terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Nova compra da Totvs, Ciashop tem mais de mil lojas virtuais


A empresa foi adquirida por 19,4 milhões de reais pela desenvolvedora de softwares

Wikimedia Commons/Wikimedia Commons
E-commerce

São Paulo – Criada em 1998, a Ciashop, que desenvolve soluções para e-commerce, anunciou que parte de seu capital social foi adquirido pela TOTVS, empresa líder em desenvolvimento de softwares de gestão empresarial. A transação teve valor de 19,4 milhões de reais.

A aquisição pode chegar a 72% das ações. Neste primeiro momento, a TOTVS comprou 50% das ações da Ciashop detidas pela Ideiasnet e 18,5% das ações dos administradores. 

A empresa foi uma das pioneiras no mercado de comércio eletrônico no Brasil, com a criação de uma plataforma na nuvem no formato de software as a service (SaaS). Hoje, a Ciashop soma mais de 70 funcionários e mil lojas ativas, registrando receita líquida de 6,3 milhões de reais no ano passado. 

A Ideiasnet, que investe em empresas de tecnologia, entrou no negócio em 2011, com um aporte que comprou metade da companhia. A plataforma da Ciashop é vendida, hoje, em vários canais de venda. Com a aquisição, a revenda passa a ser exclusiva dos franqueados TOTVS. “Com a inclusão da plataforma de comércio eletrônico da Ciashop ao portfólio da TOTVS, passamos a oferecer aos nossos clientes, de diversos portes e segmentos, uma solução poderosa de vendas on-line", informa, em nota, Alexandre Dinkelmann, vice-presidente Executivo de Estratégia e Finanças da TOTVS.

Além das lojas virtuais, a empresa está buscando se atualizar neste mercado. Na semana passada, lançou uma loja de apps para os clientes. “A sociedade com a Ideiasnet foi fundamental para a Ciashop crescer e ganhar maturidade e agora nos sentimos prontos para dar este novo passo”, diz, em nota, Maurício Trezub, CEO e fundador da Ciashop. A operação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Gasolina na fogueira


O preço das ações da Petrobras caiu cerca de 10% ontem, um massacre. Caiu assim porque, na prática, o governo reafirmou que a empresa mais relevante do Brasil serve de instrumento de política econômica, política de resto ruim. 

Na sexta-feira, o governo decretou o reajuste de 4% do preço da gasolina. Isto é, a Petrobras ainda vai continuar a vender combustível a um preço abaixo do custo. 

Tal sangria vai prosseguir porque o governo quer na prática maquiar a taxa de inflação: quer impedir que o IPCA deste ano seja maior que o de 2012, 5,84%, e não, sei lá, 5,98% ou 6,03%.

Não faz diferença, no que diz respeito à política econômica; o povo vai ignorar o "sucesso" de conter centésimos de inflação. 

Qualquer cidadão que acompanha o noticiário econômico elementar sabe que a inflação apenas não superou o teto da meta (6,5% ao ano) porque os preços controlados pelo governo estão reprimidos. 

Em suma, o governo não vai enganar ninguém. Pior, cria ainda mais problemas. A história toda não faz sentido algum. 

Além de decretar um reajuste insuficiente, o governo na melhor das hipóteses não deu pista alguma de como vai ser a política de preços e de como vai evitar que, faturando menos, a Petrobras se endivide ainda mais ao fazer os investimentos necessários (aliás, a empresa já está perto de seus limites). 

Ou seja, o governo desacredita ainda mais sua política econômica (contém preços com tabelamentos mal disfarçados), arrebenta uma empresa gigante e crucial para o país e na esteira disso causa distorções em outros setores da economia, como a indústria sucroalcooleira, para citar um apenas. 

O governo além do mais estoca problemas para o ano que vem. Há risco razoável de disparadas do dólar em 2014, devido a mudanças na economia americana (e à eleição no Brasil). Dólar caro e combustível barato arrebentam ainda mais a Petrobras. Dilma Rousseff está dando chance para o azar. 

Ontem foi dia de alta do dólar e de juros no Brasil, pois os juros na praça do mercado americano subiram. Desde junho temos vistos esses ensaios do que pode acontecer em 2014. O tumulto não está maior devido às intervenções do Banco Central, as quais acalmaram um pouco as coisas entre o final de agosto e o final de outubro. 

