quinta-feira, 10 de abril de 2014

Brasil é quarto país com mais usuários de arbitragem

A arbitragem, um dos principais métodos alternativos para resolução de conflitos, ganha cada vez mais espaço no Brasil. A Câmara de Comércio Internacional coloca o Brasil como quarto país em relação ao número de usuários da prática, atrás apenas de Estados Unidos, Alemanha e Canadá. Para Flávia Bittar Neves, sócia do Grebler Advogados, especialista em Direito Contencioso e Arbitragem, Contratações Internacionais e Propriedade Intelectual e vice-presidente do Comitê Brasileiro de Arbitragem, dois motivos explicam o crescimento.

Segundo ela, os principais atrativos são a celeridade, pois a arbitragem costuma encerrar a disputa em seis meses a dois anos, enquanto o caso pode se arrastar por décadas no Judiciário, e a especialidade dos árbitros. Eles costumam ser analisados por conta do conhecimento técnico, o que motiva a escolha das partes por conhecedores do assunto. Dados do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem mostram que a arbitragem é mais comum em demandas envolvendo os setores imobiliário e de óleo e gás.

Na Câmara FGV de Conciliação e Arbitragem, por exemplo, os processos envolvem especialmente o preço do Megawatt-hora (MWh), custo de construção de linhas de transmissão, descumprimento de obrigações ambientais e disputa sobre direitos de mineração.

Na Câmara de Comércio Brasil-Canadá, as disputas societárias são a causa mais comum de busca por arbitragem, respondendo por 33% dos casos, aparecendo na sequência disputas ligadas a contratos comerciais (32%), contratos de bens e serviços, contratos de construção e casos envolvendo propriedade intelectual.

O balanço da Câmara de Arbitragem Empresarial revela resultado diferente, com 42% dos casos relacionados à área de construção civil e energia, contra 21% de contratos empresariais, 15% de matérias societárias e o mesmo percentual para arbitragens internacionais.

Segundo Flávia Bittar, a aceitação da arbitragem é progressiva também nos tribunais estatais, permitindo uma relação harmoniosa entre o Judiciário e a arbitragem. Como disse, o modelo “é uma solução eficaz para a resolução de conflitos, considerando a celeridade do procedimento e a especialidade do julgamento”. Dados da Câmara de Comércio Internacional colocam o Brasil como sétimo colocado na lista de sedes para arbitragens internacionais em 2012, com a participação de 82 empresas, ou 42% de todas as partes latino-americanas envolvidas em arbitragens naquele ano.

Taxas de juros das operações de crédito registram décima alta consecutiva


Juros sobem pela décima vez consecutiva




As taxas de juros das operações de crédito para pessoa física e jurídica tiveram alta em março, segundo a Pesquisa de Juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). De acordo com a entidade, essa foi a décima alta consecutiva.

Para pessoa física, a média geral dos juros cresceu 0,04 ponto percentual no mês (0,89 ponto percentual no ano), passando de 5,82% ao mês (97,16% ao ano) em fevereiro para 5,86% ao mês (98,05% ao ano) em março. Essa foi a maior taxa de juros desde agosto de 2012.

Entre as seis linhas de crédito pesquisadas, cinco apresentaram alta: a de juros do comércio, do cheque especial, do Crédito Direto ao Consumidor (CDC-Bancos), do financiamento de automóveis, do empréstimo pessoal de bancos e do empréstimo pessoal de financeiras. A taxa do cartão de crédito rotativo não teve alteração.

Para pessoa jurídica, a média na taxa de juros teve elevação de 0,03 ponto percentual no mês (0,52 ponto percentual em doze meses), passando de 3,32% ao mês (47,98% ao ano) em fevereiro para 3,35% ao mês (48,50% ao ano) em março de 2014. Essa também foi a maior taxa de juros desde agosto de 2012.
A entidade prevê que, nos próximos meses, as taxas de juros das operações de crédito terão novas altas. 'As elevações podem ser atribuídas à expectativa de aumentos da taxa básica de lucros (Selic), ao cenário econômico com tendência negativa e à expectativa de piora nos índices de inflação e de crescimento econômico', diz Miguel de Oliveira, diretor executivo da Anefac.


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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Livro didático tem erros de grafia de Estados brasileiros


Localização de Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe, além do Distrito Federal, também está errada no mapa


Maria do Carmo Pagani - Especial para O Estado
 
Atualizada às 22h13
 
CAMPINAS - "Ácre", "Minas Gertais" e "Espíritu Santo" estão entre os Estados brasileiros, segundo um livro didático distribuído a estudantes da rede municipal de ensino de Jundiaí, no interior paulista. Na obra, o mapa do Brasil também não mostra onde está o Distrito Federal e não nomeia os Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe.

