Em entrevista exclusiva à EXAME.com, Karen Buglisi afirmou que vai dobrar de tamanho no país em três anos e que marcas nacionais prepararam o mercado para ela
M.A.C no Iguatemi: empresa espera dobrar número de lojas próprias em três anos
São Paulo – A partir da quinta-feira, dia 30 de janeiro, as
consumidoras brasileiras da marca de maquiagem americana M.A.C poderão
fazer suas compras pela Internet. A iniciativa faz parte do plano da
companhia de dobrar de tamanho no Brasil, como explicou Karen Buglisi,
presidente global da marca, em entrevista exclusiva à EXAME.com. Mais
lojas e atendimento diferenciado às clientes também são parte da
estratégia.
Segundo a presidente, o primeiro passo para a expansão,
porém, foi dado no ano passado. Para deixar os produtos mais acessíveis
às brasileiras, a M.A.C baixou o preço de seus produtos em 11%, uma
ação inédita da companhia no mundo. "O casamento da marca com as
brasileiras foi feito nos céus", disse Karen.
Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista:
EXAME.com - O serviço de compras online já está disponível para 22 países. Por que a senhora resolveu trazê-lo também para o Brasil?
Karen Buglisi - O Brasil é um país muito grande. Nós não estávamos sendo capazes de expandir em lojas rápido o suficiente para servir à demanda. Com o comércio online, conseguiremos atingir muito mais gente.
Karen Buglisi - O Brasil é um país muito grande. Nós não estávamos sendo capazes de expandir em lojas rápido o suficiente para servir à demanda. Com o comércio online, conseguiremos atingir muito mais gente.
EXAME.com - O que o mercado brasileiro representa para a M.A.C?
Karen Buglisi - O Brasil é a nossa China. Estamos presentes em mais de 80 países e, em pouco mais de dez anos, o Brasil já está entre os 10 maiores compradores de nossos produtos. Isso porque ainda não somos tão conhecidos no país. Imagine o que atingiremos com essa expansão?
Karen Buglisi - O Brasil é a nossa China. Estamos presentes em mais de 80 países e, em pouco mais de dez anos, o Brasil já está entre os 10 maiores compradores de nossos produtos. Isso porque ainda não somos tão conhecidos no país. Imagine o que atingiremos com essa expansão?
Karen Buglisi - Nos primeiros anos da marca no país, nos concentramos em São Paulo, no Rio de Janeiro e em cidades próximas a esses centros. Em 2012, entramos em Recife e de lá fomos para Fortaleza, Salvador, Belém e outras cidades. A recepção foi tão impressionante que percebemos que não conseguiríamos expandir o suficiente em lojas físicas para atender a esse público.
EXAME.com - O Brasil possui marcas nacionais muito fortes, como O Boticário e Natura, que estão bem consolidadas no mercado nacional. Como vocês pretendem competir com elas?
Karen Buglisi - Na verdade, eu acredito que as marcas nacionais prepararam o mercado brasileiro para nossa entrada.
Eles movimentam muitos clientes e colocaram os cosméticos numa posição muito importante para os brasileiros. Nós só temos que agradecer a eles por amadurecerem o mercado consumidor para nós.
EXAME.com - E qual será a estratégia para se tornarem mais conhecidos por aqui?
Karen Buglisi - O Brasil é um país diferente de todos os outros e nós temos que tratá-lo de forma diferente. Para se ter uma ideia, no ano passado, decidimos, pela primeira vez na história da marca, diminuir os preços em um país. Cortamos 11%, para que nos tornássemos mais acessíveis às brasileiras. Isso mostra o quanto o Brasil é importante para nós.
EXAME.com - Haverá produtos especializados para as brasileiras?
Karen Buglisi - Produtos exclusivos para o Brasil, não. O que fazemos é ajustar os tons de produtos para pele, para conseguirmos atender a todas as consumidoras. Mas a verdade é que o Brasil nos inspira. Temos linhas de produtos globais, como a Mineralize, que foram baseadas no jeito e no ambiente brasileiros. Fez um grande sucesso.
EXAME.com: E para a M.A.C global, o que podemos esperar para os próximos anos?
Karen Buglisi: Estamos com um plano agressivo de expansão. Abriremos duas vezes o número de lojas e pontos de distribuição que abrimos no ano passado, boa parte deles na América Latina, mais especificamente no Brasil. O casamento da marca com as brasileiras foi feito nos céus.
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