segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Elite brasileira 'finalmente' enfrenta prisão por corrupção, diz jornal britânico


José Dirceu se apresenta à polícia | Crédito: Reuters

Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu se apresentou à PF na última sexta-feira

Em meio às prisões dos condenados no processo do mensalão, o jornal britânico The Times destacou, em sua versão eletrônica desta segunda-feira, que, "finalmente", "a elite brasileira foi para a cadeia" em um dos "maiores escândalos de corrupção" já ocorridos no país. 

A reportagem, assinada pelo jornalista James Hilder, correspondente do jornal em São Paulo, afirma que "alguns dos mais poderosos políticos" que "supervisionaram o boom econômico do Brasil nos últimos anos" se apresentaram à polícia para servir longas penas por corrupção, incluindo o ex-ministro da Casa Civil durante o governo Lula, José Dirceu.
O Times também menciona a fuga do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Condenado a mais de 12 anos de prisão em regime fechado, Pizzolato tem dupla cidadania e estaria foragido na Itália, segundo seu advogado. 

Incluído na lista dos 12 condenados que receberam ordens de prisão pelo esquema de compra de votos de parlamentares, ele deveria ter se entregado à Polícia Federal no último sábado (16).

A reportagem cita a carta divulgada por Pizzolato em que o ex-diretor afirma ter fugido para a Itália para ter direito a um novo julgamento.

Segundo o Times, o mensalão "abalou a antiga administração" e deixou "uma sombra profunda sobre o Partido dos Trabalhadores", encabeçado pela presidente Dilma Rousseff, que enfrenta eleições no ano que vem. 

O jornal lembra que o escândalo irrompeu em 2005, mas os réus só começaram a ser julgados no ano passado. O atraso, segundo a reportagem, "contribuiu para a raiva demonstrada nos protestos de junho deste ano contra os preços altos, a baixa qualidade dos serviços e a corrupção governamental".

Raridade

Já o jornal americano New York Times observou, em texto escrito pelo correspondente no Brasil, Simon Romero, ser "raro que figurões da política brasileira sejam condenados por crimes e sirvam penas na prisão". 

O texto também assinalou "os problemas burocráticos" que adiaram a prisão dos envolvidos.
O NY Times destacou ainda que o ex-ministro José Dirceu se entregou à Polícia Federal, na última sexta-feira (15), "lançando seu pulso no ar em um ato de provocação".

Conheça as formas de atuação do fundo 'abutre'


ANDERSON FIGO
DE SÃO PAULO

Antes de protocolar o pedido de recuperação judicial, representantes da OGX, empresa do setor de petróleo de Eike Batista, tentaram encontrar nos Estados Unidos fundos de investimento que se interessassem em fazer um aporte no negócio. 

Conhecidos como "abutres", esses fundos compram fatias de empresas à beira da falência, visando "ressuscitá-las" no longo prazo. 

"Normalmente, os 'abutres' são grandes fundos globais [que investem dentro e fora de seu país de origem] compostos por investidores institucionais [como fundos e empresas]", diz Rodolfo Amstalden, da consultoria Empiricus Research. 

É o caso do fundo Laep, que ganhou notoriedade em 2006, ao comprar a Parmalat, e em 2011, quando adquiriu a butique de luxo Daslu. 

"Em geral, de cem empresas, uma ou duas conseguem ajuda de um fundo desses para sair de uma situação crítica. A maioria acaba afundando", acrescenta Amstalden. 


FORMAS

 
Existem três formas de atuação. Na primeira, o fundo assume a massa falida da empresa e briga pela liquidação dela, o que normalmente exige uma disputa judicial ferrenha com os credores. 

Editoria de Arte/Folhapress

"O fundo tenta desenvolver um processo de liquidação para que, depois de remunerar os credores, ainda sobre alguma coisa para o gestor", diz Amstalden. 

"É um processo sofrido, que dura anos de disputas judiciais, mas, mesmo que sobre apenas um pouco de recursos no final, é o bastante para remunerar substancialmente os cotistas", acrescenta. 

Na segunda forma de atuação, o fundo entra na empresa, comprando a maioria das ações, e honra ou renegocia as dívidas mais urgentes. 