Os erros do livro didático da coleção Projeto Ciranda, do Grupo Mathema, foram descobertos nesta semana por um menino de 7 anos, filho da auxiliar administrativa Vanessa Marques. O mapa faz parte de um capítulo sobre povos indígenas e o mapa do Brasil mostraria todos os Estados e a localização de algumas tribos.

"Ele notou e me disse que os nomes estavam escritos de forma errada. Folheei o livro para ver se não se tratava de alguma brincadeira do tipo ‘pegadinha’ ou outra forma utilizada para despertar a atenção das crianças, mas não se tratava disso: era erro mesmo", conta a auxiliar administrativa. "Como é possível haver erros crassos assim em um material elaborado para ensinar as crianças em uma fase crucial de seu processo de alfabetização?", questiona Vanessa.


Recolhimento. A Secretaria Municipal de Educação informou que já notificou a editora responsável pela publicação. Segundo a administração municipal, o Grumo Mathema assumiu a responsabilidade pela falha e se comprometeu a corrigir os erros e fazer nova impressão para que as páginas sejam substituídas nos próximos dias.

Ainda de acordo com a secretaria, os professores da rede municipal estão sendo orientados para que façam a substituição do material.

Segundo Kátia Stocco Smole, coordenadora da Mathema e doutora em Educação com área de concentração em ensino de Ciências e Matemática, as correções no mapa já foram feitas e a substituição das páginas com erros em todo o material distribuído na rede de ensino de Jundiaí deve ocorrer até amanhã. 

Uniformes.

A mãe do garoto comenta também que, além do erro no livro, os uniformes que a prefeitura deveria ter distribuído aos alunos da rede municipal no início das aulas ainda não chegaram.
Em relação a isso, a Secretaria Municipal de Educação esclarece que os kits estão previstos para chegar às escolas da rede a partir do dia 22 deste mês.

Para Lemann, bons líderes são formados em dez anos

Tempo de experiência em várias áreas e avaliação contínua é preciso para que as empresas consigam formar bons gestores

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Sergio Lima/FolhaPress/Veja
Jorge Paulo Lemann

São Paulo – Ao contrário do que alguns livros de gestão dizem e jovens talentos acreditam, um bom líder de grandes negócios demora cerca de dez anos para estar formado, garante o bilionário Jorge Paulo Lemann.

Em um congresso da Falconi Consultores de Resultado, em São Paulo, o homem mais rico do país falou rapidamente sobre como construir uma fábrica de líderes para alcançar sonhos mundiais, como se tornou a AB Inbev, líder mundial de cervejas.

De acordo com o executivo, o processo de formar líderes não acontece do dia para a noite.
“Demora dez anos até que seus primeiros trainees façam coisas essenciais, até que tenha gente treinando essas pessoas e a cultura da companhia já esteja formada (sic)”, disse ele em sua participação no evento.

Segundo ele, a companhia escolhe os melhores profissionais que passam por vários testes antes de evoluir dentro da corporação e acumulem mais experiência. O desempenho das pessoas é avaliado de perto pelos sócios.

“Estamos sempre procurando descobrir gente melhor do que nós. Ninguém é promovido se não tiver ninguém tão bom quanto o gestor para substituí-lo”, afirmou Lemann na palestra.

Dono do controle de gigantes como Ambev, Burger King e Heinz, Lemann é também o maior bilionário do país, com uma fortuna de 19,7 bilhões de dólares, de acordo com a Forbes.

Ele também é hoje um dos executivos mais respeitados do mundo, com direito a elogios vindos do guru das finanças, Warren Buffett.

Veja, a seguir, o vídeo da participação de Lemann no congresso da Falconi Consultores.

 https://www.youtube.com/watch?v=956P3kyTpv8

Brasil crescerá abaixo da média da região, diz Banco Mundial


Segundo relatório, desempenho deverá ser pior do que o da América Latina e Caribe, que deve crescer 2,3% este ano

Julia Carvalho/EXAME.com
Carroceria do New Fiesta Hatch é vistoriada na fábrica da Ford em São Bernardo

Fábrica em São Paulo: "no Brasil, as previsões de consenso mostram um crescimento de 2 por cento ou menos em 2014", avaliou a instituição

O Brasil deverá crescer no máximo 2 por cento este ano por não ter promovido reformas para impulsionar o crescimento, a poupança e os investimentos, afirmou o Banco Mundial em relatório divulgado nesta quarta-feira.

