quinta-feira, 7 de maio de 2015

Alibaba anuncia novo comando e lucro surpreendente



Daniel J. Groshong/Bloomberg
Jack Ma, criador do Alibaba
Jack Ma: anúncio foi feito pelo fundador da companhia em teleconferência de resultados
 
 
São Paulo – A partir de domingo, o executivo Daniel Zhang irá substituir Jonathan Lu no comando do Alibaba, protagonista do maior IPO da história, em setembro.
 
O anúncio foi feito pelo fundador da companhia, Jack Ma, depois da divulgação de resultados do primeiro trimestre.

Lu presidia a companhia desde 2013 e, ao contrário de Jack, tinha um estilo bem mais discreto.
"Nós nos complementamos muito bem", disse Lu em uma entrevista à Bloomberg, em 2013. "Ele olha para frente e fora da caixa e eu foco no presente."

A companhia disse que vai trabalhar com Daniel para assegurar uma transição bem sucedida nos próximos meses.
Até o dia 10 de maio, Daniel Zhang segue como chefe de operações da empresa, cargo que ocupa desde setembro de 2013.

Ele está na companhia há oito anos e já ocupou cargos de liderança em toda a organização, além de ser um dos membros da fundação do Alibaba.

Em seu papel como COO, Daniel supervisionou as operações de todas as empresas do Grupo Alibaba na China e internacionalmente.
 

Resultados grandiosos


Fundada em 1999, a empresa asiática teve receita de 2,81 bilhões de dólares no trimestre – valor bem acima do esperado pelos analistas de 2,77 bilhões de dólares no período.

O lucro da empresa foi de 463 milhões de dólares, graças ao aumento de 40% no volume bruto vendido de 97 bilhões de dólares de janeiro a março.

O número mensal de usuários ativos aumentou 77% para 289 milhões e o de compradores globais no ano saltou 37% para 350 milhões.

Em setembro, a companhia conseguiu levantar 21,8 bilhões de dólares em sua abertura de capital, quando os papéis foram negociados a 115 dólares – hoje giram por volta de 80 dólares.

Desemprego é o maior em 2 anos - mas até onde ele vai?


REUTERS/Paulo Whitaker
Desemprego: pessoas olham vagas de trabalho em cartazes no centro de São Paulo
Desemprego: pessoas olham vagas de trabalho em cartazes no centro de São Paulo
São Paulo – Horas após a Câmara dos Deputados aprovar as novas regras do seguro-desemprego, os números da PNAD Contínua divulgados pelo IBGE mostraram que o desemprego está aumentando.

A taxa pulou de 6,5% no 4º trimestre de 2014 para 7,9% nos três primeiros meses deste ano. É a maior taxa desde o 1º trimestre de 2013, quando estava em 8%. 

A queda já aparecia em indicadores como a Pesquisa Mensal de Emprego do próprio IBGE, mas não deixa de ser uma má notícia para o govenro Dilma, que até pouco tempo tinha o emprego como um dos poucos indicadores positivos para mostrar.

E a queda até demorou a aparecer mais fortemente diante do crescimento zero em 2014 e a perspectiva para 2015 da maior recessão em mais de 20 anos (queda de 1,18%, de acordo com o último boletim Focus).

Como o mercado de trabalho brasileiro é bastante rígido e demitir é caro, as flutuações de atividade têm efeitos retardados sobre o emprego – para o bem e para o mal.

“Mercado de trabalho é a ultima coisa que a gente sente quando tem uma desaceleração. E esse não é o fim do processo: a taxa deve continuar subindo e chegar a cerca de 9% no meio do ano, quando é geralmente o pico”, prevê Sérgio Vale, economista da MB Associados.

O que era um movimento mais da indústria e da construção civil está chegando ao comércio e os serviços, e a tendência é das taxas ficarem mais elevadas por um bom tempo já que não há um horizonte de vigorosa via consumo ou investimento:

“É diferente daquele cenário a partir de 2003, com atividade mais forte. Estes números provavelmente vieram pra ficar”, diz Sérgio.
 

Força de trabalho e educação


Outra coisa que segurou o desemprego por um tempo foi a queda na participação da força de trabalho. um movimento que está se esgotando. A recessão faz com que mais pessoas busquem o mercado - e quando aumenta a força, aumenta também a desocupação.

A renda do Brasil ficou parada em R$ 1.840 entre o 1º trimestre de 2014 e o 1º trimestre de 2015, e isso em um cenário de inflação acima de 8%.

Isso significa que está ficando mais difícil para poucos membros sustentarem o orçamento de uma família:

“Nos últimos anos, a renda real do(a) chefe de família era suficiente e os mais jovens podiam optar só por estudar. Isso manteve o desemprego baixo, mas a desaceleração de renda real deve fazer com que a taxa de participação dê uma volta", diz Rodrigo Miyamoto, economista do Itaú Unibanco.
A maior taxa de desocupação é entre jovens do Sudeste entre 14 e 17 anos: 32,4%.

Idade 1º tri 2014 1º tri 2015
14-17 anos 22,0% 26,3%
18-24 anos 15,7% 17,6%
25-39 anos 6,6% 7,5%
40-59 anos 3,6% 4,0%
60 ou mais 2,1% 2,1%

"O número de estudantes também cresceu bastante nos últimos anos, e agora o aperto nos programas como o FIES tende fazer com que os mais jovens procurem mais o mercado de trabalho”, diz Rodrigo. Miyamoto, economista do Itaú Unibanco.

No geral, a taxa entre aqueles com ensino médio incompleto é quase três vezes maior do que entre aqueles sem instrução, mas grande parte dos com pouca instrução nem está na força:

Nível de instrução Desemprego
Nenhum 5,0%
Fundamental incompleto 6,7%
Fundamental completo 8,3%
Ensino médio incompleto 14,0%
Ensino médio completo 9,4%
Superior incompleto 9,1%
Superior completo 4,6%

O Nordeste lidera em desemprego entre as regiões, mas o aumento anual na região foi menos expressivo do que no Sudeste e Centro-Oeste:
 
Região     1º tri 2014   1º tri 2015
 
 Norte7,7%          8,7%

Nordeste 9,3%          9,6%
Sudeste 7,0%         8,0%
Sul 4,3%         5,1%
Centro-Oeste 5,8%         7,3%
Brasil 7,1%         7,9%

Austrália estuda vender visto permanente de imigração


Governo analisa criar uma loteria ou uma taxa para se obter o documento

Por Infomoney



O governo australiano está estudando a possibilidade de vender o visto para quem queira imigrar para o país, deixando de lado o método de autorização de entrada com base em habilidades ou conexões familiares. O programa de migração da Austrália emite visto de residência permanente para três tipos de migrantes: aqueles com habilidades específicas; aqueles com famílias na Austrália e outros que atendam a critérios de elegibilidade especiais. A Comissão de Produtividade sugere algumas propostas, incluindo a introdução de uma loteria de imigração e a criação de um sistema de pagamento de uma taxa de entrada. A decisão vai ser tomada no final de março de 2016. De acordo com o jornal The Sydney Morning Herald, o esquema poderia ajudar o governo no déficit orçamental, trazendo bilhões de dólares em receita extra e permitindo o corte do número de funcionários públicos que administram o sistema de imigração.


Opções
 

A Comissão estuda permitir um número de lugares para uma loteria, semelhante com o que praticam os Estados Unidos, cuja imigração permite até 50 mil lugares por ano para candidatos de países com baixas taxas de imigração. Já o Senador David Leyonhjelm afirma que um sistema de imigração com base em taxa havia sido apoiado pelo economista ganhador do prêmio Nobel, Gary Becker. De acordo com Becker, um valor de 50 mil dólares australianos (R$ 111.670, de acordo com a cotação de terça-feira) seria o ideal para a entrada no país. “Isso seria uma contribuição financeira substancial para o orçamento da Austrália e que deve deixar os impostos mais baixos”, explica Leyonhjelm. Além disso, por conta da incapacidade de muitos imigrantes de pagar a taxa adiantada, poderia ser considerada a criação de um programa de empréstimo ou desconto no salário. As empresas que necessitam de migrantes qualificados também poderiam pagar a taxa.


Lado contrário
 

A proposta tem alarmado grupos empresariais e sindicatos. Eles reclamam da escassez de profissionais qualificados ser o foco da política de imigração da Austrália. Grupos comunitários também se opõem a movimentos que impeçam os imigrantes mais pobres de entrar no país. O presidente do Conselho Australiano de Sindicatos, Ged Kearney, afirma que a organização está preocupada que o governo esteja focado em permitir que apenas os mais ricos possam emigrar, independentemente de cumprir as exigências atuais, fazendo com que aumente cada vez mais a escassez de imigrantes qualificados.

Gerdau vê cenário “bem desafiador”



Excesso de capacidade mundial de produção de aço e incertezas no Brasil desafiam a maior empresa do sul

Por Marcos Graciani

graciani@amanha.com.br



Geralmente as audioconferências do Grupo Gerdau com a imprensa costumam durar até uma hora, no máximo, ou até mais. Porém, a sessão realizada nesta quarta-feira (6) para apresentar os resultados do primeiro trimestre foi marcada pela brevidade. Em praticamente meia hora, o diretor-presidente, André Gerdau Johannpeter, e o vice-presidente executivo de finanças e controladoria, André Pires de Oliveira Dias, traçaram um quadro de desafios para a maior empresa do sul, de acordo com o ranking GRANDES & LÍDERES – 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ em conjunto com a PwC. A conferência, enxuta, está em linha com o ritmo dos negócios. Ao longo do trimestre, todos os mercados atendidos pela empresa apresentaram redução de vendas. Já a receita líquida, de R$ 10,4 bilhões, apresentou estabilidade perante o mesmo período do ano anterior. E o lucro encolheu de R$ 440 milhões no primeiro trimestre de 2014 para R$ 267 milhões, em razão do menor resultado operacional e do maior resultado negativo em operações financeiras (veja os principais indicadores na tabela abaixo).

Enquanto o PIB mundial deve crescer 3,5%, o consumo de aço não avançará mais que 0,5%. “O que tem nos preocupado é a exportação muito grande que chega da China somado ao baixo consumo aparente. O cenário é bem desafiador”, revela Johannpeter. Até março, desembarcaram 4,4 milhões de toneladas de aço do gigante asiático na América Latina, volume 32% maior que o de igual período do ano passado. A desaceleração na China, a retração na Rússia e a demanda estável nos Estados Unidos estão fazendo com que o grupo seja cauteloso em fazer qualquer prognóstico de curto ou médio prazos. No entanto, o que se pode dizer é que a perspectiva de redução no consumo de aço no Brasil deve ser de 7,8% em relação a 2014.

No segmento de aços especiais, a companhia vê expansão moderada da demanda nos Estados Unidos e perspectiva de evolução dos mercados da Europa e Índia. Por outro lado, a indústria automotiva brasileira segue enfrentando queda nos volumes de vendas e produção. E a crise deve se intensificar. Até abril, por exemplo, cerca de 250 concessionárias fecharam as portas no Brasil, o que representou um corte de 12 mil empregos. Hoje, a capacidade utilizada de produção na Gerdau em aços especiais é de cerca de 65%. “Para os próximos meses, seguiremos, com cautela, acompanhando a evolução dos mercados em um cenário de excesso de capacidade instalada mundial e de incertezas econômicas no Brasil. Reforço nossa confiança na flexibilidade de nossas operações, fatores essenciais para sairmos desse cenário desafiador ainda mais fortalecidos”, espera Johannpeter. O ajuste da produção à demanda é constante e vem sendo realizado desde o ano passado, quando a companhia fechou a fábrica de Curitiba e suspendeu a produção de aço e laminados na unidade de Araucária.


Zelotes
 

Quando perguntado sobre a Operação Zelotes — que investiga supostos crimes cometidos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), André Dias respondeu dizendo que até o momento a Gerdau não foi contatada por nenhuma autoridade pública a respeito do assunto. Dias afirmou ainda que a empresa possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos. A posição de Dias reflete o mesmo teor do comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 8 de abril deste ano.


1T15
1T14
Variação

Vendas físicas (Mil toneladas)
4,143
4,387
-5,6%
Receita líquida (R$ milhões)
10,447
10,554
-1%
Ebitda (R$ milhões)
1,089
1,196
-8,9%
Margem Ebitda (%)
10,4%
11,3%
 Lucro líquido (R$ milhões)
267
440
-39,3%

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Gerdau vê cenário “bem desafiador”

Excesso de capacidade mundial de produção de aço e incertezas no Brasil desafiam a maior empresa do sul

Por Marcos Graciani

graciani@amanha.com.br

Geralmente as audioconferências do Grupo Gerdau com a imprensa costumam durar até uma hora, no máximo, ou até mais. Porém, a sessão realizada nesta quarta-feira (6) para apresentar os resultados do primeiro trimestre foi marcada pela brevidade. Em praticamente meia hora, o diretor-presidente, André Gerdau Johannpeter, e o vice-presidente executivo de finanças e controladoria, André Pires de Oliveira Dias, traçaram um quadro de desafios para a maior empresa do sul, de acordo com o ranking GRANDES & LÍDERES – 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ em conjunto com a PwC. A conferência, enxuta, está em linha com o ritmo dos negócios. Ao longo do trimestre, todos os mercados atendidos pela empresa apresentaram redução de vendas. Já a receita líquida, de R$ 10,4 bilhões, apresentou estabilidade perante o mesmo período do ano anterior. E o lucro encolheu de R$ 440 milhões no primeiro trimestre de 2014 para R$ 267 milhões, em razão do menor resultado operacional e do maior resultado negativo em operações financeiras (veja os principais indicadores na tabela abaixo).
Enquanto o PIB mundial deve crescer 3,5%, o consumo de aço não avançará mais que 0,5%. “O que tem nos preocupado é a exportação muito grande que chega da China somado ao baixo consumo aparente. O cenário é bem desafiador”, revela Johannpeter. Até março, desembarcaram 4,4 milhões de toneladas de aço do gigante asiático na América Latina, volume 32% maior que o de igual período do ano passado. A desaceleração na China, a retração na Rússia e a demanda estável nos Estados Unidos estão fazendo com que o grupo seja cauteloso em fazer qualquer prognóstico de curto ou médio prazos. No entanto, o que se pode dizer é que a perspectiva de redução no consumo de aço no Brasil deve ser de 7,8% em relação a 2014.
No segmento de aços especiais, a companhia vê expansão moderada da demanda nos Estados Unidos e perspectiva de evolução dos mercados da Europa e Índia. Por outro lado, a indústria automotiva brasileira segue enfrentando queda nos volumes de vendas e produção. E a crise deve se intensificar. Até abril, por exemplo, cerca de 250 concessionárias fecharam as portas no Brasil, o que representou um corte de 12 mil empregos. Hoje, a capacidade utilizada de produção na Gerdau em aços especiais é de cerca de 65%. “Para os próximos meses, seguiremos, com cautela, acompanhando a evolução dos mercados em um cenário de excesso de capacidade instalada mundial e de incertezas econômicas no Brasil. Reforço nossa confiança na flexibilidade de nossas operações, fatores essenciais para sairmos desse cenário desafiador ainda mais fortalecidos”, espera Johannpeter. O ajuste da produção à demanda é constante e vem sendo realizado desde o ano passado, quando a companhia fechou a fábrica de Curitiba e suspendeu a produção de aço e laminados na unidade de Araucária.
ZelotesQuando perguntado sobre a Operação Zelotes — que investiga supostos crimes cometidos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), André Dias respondeu dizendo que até o momento a Gerdau não foi contatada por nenhuma autoridade pública a respeito do assunto. Dias afirmou ainda que a empresa possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos. A posição de Dias reflete o mesmo teor do comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 8 de abril deste ano.


1T15 1T14 Variação
Vendas físicas (Mil toneladas) 4,143 4,387 -5,6%
Receita líquida (R$ milhões) 10,447 10,554 -1%
Ebitda (R$ milhões) 1,089 1,196 -8,9%
Margem Ebitda (%) 10,4% 11,3% -
 Lucro líquido (R$ milhões) 267 440 -39,3%
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Técnicas de manipulação da população


Publicado por Luiz Flávio Gomes 

 
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Tcnicas de manipulao da populao


“A religião é o ópio do povo” (Marx). A política e a ideologia cumprem o mesmo papel (assim como outras paixões populares, como o futebol, por exemplo). Nos países de capitalismo exageradamente desigual, como o Brasil (atenção: o capitalismo é o melhor sistema econômico que o humano já inventou, mas ele ainda não aprendeu em todo planeta a distribuir a riqueza sem muita miséria paralela), os donos do poder (donos econômicos, financeiros, administrativos e políticos), para ocultarem a situação de injustiça brutal do sistema, frequentemente usam um truque: manipulam os sentimentos mais profundos, mais pré-históricos e mais animalescos da população, para continuarem explorando-a parasitariamente (assim como para permitir que suas bandas podres acumulem riquezas ilicitamente, por meio da criminalidade organizada).

A população explorada, espoliada, irada, indignada e desesperançada, que não tem acesso a nenhum padrão de qualidade de vida, quando “ferida” em seus brios, em suas convicções ancestrais, magicamente esquece suas degradantes privações materiais, sociais, intelectuais, vitais e culturais; os demagogos sabem como ninguém fazer com que a população precarizada se anestesie diante da sua péssima condição de vida, sua falta de perspectivas futuras. O engodo está em saber manipular os valores tradicionais, os moralismos familiares, a demonização das drogas, os ódios aos menores das ruas, aos camelôs etc. A população, quando inflamada em suas paixões mais primitivas, cai facilmente no conto do vigário. É dessa forma que os donos do poder canalizam a distribuição da riqueza para eles (sem gerar revoluções violentas).

O estratagema é infalível: é preciso divertir a patuleia e, ao mesmo tempo, envenenar as massas rebeladas, mexer com seus brios e seus “valores” sagrados ou profanos. É assim que os privilégios são mantidos muitas vezes com o dinheiro público (financiamento “amigo” junto ao BNDES, políticas fiscais de incentivo, escolas excelentes somente para as elites, medicina boa para quem tem dinheiro etc.). O dinheiro de todos custeiam as benesses de alguns. A mais perfeita manipulação ideológica consiste em fazer com que a classe média e o espoliado (o fracassado, o excluído, o desgraçado, o explorado, o usuário dos serviços públicos) sonhe em ser como o dominador (Lima Barreto). Os políticos populistas sabem disso muito bem. Para assumirem o poder, chegam a jogar o povo contra os donos do poder. Depois, como se sabe historicamente, são os interesses destes que vão predominar.

Veja, por exemplo, o que dizia o aloprado Juán Domingo Perón (em 1955): “Ou lutamos e vencemos para consolidar as conquistas alcançadas ou a oligarquia as destroçarão no final. Oferecemos a paz, e eles rejeitaram. Agora vamos oferecer a luta. E eles sabem que quando nós nos decidimos lutar, lutamos até o final. Esta luta que iniciamos nunca vai terminar até que nos tenham aniquilado e massacrado”. Esse tipo de visão que divide o mundo em dois está presente na tradição da América Latina (veja Fernando Mello, El País). Tanto de baixo para cima como de cima para baixo. Os populistas demagogos, para conquistarem o poder, jogam o povo contra os donos do poder. Os donos do poder, por sua vez, se servem da democracia populista, do Estado, do Direito, da Justiça e, sobretudo, dos políticos para subjugarem o povo e espoliá-lo (até à medula) por meio da má distribuição da renda, do capital, dos bons salários, da educação de qualidade, das relações sociais, do equilíbrio emocional, da cultura, dos prazeres, dos privilégios, das hierarquias, do acesso ao bem-estar etc.

É preciso manipular ideologicamente a ira das massas rebeladas, sobretudo pelos meios de comunicação, para contar com a força delas para a preservação dos privilégios das classes dominantes. O ódio delas não pode se voltar contra estas últimas (isso é perigoso!), sim, contra outros marginalizados, oprimidos (daí a guerra da polícia contra os pobres e vice-versa, o ódio contra os menores manipulado midiaticamente etc.). Essa é uma das formas de explicar o apogeu das bancadas fundamentalistas (da bala, da bíblia etc.) dentro do Parlamento brasileiro.

P. S. Participe do nosso movimento fim da reeleição (veja fimdopoliticoprofissional. Com. Br). Baixe o formulário e colete assinaturas. Avante!
Professor
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11 991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ]

Os principais desafios do mercado jurídico brasileiro: Tecnologia e Processo Eletrônico


2015-1


Este é um artigo que será publicado em Junho em uma revista especializada de gestão e marketing jurídico na Argentina e que particiono em 5 artigos menores para este nosso espaço.