Mas desde então os tremeliques no mercado voltaram, mesmo com a oferta de dólares do BC.
Há quem diga que juros bem mais altos no Brasil tendem a compensar parte da propensão à fuga de dólares quando os juros subirem mais nos EUA. Quem sabe. Mas não é razoável pagar para ver. 

O Brasil está angariando má fama (risco de fazer investidor perder dinheiro) por causa da inflação persistente, da piora nas contas do governo e do deficit externo em alta ruim (fermentos de desvalorização do real). 

É muito difícil atribuir a notícias pontuais sobre esses indicadores os pulos do dólar, muito associados na verdade aos pulinhos dos juros nos EUA. Porém, se e quando a temperatura americana aumentar, o caldo vai entornar aos montes por aqui devido também ao mau estado geral da economia.
vinicius torres freire


Vinicius Torres Freire está na Folha desde 1991. Foi secretário de Redação, editor de 'Dinheiro', 'Opinião', 'Ciência', 'Educação' e correspondente em Paris. Em sua coluna, aborda temas políticos e econômicos. Escreve de terça a sexta e aos domingos

Seis cidades-sede da Copa são reprovadas em ranking de transparência





Tiago Dantas
Do UOL, em São Paulo

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Obras que foram excluídas da matriz da Copa

Quando o Brasil foi anunciado como sede da Copa do Mundo do ano que vem, em 2007, a expectativa -- e promessa dos políticos --era que o evento fosse um catalisador de investimentos em infra estrutura nas 12 cidades-sede do evento. Em 2010 foi criado um documento, a Matriz de Responsabilidades, para garantir que o legado existiria. Trata-se de uma lista com todas as obras que deveriam fica prontas a tempo do Mundial. Em maio de 2012, ainda estavam previstos 51 projetos Arte UOL, com agências


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Seis cidades que vão receber jogos da Copa do Mundo foram reprovadas em um estudo que avaliou o grau de transparência dos gastos públicos nas obras de preparação para o torneio. Natal e Salvador tiveram as piores notas, enquanto Brasília recebeu a maior pontuação da pesquisa, feita pelo Instituto Ethos e divulgada na manhã desta terça-feira, 3.

Os principais problemas nos sites de transparência montados pelas sedes são falta de justificativa para alterações de valores e prazos nos contratos assinados para tocar as obras, divulgação de prazos que não são seguidos, ausência de dados sobre isenções fiscais e dificuldade para encontrar o orçamento de cada intervenção.

Ao comparar os resultados do estudo com um trabalho semelhante feito em 2012, no entanto, os pesquisadores concluíram que em 11 cidades o nível de transparência melhorou – Natal foi a única sede que teve retrocesso. "Apesar das melhoras, as cidades ainda estão aquém do que gostaríamos no quesito transparência", disse, antes da divulgação oficial dos dados, Angélica Rocha, coordenadora nacional do projeto Jogos Limpos.

O projeto foi criado pelo Instituto Ethos para acompanhar os investimentos destinados para a Copa do Mundo, a Olimpíada e a Paraolimpíada de 2016. Para chegar ao resultado do estudo divulgado nesta terça, os pesquisadores avaliaram 90 quesitos sobre transparência e participação da população para cada município e montaram um ranking que vai de 0 a 100. A maior nota foi dada a Brasília, com 77,26.

As perguntas feitas pelo estudo tratam de questões como: a Matriz de Responsabilidade está disponível nos sites? A Execução Orçamentária é divulgada? O site permite download da base de dados? Existe espaço físico para o cidadão fazer pedidos de acesso informação sobre a Copa? O telefone para solicitar informações é gratuito?

Dados desatualizados e site fora do ar

 

Basta uma rápida pesquisa nos sites de transparência para encontrar alguns problemas. A página da Prefeitura de Natal, que recebeu nota 12,21, por exemplo, não tem divisão de gastos feitos com obras da Copa. O endereço indicado no Portal da Copa, do governo federal, para encontrar as informações da cidade é instável e estava fora do ar na noite de segunda.

O site de transparência de Salvador, que teve o segundo pior índice do ranking, 19,48, está desatualizado e não oferece todos os documentos de prestação de contas. Os relatórios anuais da Secretaria da Copa foram divulgados só entre 2009 e 2011. Os documentos dos dois últimos anos não aparecem na página.

E essas são apenas algumas das falhas. Segundo Angélica, mesmo quando estão disponíveis, os dados muitas vezes estão agrupados em lugares diferentes. "Para fazer uma relação de investimentos do Rio nos grandes eventos foi preciso meses de trabalho de um comitê que tem pessoas que trabalham em órgãos de controle. Mesmo assim, o resultado teve divergências de dados."

