quinta-feira, 18 de agosto de 2016

GOL sobe 10% após governo defender estrangeiros no setor





Dado Galdieri/Bloomberg
Avião da GOL decola
No mês, as ações da GOL já acumulam alta de quase 38%
 
 
 
São Paulo -- As ações preferencias da GOL dispararam mais de 10% na tarde nesta quinta-feira (18). Os papéis da companhia aérea chegaram a ser cotados a 7,07 reais. No mês, as ações já acumulam alta de quase 38%.

Um dos motivos que podem ter animado os investidores da empresa foi a fala do ministro dos Transportes, Maurício Quintella. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Quintella disse que a liberação de 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas pode sair do papel ainda neste ano.

De acordo com o ministro, alguns senadores têm se mostrado favoráveis à retirada do limite de participação de investidores estrangeiros em empresas do setor. Atualmente, grupos de fora só podem deter 20% das companhias aéreas brasileiras.

O desafio de convencer os senadores não é pequeno. A mesma pauta já passou pelo Senado em julho deste ano, mas acabou sendo vetada. Os parlamentares alegaram que a questão era muito complexa e que devia ser melhor debatida. A esperança de Quintella é que, com a apresentação de novos argumentos, o projeto seja aprovado “o mais rápido possível”.

“A liberação vai possibilitar que as empresas que operam no Brasil tenham acesso a recursos externos, vai possibilitar que haja novas empresas se instalando no Brasil, elas estarão submetidas à legislação brasileira, vão pagar imposto no Brasil, vão gerar empregos no Brasil, por isso não tem sentido não abrir o capital”, disse o ministro ao jornal.


E quando o sindicato não quer negociar?





Comissão de trabalhadores prevalece com a recusa de sindicato


Por Paulo Sergio João*



Desde a Constituição Federal de 1988 os sindicatos adquiriram o monopólio das negociações coletivas. A participação dos sindicatos é obrigatória, e constitui um requisito para que a negociação tenha validade (art. 8º VI). A consequência gerada é de uma imposição política das entidades sindicais, que nem sempre apresentam nível de sindicalização suficiente para justificar a legitimidade de representação.  Há risco de imposição da vontade da cúpula sindical em detrimento dos interesses dos próprios trabalhadores  – diretamente envolvidos – nos locais de trabalho. A justificativa da atuação sindical sempre se baseou na condição dos trabalhadores, que sobrevivem com o mínimo de condições financeiras; na garantia da lei; e na presunção de que os empregadores poderiam, pelo poder econômico, oprimir os empregados a aceitar condições trabalhistas adversas aos seus interesses ou fazê-los renunciar a direitos.

Os tempos mudaram e o ambiente de trabalho se transformou. Parece que a jurisprudência trabalhista começa a dar eficácia à legítima vontade dos trabalhadores nos locais de trabalho, nos casos em que a entidade sindical expressa uma recusa política em participar de uma negociação. Não se está a negar a importância da representação sindical, expressão máxima do exercício da liberdade sindical no estado democrático de direito. Mas o monopólio de representação por categoria precisa ser revisto.

O aspecto único da questão está no artigo 617 da CLT, que estabelece a permissão para que os empregados possam decidir pela celebração de acordo coletivo de trabalho com os respectivos empregadores, dando ciência por escrito ao sindicato da categoria profissional. Uma vez notificado, o sindicato tem prazo de 08 dias para assumir a negociação. Se o sindicato se negar a participar, os trabalhadores poderão prosseguir a negociação diretamente. Em palavras outras, a cúpula sindical não pode se opor aos interesses dos trabalhadores.

Esta permissão, expressa no artigo 617 da CLT, orientou decisão recente do Tribunal Superior do Trabalho ao apreciar situação envolvendo negociação direta entre empregados e a empresa para a qual trabalham. A orientação da Seção de Dissídios Individuais (SBDI-I) traz, no nosso sentir, de modo sintomático o reconhecimento de que a autonomia da vontade privada coletiva é soberana, ainda que contra os interesses políticos da cúpula sindical. 

 Os acordos nos locais de trabalho devem ser privilegiados para que adquiram maior autonomia e legitimidade com representação dos trabalhadores considerados em seu conjunto e não mais por categorias dentro da empresa, cuja tendência é o fracionamento de interesses e dificuldade na obtenção de consenso de resultado final.


 *Advogado e professor da PUCSP e da FGV.
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Fazenda revisa crescimento do PIB para 1,6% em 2017



A estimativa da equipe econômica é mais otimista que a do mercado


Por Agência Brasil
 

Os sinais de recuperação da economia levaram o governo a aumentar a previsão de crescimento para 2017. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) passou de 1,2% para 1,6% para o próximo ano, anunciou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton Araújo (foto). A projeção para inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 4,8%. Os números serão usados na elaboração do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2017, que será enviado ao Congresso Nacional até 31 de agosto.

Segundo o secretário, o governo só divulgará o reflexo do aumento do crescimento econômico na arrecadação federal no envio do projeto. Caso as receitas subam mais que o esperado, o governo não teria de aumentar tributos para reforçar o caixa no próximo ano e cumprir a meta de déficit primário (resultado negativo nas contas públicas desconsiderando o pagamento de juros) de R$ 139 bilhões em 2017. De acordo com Araújo, as recentes melhorias nos indicadores financeiros e os sinais de recuperação da economia permitiram à equipe econômica reajustar a estimativa de crescimento para o próximo ano. Conforme o secretário, o país deve voltar a registrar crescimento econômico a partir do quarto trimestre deste ano.

“Em termos reais, a produção industrial cresce há quatro meses seguidos. A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE mostrou sinais de estabilização na atividade do comércio, com crescimento de 0,1% em junho. Temos indicações de que o segundo semestre terá desempenho melhor que o primeiro. No nosso cenário base, estimamos crescimento do PIB no quarto trimestre em relação ao terceiro”, explicou o secretário.

Para 2016, a Secretaria de Política Econômica reduziu a previsão de contração do PIB de 3,1% para 3%. A projeção para o IPCA foi mantida em 7,2%. As estimativas da equipe econômica são mais otimistas que as do mercado. Segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgadas pelo Banco Central, o país deve fechar 2016 com retração do PIB de 3,2% e inflação de 7,3%. Para 2017, os analistas de mercado preveem crescimento de 1,1% no PIB e IPCA de 5,1%.


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Fazenda revisa crescimento do PIB para 1,6% em 2017

A estimativa da equipe econômica é mais otimista que a do mercado

Por Agência Brasil

Os sinais de recuperação da economia levaram o governo a aumentar a previsão de crescimento para 2017. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) passou de 1,2% para 1,6% para o próximo ano, anunciou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton Araújo (foto). A projeção para inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 4,8%. Os números serão usados na elaboração do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2017, que será enviado ao Congresso Nacional até 31 de agosto.
Segundo o secretário, o governo só divulgará o reflexo do aumento do crescimento econômico na arrecadação federal no envio do projeto. Caso as receitas subam mais que o esperado, o governo não teria de aumentar tributos para reforçar o caixa no próximo ano e cumprir a meta de déficit primário (resultado negativo nas contas públicas desconsiderando o pagamento de juros) de R$ 139 bilhões em 2017. De acordo com Araújo, as recentes melhorias nos indicadores financeiros e os sinais de recuperação da economia permitiram à equipe econômica reajustar a estimativa de crescimento para o próximo ano. Conforme o secretário, o país deve voltar a registrar crescimento econômico a partir do quarto trimestre deste ano.
“Em termos reais, a produção industrial cresce há quatro meses seguidos. A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE mostrou sinais de estabilização na atividade do comércio, com crescimento de 0,1% em junho. Temos indicações de que o segundo semestre terá desempenho melhor que o primeiro. No nosso cenário base, estimamos crescimento do PIB no quarto trimestre em relação ao terceiro”, explicou o secretário.
Para 2016, a Secretaria de Política Econômica reduziu a previsão de contração do PIB de 3,1% para 3%. A projeção para o IPCA foi mantida em 7,2%. As estimativas da equipe econômica são mais otimistas que as do mercado. Segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgadas pelo Banco Central, o país deve fechar 2016 com retração do PIB de 3,2% e inflação de 7,3%. Para 2017, os analistas de mercado preveem crescimento de 1,1% no PIB e IPCA de 5,1%.
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Serra diz que Venezuela entrou no Mercosul por golpe





 serra mão no peito





O ministro das Relações Exteriores, José Serra, disse hoje (17) que a entrada da Venezuela no Mercosul foi um “golpe” conduzido pelos governo do Brasil e da Argentina na época e reafirmou que o país de Nicolás Maduro não pode assumir a presidência pro tempore do bloco.