Depois de tirar a companhia do cenário de calote, o fundo a vende a um operador do mesmo ramo por um valor bem maior que o pago anteriormente pela empresa, já que a situação financeira dela foi controlada. 

Esse operador costuma ser um concorrente da companhia, mas de dimensões maiores, que tem conhecimento para tocar o negócio. 

A terceira forma é a menos usual: é quando o "fundo abutre" faz uma salvação completa da empresa. Primeiro, presta socorro financeiro e, em seguida, em vez de vender para um operador, ele mesmo assume a empresa do ponto de vista operacional ou contrata uma consultoria que possa fazer isso. 

"A ideia é lucrar com as operações da companhia antes de vendê-la a um concorrente maior", diz Amstalden. 


PESSOAS FÍSICAS

 
O investidor pessoa física, diz o consultor financeiro Marcelo d'Agosto, tem pouca chance de participar de um fundo "abutre", pois, normalmente, são exigidos valores altos de aplicação mínima.

"A forma com que ele pode participar desse processo é comprando as ações na Bolsa de uma empresa em situação ruim que esteja sendo gerida por um fundo 'abutre'."

Na avaliação de d'Agosto, porém, o risco para o pequeno investidor é alto; é preciso que ele conheça detalhes da empresa para apostar.

"Não é vantagem comprar o papel só pelo preço baixo, pois a empresa pode não se recuperar e há grande risco de a ação 'virar pó'."

Bolo 'sem frescura' ganha espaço


FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

A Tradicional Bolos abriu a primeira unidade há pouco mais de dois anos. De lá para cá, são 18 pontos, entre franquias e lojas próprias. 

A Bolo à Toa conta duas doçarias, mas esse número deve dobrar até o meio do ano que vem.
Ambas vendem o mesmo produto: bolos sem conservantes, baratos e frescos, mas "sem frescura", como diz a empresária Renata Frioli, 42, da Bolo à Toa. Ou seja, não concorrem com as confeitarias sofisticadas que têm doces com recheios, coberturas, caldas e ingredientes especiais e caros. 

A expansão mostra que havia demanda para esses bolos no mercado.
Humberto Kagawa, 34, um dos sócios da Tradicional Bolos, diz que esperava fazer sucesso, mas não tanto.
Ele apresenta duas principais explicações para o progresso da empreitada: esses bolos simples fazem parte da cultura dos brasileiros, mas não são encontrados à venda, e, hoje, os clientes estão sem tempo para fazer um semelhante em casa. 

Os doces dele têm preços que começam em R$ 10. Os de Frioli custam cerca de R$ 20 -segundo ela, sai mais barato do que se comprar os ingredientes para fazer em casa (ela consegue chegar a essa cifra adquirindo ingredientes em grandes quantidades). 

Os concorrentes indiretos, diz Kagawa, são padarias e supermercados, mas o produto é um pouco diferente, já que os bolos que as novas marcas vendem saem do forno a todo instante. 

Mesmo com o crescimento das redes e outras empresas entrando, Frioli diz que ainda há muito espaço. "São Paulo é grande, cada bairro é uma cidade." 


Zé Carlos Barretta/Folhapress
Humberto Kagawa é sócio da Tradicional Bolos que conta 18 unidades
Humberto Kagawa é sócio da Tradicional Bolos que conta 18 unidades

Para Marisa Lippi, professora de gastronomia da Metodista, o preço não é tão diferente dos industrializados, mas esses doces têm o apelo da coisa caseira, que sai quentinho e a toda hora. São práticos e nostálgicos ao mesmo tempo. No entanto, "está muito na moda. Parece que surge uma doçaria dessas a cada esquina. E não há nada exclusivo, todos têm 'know-how' para fazer esses bolos".

Energia solar vira fonte de renda no sertão baiano


ELIANE TRINDADE
DE SÃO PAULO

Contemplada pelo programa Minha Casa, Minha Vida há dois anos, Gilsa Martins de Oliveira, 54, tornou-se proprietária de uma casa de dois quartos no condomínio Morada do Salitre, em Juazeiro (BA). A partir do fim deste mês, ela passa a gerir também uma "microusina" doméstica de energia solar. 

"Eu estou animada, já tinha ouvido falar dessas placas, mas sabia que existia só em casa de rico", conta.