A pesquisadora também lembra situações em que determinados órgãos estabelecem sigilo sobre dados que deveriam ser públicos. "Esses atos de atribuir níveis de sigilo à informação sem que haja critérios técnicos para isso tem sido bastante comum. Um funcionário ou um secretário diz 'acho que isso é sigiloso'. E não transmite a informação", diz Angélica.

A transparência é constantemente citada por especialistas em administração pública como uma das principais formas de se evitar a corrupção. Quanto mais fácil é o acesso aos dados, maior é a probabilidade de os cidadãos se engajarem no acompanhamento dos gastos públicos.

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Obras nos aeroportos das cidades-sede - setembro de 2013


Manaus: Capacidade do aeroporto amazonense deve dobrar a partir de março de 2014, chegando a 13,5 milhões passageiros por ano Divulgação/Ministério do Esporte


Pearson compra dona da Wizard em negócio de quase R$ 2 bi


DE SÃO PAULO

O grupo britânico Pearson, controlador do "Financial Times" acertou a compra do Grupo Multi, uma das maiores redes de escolas de idiomas do Brasil e dono da Wizard. 

O negócio totaliza quase R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão serão pagos à família Martins, sócia majoritária da empresa, e outros R$ 250 milhões serão destinados para liquidar um débito da companhia brasileira. 


O Grupo Multi atende mais de 800 mil alunos nas suas 2.600 escolas fraqueadas com as bandeiras Wizard, Yázigi e Skill. Em 2012, registrou um lucro operacional de R$ 130 milhões. 

A Pearson tem cerca de 600 mil alunos de inglês, espalhados em mais de 250 unidades próprias e 350 franquias pelo mundo. Também tem cerca de 500 mil alunos nos segmentos de educação infantil e básica na rede dos Sistemas de Ensino no Brasil. 

A companhia britânica justifica a compra citando o potencial de crescimento do mercado de escolas de idioma no país com o avanço da classe média, o ainda baixo índice de fluência do inglês no Brasil, e a realização de grandes eventos internacionais, como Copa e Olimpíadas. 

"O apetite de aprender inglês do brasileiro mostra o quanto o Brasil tem crescido rápido e se tornado um grande 'player' no comércio, turismo e hospedando outras indústrias.", afirma o presidente-executivo do grupo, John Fallon. 

O mercado de escolas de inglês é estimado em R$ 7,3 bilhões pelo grupo. A Pearson espera que a compra ajude a acelerar o desenvolvimento de suas escolas Wall Street English no Brasil.

Pisa: desempenho do Brasil piora em leitura e 'empaca' em ciências


Do UOL, em São Paulo

Em 2012, o desempenho dos estudantes brasileiros em leitura piorou em relação a 2009. De acordo com dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), o país somou 410 pontos em leitura, dois a menos do que a sua pontuação na última avaliação e 86 pontos abaixo da média dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Com isso, o país ficou com a 55ª posição do ranking de leitura, abaixo de países como Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia. Segundo o relatório da OCDE, parte do mau desempenho do país pode ser explicado pela expansão de alunos de 15 anos na rede em séries defasadas. 

RANKING DE LEITURA PISA 2012

Economias Média
1º - Xangai-China 570
2º - Hong Kong-China 545
3º - Cingapura 542
4º - Japão 538
5º - Coreia do Sul 536
6º - Finlândia 524
7º - Irlanda 523
8º - Taiwan (Taipei-China) 523
9º - Canadá 523
10º - Polônia 518
Média da OCDE 496
53º - Montenegro 422
54º - Uruguai 411
55º - Brasil 410
56º - Tunísia 404
57º - Colômbia 403
65º - Peru 384
  • Fonte: OCDE

Quase metade (49,2%) dos alunos brasileiros não alcança o nível 2 de desempenho na avaliação que tem o nível 6 como teto. Isso significa que eles não são capazes de deduzir informações do texto, de estabelecer relações entre diferentes partes do texto e não conseguem compreender nuances da linguagem.

Em ciências, o Brasil obteve o 59° lugar do ranking com 65 países. Apesar de ter mantido a pontuação (405), o país perdeu seis postos desde o 53° lugar em 2009. Nessa disciplina, a média dos países de OCDE foi de 501 pontos.