“A Venezuela não cumpriu os pré-requisitos do Mercosul. O governo venezuelano entrou no Mercosul a partir de um golpe, porque para entrar é preciso que os outros membros concordem unanimemente e o Paraguai não concordava. Então, naquele momento os governos do Brasil e da Argentina lideraram um processo para suspender o Paraguai”, disse o ministro em entrevista no Itamaraty.

Na ocasião da suspensão temporária do Paraguai, em 2012, o país era presidido por Federico Franco, que se opunha à entrada da Venezuela no bloco. O país foi suspenso após o afastamento do então presidente Fernando Lugo.
Para Serra, a Venezuela não tem condições de presidir o Mercosul por não cumprir requisitos previstos nas normas internas do bloco, entre elas a chamada cláusula democrática. Segundo o ministro, o país não respeita direitos humanos e vive sob um regime autoritário. “País que tem preso político não pode ser um país democrático”, criticou. O descumprimento da cláusula democrática pode levar a sanções e até a saída do bloco regional.

“A Venezuela não vai assumir o Mercosul, isso é seguro. Agora estamos procurando uma fórmula que tem de ser encontrada de levar o Mercosul até dezembro e em janeiro assume o presidente [Maurício] Macri, da Argentina”, disse o chanceler.

O impasse sobre a presidência pro tempore do Mercosul começou no dia 29 de julho, quando o Uruguai deu por encerrada sua gestão. As regras do grupo preveem que o comando seja trocado a cada seis meses, seguindo a ordem alfabética, por isso a sucessora seria a Venezuela. No entanto, Brasil, Paraguai e Argentina são contrários à transferência da presidência ao país de Maduro por divergências políticas com o regime bolivariano.

A passagem oficial da presidência pro tempore deveria ter ocorrido na Cúpula de Presidentes do bloco, prevista para primeira quinzena de julho, em Montevidéu, mas que foi cancelada. Em meio à crise, a Venezuela hasteou a bandeira do Mercosul em Caracas e se declarou na presidência do bloco, mesmo sem o reconhecimento da maioria dos integrantes.

Além da solução alternativa para a presidência, Serra defendeu a reestruturação do Mercosul. “Os países originais [Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina] estão todos de acordo. Temos uma pauta para isso e precisamos logo dar continuidade para trabalhar nessa direção.”


Conteúdo Exame

Real foi a moeda que mais se valorizou entre 60 países




SXC.hu
Notas de Real
Real: moeda brasileira acumula valorização de 23,3% no ano até julho, à frente do iene japonês e do peso colombiano
 
Fernando Nakagawa, do Estadão Conteúdo

Londres - Dados do Banco Internacional de Compensações (BIS) mostram que o real foi a segunda moeda com maior alta do mundo em julho. 

Na comparação trimestral e no acumulado dos sete primeiros meses do ano, a moeda brasileira é a divisa que apresenta a maior valorização entre 60 acompanhadas pela entidade.
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Ao calcular a taxa de câmbio real efetiva, o banco mostra que o real se valorizou 6,2% no mês passado, teve alta de 10,7% em 90 dias e acumula salto de 30% ante o piso observado em setembro do ano passado.

Mensalmente, o BIS calcula a taxa de câmbio efetiva de 60 países em um levantamento que leva em conta as médias geométricas ponderadas pelas taxas bilaterais entre as moedas do levantamento. O estudo é ajustado ainda pela inflação ao consumidor.

Essa pesquisa mostra a firme tendência de apreciação já vista na taxa nominal do câmbio brasileiro. 

Segundo o BIS, o real teve valorização real de 6,2% em julho. Com esse fortalecimento, o dinheiro brasileiro voltou ao patamar observado em janeiro de 2015.

A valorização vista no Brasil em julho foi a segunda maior do levantamento e ficou atrás apenas do rand da África do Sul, que teve alta de 6,8%.

