domingo, 2 de fevereiro de 2014

‘Economist’: a festa acabou para Argentina e Venezuela

  • Inflação alta, depreciação cambial e políticas inadequadas são comuns aos dois, diz publicação
O GLOBO  


BUENOS AIRES e CARACAS- Em um artigo crítico, a revista britânica “The Economist” afirma, na edição desta semana, que “a festa acabou” para as economias mais frágeis da América Latina — Argentina e Venezuela. Sem fundamentos sólidos, ambos esbanjaram durante o ciclo de valorização das commodities — soja (Argentina) e petróleo (Venezuela) — e, hoje, culpam o setor privado por suas mazelas enquanto enfrentam inflação alta e depreciação cambial com controles administrativos e intervenções, diz a publicação, acrescentando que os dois disputam o título de “alternativo”.

A revista destaca que a inflação na Argentina, na faixa de 28% (índice extra-oficial), é pressionada por políticas monetária e fiscal frouxas e que a taxa de câmbio oficial é sobrevalorizada. E diz que o país deu um passo na direção da normalidade ao liberar parcialmente controles sobre as divisas. 

A Venezuela, por sua vez, vive uma época de escassez de dólares e dificuldades para pagar suas contas. “Embora os pagamentos aos credores da dívida, de cerca de US$ 5 bilhões neste ano, não pareçam estar em risco, os atrasos em débitos não-financeiros equivalem a dez vezes esta cifra”, aponta a revista. “Isto inclui mais de US$ 3 bilhões devidos a companhias aéreas internacionais por bilhetes vendidos em bolívares, e aproximadamente US$ 9 bilhões em importações do setor privado que não foram pagas por falta de dólares”, lista a publicação.

“Os efeitos já são aparentes. As empresas aéreas impuseram restrições à venda de passagens; algumas suspenderam completamente. Muitos remédios e peças para reposição de equipamentos médicos estão em falta. Autopeças, inclusive baterias, são crescentemente difíceis de encontrar; jornais estão fechando por falta de papel. A maior companhia privada do país, a Empresas Polar, que processa alimentos básicos, luta para manter a produção”, informa a “Economist”.

A revista frisa que, se o governo mudasse a postura em relação ao capital privado, o setor de petróleo poderia levar dinheiro ao país e dar força à produção, que está estagnada. Sem isso, o desabastecimento já percebido no país deve piorar. Assim, se a Argentina ficar como título de “alternativo”, a Venezuela precisará de uma categoria nova para se enquadrar, ironiza a revista.
© 1996 - 2014. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Companhias demitem e apagam dados, sem avisar : Para se protegerem, companhias apagam remotamente as informações nos dispositivos pessoais de ex-funcionários.


No início de outubro, Michael Irvin se levantava para deixar um restaurante em Nova York quando olhou para o seu iPhone e notou que ele estava desligando. Quando conseguiu ligá-lo novamente, todas as suas informações - programas de e-mail, contatos, fotos de família, aplicativos e músicas que havia baixado - tinham desaparecido.

"Parecia que ele tinha vindo direto da fábrica", afirma Irvin, consultor independente de planos de saúde.

Não era um defeito do aparelho. As informações haviam sido apagadas pela AlphaCare, de Nova York, um cliente para quem ele estava trabalhando em tempo integral desde outubro. Irvin recebeu um e-mail da AlphaCare confirmando que os dados do aparelho haviam sido remotamente deletados.

À medida que mais companhias permitem e encorajam funcionários a usarem seus próprios telefones e tablets para atividades profissionais - tendência chamada "bring your own device", ou Byod (traga seu próprio dispositivo, em português) -, trabalhadores têm se deparado com algumas consequências inesperadas. Eles têm visto os dados dos seus aparelhos serem apagados remotamente e até mesmo sem nenhum aviso prévio. Em alguns casos, isso tem ocorrido depois que saem da empresa. Em outros, enquanto ainda estão trabalhando nela. O objetivo das empresas é proteger suas informações.

Segundo uma pesquisa da empresa de proteção de dados Acronis, 21% das companhias promovem essas limpezas remotas quando o funcionário se desliga delas.

