Entre os 600 mil turistas vindos do exterior, os argentinos deverão integrar a maior torcida estrangeira no evento
Bandeira da Argentina: apostando na presença em massa dos argentinos, a Anac autorizou 504 novos voos entre o Brasil e a Argentina durante o período da Copa
Os hermanos que amamos odiar — no futebol — vão invadir as ruas e os estádios brasileiros.
Os argentinos deverão integrar a maior torcida estrangeira na Copa de 2014,
entre os 600 mil turistas vindos do exterior, conforme expectativa do
Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). O azul e branco prometem
confrontar o verde e amarelo e realizar o maior sonho deles.
E o nosso maior pesadelo nos gramados…
Embora a estimativa oficial de turistas no País só seja divulgada em
abril, após o fim da segunda fase de venda de ingressos pela Fifa,
relatórios da Embratur mostram que a Argentina é, disparado, o principal
emissor de turistas para o Brasil.
Em sete anos, o número de argentinos visitando o País cresceu 79%.
Saltou de 933 mil, em 2006, para 1,67 milhão, em 2012. Segundo lugar no
ranking de turismo no Brasil, os Estados Unidos mandaram para cá 586 mil
pessoas em 2012.
Como são vizinhos e fanáticos por futebol, nossos arqui-inimigos nos
gramados deverão bater ponto por aqui a partir de junho, sobretudo no
Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), onde a
seleção argentina vai jogar na primeira fase da competição.
"A perspectiva de uma nova Copa na América Latina é de longo prazo,
daqui a 30 anos; por isso, esta acaba sendo a melhor oportunidade para
os argentinos participarem dessa grande festa no Brasil", avalia a chefe
de gabinete da Embratur, Kátia Bitencourt.
Apostando na presença em massa dos argentinos, a Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) autorizou 504 novos voos entre o Brasil e a
Argentina durante o período da Copa. Serão 262 itinerários do Aeroporto
Internacional Galeão, no Rio de Janeiro, para o Aeroporto Internacional
Ezeiza, em Buenos Aires, e 242 do Galeão para o Aeroparque, também na
capital argentina.
De 6 de junho a 20 de julho, a Anac ampliou em quase 90 mil a oferta de assentos nos aviões que vão transportar passageiros da Argentina para o Brasil. A medida faz parte do reforço na malha aérea, promovido pela Anac, com 1.973 voos a mais autorizados em todo o País para a Copa.
De 6 de junho a 20 de julho, a Anac ampliou em quase 90 mil a oferta de assentos nos aviões que vão transportar passageiros da Argentina para o Brasil. A medida faz parte do reforço na malha aérea, promovido pela Anac, com 1.973 voos a mais autorizados em todo o País para a Copa.
Rivalidade
Fã de carnaval e caipirinha, o jornalista argentino Agustin Gonzalez, 28, prepara-se para fazer sua sexta viagem ao Brasil. Ele vem passar mais de 20 dias em Brasília e São Paulo e assistir a pelo menos duas partidas do Mundial. Já garantiu duas entradas para as quartas e oitavas-de-final e agora aguarda a resposta da Fifa sobre o pedido de mais três jogos.
Agustin torce por uma competição sadia entre brasileiros e argentinos na Copa. "Dentro do folclore do futebol, a última seleção que eu quero que ganhe é a brasileira. Se não ganhar a Argentina, que seja o Uruguai, o Chile ou a Colômbia. Como vocês já têm cinco copas, agora é a nossa vez", provoca.
O morador de Buenos Aires brinca que ele e os amigos teriam medo de andar com a camisa da seleção argentina no Brasil em caso de vitória da Argentina. Mas admite que a seleção brasileira está bastante preparada, com jogadores talentosos e aguerridos.
"Vai ser muito duro ganhar do Brasil. Mas temos o Messi, e aí se abre uma porta", diz, esperançoso .
Fã de carnaval e caipirinha, o jornalista argentino Agustin Gonzalez, 28, prepara-se para fazer sua sexta viagem ao Brasil. Ele vem passar mais de 20 dias em Brasília e São Paulo e assistir a pelo menos duas partidas do Mundial. Já garantiu duas entradas para as quartas e oitavas-de-final e agora aguarda a resposta da Fifa sobre o pedido de mais três jogos.
Agustin torce por uma competição sadia entre brasileiros e argentinos na Copa. "Dentro do folclore do futebol, a última seleção que eu quero que ganhe é a brasileira. Se não ganhar a Argentina, que seja o Uruguai, o Chile ou a Colômbia. Como vocês já têm cinco copas, agora é a nossa vez", provoca.
O morador de Buenos Aires brinca que ele e os amigos teriam medo de andar com a camisa da seleção argentina no Brasil em caso de vitória da Argentina. Mas admite que a seleção brasileira está bastante preparada, com jogadores talentosos e aguerridos.
"Vai ser muito duro ganhar do Brasil. Mas temos o Messi, e aí se abre uma porta", diz, esperançoso .
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