Entre demais países, o peso chileno teve valorização de 3,9%, a taxa de câmbio da Rússia teve apreciação de 3,1%, o dólar australiano avançou 2,4%, o rupia da Índia e o peso colombiano se fortaleceram 1,2%, enquanto o dólar dos Estados Unidos ganhou 0,5%.

No sentido contrário, o peso argentino teve queda real de 4,7% e a libra esterlina perdeu 6,6% no mês seguinte ao plebiscito – o pior desempenho no mês.

A valorização da moeda brasileira, porém, não é um fenômeno apenas das últimas semanas. Os dados do BIS mostram que o real acumulou valorização real de 10,7% nos três meses entre maio e julho.

A troca na presidência da República aconteceu em meados de maio. Nesse período de três meses, o fortalecimento do real é bem superior à alta do rublo russo (6,9%) e iene japonês (6,4%) – as duas moedas com melhor desempenho após a divisa do Brasil.

Por outro lado, a libra esterlina lidera o grupo das divisas que mais perderam força, com queda de 6,5% no período. Em seguida, aparecem o peso mexicano (-5,9%) e o yuan chinês (-3,6%).

No acumulado do ano, o real lidera mais uma vez o rali. Com valorização de 23,3%, a moeda brasileira avançou em ritmo mais forte que o iene japonês (15,3%) e peso colombiano (13,8%) – moedas que ocupam o segundo e terceiro lugares entre as que mais se valorizaram no período.

No sentido contrário, a libra esterlina lidera mais uma vez com queda de 13,9% e é seguida de perto pelo peso argentino, que registra desvalorização real acumulada de 13,5% no ano.

Foram excluídos os dados da Venezuela, país que tem operado mercado de câmbio distorcido pelos controles impostos por Caracas.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Gastos com demissões devem afetar resultado da Embraer






Eric Piermont/AFP
Logo da Embraer no aeroporto Le Bourget, perto de Paris
Embraer: maior fabricante mundial de jatos regionais, a Embraer não forneceu uma meta para o número de desligamento de funcionários
 
Da REUTERS


São Paulo - A Embraer anunciou nesta quarta-feira os critérios de seu plano de demissões voluntárias (PDV), que será aberto aos empregados em todas as unidades da empresa no Brasil para adesão entre 23 de agosto e 14 de setembro.

Os empregados que aderirem ao PDV serão desligados na primeira semana de outubro, o que significa que os encargos relacionados às demissões deverão afetar o resultado da companhia no quarto trimestre deste ano.

A iniciativa de corte de pessoal, que veio a público no começo da semana passada através do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), onde fica a maior fábrica da companhia, faz parte de um conjunto de medidas com as quais a Embraer espera economizar 200 milhões de dólares por ano.

Maior fabricante mundial de jatos regionais, a Embraer não forneceu uma meta para o número de desligamento de funcionários.

Segundo a empresa, além das obrigações rescisórias previstas em lei, a Embraer oferecerá indenização adicional de 40 por cento do salário nominal por ano de empresa, com garantia mínima de dois salários nominais brutos.

A companhia garantirá ainda seis meses de plano de saúde e de assistência odontológica para o empregado e seus dependentes.



Membro do COI detido no Rio renuncia a cargos





Matthias Hangst/Getty Images for BEGOC
Patrick Hickey, presidente do Comitê Olímpico da Irlanda e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI)
Hickey: a detenção parece estar vinculada à desarticulação de uma rede internacional de revenda ilegal de ingressos para os Jogos do Rio. 


Da AFP
 
 
Olimpíadas 2016
O irlandês Patrick Hickey, membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) detido nesta quarta-feira no Rio de Janeiro como parte de uma investigação sobre uma rede ilegal de venda de ingressos para os Jogos Olímpicos, renunciou "temporariamente" de todas as suas funções.
 
Hickey, de 71 anos, renunciou da "presidência do Comitê Olímpico Irlandês, da sua função de membro do COI, da presidência dos Comitês Olímpicos da Europa e da vice-presidência da Associação dos Comitês Olímpicos", informou o comitê irlandês em um comunicado.

A imprensa brasileira informou que Hickey foi preso em um hotel onde estão hospedados alguns dirigentes olímpico, na Barra de Tijuca.

A detenção do alto dirigente do COI parece estar vinculada à desarticulação de uma rede internacional de revenda ilegal de ingressos para os Jogos do Rio.