Joel Landau, diretor do conselho de administração da AlphaCare, não quis confirmar se os dados do telefone de Irvin tinham sido apagados. Ele enviou uma cópia dos procedimentos de Byod da empresa, que começaram a vigorar em julho e incluem uma referência à limpeza remota. Irvin diz que nunca recebeu uma cópia dessas regras.

A exclusão de dados de telefone é apenas um exemplo das complicações que surgem quando se elimina a divisão entre vida pessoal e profissional. Os empregadores cada vez mais esperam que os funcionários estejam disponíveis todos os dias, 24 horas por dia, mas nem sempre oferecem os equipamentos para que isso seja possível, deixando os trabalhadores diante de um dilema: correr o risco de perder seus dados pessoais ou se negar a usar o próprio aparelho para fins profissionais, o que pode aparentar falta de comprometimento com o trabalho.

Por enquanto, essa prática encontra-se em um limbo jurídico, segundo advogados, graças à incapacidade da legislação de acompanhar o ritmo da inovação e à falta de jurisprudência. A Sociedade de Gestão de Recursos Humanos dos Estados Unidos alertou seus membros em novembro que a eliminação de dados dos telefones acabará provavelmente sendo avaliada pelos tribunais.

Se apagar dados dos telefones é uma necessidade do ponto de vista da proteção das informações, as empresas devem avisar antecipadamente os empregados para que eles possam fazer uma cópia dos seus dados pessoais, diz Lewis Maltby, fundador do Instituto Nacional dos Direitos dos Trabalhadores, organização americana sem fins lucrativos que monitora questões relacionadas ao ambiente de trabalho, como a privacidade.

Muitos empregadores têm um acordo de uso pró-forma que aparece na tela do aparelho quando o funcionário acessa o e-mail ou o servidor de rede por meio do seu próprio dispositivo, acrescenta Maltby. Mas mesmo que esses documentos afirmem explicitamente que a companhia pode apagar dados remotamente, os funcionários geralmente não leem essas mensagens antes de clicar na opção "aceitar".

A eliminação dos dados de telefones se tornou a queixa mais comum recebida nos últimos meses pela organização, diz Maltby.

Philip Gordon, um dos líderes do grupo de privacidade e checagem de antecedência do escritório de advocacia Littler Mendelson, especializado na área trabalhista, tem dois clientes que enfrentaram queixas de ex-funcionários cujos dados dos telefones foram apagados, todos exigindo indenizações. (Em um dos casos, o funcionário perdeu fotos de um parente que havia morrido.) Apesar de nenhum deles ter recorrido à Justiça, Gordon prevê que os meios legais para os trabalhadores podem ser encontrados nos estatutos dos Estados americanos sobre invasões a computadores, originalmente criados para processar hackers.

Um ex-funcionário da empresa de computação em nuvem EMC Corp., de Massachusetts, que pediu anonimato, disse que os dados do seu celular foram apagados há alguns anos após ele ter sido demitido por não ter cumprido metas de vendas. Quando ele começou a trabalhar, ele não tinha um smartphone e a EMC não providenciou um. Segundo ele, como estava perdendo mensagens enviadas tarde da noite sobre mudanças de reuniões e outras informações importantes, decidiu comprar um.

À meia-noite do dia em que foi demitido, o telefone apagou. "Fiquei totalmente surpreso", disse. "Eu sei que eles podem proteger seus dados, mas se essa é uma política tão importante, não deveríamos estar misturando o profissional e o pessoal." Ele não se lembra de ter assinado nenhum acordo de uso, apesar de admitir que uma mensagem surgiu na tela na primeira vez que acessou o servidor da EMC, mas que, "como todo mundo", apenas clicou onde estava escrito "OK".

Em um comunicado, a EMC se recusou a comentar casos individuais, mas disse que, "em termos de procedimentos padronizados", não remove informações pessoais de celulares particulares de funcionários que deixam a empresa.

Desde que a tendência de usar aparelhos próprios no trabalho começou a crescer, há cerca de dois anos, a maioria das grandes empresas adotou sistemas de gerenciamento de dispositivos móveis para abranger o número crescente de produtos tecnológicos que os funcionários usam, diz Lawrence Pingree, da empresa de pesquisas de tecnologia Gartner.

As versões mais recentes desses softwares permitem que a equipe da área de Tecnologia da Informação remova cirurgicamente de um smartphone ou computador dados relacionados ao trabalho, um recurso que está se tornando a melhor prática nesses casos, diz ele.


