domingo, 17 de novembro de 2013

Relações entre EUA e Venezuela seguem congeladas


Ministro venezuelano das Relações Exteriores diz que é impossível manter relações quando funcionários americanos acusam Caracas de reprimir a sociedade civil

César Pasaca/AFP
Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, em Guayaquil em 22 de abril.

Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua: Segundo Jaua, diálogo com EUA só começará quando o país não interferir em assuntos internos da Venezuela
 
As relações políticas entre a Venezuela e os Estados Unidos seguem congeladas e não há nenhum tipo de diálogo bilateral ocorrendo no momento, afirmou o ministro venezuelano das Relações Exteriores Elias Jaua.

Na avaliação do chanceler venezuelano, "é impossível manter relações" com Washington quando funcionários como a embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Samantha Powers, acusam Caracas de reprimir a sociedade civil.

"Não há nenhum tipo de diálogo porque o princípio básico estabelecido pelo presidente Nicolás Maduro para iniciar um processo de normalização das relações (com os EUA) é o de não-ingerência" em assuntos internos, declarou Jaua em entrevista concedida ao jornal Ultimas Noticias e publicada neste domingo.

"Poucas semanas depois de eu ter mantido um encontro com o secretário (de Estado dos EUA, John) Kerry, a nova embaixadora na ONU estabeleceu que sua linha de trabalho é apoiar grupos opositores venezuelanos. Dessa forma é impossível manter relações", argumentou.

As relações entre Venezuela e EUA azedaram nos últimos anos, especialmente depois de Washington ter reconhecido o governo empossado na esteira de um fracassado golpe de Estado que afastou o falecido presidente Hugo Chávez do poder por menos de 48 horas em abril de 2002.

Washington condenou o golpe depois que a ação foi repelida, mas as relações bilaterais foram dominadas pela desconfiança mútua. Desde 2010, os dois países não mantêm embaixadores em suas respectivas representações diplomáticas. Fonte: Associated Press.

Vitórias com Selic de Lula e FHC são perdidas com Dilma


Presidente pode se tornar a primeira desde que as metas de inflação foram adotadas a terminar mandato com custos de empréstimo mais altos

Raymond Colitt, da
REUTERS/Nacho Doce
A presidente Dilma Rousseff
Dilma Rousseff: presidente havia prometido reduzir as taxas de juros do Brasil a níveis internacionais

Brasília - Dilma Rousseff, que havia prometido reduzir as taxas de juros do Brasil a níveis internacionais, pode se tornar a primeira presidente desde que as metas de inflação foram adotadas em 1999 a terminar o mandato com custos de empréstimo mais altos do que quando assumiu.

Os operadores preveem que o Banco Central subirá a taxa Selic para 11,62 por cento até dezembro de 2014, contra 10,75 por cento no início do mandato de Dilma, em janeiro de 2011, segundo os contratos futuros compilados pela Bloomberg. A taxa Selic caiu 14,25 pontos percentuais durante o governo do mentor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, e 20 pontos percentuais nos três últimos anos do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, que terminou em 2002. Os rendimentos dos bônus em moeda local subiram duas vezes mais que os dos demais países emergentes nos últimos 30 dias.

A pressão de Dilma para reduzir os custos de empréstimo de referência para o que ela chamou de níveis “civilizados” saiu pela culatra em meio ao aumento de investimentos para aumentar um crescimento incipiente, e os preços ao consumidor subiram enquanto as economias desenvolvidas, com taxas de juros de 1 por cento ou menos, ainda enfrentam a ameaça de desinflação. Reverter a rota para elevar a Selic em 2,25 pontos porcentuais, de um recorde de 7,25 por cento desde abril, ainda não será suficiente para conter as expectativas de inflação, segundo Carlos Thadeu de Freitas Gomes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do Banco Central.

“Este é o preço que eles têm que pagar por baixar as taxas tão rapidamente, por agirem tão rapidamente no ano passado”, disse Gomes, por telefone, do Rio de Janeiro. “Remar para trás será mais difícil nessa tempestade perfeita -- uma moeda mais fraca, preços das commodities subindo e crescentes expectativas de inflação”.


Reanimar o crescimento


Os estrategistas do Banco Central começaram em agosto de 2011 a reduzir os custos dos empréstimos da maior alta em dois anos, de 12,5 por cento, para uma baixa recorde de 7,25 por cento em outubro de 2012. Esperava-se que as taxas de juros mais baixas reanimassem o crescimento econômico impulsionado ao longo de uma década pelos gastos dos consumidores, disseram economistas como Tony Volpon, da Nomura Holdings Inc., e David Beker, da Bank of America Corp., no ano passado.

A economia do Brasil crescerá menos do que a média da América Latina em 2014 pelo quarto ano seguido, segundo analistas consultados pela Bloomberg. Os swaps de crédito de cinco anos do Brasil, contratos que protegem os detentores de títulos da dívida do país contra moratória, subiram 38 pontos-base ontem, para 206 pontos-base, desde o final do mês passado.

A caminho da eleição presidencial do ano que vem, em outubro, Dilma entregará a mais lenta expansão econômica em períodos de quatro anos e o primeiro aumento da inflação anual sob qualquer presidente desde 1990, segundo as últimas consultas do Banco Central a economistas.

A inflação anual irá acelerar para 5,93 por cento até o final do ano que vem, contra 5,85 em 2013 e 5,91 por cento no início do mandato de Dilma, segundo uma pesquisa de 8 de novembro com cerca de 100 analistas.
A mais rápida


A inflação do Brasil é a mais rápida entre as maiores economias das Américas, atrás dos índices da Argentina e da Venezuela, e por duas vezes neste ano rompeu a faixa da meta do governo, de 2,5 por cento a 6,5 por cento.

Uma das dificuldades para conter as expectativas de inflação é que o governo está ancorando artificialmente os aumentos do custo de vida ao congelar os preços do combustível, do transporte e de outros itens administrados pelo governo, disse Gomes.

Os governos estaduais e federal reverteram os aumentos das tarifas de ônibus em junho e aumentaram os subsídios ao transporte urbano. O conselho da Petrobras propôs no mês passado a criação de um novo mecanismo que lhe permitiria elevar os preços dos combustíveis, limitados pelo governo.

“O mercado está cobrando um prêmio de risco para quando esses ajustes de preço ocorrerem”, disse Gomes.

Projeto pioneiro encurta viagens aéreas no país


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Novas tecnologias vão proporcionar voos mais rápidos e menos poluentes entre as cidades brasileiras
Voos mais rápidos e com menos atrasos, redução do consumo de combustível e diminuição da emissão de gases poluentes. Esses são os principais benefícios proporcionados pelo programa Céus Verdes do Brasil, lançado em setembro deste ano, a partir de um projeto de pesquisa colaborativa em Air Traffic Management (ATM) liderado pela GE Aviation, em parceria com empresas como Gol, Azul e Petrobras, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Secretaria de Aviação Civil (SAC), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Infraero e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

O ganho de eficiência é resultado da adoção de novas tecnologias e procedimentos. O projeto prevê que os aviões passem a se orientar nos céus com ajuda de satélites – hoje, a orientação é feita por meio de antenas no solo, que fornecem informações menos precisas aos pilotos.O Decea também planeja implantar um novo procedimento, originalmente criado e desenvolvido pela GE Aviation, chamado de Required Navigation Performance (RNP – Performance de Navegação Requerida), que cria túneis virtuais no espaço aéreo e torna as rotas mais diretas, reduzindo a distância entre os aeroportos.

O projeto ATM foi iniciado há dois anos e reuniu dados de diversos órgãos e companhias do setor que foram usados para elaboração de um diagnóstico que mostra as oportunidades e as limitações para ganhos de eficiência. A GE Aviation teve um papel crucial no processo, como explica Sérgio Zuquim, diretor da GE Aviation Flight Efficiency Services para a América Latina.

“Utilizando a ferramenta de Análises de Eficiência da GE Aviation, é possível estudar dados reais para que a aviação discuta alternativas de otimização do espaço aéreo, além da mensuração e validação da redução de custos”, diz Zuquim. “Isso pode garantir economia de combustível, ganhos de capacidade, melhorias ambientais e de rendimento de pista.”

Ponte aérea – O conjunto de novas tecnologias e procedimentos deve estar disponível até o fim deste ano nos aeroportos de São Paulo (SP), Brasília (DF), Joinville (SC) e Rio de Janeiro (RJ) e, até 2018, no resto do Brasil.

Quando as medidas forem colocadas em prática nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e no Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a previsão é de que o tempo de voo entre as duas capitais (rota mais movimentada do país) seja reduzido em oito minutos, caindo de 44 para 36 minutos.

Lucro da Marisa Lojas cai 81,5% no 3º trimestre


Companhia registrou lucro líquido de R$ 12,3 milhões no terceiro trimestre deste ano

Vanessa Stecanella, do
Wikimedia Commons/ Junius
Loja da Rede Marisa
Loja da Rede Marisa: companhia acumula lucro líquido de R$ 59,8 milhões no ano

São Paulo - A Marisa Lojas registrou lucro líquido de R$ 12,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 81,5% em relação ao mesmo período de 2012. No ano, a companhia acumula lucro líquido de R$ 59,8 milhões, uma retração de 47,7% em relação aos nove meses de 2012.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 83,2 milhões entre julho e setembro, recuo de 33,3% na comparação com igual intervalo do ano passado. No acumulado do ano, a empresa tem Ebitda de R$ 277 milhões, baixa de 7,2% na comparação anual.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 722,5 milhões no terceiro trimestre, uma diminuição de 1,0% na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro e setembro, a varejista teve receita líquida consolidada de R$ 2,096 bilhões, uma expansão de 7,8%.

