quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Dilma adia para amanhã reunião com dirigentes de multinacionais


Por Daniel Rittner | Valor
Divulgação | Palácio do Planalto

ZURIQUE  -  A presidente Dilma Rousseff adiou para amanhã os encontros que teria hoje em Zurique, na Suíça, com dirigentes de várias multinacionais. Ela desembarcou às 4h30 (horário de Brasília) e seguiu direto para um hotel em uma tranquila colina na cidade suíça, sem falar com a imprensa.

Segundo assessores, Dilma preferiu descansar e pediu para almoçar no próprio quarto, de onde só pretende sair para um encontro na sede da Fifa, com o presidente da entidade, Joseph Blatter. Na volta, deve dar os retoques finais no discurso que fará amanhã, em Davos, em sessão especial do Fórum Econômico Mundial. A previsão do Palácio do Planalto é que cerca de 1,5 mil empresários e executivos globais estejam presentes.

Dilma previa se encontrar hoje com dirigentes da Unilever, da Novartis, da Saab, do Merrill Lynch e da InBev. As reuniões com os presidentes Hakan Buskhe, da Saab, e Carlos Brito, da InBev, foram inclusive confirmadas na agenda oficial de Dilma. Os compromissos foram remarcados para amanhã, em Davos.

É possível que alguns deixem de ocorrer, por causa da agenda sobrecarregada, mas a presidente faz questão de conversar com a Saab, especializada em sistemas de defesa aeroespacial. Trata-se do primeiro contato pessoal de Dilma com representantes da empresa sueca após o anúncio, em dezembro, da escolha dos caças Gripen, da Saab, para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Na visita à Fifa, o objetivo dos dois lados é contornar o mal-estar nas relações entre a entidade e o governo brasileiro, depois das críticas de Blatter aos atrasos na construção dos estádios. Assessores presidenciais descartam, no entanto, qualquer "lavação de roupa suja" durante a conversa. Dilma pretende fazer um breve relato das ações do governo em áreas como segurança e infraestrutura, mas sem entrar em detalhes.

Da parte da presidente, está descartado abordar o atraso na conclusão da Arena da Baixada, em Curitiba. O tema dever ser tratado pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e pela secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. A Arena da Baixada, com 90% das obras executadas, é a mais atrasada entre todas as cidades-sedes. Valcke deu um ultimato, até 18 de fevereiro, para a demonstração de avanços que garantam sua conclusão até abril. Caso contrário, Curitiba poderá ser excluída da Copa do Mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário