terça-feira, 14 de junho de 2016

Frigoríficos catarinenses formam rede associativista



Os 15 membros da ASAASC faturam R$ 50 milhões por ano

Da Redação

redacao@amanha.com.br



A união de 15 pequenos frigoríficos do Oeste catarinense, que juntos faturam mais de R$ 50 milhões ao ano, motivou a criação da Associação de Agroindústrias Alimentícias de Santa Catarina (ASAASC). A bandeira elegeu o nome Saborense [junção das palavras sabor e catarinense] como marca de seus produtos. A entidade foi desenvolvida com apoio do Sebrae e do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS). O lançamento oficial será no dia 1º de julho, em Chapecó. 

Concórdia foi a cidade escolhida para sediar a rede. O objetivo inicial é centralizar os pedidos de compras dos associados e, com o aumento de volume, garantir melhores margens. “Com isso, alcançamos redução do custo operacional que, individualmente, muitos não poderiam obter. O grande diferencial, além do ganho econômico individual que fica na média de 18%, é o fato de o atendimento aos fornecedores ser realizado num único local, aumentando o tempo que os associados podem dedicar aos seus negócios”, destaca Wolmir do Souza, presidente do INCS. 

A ASAASC buscará ter maior visibilidade e aumento das oportunidades das pequenas agroindústrias por meio de uma padronização de produtos e processos. O grupo também pretende ter maior espaço na mídia regional e estadual. 


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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Um raio-x do estrago da crise no varejo brasileiro






Thinkstock
varejo
Varejo: setor colecionou lojas fechadas e demissões durante 2015
 
 
 
 
São Paulo - Setor que emprega cerca de 19 milhões no país, o varejo sofre pesado com a desaceleração econômica.

Com inflação alta e crédito restrito, o consumidor passou a comprar menos e, para se ajustar à demanda, empresas do segmento precisaram baixar portas e demitir muita gente.
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A dimensão desse estrago foi mostrada em uma série de estudos compilados pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo).

São dados do IBGE, da CNC (Confederação Nacional do Comércio) e da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers).

“Encerrar a atividade de alguns pontos é a alternativa que muitas redes encontraram para manter a rentabilidade da rede ou não perder tanto em faturamento. Em épocas de redução de despesas não faz sentido ter abertas unidades que não se pagam”, comenta Eduardo Terra, presidente da SBVC, em nota.


Abaixo, veja os números:
190.000
Pessoas foram demitidas pelas varejistas em 2015
8,6%
Foi a queda do volume de vendas do setor no ano
130.000
Pontos de venda baixaram as portas no período
52%
de lojas a mais foram fechadas em relação a 2014
12.000
novas lojas surgiram em shoppings durante 2014 e 2015
2,8%
das unidades de shopping não funcionaram em  2014
4,1%
foi a fatia correspondente a 2015

Intenção de investimentos na indústria tem primeira alta desde 2013






O resultado sugere que o índice já passou por seu pior momento e pode se tornar menos negativo a partir de agora

Por Agência Brasil
 

Após atingir o menor nível de série histórica no primeiro trimestre deste ano (81,9 pontos), o Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria subiu 0,6 ponto agora no segundo trimestre, comparativamente ao trimestre imediatamente anterior, indo a 82,5 pontos. Os dados do Indicador de Intenção de Investimentos fazem parte da pesquisa Sondagem de Investimentos e foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV). 


Eles medem a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais, colaborando para antecipar tendências econômicas.

Na avaliação do superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo Jr., o resultado sugere que as taxas de intenção de investimentos já ultrapassam o seu pior momento. Para ele, “embora discreta”, esta primeira alta do indicador desde o terceiro trimestre de 2013, é “uma boa notícia”.

“Assim como ocorre com os indicadores de confiança, o resultado sugere que as taxas de crescimento do investimento já passaram por seu pior momento e podem, gradualmente, se tornar menos negativas daqui por diante”, avaliou. Para ele, no entanto, “há que se considerar o elevado grau de incerteza contido nas expectativas dos empresários atualmente, tanto na definição dos valores a serem investidos quanto nas avaliações de risco de que o programa atual não seja cumprido conforme originalmente planejado.”

Na avaliação da FGV, quando o Indicador de Intenção de Investimentos fica abaixo de 100 pontos significa que há mais empresas prevendo diminuir que aumentar investimentos nos 12 meses seguintes. “No segundo trimestre de 2016, 16,2% das empresas estão prevendo investir mais nos 12 meses seguintes, e 33,7% tencionando investir menos. No trimestre anterior, esses percentuais haviam sido de 16,7% e 34,8%, respectivamente”, ressalta na publicação a entidade.