Curta um artigo diferente sob o prisma dos desafios do mercado jurídico brasileiro!

Hoje, tecnologia e processo eletrônico.

Tecnologia

Guarde bem esta frase: Tecnologia somente vale a pena se for útil. Não adianta ter o melhor software do mercado se você for usar menos 30% dele.

Aliás, muitos clientes me demonstram esta realidade, a trocar softwares que usam 30% a 40% por outros que usarão uma média acima dos 80%. Só nos últimos 5 anos, mais de 70% dos meus projetos aconteceram com esta realidade presente.

Quer dizer, não se preocupe em comprar o mais caro ou que tem mais recursos. O que realmente importa quando o assunto é software jurídico é o que realmente ele faz que é útil e presta para o seu negócio. O resto não servirá a você, mas para outros clientes. Então, não é útil.

Outro ponto essencial: Suporte. Se for longe, não atender com brevidade, esqueça. Lembre-se da regra dos contratos: Porque se faz um contrato? Para quando der tudo errado. Se fosse para quando tudo está bem, não seria necessário.

Com um mercado de software aquecido, com inúmeros para escolher, qual o melhor? Aquele que melhor se adapta a sua gestão. Primeiro pense em gestão, depois em sistema. Se inverter esta ordem, não irá funcionar.


Processo Eletrônico


Para muitos o maior problema do mundo. Na verdade, apesar de concordar que o processo eletrônico tem suas mazelas, temos que lembrar que o mesmo é o meio de se comunicar com o judiciário e não uma mudança na advocacia em si.

Precisamos compreender mais sobre java, certificação digital, navegadores? Sim.

Precisamos mudar nossa forma de advogar? Depende.

Precisamos depender do processo eletrônico? Não.

Você precisa gerenciar o seu escritório independente do processo eletrônico. O software do processo eletrônico pertence ao judiciário e não a você. Então, não dependa do judiciário – que pode excluir, mudar, acabar com dados – dependa de você, sua gestão e sua tecnologia.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Christine Lagarde pede moderação no salário de executivos



Yuri Gripas/Reuters
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em fórum What's Next for the Global Economy: A Look Ahead at 2015", em Washington
Lagarde: "O que se precisa é de uma cultura que leve os banqueiros a fazer o que é certo, inclusive quando ninguém está olhando", diz a diretora.
 
Da AFP


Washington - A diretora geral do FMI, Christine Lagarde, pediu, nesta quarta-feira, maior moderação nos salários dos executivos de empresa, especialmente dos bancos.

"Os incentivos vinculados a práticas de compensação devem mudar, para que as recompensas não estejam atreladas a ações de curto prazo e tomadas de risco excessivas", disse Lagarde em um fórum em Washington.

"Os pacotes de compensação podem se estruturar para favorecer os desempenhos a longo prazo e a solidez da empresa", acrescentou.

Lagarde apontou a possibilidade de que se apliquem sistemas em que as instituições financeiras cancelem o pagamento a executivos cujas ações gerem maus desempenhos da empresa e a obriguem a buscar ajuda governamental.

Também disse que é preciso dar mais poderes aos acionistas sobre a remuneração dos dirigentes.
Lagarde afirmou que estudos do FMI sobre 800 bancos de 72 países mostraram que os que permitem que seus acionistas se pronunciem sobre as remunerações dos dirigentes passou de 10% em 2005 a 80% atualmente.

Advertiu que modificar os acordos de pagamento e endurecer a regulação não são o suficiente para reduzir os riscos excessivos assumidos pelos bancos, como os que causaram a crise financeira de 2008.

"O que se precisa é de uma cultura que leve os banqueiros a fazer o que é certo, inclusive quando ninguém está olhando", ressaltou.

Segundo Lagarde, incluir mais mulheres nos cargos de direção das empresas pode contribuir.

"Que haja mais mulheres líderes. Isso também ajudaria. Muitos estudos mostram que a liderança feminina é mais inclusiva", afirmou.

Finalmente, a diretora lembrou que 2 bilhões de pessoas no mundo ainda não têm conta bancária, motivo pelo qual deve-se lutar contra a "exclusão financeira".