimos contraídos para a construção das unidades de produção.

Nenhuma proposta firme foi feita até o momento. Os executivos esperam, entretanto, que alguma negociação avance ao longo da próxima semana.

Eike já havia tentado vender as plataformas da OSX e até o próprio estaleiro para a Sete Brasil, empresa de sondas de perfuração para o pré-sal. A negociação foi conduzida pessoalmente pelo empresário e pelo banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, que assessora o grupo X desde o início do ano, mas não foi para a frente até o momento.

Sem interessados pela empresa, o plano é deixá-la menor, vender o que for possível e transformar o estaleiro numa base para reparos de embarcações e não mais apenas para a construção de navios.

EMPRESAS ESTRANGEIRAS BUSCAM PARCERIAS NO BRASIL


Empresas e indústrias estrangeiras, que costumam encontrar dificuldades para se instalar no país, principalmente em matéria de legislação e impedimentos burocráticos, buscam cada vez mais alianças com escritórios locais de apoio e assessoria para superar esses problemas, informaram nesta segunda-feira fontes do setor.

Como uma possibilidade a mais de expandir seu raio de ação e com a segurança de contar com esse apoio fundamental, empresários, associações e escritórios de advogados buscam parcerias com consultores internacionais para facilitar a instalação de organizações estrangeiras no país.

A Associação Brasileira de Empresas Certificadas em Saúde (ABEC Saúde), por exemplo, assinou uma aliança com a especialista em assuntos reguladores Larissa D’Andrea, profissional com forte atuação em assuntos normativos da saúde e com experiência em grandes empresas internacionais. A profissional em questão foi contratada para mediar o contato com empresas estrangeiras da área de equipes e produtos de saúde que desejam se instalar no país e que, é claro, possuíam dúvidas em relação às questões reguladoras, principalmente sobre prazos e regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com Ruth Khairallah, presidente da ABEC Saúde, a entrada de novas empresas no país traz inúmeros benefícios ao setor da saúde. “O objetivo é diminuir a dependência que os estrangeiros têm de incubadoras de registro localizadas no país. Isso seria bom porque a empresa viria fisicamente ao Brasil, gerando empregos, pagando impostos e transferindo tecnologia para o país”, explicou a presidente da ABEC Saúde à Agência Efe.

Segundo Evaristo Araújo, diretor administrativo da ABEC, a associação conta hoje com 120 associados e, de maneira indireta, teria auxiliado entre 20% e 30% deste número com assessoria e consultoria para multinacionais. “Hoje, a demora em conseguir a regularização total na Anvisa é de cinco a sete anos. Queremos reduzir isso preparando as empresas nacionais para receber os estrangeiros como ‘partnerships’ (parceiros), fato que reduzirá o fluxo de tempo”, afirmou. Na área jurídica, a preocupação também aborda empresários da Europa e do Japão, que desconhecem o sistema tributário brasileiro e necessitam de auxílio à hora de investir no país.

O sócio diretor da Abe Advogados, Marcos Abe, que assessora um importante grupo de companhias japonesas, apontou que as empresas estrangeiras buscam informações detalhadas sobre a abertura de fábricas não Brasil. “Fizemos um mapa sobre o plano de negócios de empresas, de quais são as principais informações que elas necessitam nas áreas tributária e trabalhista, além de incentivos fiscais e riscos de uma mudança legislativa”, completou. Abe manifestou que “o sistema tributário brasileiro é muito complexo e burocrático, dificultando muito o entendimento para quem vem do exterior. Este é o principal impedimento para a instalação no país”.

(EFE – 22/07/2013)

Protestos e crise tiram do país investidor estrangeiro

Bovespa

  • Fundos estão voltando para Wall Street, diz chefe da Bolsa de NY
Roberta Scrivano (Email · Facebook · Twitter)
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Atualizado:
SÃO PAULO A insatisfação do brasileiro expressa nas manifestações iniciadas em junho, e o cenário econômico mais nebuloso estão espantando os estrangeiros da bolsa brasileira. Em vez de manter ações de empresas do Brasil em carteira, o investidor está realocando seus recursos, sobretudo no mercado nova-iorquino, que bateu recordes com o registro de 72 ofertas públicas iniciais de ações (IPO), e de US$ 28,5 bilhões em captação no primeiro semestre. O cenário é descrito por Alex Ibrahim, vice-presidente da Bolsa de Nova York (NYSE) para a América Latina.

— O investidor está reavaliando suas alocações. Ele tem começado a olhar o Brasil com outros olhos. E, como o dinheiro que está no mercado brasileiro é muito especulativo, o investidor prefere não correr tanto risco e apostar em um lugar com retorno mais garantido — disse ele, ao GLOBO.

Mas a perspectiva para o futuro é otimista. Ibrahim estima que quando “o barulho” dos protestos passar, o Brasil retomará a atratividade, assim como o americano retomou neste ano a avidez pelos investimentos.


NYSE brasileira


O aquecimento do mercado acionário americano também é sinal da retomada da economia do país, o que amplia a confiança do investidor nos EUA, e colabora com a decisão da alocação de recursos. Um sinal de que este aquecimento está em andamento é o número de IPOs feitos no segundo trimestre: do total de 72 entre janeiro e junho, 46 foram promovidos de abril a junho.

— Os investidores estão voltando para o mercado e estão em busca de oportunidades novas, de empresas novas para comprar. A demanda de negociação aqui em Nova York tem sido excelente — afirmou o brasileiro radicado nos Estados Unidos há duas décadas.