Certezas e Incertezas
 

Nas avaliações da FGV contidas na publicação Sondagem de Investimentos, há a interpretação de que existe hoje, no setor industrial, mais empresas incertas (39,1%) que certas (31,8%) em relação à execução de seus programas de investimentos nos próximos 12 meses, um saldo de -7,3 pontos. O percentual de 31,8% de empresas certas quanto à possibilidade de investimentos foi o menor percentual sobre a execuções dos investimentos e, paralelamente, o maior de empresas incertas desde o início deste quesito, no quarto trimestre de 2014.

Para a FGV, o resultado decorre das incertezas em relação aos cenários econômicos e políticos do país, e lança dúvidas quanto à efetiva evolução dos investimentos planejados nos próximos meses. A edição do segundo trimestre de 2016 da Sondagem de Investimentos coletou informações de 784 empresas entre 4 de abril e 31 de maio.


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Chamem o Shakespeare para explicar o Brasil


Precisamos de uma profunda reforma, com a introdução de uma espécie de semipresidencialismo e cláusula de barreira

Alexandre Espirito Santo*, Órama Investimentos

O diretor da OCDE para o Brasil, economista Jens Arnold, afirmou, para o jornal O Globo, que o país não sairá do quadro adverso atual enquanto não houver novas eleições. Pelo que depreendi de suas colocações (peço desculpas se entendi errado), somente um novo escrutínio para presidente da República será capaz de criar o consenso necessário para implementar as reformas de que o país necessita. 

Os analistas que não moram no país têm alguma dificuldade de compreender o que ocorre por aqui, de fato. Uma nova eleição apascentará o país? Chamar os eleitores para irem às urnas apaziguará esse “Fla x Flu político”?

Minha percepção é que nos encontramos, definitivamente, divididos entre “coxinhas” e “mortadelas”. Os primeiros, com viés mais liberal, e os segundos, de perfis intervencionistas, se digladiam já faz algum tempo. O problema é que essa divisão, que até recentemente vinha sendo “tolerada”, ganhou ares de estádio de futebol a partir de 2015. Para piorar, a arquibancada está “meio a meio”, vide o pleito de 2014, que deu vitória à presidente Dilma, por margem apertadíssima de votos. Assim sendo, infelizmente, uma nova eleição provavelmente proporcionará um resultado muito parecido (vitória apertada de um dos lados), o que não chancelará esse consenso que advoga o diretor da OCDE.

Aos que não concordam com minha análise, peço que reflitam sobre o que agora está ocorrendo, pós-afastamento da presidente Dilma pelo Senado. Vejamos: Os petistas, e seus simpatizantes, passaram a elogiar práticas que criticavam, como a de enaltecer a delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que aponta a corrupção para os caciques do PMDB, de Michel Temer. Lembremo-nos que os que hoje aquiescem antes criticavam esse tipo de “negociação” dos envolvidos na Lava-Jato, quando apontavam suas metralhadoras para os petistas. Ou seja, uma postura pouco racional, muito mais clubista.

O problema na economia não é difícil de identificar: é fiscal! O país não comporta o tamanho do gasto público da última década, que cresceu, em média, 6% ao ano acima da inflação. Inviável permanecermos nessa toada. Com um déficit nominal (incluindo as despesas com juros) de 11% do PIB fica absolutamente impossível convencer os agentes econômicos de que o Estado não ficará insolvente, no médio prazo. Mas não era assim!

Se analisarmos o passado não muito distante (quadro abaixo), verificaremos que, enquanto o país promovia superávits primários expressivos em comparação ao PIB, a inflação observou comportamento cadente e, dessa forma, demos mais previsibilidade para os empresários e investidores internacionais, que aqui queriam investir.


Em minha visão, precisamos resgatar urgentemente esse comportamento de responsabilidade fiscal, para que o Banco Central possa iniciar um longo e consistente processo de afrouxamento monetário, que traria consequências favoráveis, não somente para o retorno do crescimento (mais investimento produtivo e menos desemprego), como também para a redução do déficit público.

Reforço que não creio que uma nova eleição nos levará à saída dessa crise. Precisamos de uma profunda reforma, com a introdução de uma espécie de semipresidencialismo e cláusula de barreira. Dessa forma, a cilada que o presidencialismo de coalizão nos colocou tende a perder força, e a sociedade passará a aceitar, de melhor grado, as eventuais derrotas, que fazem parte da democracia. 

Caso contrário será tudo como em “Sonho de uma noite de verão”: obra shakespeariana!

*Alexandre Espirito Santo - economista da Órama e prof. IBMEC-RJ.


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Acionistas em comum podem ajudar Kroton a comprar Estácio




Arquivo
kroton
Kroton: segundo fontes próximas, oferta da Kroton tem recebido preferência em relação à da Ser Educacional
 
Cátia Luz e Dayanne Sousa, do Estadão Conteúdo


São Paulo - Acionistas que investem tanto na Kroton quanto na Estácio serão decisivos no futuro da disputa pela empresa carioca. Para fontes próximas, a proposta da Kroton tem recebido a preferência ante a feita pela Ser Educacional

A possibilidade de replicação na Estácio do modelo de enxugamento de custos que tornou a Kroton famosa no setor de ensino superior privado é o que está por trás das negociações.
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Tanto Kroton quanto Estácio são companhias sem controlador. Um levantamento feito por um banco aponta que as duas empresas têm dez acionistas comuns, entre fundos estrangeiros e bancos de investimento.