No exame de ciências, 55,3% dos alunos brasileiros alcança apenas o nível 1 de conhecimento, ou seja, são capazes de aplicar o que sabem apenas a poucas situações de seu cotidiano e dar explicações científicas que são explícitas em relação às evidências.

Ligeira melhora em matemática

 

Matemática foi a única disciplina em que os brasileiros apresentaram avanço no desempenho, ainda que pequeno. O Brasil saiu de 386 pontos, em 2009, e foi a 391 pontos --a média da OCDE é de 494 pontos.
A melhora não foi suficiente para que o país avançasse no ranking e o Brasil caiu para a 58ª posição em matemática. 

Apesar da melhora, 2 em cada 3 alunos brasileiros de 15 anos não conseguem interpretar situações que exigem apenas deduções diretas da informação dada, não são capazes de entender percentuais, frações ou gráficos.

Segundo Ocimar Munhoz Alavarse, especialista em educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), o país ainda tem muitos alunos com baixo desempenho nas áreas avaliadas. "Quando a gente olha o Brasil nos resultados desse Pisa, não só a média geral é baixa como tem muita gente concentrada abaixo do nível adequado. Esses alunos que saem do ensino fundamental e são avaliados pela prova acabam tendo o desempenho que se espera de um aluno do 5º ou 6º ano".

Inclusão de alunos

 

Segundo o relatório da OCDE, o progresso do Brasil em incluir alunos na rede de ensino altera negativamente os resultados do desempenho dos estudantes. 

Em 2003, 65% dos jovens de 15 anos estavam na escola. Em 2012, a taxa passou para 78%. Parte desses novos estudantes são de comunidades rurais ou de grupos sociais vulneráveis, o que muda consideravelmente o grupo de alunos que fizeram o exame em 2003 e em 2012, aponta o relatório.

Além disso, o país ainda sofre com um grave problema de defasagem idade-série, isto é, muitos estudantes de 15 anos --que fazem o exame-- não estão na série escolar adequada à sua idade, o que compromete seu desempenho em relação ao de jovens da mesma idade em outros países.

O que é o Pisa

 

O Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade tanto de países membro da OCDE como de países parceiros. 

Figuram entre os países membros da OCDE Alemanha, Grécia, Chile, Coreia do Sul, México, Holanda e Polônia. Países como Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia aparecem como parceiros e também fazem parte da avaliação.

A avaliação já foi aplicada nos anos de 2000, 2003, 2006 e 2009. Os dados divulgados hoje foram baseados em avaliações feitas em 2012.

RANKING DE MATEMÁTICA DO PISA 2012

 

Economias Média
1º - Xangai-China 613
2º - Cingapura 573
3º - Hong Kong-China 561
4º - Taiwan (Taipei-China) 560
5º - Coreia do Sul 554
6º - Macau-China 538
7º - Japão 536
8º - Liechtenstein 535
9º - Suíça 531
10º - Holanda 523
Média da OCDE 494
56º - Costa Rica 407
57º - Albânia 394
58º - Brasil 391
59º - Argentina 388
60º - Tunísia 388
65º - Peru 368

RANKING DE CIÊNCIAS DO PISA 2012

 

Economias Média
1º - Xangai-China 580
2º - Hong Kong-China 555
3º - Cingapura 551
4º - Japão 547
5º - Finlândia 545
6º - Estônia 541
7º - Coreia do Sul 538
8º - Vietnã 528
9º - Polônia 526
10º - Canadá 525
Média OCDE 501
57º - Jordânia 409
58º - Argentina 406
59º - Brasil 405
60º - Colômbia 399
61º - Tunísia 398
65º - Peru 373

Estatal saca R$ 28 bi de fundo em três meses






TONI SCIARRETTA

DE SÃO PAULO

Com um dos maiores caixas do país, a Petrobras teve de resgatar, em três meses, R$ 27,8 bilhões de um fundo de curto prazo para cumprir investimentos e obrigações com fornecedores e bancos. 

O patrimônio desse fundo (chamado FIC Olimpo), que tinha, no auge, em 27 de agosto, R$ 45,7 bilhões, foi reduzido em 67%, para R$ 15 bilhões, na quinta-feira passada, dado mais recente segundo a agência Bloomberg. 

Esses saques, segundo analistas, demonstram a crescente deterioração das contas da empresa e sinalizavam que a estatal não teria outra saída além de reajustar a gasolina ou captar recursos no mercado de capitais.

