terça-feira, 5 de setembro de 2017

Áudio cita Cármen, Lewandowski, Gilmar Mendes, Dilma e Cardozo



Pedro Ladeira -Folhapress
BRASÍLIA, DF, 21.06.2017: JOESLEY-BATISTA - Joesley Batista, da JBS, deixa a superintendência da Polícia Federal em Brasília após prestar depoiimento sobre as operações Bullish e Greenfield. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
Joesley Batista deixa a superintendência da Polícia Federal em Brasília após prestar depoimento


Nos grampos entregues pela J&F na semana passada, aparece um áudio em que Joesley Batista e Ricardo Saud, executivo da empresa, falam sobre um diálogo com o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que teria sido gravado. 

Na conversa entre os dois delatores, Saud cita ainda pelo menos três ministros do STF: Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

O nome "Marco Aurélio" aparece na conversa, mas não é uma referência ao ministro do STF, Marco Aurélio Mello, e sim a Marco Aurélio de Carvalho, advogado e sócio do ex-ministro da Justiça em um escritório.

Saud e Joesley falam sobre uma suposta proximidade da ex-presidente Dilma Rousseff e da atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.

Nesse trecho, ele diz, entre outras coisas, o seguinte: "Porque ele [interlocutor não identificado] falou da Cármen Lúcia (inaudível), da Cármen Lúcia que vai lá falar do (inaudível) com a Dilma e tal, os três juntos, tal tal tal... 'ah, então ele tem mesmo essa intimidade?' (inaudível) os cara... falei não é mentira não".

Em outro trecho sobre os mesmos personagens, ele chega a usar palavra de baixo calão em tom de brincadeira.

O executivo diz também a Joesley que Cardozo poderia teria cinco ministros do STF nas mãos, e que conversou sobre isso com um terceiro interlocutor.

O executivo da J&F diz a Joesley que essa pessoa, que não está claramente identificada, teria duvidado do tamanho da influência descrita sobre o STF. "Ele falou 'cinco eles não têm, não... ele têm... ah, só se eles, só se eles contam o Lewandowski até hoje'... ele falou, falei ah daí eu não sei, não deu nome não... Mas se contar Lewandowski pode ser sim".

Os dois discutem ainda sobre uma briga de alguém que conhecem com Gimar Mendes. E concluem que a confusão deve ser esquecida para que eles possam "pegar" três ministros do STF.

Há alguns meses, Joesley Batista e Saud tiveram a ideia de atrair Cardozo para um encontro, sob o pretexto de que gostariam de contratá-lo para serviços advocatícios.

O objetivo era, no meio da conversa, arrancar do ex-ministro da Justiça informações sobre magistrados do STF. Dependendo do teor delas, a J&F entregaria o conteúdo à PGR.

Os executivos da JBS entendiam que os procuradores tinham grande desejo de que as investigações alcançassem o Supremo.

No diálogo, Saud fala a Joesley que já tinha alertado um homem chamado Marcelo [supostamente o ex-procurador Marcelo Miller] de que, para comprometer o STF, o caminho seria José Eduardo Cardozo.

O encontro com Cardozo efetivamente ocorreu e a proposta de contratação também. A armadilha, porém, não teria funcionado a contento.

Cardozo teria feito afirmações genéricas sobre os magistrados e teria inclusive recusado propostas de pagamentos de honorários fora das vias regulares. 

 https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2017/09/1915923-em-audio-joesley-fala-de-dilma-carmen-lucia-e-combina-gravacao-de-cardoso.shtml

Flechada no pé antes da nova denúncia é maior derrota de Janot



Sérgio Lima -/Folhapress
BRASÍLIA, (DF), 05-08-2017 Entrevista exclusiva com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, em sua residência, no Lago Sul. Foto: Sérgio Lima/Folhapress ***ESPECIAL***EXCLUSIVA*** ORG XMIT: Sergio Lima
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deixará o cargo no próximo dia 17

O anúncio de que o acordo de delação premiada da JBS poderá ser revisto por omissões importantes é a maior derrota política do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em seu embate com o presidente Michel Temer (PMDB). 

Às vésperas de entregar uma nova denúncia contra o peemedebista, o reconhecimento do problema na apuração é um desastre para o procurador-geral. Como ele mesmo disse, o que foi descoberto pode vir a anular privilégios dados aos irmãos Batista, mas não interferirá na validade das provas até aqui coletadas no caso que envolve não só Temer, mas nomes graúdos da elite política do país.

Isso pode ser verdade, juridicamente, embora certamente haverá contestações. Do ponto de vista político, contudo, fica reforçado o discurso do Planalto e de políticos aliados a Temer de que os Batista são "bandidos" que teriam ou manipulado os investigadores para obter benefícios ou coisa pior –como o que transpareceu até aqui na relação do procurador Marcelo Miller com a JBS insinua.

Na noite desta segunda (4), políticos governistas já trocavam mensagens por aplicativos comemorando o "fim de Janot". É claro que isso é um exagero, mas é evidente que a maré interna no Congresso tenderá a virar em favor do presidente na avaliação da nova denúncia.

Até aqui, deputados da base governista vinham pintando um cenário difícil para o peemedebista, que teve a primeira denúncia barrada em agosto na Câmara à custa do adiantamento de verbas de emendas parlamentares e promessas de cargos. Como parte da fatura não foi honrada, os parlamentares começaram a subir o preço do novo apoio em forma de ameaça ao Planalto.

O fato de que vai deixar o cargo no próximo dia 17 também atrapalha a vida de Janot. Em vez de concentrar-se exclusivamente no caso, terá de lidar com a agenda negativa e as implicações graves para o trabalho de investigação da Operação Lava Jato.

Depois, o problema será de Raquel Dodge, a nova procuradora-geral. Os olhos do mundo político estarão sobre ela e na forma com que conduzirá os esforços da Lava Jato. Quem a conhece aposta numa atuação mais discreta, mas tecnicamente rígida e imune a concessões.

A flechada no pé, para ficar na expressão imortalizada por Janot, coroa uma série de acusações de açodamento, talvez motivado por messianismo político, direcionadas ao procurador-geral, o que ele sempre negou. 

Na vida pública, atos finais costumam ter peso maior do que o conjunto da obra na hora de avaliar uma carreira. Como dizem os chineses que receberam o antípoda Temer nos últimos dias, basta um pedaço de carne podre para estragar todo um cozido. Janot corre esse risco. 


 https://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/09/1915808-as-vesperas-de-nova-denuncia-janot-sofre-maior-derrota-politica.shtml

Venda da Moy Park faz parte de programa, mas nenhum acordo foi firmado, diz JBS

Nenhum acordo para venda da Moy Park foi firmado, informa JBS




A venda da Moy Park, empresa de carne processada com sede na Irlanda, faz parte do programa de desinvestimento da JBS, mas nenhum acordo final para tal alienação foi celebrado até o momento, informa a JBS em comunicado ao mercado, em resposta ao questionamento da B3 e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre matéria veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

“No fato relevante, a companhia informou a intenção de alienar a participação acionária na Moy Park e, desse modo, confirma que vem envidando os seus esforços para realizar tal do negócio. Contudo, nenhum acordo final para realizar tal alienação foi celebrado até o momento”, informou a JBS, no documento, referindo-se ao fato relevante do dia 20 de junho de 2017.

No último sábado, 2, quando a J&F anunciou a venda da Eldorado Papel Celulose por R$ 15 bilhões, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que fontes informaram que a venda da Moy Park, ativo avaliado em mais de US$ 1 bilhão, deve ser concluída até o início de outubro.

 http://www.istoedinheiro.com.br/venda-da-moy-park-faz-parte-de-programa-mas-nenhum-acordo-foi-firmado-diz-jbs/

Delação da JBS será avaliada e pode ser anulada


Janot abriu investigação para averiguar omissão de informações

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Delação da JBS será avaliada e pode ser anulada, informa Rodrigo Janot


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (foto), informou que abriu investigação para avaliar a omissão de informações nas negociações das delações de executivos da JBS. Caso comprovada a omissão, o acordo poderá ser anulado. O pronunciamento do procurador foi feito no auditório do Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF).