Esses dez acionistas possuem 46% da Estácio e, ao mesmo tempo, 32% da Kroton. Entre eles, estão Oppenheimer, Coronation e Capital World Investors.

A crença em ganhos rápidos de sinergias entre as empresas pode pesar favoravelmente para a Kroton na disputa com a Ser Educacional pela incorporação da Estácio.

As contas que estão sendo feitas hoje por analistas apontam que a proposta da Kroton tem um potencial de gerar ganhos rápidos para esse grupo de acionistas por meio de cortes de custos que elevariam tanto as margens quanto os múltiplos da Estácio - cálculos usados no mercado para precificar as ações, como o valor dos papéis sobre o patrimônio líquido ou o Ebitda.

Ainda assim, fontes dizem que a Kroton deve ter de elevar o prêmio oferecido pela Estácio, possibilidade que já está na mesa de negociações.

Uma fonte comenta que hoje a operação da Estácio é considerada menos eficiente. A expectativa é que, se a Kroton for bem sucedida, integre de imediato a área administrativa das empresas, o que geraria redução direta de despesas logo que concluída uma fusão.

Outro ponto lembrado pelas fontes diz respeito aos custos com professores. Um fator chave nas grandes companhias privadas de ensino é a capacidade de manter um alto número de alunos por sala de aula, de forma a impedir que a formação de muitas turmas com poucos estudantes se torne onerosa.

Para isso, a Kroton tem um modelo acadêmico que consegue combinar turmas numa mesma sala de aula e, do ponto de vista do investidor, esse modelo é mais eficaz que o da Estácio.

Para tentar contestar esse argumento, a Ser Educacional rebate dizendo que os acionistas não deveriam almejar cortes de custo e ganhos de curto prazo, mas sim o potencial de crescimento que Estácio e Ser teriam juntas nos próximos anos.

"Nossa proposta não se apropria de sinergias de curto prazo como cortes de custo, mas de projeto de crescimento de médio e longo prazo viável”, disse Jânyo Diniz, presidente da Ser.

Analistas calculam que as sinergias geradas numa fusão da Estácio com a Kroton poderiam alcançar, trazidas a valor presente, entre R$ 4 bilhões e R$ 8 bilhões.

Já uma união com a Ser resultaria em sinergias de R$ 1,5 bilhão, sobretudo porque a Ser é uma empresa menor e sua capacidade de integrar essas áreas administrativas e enxugar despesas na Estácio também seria inferior.

Fontes próximas da negociação afirmam ainda que a proposta da Kroton não inclui uma mudança em termos de governança corporativa.

A acomodação de pessoas que hoje compõem o conselho da Estácio, como o empresário Chaim Zaher, no conselho de administração da Kroton, portanto, não estaria na mesa.
 

Consolidação


A disputa pela Estácio reforça a tendência de aquecimento de fusões e aquisições no setor de ensino superior.

Há poucos dias, a americana DeVry anunciou acordo para aquisição da Faculdade Imperatriz (Facimp), na cidade de mesmo nome no Maranhão, cinco meses após ter anunciado a compra do Grupo Ibmec.

Segundo fontes, o outro fundo americano, o Advent, está prospectando novas aquisições no setor. A gestora já teria falado com 20 instituições e pelo menos um negócio já estaria em fase de due diligence (auditoria).

O Advent foi um dos maiores investidores da Kroton e, depois de anos fora do setor, decidiu voltar às compra no ano passado, após adquirir a Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), em Caxias do Sul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Contax faz acordo para vender braço internacional à Konecta






Germano Lüders
Call center da Contax
Contax: empresa vai vender operações no Peru, Colômbia e Argentina para a Konecta
 
Da REUTERS


São Paulo - A empresa de centrais de atendimento Contax fechou acordo para vender sua divisão internacional Allus à Konecta, com valor global de avaliação da empresa de 192 milhões de dólares, informou em comunicado nesta sexta-feira.

A Contax disse no ano passado que pretendia iniciar um processo de venda da unidade internacional, com o objetivo de melhorar a estrutura de capital da companhia e reduzir seu endividamento, focando-se no mercado brasileiro.

A divisão Allus possui operações na Argentina, Peru e Colômbia e tem cerca de 22,3 mil colaboradores. A Allus teve receita de 221,7 milhões de reais no primeiro trimestre de 2016.

O pagamento do preço de aquisição está previsto para o terceiro trimestre deste ano, disse a Contax.

O negócio ainda precisa de aprovação de órgãos de defesa da concorrência na Colômbia.

A Konecta, presente em dez países, tem como principal atividade a externalização de processos de negócio (BPO).