A ideia de a NYSE ter uma espécie de filial no Brasil, para concorrer com a soberana Bovespa, também ainda está de pé. Apesar de não ter detalhado o negócio, porque está “fora da alçada” do vice-presidente, Ibrahim explicou que a bolsa tem uma parceria com uma consultoria carioca para a elaboração de um novo sistema de negociação de ações.

— Mas a ideia não é uma competição com a Bovespa. Queremos entrar no Brasil para criar liquidez no mercado.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

5 dicas para fazer uma grande negociação


Toda grande venda nasce de uma negociação bem conduzida, diz especialista

Editado por Priscila Zuini, de

Dreamstime.com
Assinatura de contrato
5 dicas para negociar um grande contrato

Escrito por Mario Rodrigues, especialista em vendas

É uma ilusão acreditar que, para fechar um grande contrato, basta ter alguém interessado em vender e uma pessoa disposta a comprar. A negociação deve ser conduzida com maestria, é preciso saber ouvir as expectativas do cliente e tomar cuidados básicos com as palavras que serão utilizadas.

Gestos feitos com as mãos e a postura adotada diante de uma reunião de negócios também são fatores que podem influenciar e que devem ser estudados com cautela pelos empreendedores.

1.É importante entender quais são as alternativas do cliente, ou seja, se ele tem outras opções além de fechar com você e quais são elas. Ao enxergá-las, crie argumentos em cima daquilo que apenas a sua proposta tem e lembre-se: isso não se restringe a preços. 

Vale reforçar que os diferenciais da proposta são aquilo que o cliente informou ser importante para ele e o que é possível incluir no contrato.

2. Certifique-se de que está tratando do fechamento efetivo do contrato com o tomador de decisão. É muito comum, sobretudo em grandes projetos, que o comprador coloque barreiras no processo de venda e envie um auxiliar para negociar o contrato, como se fosse o responsável pela decisão final. Esse é o chamado falso fechamento. 
Nesses casos, o falso tomador de decisão costuma analisar o contrato e pede em troca concessões, entretanto, ao consegui-las, ele diz que precisa encaminhar a proposta ao superior, que, geralmente, pede novas concessões. Isso gera perda de tempo e energia. Busque caminhos para chegar diretamente a ele, sem ser agressivo, gaguejar ou ficar amedrontado.

3. Tenha bem claro o quanto a negociação é importante para você, porém evite que o cliente saiba dessa informação, transmita a impressão de que você sempre tem outras alternativas. Do contrário, isso pode te enfraquecer diante de contraposições firmes, como preço e desconto.

4. Faça concessões lentamente, pois tudo que é muito fácil perde valor.

5. Por fim, lembre-se sempre de que toda negociação acontece em uma rede de tensão. Ela só existe porque comprador e vendedor ainda não concordam plenamente com todos os pontos propostos. A intenção sempre será chegar a um acordo que beneficiará os dois lados. Por mais calorosa que seja, se o cliente está negociando, ele está interessado no contrato. Não tenha medo de negociar.

Mário Rodrigues é vendedor profissional, treinador de vendas e diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas).

Lei anticorrupção empresarial é sancionada





 





A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem lei que endurece as regras para punição de empresas envolvidas em atos contra a administração pública. O texto cria novos mecanismos de responsabilização de pessoas jurídicas, nas esferas civil e administrativa, mas não altera, contudo, a legislação criminal.
                        

As normas, já chamadas pelo governo de "lei anticorrupção", também atingem empresas, fundações e associações estrangeiras.


As companhias ficam passíveis de multas de até 20% de seu faturamento bruto (ou de até R$ 60 milhões, caso o faturamento não possa ser calculado), dependendo da gravidade e dos valores envolvidos nas infrações.


A lei estabelece novos atos lesivos à administração pública, passíveis de punição direta da empresa, além das eventuais responsabilizações de seus dirigentes.

Entre eles: oferecer vantagem indevida a funcionário público ou pessoas a ele relacionada, como parentes; uso de laranjas; e fraude em licitações, incluindo acordos prévios com concorrentes.


A lei também cria o "acordo de leniência", uma espécie de delação premiada a empresas que identificarem outros envolvidos nas ilegalidades e ajudarem no fornecimento de documentos que ajudem a acelerar a investigação.


Caso cooperem, as empresas ficam livres da possibilidade de terem seus bens bloqueados ou mesmo de terem suas atividades suspensas. Além disso, a multa é reduzida em dois terços.
 

A lei sancionada por Dilma cria, ainda, o Cadastro Nacional de Empresas Punidas, que dará publicidade às pessoas jurídicas enquadradas na lei.
 

Atendendo recomendações da CGU, a presidente vetou três pontos do texto aprovado pelo Congresso depois de alterações de parlamentares.


Todos os vetos evitam brechas para punições mais brandas a empresas envolvidas em irregularidades.


O principal deles derruba um dispositivo que impedia a aplicação de multas acima do valor do serviço contratado. Assim, uma empresa poderia cometer série de irregularidades em um contrato de R$ 100 mil, e a multa não poderia exceder esse valor. Com a derrubada do veto, fica garantida a possibilidade de multa equivalente a 20% do faturamento bruto da empresa.


A presidente também derrubou pontos que exigiam a comprovação de dolo da empresa, que é incoerente com o espírito de responsabilização objetiva da lei. Para comprovar o dolo, teria que ser provado a intenção de pessoa jurídica, o que é impossível.

Outro ponto vetado possibilitava atenuar sanções contra a empresa, dependendo do grau de contribuição do servidor público para a fraude.