Walmart tem lucro de US$ 3,7 bilhões no 3º trimestre


O resultado ficou 2,8% maior no terceiro trimestre do ano fiscal

Lucas Hirata e com informações da Dow Jones Newswires, do
Getty Images
Funcionário do Walmart empurra carrinho de compras

Funcionário do Walmart empurra carrinho de compras: o WalMart está tentando reformular sua estratégia internacional, em uma tentativa de reavivar o crescimento

São Paulo - O Walmart registrou lucro líquido 2,8% maior no terceiro trimestre do ano fiscal, para US$ 3,74 bilhões ou US$ 1,14 por ação, ante o mesmo período do ano passado. A receita da empresa cresceu 1,7%, para US$ 115,69 bilhões.

As vendas internacionais subiram 0,2% para US$ 33,11 bilhões, ou 4,1% em moeda constante. O WalMart está tentando reformular sua estratégia internacional, em uma tentativa de reavivar o crescimento em suas operações no exterior. 

No mês passado, o varejista arquivou planos de abrir lojas na Índia e disse, no comunicado do balanço, que deve fechar 50 lojas de fraco desempenho no Brasil e na China.

O varejista também reduziu sua projeção de ganhos para o ano inteiro para uma faixa de US$ 5,11 a US$ 5,21 por ação, a partir de estimativa anterior de US$ 5,10 a US$ 5,30 por ação. O WalMart também prevê um ganho no trimestre vigente de US$ 1,60 a US$ 1,70 por ação, enquanto analistas consultados pela Thomson Reuters projetam US$ 1,69 por ação.

A Seara mudou de dono e de nome: agora, ela é JBS Foods


Marca continua existindo, mas JBS planeja reestruturar empresa como fez com a americana Pilgrim's Pride em 2009

Divulgação/EXAME
Caminhão da Seara
Caminhão da Seara: companhia foi comprada em junho pela JBS

São Paulo - A JBS anunciou hoje parte dos seus planos para a JBS Foods, subsidiária criada pela companhia após a compra da Seara. Entre as medidas anunciadas, estão a reestruturação da empresa e o corte de marcas.

Ao todo, a JBS passou a controlar 25 bandeiras após a compra da Seara. Agora, a intenção da empresa é reduzir drasticamente esse número. As mais relevantes, como Seara e Rezende, ficam. Outras, como a de produtos licenciados do Scooby-doo, deixam de existir.

"Cada marca tem que ter um papel no mercado", explicou Gilberto Tomazoni, presidente da JBS Foods e diretor da Pilgrim's Pride.

Sob controle da JBS desde setembro de 2009, a última empresa cedeu experiência para o processo de reestruturação a ser implantado na ex-Seara, atual JBS Foods. Na ocasião da compra, a Pilgrim's passava por recuperação judicial. Hoje, a empresa é uma das 3 mais rentáveis dos Estados Unidos.

"Com a Seara não vai ser diferente. O mercado terá uma grande surpresa", prometeu Wesley Batista, presidente global da JBS.


Números


Antes pertencente à Marfrig, a Seara foi comprada pela JBS por cerca de 6 bilhões de reais. Fechado em junho, o negócio foi finalizado em outubro e deu origem à JBS Foods.

A nova empresa já nasce grande, com capacidade de processar 4 milhões de aves e 20.000 porcos por dia - além de 75.000 toneladas de carne bovina por mês. Tudo isso para abastecer 20 centros de distribuição espalhados pelo Brasil e abastecidos por 46 plantas que somam 52.000 funcionários.


Philips anuncia nova identidade visual e foco em saúde


Agora, prioridade da empresa será mercado médico - que responde por 42% da receita anual da companhia

Lucas Agrela, de
Reuters
Funcionários arrumam letreiro da Philips
Philips: "O mercado de saúde é um segmento crescente"

A Philips anunciou na noite de quarta-feira (13) a nova identidade visual e posicionamento da marca no mercado corporativo, com foco no segmento de bem-estar. O anúncio foi feito simultaneamente em São Paulo e em Amsterdã.

A companhia também revelou um novo slogan: "Inovação e você". Vale lembrar que a Philips removeu o "Electronics" de seu nome no começo do ano.

A Philips agora tem foco prioritário no mercado médico (que corresponde a 42% do faturamento atual da empresa), estilo de vida e iluminação.

"O mercado de saúde é um segmento crescente e a Philips tem um papel importante a fazer. Estamos focados em equipamentos de prevenção de doenças e de gestão hospitalar", disse a INFO o presidente da Philips para a América Latina, Henk de Jong.

O novo logotipo foi levemente atualizado, mantendo as duas ondas e as quatro estrelas que representam lâmpadas.

"O Brasil nos mostra como a América Latina é importante para a empresa", afirmou Jong.
O CEO mundial da Philips Frans van Houten disse que o slogan reflete a ambição de ser conhecida como uma companhia do século XXI.

A empresa conta com 116 mil funcionários em 100 países. Fundada em 1891, a Philips é uma das principais fabricantes de eletrônicos do mundo, especialmente nos segmentos médicos e de iluminação.