Síndica do condomínio, ela se refere aos painéis fotovoltaicos colocados sobre os telhados de 1.000 casas em dois residenciais populares para transformar luz do sol em energia no sertão baiano. 

A 395 km dali, em Feira de Santana (BA), a nova fábrica de pneus da Pirelli, prevista para ser inaugurada em meados do ano que vem, também vai utilizar coletores solares gigantes para produzir vapor, tecnologia inédita no mundo em escala industrial. 

O calor do sol nordestino será colhido por espelhos gigantes espalhados por uma superfície de 2.400 m² e armazenado em tubos que manterão a temperatura a 500°C. "O equipamento solar será conectado diretamente às linhas de vapor utilizadas para a produção de pneus", diz Mario Apollonio, gerente de energia da Pirelli. 


Divulgação
Painel fotovoltaico é instalado em residência do Minha Casa, Minha Vida em Juazeiro (BA)
Painel fotovoltaico é instalado em residência do Minha Casa, Minha Vida em Juazeiro (BA)

"Com a energia solar, a emissão de carbono será zerada nessa etapa", afirma o técnico. A estimativa é de redução de 2.000 toneladas na emissão gás carbônico, em cinco anos, sem a queima de gás natural ou diesel para alimentar as caldeiras. 

O investimento é de cerca de € 2 milhões, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente da Itália.
As duas experiências-piloto são sinais de que o Brasil, terra das hidroelétricas gigantes, começa a despertar para outras formas de geração de energia limpa. 


VENDA DE ENERGIA

 
Parceria do fundo socioambiental da Caixa Econômica Federal com a empresa Brasil Solair, o projeto de Juazeiro, também pioneiro no Minha Casa, Minha Vida, foi regulamentado no mês passado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). 

A estimativa é que a instalação de 9.500 painéis solares nos dois condomínios possa produzir 3.600 megawatts por ano. "Toda a energia gerada será medida e vendida para a própria Caixa", afirma Nelson da Silveira, presidente da Brasil Solair. 

O projeto tem capacidade instalada para gerar 3.500 MW/h, suficientes para abastecer 1.600 casas populares. Os sistemas serão conectados à distribuição da Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia). 

Estudos preliminares calculam que a energia excedente a ser produzida nos dois residenciais corresponderá à quase totalidade do consumo anual do prédio central da Caixa em Salvador.

O valor que o banco pagaria à Coelba será repassado então à associação de moradores pela distribuidora.
Orçado em R$ 7 milhões, o projeto de microgeração de energia é voltado para moradores com renda de até três salários mínimos, organizados numa associação que vai administrar os recursos. 

Depois de abatidas as despesas, cada morador deve receber por mês cerca de R$ 90. 


TECNOLOGIA ITALIANA

 
Os italianos também apostam no potencial brasileiro. "Além do projeto na Bahia, estamos propondo o uso de tecnologia similar para geração de eletricidade em São Paulo, na construção civil, em universidades e em hospitais", afirma Corrado Clini, diretor do Ministério do Meio Ambiente da Itália.

Sobe número de empresas com alto crescimento no Brasil


DENISE LUNA
DO RIO

O número de empresas com alto crescimento no Brasil subiu em 2011 em relação ao total de empresas ativas, para 0,8%, contra 0,7% em 2010, mostrou um estudo do IBGE divulgado nesta segunda-feira (18). 

São consideradas empresas de alto crescimento aquelas que aumentaram em 20% ao ano ou mais o número de empregados, por um período de três anos. Elas são divididas nas que cresceram por contratações, chamadas de empresas de alto crescimento orgânico, e as que cresceram por fusões ou aquisições, as empresas com crescimento externo. 

Os dados constam na pesquisa estatística do IBGE sobre o empreendedorismo em 2011, que compara o desempenho desse ano com os ocorridos em 2009 e 2010. 

Em 2011, o Brasil tinha 4.538.347 de empresas ativas, sendo que 49% desse total tinham pelo menos um pessoa ocupada assalariada, enquanto 10% tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas. 

O número de empresas com alto crescimento atingiu 34.528 em 2011, 0,8% do total de empresas do país e 7,7% do total de empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas. O número é 3,6% maior do que no ano anterior e 11,6% superior na comparação com 2009. 