Fonte: Valor Econômico / The Wall Street Journal, por Lauren Weber , 23.01.2014

‘Bolha dos emergentes’ parece estar estourando, afirma Nobel de Economia

Paul Krugman diz que situação na Turquia não parece tão ruim, mas há risco de contágio para outros países emergentes, inclusive o Brasil

Altamiro Silva Júnior, correspondente da Agência Estado
 
 
NOVA YORK - "Estamos vendo o que parece ser o estouro de uma bolha dos países emergentes. E uma crise nestes mercados pode, de forma plausível, transformar o risco de deflação na zona do euro em realidade", avalia o prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, em sua coluna nesta sexta-feira no jornal New York Times, destacando que a Europa pode passar por situação semelhante a do Japão, que viu sua economia estagnada por anos.

Krugman não está muito otimista com o desenrolar da recente turbulência nos países emergentes. Para ele, o problema não é da Turquia, uma economia menor que a área de Los Angeles, ou Índia, Hungria, África do Sul e qualquer outros mercado emergente que pode se tornar a bola da vez. "O verdadeiro problema é que as nações mais ricas, sobretudo Estados Unidos e a zona do euro, fracassaram em lidar com suas próprias fraquezas", afirma o economista no artigo.

O economista diz que as crises financeiras têm ficado mais próximas umas das outras e com resultados mais severos, em termos de impactos na economia real. Por um longo período após a Segunda Guerra o mundo ficou livre de crises financeiras, provavelmente, avalia Krugman, porque muitos governos restringiram movimentos de capital entre países. Em anos recentes, a situação piorou, com uma crise atrás da outra, na América Latina, Estados Unidos, Ásia e Europa. "Se a forma da crise parece a mesma, os efeitos estão ficando piores."

Para o economista, o respingo direto no mundo da crise na Turquia não será grande, mas o problema é que se volta a ouvir com frequência a palavra "contágio" e o temor de que os problemas turcos contagiem todos os emergentes. No geral, a situação financeira da Turquia "não parece tão ruim", escreve Krugman, mas o país "parece estar em sérios problemas" e a China parece um pouco abalada também. A dívida do governo turco é baixa, mas o setor privado tomou muitos empréstimos no exterior.

"O que torna estes problemas assustadores são as fraquezas das economias ocidentais, uma fraqueza que se torna muito pior por conta de políticas muito, mas muito, ruins", escreve o economista na conclusão de seu artigo.


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

AUMENTO NA EMISSÃO DE CARTEIRAS DE TRABALHO

 

 

 

No ano passado, foram emitidas 41,4 mil carteiras para estrangeiros, contra 27,1 mil em 2012.
O número de carteiras de trabalho emitidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para estrangeiros cresceu 53% entre 2012 e 2013 no país. Dados do órgão mostram que, no ano passado, foram emitidas 41,4 mil carteiras para não brasileiros, contra 27,1 mil no ano anterior. Essa é a maior quantidade de documentos do tipo expedidos na última década.

De acordo com o MTE, a principal causa do aumento foi uma maior abertura do país para os haitianos – cuja nacionalidade lidera a emissão de carteiras para estrangeiros. Um levantamento feito pelo G1 aponta que o número de haitianos que conseguiram o documento passou de 5,1 mil para 11,8 mil entre 2012 e 2013, uma elevação de 132%.

A imigração ilegal de pessoas dessa nacionalidade teve início em janeiro de 2010, quando um forte terremoto deixou 300 mil mortos e destruiu grande parte do país.

Do total de carteiras emitidas para haitianos no ano passado, 4,5 mil foram feitas no estado do Acre, principal ponto de entrada desses imigrantes. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Acre, em 2010 o estado recebeu 37 haitianos. Já em 2011, o número aumentou para 1.175 pessoas. Em 2012, pulou para 2.225 e, no ano passado, para 10.779 – um crescimento de 291 vezes nesse período de contagem.

Devido à alta de imigrantes, os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia, ambos no Acre, solicitaram situação de emergência em abril do ano passado. Para acelerar a regularização dos estrangeiros, o governo federal montou uma força-tarefa na região, e a Polícia Federal (PF) simplificou o formulário que os haitianos devem preencher ao chegar ao país, o que aumentou o ritmo de emissão de vistos e carteiras de trabalho.