A possibilidade de revisão ocorre diante das suspeitas dos investigadores do Ministério Público Federal (MPF) de que o empresário Joesley Batista e outros delatores ligados à empresa esconderam informações da Procuradoria-Geral da República.

Apesar da possibilidade de anular o acordo com a JBS, Janot defendeu a delação premiada como instrumento para investigações e que deve ser preservado.  “Se os executivos da JBS erraram, deverão pagar por isso, mas não desqualificará o instituto [da delação premiada]”, afirmou Janot. 


http://www.amanha.com.br/posts/view/4468

O incrível salto do Magazine Luiza, que já vale mais que a Natura


O incrível salto do Magazine Luiza, que já vale mais que a Natura
Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza


A rede varejista Magazine Luiza se tornou um fenômeno na Bolsa. Em pouco menos de dois anos, seu valor de mercado saltou de menos de R$ 300 milhões, em janeiro de 2016, para R$ 13,2 bilhões, na segunda-feira 4.

É um desempenho impressionante que a coloca à frente da Natura em valor de mercado – a fabricante brasileira de cosméticos valia R$ 12,4 bilhões ontem.

A companhia comandada por Frederico Trajano só está atrás de Lojas Americanas – a varejista mais valiosa da B3 – Raia Drogasil, Lojas Renner e Grupo Pão de Açúcar.

Em 2016, seus papéis valorizaram-se incríveis 501,5%. Neste ano, as ações subiram, até ontem, 488,5%. O Ibovespa acumula alta de 19,8% em 2017.

Esse incrível salto acontece desde que Fred, como é conhecido o filho de Luiza Helena Trajano, assumiu o comando da tradicional rede varejista, em janeiro do ano passado.

O foco da gestão do executivo foi aprofundar a integração das lojas físicas com o canal digital. No segundo trimestre, as vendas online já representavam 28% da receita da varejista, tendo crescido 55%.

Mas a grande aposta do Magazine Luiza é o seu e-marketplace, no qual funciona como uma vitrine virtual para que terceiros vendam produtos em seu site de comércio eletrônico.

No segundo trimestre, a empresa contava com mais de 250 varejistas vendendo em seu site. Um ano antes, eram apenas 50. O número de itens vendidos passou de 80 mil para 550 mil.

Um relatório do Bradesco BBI, de janeiro deste ano, colocou o Magazine Luiza como a melhor empresa posicionada entre os varejistas tradicionais e virtuais para ter sucesso em sua estratégia, em comparação com a B2W (Submarino e Americanas.com) e a Via Varejo (Casas Bahia e Extra).

“Ainda estamos nos primeiros passos, mas a importância do serviço para negócio tradicional de varejo sugere que a Magazine Luiza tem os meios para atrair os compradores e os vendedores”, diz um trecho do relatório.

Os desafios que Fred tem pela frente não são triviais. Em e-marketplaces, o argentino Mercado Livre é um campeão difícil de ser batido.

A Amazon, de Jeff Bezos, também aumentará seus investimentos nessa área no Brasil. Ela já está trabalhando com livros e, em breve, entrará em eletroeletrônicos. Uma equipe foi contratada para tocar essa estratégia no Brasil.

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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Presidente da China pede reformas aos Brics

Presidente da China pede reformas aos países do bloco





 
O presidente da China, Xi Jinping, defendeu ontem que os cinco países dos Brics abram suas economias, promovam reformas, criem cadeias de produção globais e surfem na revolução industrial tecnológica para criar novos motores de desenvolvimento. O grupo que impulsionou a expansão mundial na década passada teve performances díspares nos últimos anos, quando China e Índia mantiveram forte ritmo de crescimento, Brasil, Rússia África do Sul mergulharam na recessão.