Entre 2009 e 2011, essas empresas apresentaram um crescimento médio de pessoal ocupado da ordem de 171,8%, gerando 2,8 milhões de empregos, ou 48,5% das vagas criadas pelas empresas ativas no país. 

O resultado porém é menor do que no triênio anterior, quando o pessoal ocupado cresceu 173,5%. A queda é explicada pelo IBGE pelo comportamento do PIB (Produto Interno Bruto) no mesmo período, que subiu 4,6% entre 2007 e 2010 e 3,8% entre 2008 e 2011. 

O número de empresas de alto crescimento orgânico subiu para 34.106 em 2011, contra 33.320 em 2010 e 30.935 em 2009, enquanto as de alto crescimento externo somaram 422 empresas em 2011, contra 457 em 2010 e 248 em 2009. 

Apesar do número ser expressivamente inferior ao total de empresas ativas do país, as empresas de alto crescimento se destacam pela capacidade de geração de emprego, informou o IBGE. 

ARTE EM ALTA
 
Os setores de arte, cultura, esporte e recreação cresceram em participação entre as empresas de alto crescimento orgânico no triênio da pesquisa, aumentando seu peso de 4,9% (2009) para 5,6% (2011).

O peso das empresas do setor de educação pulou de 6,2% para 6,8% na mesma comparação, e o setor de água, esgoto e gestão de resíduos subiu de 9,1% para 9,7%. A indústria extrativa, onde se encaixa o setor de petróleo e mineração, cresceu de 9,8% em 2009 para 10,1% em 2011.

Em contrapartida, doze de 19 setores pesquisados apresentaram redução de representatividade nessas empresas.

O setor de construção lidera essa queda, com menos 2,2 pontos percentuais em 2011 e relação a 2009, caindo para uma participação de 12,6%, ante 14,8% há dois anos.

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,9%) também recuaram em relação há dois anos, perdendo um ponto percentual contra a participação entre as empresas de alto crescimento orgânico que tinham em 2009 (7,9%).


VALOR ADICIONADO

 
Em 2011, as empresas ativas com pelo menos dez empregados geraram R$ 1,5 trilhão em valor adicionado bruto (renda gerada pelos bens e serviços, excluídos os custos de produção e os impostos). Em 2010 esse valor foi de R$ 1,3 trilhão.

Desse valor, R$ 201,5 bilhões foram gerados por empresas com alto crescimento orgânico, ou 13,4% do total. Na pesquisa anterior, referente a 2010, essas empresas representavam 15,1% deste valor, com R$ 200 bilhões. A participação maior diante de um volume de recursos menor se deve ao fato do número de empresas ativas terem crescido.

O setor de Serviços se destacou em 2011, segundo o IBGE, representando 30,7% do valor gerado entre as empresas com alto crescimento orgânico, seguido pela Indústria, com 29,1%. O setor de Construção teve um comportamento bem distinto, segundo o IBGE, com geração de 28,7% do valor adicionado bruto, contra 32,3% no ano anterior.

As empresas com alto crescimento orgânico pagaram R$ 75,8 bilhões em salários e outras remunerações em 2011, ou 11,5% do total pago pelo conjunto de empresas ativas com pessoal ocupado assalariado no país.


Editoria de Arte/Folhapress
Distribuição das empresas de alto crescimento orgânico Em números absolutos
Distribuição das empresas de alto crescimento orgânico Em números absolutos

“A falta de planejamento é um problema cultural no Brasil”


18 de novembro de 2013
Autor: Comunicação Millenium
  
Hugo F. Tadeu


Em entrevista ao Instituto Millenium, Hugo Ferreira Braga Tadeu, professor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, analisa o andamento das obras públicas no Brasil.

O economista critica a falta de planejamento da atual gestão e sugere a adoção de modelos mais eficientes de investimento em infraestrutura, como nos casos da Alemanha, na Copa de 2006, e das Olimpíadas de Londres, em 2012. 

“No caso inglês, o gasto público foi inferior ao estimado, inclusive com as instalações sendo utilizadas atualmente pela população”, afirma.