Pedidos de refúgio


De acordo com Marta Cristina de Oliveira, da Coordenação de Identificação e Registro Profissional do MTE, os haitianos conseguem agilizar o pedido da carteira de trabalho através de uma “brecha” na lei. Apesar de não serem considerados refugiados pela lei brasileira – que entende que o abrigo só pode ser concedido a quem provar sofrer perseguição por motivo de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas em seu país –, eles são orientados a procurar a PF e solicitar refúgio.

A documentação então segue para o Comitê Nacional de Refugiados (Conare) e para o Conselho Nacional de Imigração (Cnig), que abrem um processo para avaliar a concessão de residência permanente em caráter humanitário, algo que é concedido em 99% dos casos, segundo Virginius Lianza, diretor-adjunto do Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça e coordenador do Conare. O imigrante, porém, não precisa esperar o trâmite terminar para começar a trabalhar, pois o fato de ele estar solicitando refúgio já lhe dá direito a uma carteira de trabalho, com validade de até 180 dias.

A facilidade de solicitar refúgio no país é, inclusive, citada por Diógenes Perez de Souza, chefe do Núcleo de Estrangeiros da Delegacia de Migração da Superintendência de São Paulo da PF, como um dos motivos para o aumento da emissão de carteiras de trabalho nos últimos anos. “É algo extremamente fácil solicitar refúgio no Brasil, e não apenas para os haitianos, mas para todas as nacionalidades”, diz.

É possível perceber essa agilidade dos processos no caso do haitiano João Mavi Aellad, de 32 anos. Há apenas 17 dias no país, ele afirma estar com a documentação pronta para começar a trabalhar no Brasil, pois solicitou refúgio logo ao chegar a Brasiléia. Aellad já havia tentado a sorte na República Dominicana, mas diz que o país não oferecia mais oportunidades de trabalho que o Haiti. Por isso, decidiu fazer uma segunda viagem e vir para o Brasil. “Venho buscar trabalho, pois aqui tem muito”, afirma.

Outro haitiano, Joel Rosius, de 36 anos, também fez uma primeira parada fora de seu país antes de chegar ao Brasil. Ele deixou as duas filhas, de 6 e 8 anos, em novembro de 2010 para ir ao Chile com a mulher. Apenas em dezembro de 2011, decidiu vir para solo brasileiro. “A maioria dos haitianos tem vontade de conhecer o Brasil por causa do futebol”, revela.

Rosius atravessou a fronteira argentina até o Rio Grande do Sul, onde passou apenas um dia e seguiu para São Paulo. Solicitou refúgio à PF e, com a carteira de trabalho temporária, conseguiu trabalho em um restaurante japonês na região dos Jardins, em São Paulo.

Com um visto para estadia de até sete anos no Brasil em mãos, Rosius diz que não pensa em voltar a viver no Haiti. “Se Deus quiser, pretendemos ficar muito tempo aqui. Apenas precisamos conseguir trazer minhas filhas”, destaca.


Outras nacionalidades


Outra nacionalidade que também tenta com frequência a sorte no Brasil é a boliviana. Em todo o país, foram emitidos no ano passado 4.618 documentos para estrangeiros vindos da Bolívia, contra 3.689 em 2012 – um aumento de 25%. Isso faz a nacionalidade ser a segunda que mais conseguiu carteiras de trabalho em solo brasileiro em 2013.

Os bolivianos se enquadram no Acordo Brasil/Mercosul, que facilita a burocracia para a regularização de indivíduos naturais dos países integrantes e associados do bloco. São eles: Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.

Todos os países do acordo estão entre as 16 nacionalidades que mais receberam carteiras de trabalho no Brasil no ano passado – exceto a Venezuela, que ocupa a 21ª colocação, com 241 carteiras emitidas, e o Equador, na 32ª posição, com 110 carteiras.

Entretanto, se depender do Acre, os haitianos devem continuar liderando a nacionalidade de emissão de carteiras de trabalho em 2014. Apenas entre os dias 1° e 27 de janeiro, 1.229 pessoas daquele país entraram no estado. “Quem já está aqui vai chamando os que continuam no Haiti. É um ciclo. Isso se multiplica mais do que dengue”, diz Nilson Mourão, secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre.