O desempenho do Brasil deverá ser pior do que o da América Latina e Caribe, que deve crescer 2,3 por cento este ano, levemente abaixo dos 2,4 por cento registrados em 2013.

O Banco Mundial atribuiu o pior desempenho da região ao menor crescimento da China, à volatilidade dos preços de matérias-primas e aos maiores custos de capital.

"No Brasil, as previsões de consenso mostram um crescimento de 2 por cento ou menos em 2014, já que ainda não tomou forma a agenda de reformas necessárias para evitar um cenário de baixo crescimento, baixa poupança e baixo investimento", avaliou a instituição no relatório "Fluxos internacionais para América Latina: balançando o barco?".

Para o México, segunda maior economia da região depois do Brasil, o Banco Mundial estimou crescimento de cerca de 3 por cento este ano. E ressaltou que as reformas dos setores de telecomunicações, energia e educação, entre outros, promovidas pelo governo mexicano melhoraram as perspectivas de crescimento do país nos próximos anos.

O Banco Mundial acredita que as economias emergentes vão enfrentar condições financeiras mais restritivas diante da mudança de foco dos investidores para economias avançadas, como os Estados Unidos. Mas disse que o impacto desse cenário é menos significativo neste momento em que a região concentra fluxos de recursos mais estáveis.

Mas isso não dissipa as preocupações com esse padrão de baixo crescimento.
"A pergunta é se a diminuição cíclica (do crescimento de 2013 e 2014) é um sintoma de desaceleração mais permanente no crescimento de longo prazo", afirmou o economista-chefe do banco para América Latina e Caribe, Augusto De la Torre, em nota. "Uma taxa de equilíbrio para o crescimento de cerca de 2,5 por cento seria claramente insuficiente para manter o ritmo de progresso social a que a região se acostumou nos últimos dez anos", disse o banco.

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Credit Suisse e Luis Stuhlberger viram sócios


Luis Stuhlberger será acionista controlador de nova companhia da qual o Credit Suisse e membros da atual equipe do executivo serão minoritários

Fátima Laranjeira, do
REUTERS/Arnd Wiegmann
Banco Credit Suisse
Credit Suisse: segundo o Credit, o novo desenho da parceria é um modelo adotado pela instituição, na divisão de Asset Management no Brasil

São Paulo - O Credit Suisse firmou acordo de longo prazo com o atual diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo, Luis Stuhlberger.

Eles tornam-se sócios, renovando a parceria iniciada com a compra, pelo Credit Suisse, de participação na então Hedging-Griffo em 2007, empresa que teve Stuhlberger entre os fundadores. 

Ele será o acionista controlador de uma nova companhia, a Verde Asset Management, da qual o Credit Suisse e membros da atual equipe do executivo serão minoritários.

Segundo o Credit, o novo desenho da parceria é um modelo adotado pela instituição, na divisão de Asset Management no Brasil, para "fortalecer sua equipe por meio de associações com executivos que acumulam ampla experiência no mercado local".

"Oportunamente, será proposto aos cotistas dos fundos das famílias Verde, Ações Long Only, Long/Short e Global, hoje geridos pela CSHG, sob responsabilidade de Luis Stuhlberger, que aprovem a transferência da gestão para a Verde Asset Management", informa o Credit Suisse em nota. 

Uma vez aprovada, a partir de janeiro de 2015, esses fundos passarão a ser geridos pela Verde Asset Management, com a mesma equipe de gestão atual.

O Private Banking da CSHG, que tem mais de R$ 65 bilhões administrados, manterá a parceria com Stuhlberger e sua equipe, por meio da Verde Asset Management. Os fundos imobiliários, de renda fixa e de crédito privado, que somam aproximadamente R$ 15 bilhões, continuam geridos pela CSHG e sua atual equipe de gestores.

De acordo com o Credit, o fundo Verde, desde a sua criação, é um dos mais rentáveis fundos multimercado do país. 

"Apesar de fechado para captação, seu patrimônio vem crescendo de forma expressiva, devido às altas taxas de rentabilidade alcançadas", afirma o banco. "Para manter a qualidade de gestão, Stuhlberger fará uma proposta aos cotistas de redução do patrimônio do fundo Verde Master e dos respectivos fundos investidores, com devolução de recursos aos clientes, de forma igualitária, em quatro parcelas semestrais, sendo cada uma de 10% do patrimônio na data de cada pagamento", diz. 

A intenção é de que a primeira devolução aos cotistas aconteça em janeiro de 2015.