Criado em agosto do ano passado, o Olimpo procurou manter um patrimônio médio de R$ 30 bilhões ao longo do ano, patamar considerado confortável para a empresa. No fim de setembro, o fundo tinha R$ 32 bilhões -93,6% do total de aplicações da empresa, de acordo com o balanço do terceiro trimestre. 

Os saques foram ocorrendo enquanto a companhia estatal aguardava o momento do reajuste, anunciado no fim da semana passada. 

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou ontem que a previsão inicial era que o aumento ocorresse no meio do ano, mas "não foi possível" devido às "manifestações" de junho e julho.

Em agosto, os saques somaram R$ 1,7 bilhão, seguidos por R$ 8,8 bilhões, em setembro, R$ 9,6 bilhões, em outubro, e R$ 7,7 bilhões, em novembro (até o dia 28). 

O Olimpo é um fundo com taxa de administração baixíssima, de 0,00425% ao ano (os grandes aplicadores pagam, normalmente, 0,5%). 

Ele investe em outros 12 fundos das mais variadas instituições financeiras: BTG Pactual, Itaú Unibanco, Santander, Caixa Econômica Federal, Banco Alfa, JPMorgan, GAP, Votorantim, Schroder, BNP Paribas, Banco do Brasil e Bradesco. 

Em comum são todos fundos de alta liquidez (facilidade de resgate) que aplicam em títulos públicos, a maioria ligados ao CDI. 

No ano até o dia 27 de novembro, o rendimento bruto foi de 6,16% -abaixo dos 7,15% do CDI e dos 7,29% da taxa Selic no período, segundo a Economática. 

Procurada, a Petrobras preferiu não comentar.

Forte queda no investimento faz PIB brasileiro recuar 0,5% no terceiro trimestre


PEDRO SOARES
DO RIO



Diante de uma forte queda do investimento e do fraco desempenho de serviços e da indústria, a economia brasileira pisou no freio no terceiro trimestre e o PIB (Produto Interno Bruto) caiu 0,5% no período na comparação com o segundo trimestre. Em valores, o PIB totalizou R$ 1,2 trilhão no terceiro trimestre. 

A retração é a mais relevante desde o primeiro trimestre de 2009, quando houve queda 1,6% como reflexo da crise global, e ocorre num contexto de juros mais altos, crédito restrito, confiança de empresários abalada e desaceleração do rendimento dos trabalhadores.

Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (3) pelo IBGE. O resultado contrasta com a expansão no segundo trimestre, que surpreendeu economistas e agentes do mercado financeiro na ocasião. O dado do período foi revisado de 1,5% para 1,8%. 

O desempenho do PIB ficou próximo das previsões de analistas. A maioria dos bancos e outras instituições previa um recuo entre 0,3% e 0,5% do segundo para o terceiro trimestre.

Nesse período, a indústria puxou o resultado para baixo com pequena alta de 0,1%, ao lado da agropecuária, cuja retração foi de 3,5%. Já os serviços, setor de maior peso na economia (superior a 60%), registraram também uma leve expansão de 0,1%. 

Sob a ótica do destino dos bens e serviços que são produzidos --ou seja, as categorias de demanda--, os investimentos caíram 2,2%. O consumo das famílias avançou 2,2%. Já o consumo do governo, que tem ampliado suas despesas neste ano, teve alta de 1,2%. 

Na comparação com o terceiro trimestre de 2012, o PIB cresceu 2,2%. Nessa base, a indústria cresceu 1,9%. Já os serviços tiveram alta de 2,2% e a agropecuária registrou retração de 1%. 

Com esse desempenho, o PIB acumulou alta de 2,3% nos três primeiros trimestres de 2013 na comparação os mesmos períodos de 2012. Já o índice acumulado nos quatro últimos trimestres mostra que, se o ano tivesse se encerrado no final de setembro, a economia do país teria avançado 2,4%. No ano fechado de 2012, o PIB registrou crescimento de 1%, dado revisado, que originalmente era de 0,9%. 

A presidente Dilma Rousseff, em recente entrevista, disse que o dado de 2012 seria revisado por conta da incorporação da pesquisa de serviços e o crescimento seria corrigido para 1,5%. 

Sobre o dado do terceiro trimestre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tinha previsto nesta segunda-feira uma expansão 2,5% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. 

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/12/1379990-pib-brasileiro-recua-05-no-terceiro-trimestre.shtml