Ranking de emissões por país de origem

01. Haiti: 11882
02. Bolívia: 4618
03. Paraguai: 2649
04. Argentina: 2475
05. Portugal: 2389
06. Peru: 1919
07. Bangladesh: 1822
08. Uruguai: 1566
09. Colômbia: 1468
10. Espanha: 1076
11. Senegal: 1044
12. Itália: 901
13. França: 616
14. EUA: 593
15. Chile: 532
16. China: 503
17. Corréia Do Sul: 305
18. Alemanha: 303
19. Guiné Bissau: 258
20. Angola: 242


Clara Velasco & Paula Paiva Paulo
(G1 – 31/01/2014)

Bem-vindo From São Paulo: Introducing the Brasil Post

 



SÃO PAULO -- Olá from Brazil. I'm here for the launch of the Brasil Post, in partnership with the Abril Group, one of Latin America's legendary media companies. For more than half a century, Abril has been telling the story of Brazil, in the pages of iconic magazines like Veja, Claudia and Exame, and in its growing portfolio of online publications. We're delighted to welcome the Brasil Post -- The Huffington Post's first South American edition, putting us on our fifth continent -- and Abril's fabulous team to the HuffPost family.
Brazilians are social by nature, both online and off, making Brazil the perfect place for The Huffington Post to expand our platform, which is all about conversation and engagement. With more than 100 million Internet users and more than 50 million smartphones, Brazil is as hyper-connected as any country in the world. It is now the third largest market in the world for Facebook and the fifth largest for Twitter. In a country as large and diverse as Brazil, the Brasil Post will welcome all voices -- politicians, business leaders and academics alongside students, activists and artists -- and will be a hub where all Brazilians can come to share their passions or simply cross-post from their own blogs and add a new distribution channel to what they're already writing.

My first meeting with the Abril team was a little more than two years ago, in September 2011, when Roberto Civita, who at the time was Chairman and CEO of Abril Group, invited me and Nicholas Sabloff, our executive international editor, to lunch at their offices. Also at the lunch were Fábio Barbosa, who was on the verge of becoming Abril Media's CEO, and Manoel Lemos, the company's chief digital officer. It was one of those moments when everything comes together: we were completely taken with our hosts' hospitality, humor and passion for using all the tools at their disposal to tell the story of Brazil and its people.

A few months later, Roberto, Fábio and Manoel visited us in New York and convinced me more than ever that Abril was the perfect partner for HuffPost in Brazil. Our launch today is tinged with sadness because last May Roberto died unexpectedly from an abdominal aneurysm. Just a few months before, our CEO Jimmy Maymann and I had lunch with him in New York, and we were all full of excitement that everything had been worked out and looking forward to celebrating the launch together in São Paulo. As a young man, Roberto had told his father Victor, Abril's founder, that he wanted to start a weekly magazine in the tradition of TIME -- where Roberto had worked as an intern -- and he went on to shape Brazilian media for more than half a century, publishing both a roster of original magazines and Brazilian editions of Cosmopolitan, InStyle, Men's Health, Women's Health and Playboy, and launching MTV Brasil and the immensely popular women's website MdeMulher. It means a lot to me that Roberto's wife Maria and his sons Giancarlo and Victor will be at the launch. This day is dedicated to him.

So today Abril and HuffPost finally tie the knot, and the lengthy courtship (by today's standards) makes the consummation of this romance all the more exciting. I'm very grateful to Fábio, who was with us from day one and has been so supportive of the partnership. I have learned a lot from Fábio and Manoel on this journey that began over lunch in 2011. Together with Ricardo Anderáos, our editorial director, and Otávio Dias, our editor-in-chief, they bring a deep knowledge of Brazil and its people, and I have learned a lot from them.

Brazil in 2014 is a country at once facing big challenges and brimming with opportunity. In dramatic contrast to what's happening in America, about 40 million people in Brazil have moved from poverty into the middle class in the last decade, fueling a palpable sense that things are getting better. As Otávio put it, "In less than 25 years, Brazil stabilized the economy, strongly reduced inequality and created millions of jobs, giving rise to a new middle class. This is not an achievement of a specific government or president but a result of democracy and a more mature society."

However, many challenges remain, from high unemployment and inequality to corruption, the quality of education and Brazil's infrastructure.