Leia:
Instituto Millenium: A ausência de planos bem definidos, o não cumprimento de cronogramas e a falta de fiscalização são problemas recorrentes nas obras do governo. Como o senhor avalia a questão do planejamento no Brasil? Que tipo de perdas estão associadas à falta de planejamento?

Hugo Ferreira Tadeu: A falta de planejamento é um problema recorrente e cultural no Brasil. Não estamos acostumados a planejar, no sentido exato da palavra, as nossas atividades. É muito comum observar grandes projetos que usualmente apresentam atrasos na sua entrega por ausência de um cronograma bem estruturado e, principalmente, de um orçamento bem definido.

Como consequência, citando o exemplo das obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas, temos estádios, aeroportos, estradas e, principalmente, a desconfiança do investidor internacional abalados. O grande prejudicado é o cidadão, dada a baixa qualidade da entrega das obras e da melhoria da qualidade de vida outrora prometida.


Imil: O que o atraso na entrega das obras revela sobre o atual modelo de gestão política?

Tadeu: É um modelo extremamente centralizador e que apresenta claros sinais de baixo planejamento. O resultado é uma elevação do gasto público, risco inflacionário e, novamente, a desconfiança do investidor internacional com a capacidade de execução do Brasil.

Imil: Em muitos casos, a urgência em entregar obras que já deveriam ter sido concluídas acaba interferindo na qualidade do projeto. Existe alguma punição legal para impedir que esse tipo de situação aconteça? Qual é a solução para o problema?

Tadeu: A punição são multas e até mesmo o cancelamento de contratos, conforme a lei das licitações prega. Como algumas obras apresentaram a dispensa da licitação e a especificidade da engenharia, como no caso dos aeroportos trás consigo um baixo número de empresas aptas à execução das tarefas, tem-se um aumento do gasto e o risco da sua não entrega, pela baixa capacidade de supervisão do poder público aos projetos atuais.

Imil: O senhor conhece algum modelo mais eficiente de realização de obras públicas adotado em outros países que possa ser adaptado para o Brasil?  Qual seria o modelo?

Tadeu: Modelos eficientes como os acompanhados na Alemanha, quando da Copa do Mundo, e, recentemente, em Londres, para as Olímpiadas, trazem consigo a gestão pública como pública e social no sentido rigoroso da palavra. Os gestores do governo trabalham com máxima eficiência, em busca do melhor resultado para a comunidade.

No caso da Alemanha, as obras já estavam prontas dois anos antes dos eventos esportivos, com todo um planejamento para depois dos eventos. No caso inglês, o gasto público foi inferior ao estimado, inclusive com as instalações sendo utilizadas atualmente pela população. Ou seja, além da gestão, tem-se a questão do bom senso da execução das tarefas e percepção de bem estar para a sociedade.

Brasil é 8º país com mais potencial no comércio eletrônico



Com exceção da China, todos que estão na frente do Brasil em ranking da A.T. Kearney são países desenvolvidos pertencentes ao G8.

E-commerce: setor ainda tem muito espaço para crescer no Brasil
São Paulo - O Brasil é o 8o país do mundo com maior potencial no varejo on-line, segundo o Índice de E-Commerce de Varejo Global criado pela A.T. Kearney e divulgado hoje.

A consultoria avaliou 186 países em nove variáveis separadas em quatro dimensões fundamentais: atratividade do mercado on-line, comportamento do consumidor, infraestrutura e potencial de crescimento.

A partir daí, 30 países receberam notas em uma escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais alto no ranking, maior o potencial de retorno sobre o investimento (ROI) a curto prazo em varejo on-line naquele país.

Com exceção da China, todos que estão na frente do Brasil são países desenvolvidos pertencentes ao G8.

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China, Brasil e Rússia lideram os mercados da próxima geração, onde também estão países como Itália e Chile. Em cada um deles falta alguma dessas capacidades: acesso à Internet, sistemas financeiros ou infraestrutura logística.

No nosso caso, é a última: "As principais deficiências do Brasil continuam sendo relacionadas aos investimentos em infraestrutura logística, que não tem acompanhado o crescimento do mercado online.", aponta Esteban Bowles, sócio da A.T. Kearney no Brasil e líder da prática de Varejo e Bens de Consumo na América do Sul.

Fonte: Revista Exame.