Last week in Davos, together with a small group of journalists from the International Media Council, I met with Dilma Rousseff, Brazil's first female president, after her address at a special session. Seizing on one of the big themes of this year's World Economic Forum, she told us there's a great need for investors to look beyond the short term and focus on Brazil's long-term economic trends and developments. She spoke of Brazil's abundant natural resources, which present big opportunities for sustainable development and improving Brazilians' quality of life: "We will transform a finite resource, petroleum, into a lasting one: an educated population." And in the shortcomings of the country's infrastructure -- roads, train lines, ports and sanitation systems that need upgrading -- she sees a win-win opportunity for Brazilians and foreign investors in the form of public-private partnerships. When I asked her about the country's high youth unemployment (hovering around 20 percent), she focused on the need to improve educational opportunities, and the progress Brazil has made over the last 10 years, lifting 42 million people into the middle class and growing per capita income by 78 percent. In response to a question that assumed she was going to win the October election, she laughed, "No one can predict what happens in a judge's mind, a woman's womb, or a ballot box." And then she quickly corrected herself: "Well, now thanks to modern science, you can tell the sex of a baby, but you still can't tell the other two!"

All these issues will be central to the conversations leading up to the general elections in October to elect the president, congress, state governors and legislatures. And the World Cup, which Brazil will host in June, will not only celebrate the country's proud sporting tradition -- and bring the World Cup to South America for the first time since Argentina hosted in 1978 -- but shine a light on Brazil's split-screen reality, its challenges and its promise.

And the Brasil Post will be covering it all. Through a mix of original reporting and opening up our blogging platform to voices both new and well-known, we will not only tell the stories of the news and events shaping Brazil but also capture the spirit of its people. As we launch new editions internationally -- Brazil is now our 10th country -- we have discovered just how eager our readers around the world are to learn about the lives and traditions of people in countries other than their own. So we'll be putting the spotlight not just on Brazil's political and business life but also on all the ways Brazilians unplug and recharge -- including their active nightlife and tradition of botecos, bars where people gather for drinks, fingerfoods, conversation and music. And of course we'll be covering Brazilians' passion for futebol, and the beach culture of Brazil's many coastal communities.

Beyond publishing, Abril includes the Victor Civita Foundation, which since 1985 has helped to improve basic education throughout the country. Putting the spotlight on what is working in Brazil, including private sector, nonprofit and philanthropic initiatives, will be central to our coverage. Our partnership positions the Brasil Post to combine the best of the old and the best of the new in order to tell the stories that matter most in Brazil -- and just as important, to help Brazilians tell their stories themselves.

And now, a little more about our team. Our editorial director Ricardo Anderáos has been the social media director at the Abril Group and worked as a reporter and editor for several Brazilian outlets, including Estadao.com, where he was editor-in-chief, and MTV Brasil, where he was head of digital. He and I have bonded not just over our agreement on our editorial priorities but over his Third Metric lifestyle. Together with his wife and three children, he lives on the island of Ilhabela and commutes to the office in São Paulo. On the island, he meditates in the Nyingma Tibetan tradition and nurtures his passion for the environment by tending to a nursery of native trees from Brazil's most endangered rainforest, Mata Atlântica.

Brasil Post's editor-in-chief, Otávio Dias, has worked at some of Brazil's most influential newspapers and websites. In 12 years at Folha de S. Paulo, he served as London correspondent and as an assigning editor on the paper's international desk, and at O Estado de S. Paulo he was tech editor and editor of the paper's website. He loves to sing and to practice yoga.

We kick off with blogs from Congressman Marcelo Freixo on the problems of the Brazilian prison system; renowned journalist Gilberto Dimenstein on how to practice journalism in the new media era; popular transgender writer Laerte with a comic strip on how it feels to grow up; the feminist and entrepreneur Bianca Santana on her experience wearing a turban in her daily life; and journalist Renata Rangel on how her decision to move from the city to the countryside was influenced by Third Metric values.

So bem-vindo to the Brasil Post! As always, use the comments section to let us know what you think.

  Publicada por:Arianna Huffington

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

As construtoras mais processadas por clientes em 2013 em SP

PDG, Tecnisa e Camargo Corrêa lideram ranking; atraso na entrega do imóvel é o principal motivo das ações na Justiça


, de o Monteiro/EXAME.com
Obra da PDG no Rio de Janeiro

Obra da PDG: empresa foi a campeã em número de processos em SP, de acordo com levantamento de advogado

São Paulo – A PDG foi a construtora mais processada por clientes em 2013 no estado de São Paulo, com 966 processos, seguida por Tecnisa (464 processos) e Camargo Corrêa (331 processos). Os dados são de um levantamento realizado pelo advogado Marcelo Tapai, especializado em direito imobiliário, com dados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

De acordo com o levantamento, as ações contra construtoras tiveram elevação de 2.600% de 2008 para 2013, passando de 140 para 3.779. “Cerca de 80% dos processos do ano passado foram motivados por atraso na entrega do imóvel”, diz Tapai.

Segundo ele, o atraso em alguns casos chega a superar quatro anos, mas há outros problemas que também motivam ações, ainda que em menor quantidade, como defeitos construtivos, cláusulas abusivas no contrato e a cobrança de taxas indevidas.

Veja o ranking das dez construtoras mais processadas:


Construtora Número de processos em 2013
PDG 966
Tecnisa 464
Camargo Corrêa 331
Trisul 296
Rossi 262
Cyrela 248
MaxCasa 202
Tenda 194
MRV 184
Gafisa 150
Fonte: Tapai Advogados




Metodologia


Embora utilize dados oficiais, é importante frisar que a lista de Marcelo Tapai não é oficial. Segundo o advogado, ele incluiu apenas as ações abertas a cada ano, uma a uma.

Tapai considerou não apenas as ações movidas contra a construtora em si, mas também contra as Sociedades de Propósito Específico (SPEs) formadas pelas construtoras para cada empreendimento.

Segundo o advogado explica, buscas diretas pelo nome das empresas no site do TJ-SP geram poucos processos para cada uma. Isso porque as SPEs formadas por elas são empresas com CNPJ próprio, montadas especificamente para determinada obra e frequentemente com um nome que não remete à construtora que a originou.

Vale lembrar que o ranking traz apenas o número de processos, sem levar em conta o número de clientes de cada empresa. Construtoras com mais clientes podem, naturalmente, ter mais processos que as empresas menores. 

Desfecho dos processos
Segundo Marcelo Tapai, a indenização pelo comprador ser privado do uso do imóvel depois que passa a data de entrega tem sido estipulada em 0,8% do valor do imóvel por mês de atraso. É como se fosse um aluguel que a construtora paga simplesmente por ainda ter o imóvel em seu poder quando já deveria tê-lo entregue ao comprador.

Também cabem indenizações por danos morais por situações que causem constrangimento e problemas pessoais às vítimas. “Há quem marque a data com casamento com vistas à data de entrega do imóvel e não consiga se mudar depois de casar, por exemplo”, diz Tapai.


Direitos do comprador


O atraso na entrega do imóvel causa muita dor de cabeça aos compradores, que podem inclusive cair em armadilhas quando se aproxima a data de pagamento da chamada parcela das chaves.

As construtoras costumam incluir no contrato uma cláusula de 180 dias de tolerância, já considerada ilegal pelo TJ-SP. No Rio de Janeiro já existe até uma lei que obriga a construtora a pagar multa pelo atraso. Até desistir da compra nesse caso o comprador pode.


Outro lado


Líder no ranking, a PDG disse, em nota, que não comenta informações ou pesquisas de fontes não oficiais e acrescentou que trabalha sempre com o objetivo de aprimorar os processos para melhor atender aos seus clientes.

“A incorporadora, há pouco mais de um ano, passou por uma reestruturação interna, o que tem minimizado a cada dia o impacto de antigos projetos dentro da companhia e garantido entregas no prazo e com qualidade”, diz a nota, que reforça ainda o compromisso da PDG com os clientes e com a qualidade dos empreendimentos.

A Tecnisa, a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), a Trisul, a Rossi e a Cyrela optaram por não comentar, uma vez que a fonte do levantamento não é um órgão oficial, segundo as notas que enviaram a EXAME.com.

A MaxCasa alegou, em nota, que não divulga publicamente este tipo de informação, e assegurou que os números divulgados sobre os processos recentes estão significativamente superiores ao número real de processos em curso movidos por compradores de imóveis da empresa.

A MRV Engenharia disse, em nota, que, percentualmente, os índices de reclamação contra a empresa são pequenos se comparados ao número de unidades construídas.

“Em todo o Brasil, a grande população de clientes da MRV tem se mostrado cada vez mais satisfeita com o imóvel adquirido. Mesmo considerando o baixo volume de reclamações, a construtora tem sempre se empenhado para solucionar as demandas que surgem”, diz a nota da construtora.

Finalmente, a Gafisa disse, em nota, não reconhecer os números apresentados pelo advogado, sejam eles relacionados a atraso de obras ou de qualquer outra natureza.

Argentinos invadirão o Brasil durante a Copa de 2014

Entre os 600 mil turistas vindos do exterior, os argentinos deverão integrar a maior torcida estrangeira no evento

Diego Iraheta, do
Wikimedia Commons
Bandeira da Argentina tremula em Buenos Aires

Bandeira da Argentina: apostando na presença em massa dos argentinos, a Anac autorizou 504 novos voos entre o Brasil e a Argentina durante o período da Copa

Os hermanos que amamos odiar — no futebol — vão invadir as ruas e os estádios brasileiros.

Os argentinos deverão integrar a maior torcida estrangeira na Copa de 2014, entre os 600 mil turistas vindos do exterior, conforme expectativa do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). O azul e branco prometem confrontar o verde e amarelo e realizar o maior sonho deles.

E o nosso maior pesadelo nos gramados…
Embora a estimativa oficial de turistas no País só seja divulgada em abril, após o fim da segunda fase de venda de ingressos pela Fifa, relatórios da Embratur mostram que a Argentina é, disparado, o principal emissor de turistas para o Brasil.

Em sete anos, o número de argentinos visitando o País cresceu 79%. Saltou de 933 mil, em 2006, para 1,67 milhão, em 2012. Segundo lugar no ranking de turismo no Brasil, os Estados Unidos mandaram para cá 586 mil pessoas em 2012.

Como são vizinhos e fanáticos por futebol, nossos arqui-inimigos nos gramados deverão bater ponto por aqui a partir de junho, sobretudo no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), onde a seleção argentina vai jogar na primeira fase da competição.

"A perspectiva de uma nova Copa na América Latina é de longo prazo, daqui a 30 anos; por isso, esta acaba sendo a melhor oportunidade para os argentinos participarem dessa grande festa no Brasil", avalia a chefe de gabinete da Embratur, Kátia Bitencourt.

Apostando na presença em massa dos argentinos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou 504 novos voos entre o Brasil e a Argentina durante o período da Copa. Serão 262 itinerários do Aeroporto Internacional Galeão, no Rio de Janeiro, para o Aeroporto Internacional Ezeiza, em Buenos Aires, e 242 do Galeão para o Aeroparque, também na capital argentina.

De 6 de junho a 20 de julho, a Anac ampliou em quase 90 mil a oferta de assentos nos aviões que vão transportar passageiros da Argentina para o Brasil. A medida faz parte do reforço na malha aérea, promovido pela Anac, com 1.973 voos a mais autorizados em todo o País para a Copa.
Rivalidade


Fã de carnaval e caipirinha, o jornalista argentino Agustin Gonzalez, 28, prepara-se para fazer sua sexta viagem ao Brasil. Ele vem passar mais de 20 dias em Brasília e São Paulo e assistir a pelo menos duas partidas do Mundial. Já garantiu duas entradas para as quartas e oitavas-de-final e agora aguarda a resposta da Fifa sobre o pedido de mais três jogos.

Agustin torce por uma competição sadia entre brasileiros e argentinos na Copa. "Dentro do folclore do futebol, a última seleção que eu quero que ganhe é a brasileira. Se não ganhar a Argentina, que seja o Uruguai, o Chile ou a Colômbia. Como vocês já têm cinco copas, agora é a nossa vez", provoca.

O morador de Buenos Aires brinca que ele e os amigos teriam medo de andar com a camisa da seleção argentina no Brasil em caso de vitória da Argentina. Mas admite que a seleção brasileira está bastante preparada, com jogadores talentosos e aguerridos.

"Vai ser muito duro ganhar do Brasil. Mas temos o Messi, e aí se abre uma porta", diz, esperançoso .