No discurso que fez a empresários dos Brics em Xiamen, no Sul da China, Xi reconheceu que sócios do bloco enfrentaram ventos contrários de intensidade variada. A queda no preço das commodities e da demanda global e o aumento de riscos financeiros representam desafios para os cinco países, afirmou o líder chinês. Entre os que assistiram seu pronunciamento, estava o presidente Michel Temer.

“Nós devemos aproveitar a oportunidade apresentada pela nova revolução industrial para promover o crescimento e mudar o modelo de desenvolvimento por meio da inovação”, afirmou Xi em um discurso de 45 minutos. “Nós devemos remover os impedimentos para o crescimento por meio de reformas, remover barreiras institucionais e sistêmicas e energizar o mercado e a sociedade, para atingir um crescimento de melhor qualidade e mais resiliente e sustentável.”

Xi defendeu que os cinco países do Brics se abram mais para os parceiros do bloco, ampliem seus interesses convergentes e invistam em infraestrutura que possibilidade uma maior integração. “O desenvolvimento de mercados emergentes e em desenvolvimento não é destinado a mexer no queijo de ninguém, mas a tornar a torta do crescimento global maior”, afirmou o líder chinês.

Como em muitos de seus pronunciamentos recentes, o presidente chinês condenou o protecionismo e defendeu a globalização. Mas o discurso nem sempre está em sintonia com a realidade de seu próprio país, que mantém vários setores fechados para investimentos estrangeiros.

O conceito Bric, sem o S da África do Sul, foi construído em 2001 pelo economista Jim O’Neill, que na época trabalhava no Goldman Sachs. Em sua avaliação, Brasil, Rússia, Índia e China seriam os líderes econômicos do século 21 e a de suas economias seria maior que as do países do G7 em 2035.


Decepção


Em artigo publicado no Huffington Post quinta-feira, O’Neill disse que mantinha sua projeção, apesar de a performance do Brasil e da Rússia ter sido decepcionante quando comparada às de suas expectativas de 16 anos atrás. Isso só será possível graças a força do país de Xi Jinping, observou.

“A China foi tão bem que sua economia agora é maior que as do Brasil, Rússia, Índia e África do Sul combinadas e, em um futuro não muito distante, ela vai se tornar duas vezes maior. Portanto, não há dúvida: a China domina os Brics economicamente”, escreveu O’Neill no artigo.

O presidente da consultoria Eurasia, Ian Bremmer, divide o bloco em dois grupos. No primeiro, estão a China e a Índia, que aproveitaram a globalização para se integrar a cadeias globais de produção. O outro reúne os que usaram a globalização para vender recursos naturais -Brasil, Rússia e África do Sul. De longe, a maior história de sucesso é a China, que se transformou na segunda maior economia do mundo e em seu primeiro exportador.

Em seu discurso, Xi Jinping também defendeu que o Brics amplie sua influência global, com a criação de parcerias com outros países, e se transforme em uma plataforma para a cooperação Sul-Sul e o diálogo Sul-Norte. “Nós deveríamos promover a cooperação “Brics Plus” e construir uma rede ampla e diversificada de parcerias de desenvolvimento.” 

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Estrangeiro pode ter cota na privatização da Eletrobrás

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O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, reforçou ontem que a intenção do governo ao privatizar a Eletrobrás é a de manter as ações da companhia de forma pulverizada. Para evitar que a estatal fique concentrada na mão de estrangeiros, um dos temas estudados pelo governo atualmente é o de criar uma cota para a aquisição de parte da empresa. “Estamos pensando em limitar com um porcentual de participação máxima”, disse ao Broadcast o ministro. O formato final de como será a operação deverá ser conhecido até, no máximo, dia 20, de acordo com ele.

Coelho Filho esteve em Pequim até a noite de ontem, onde participou de eventos ligados a um road show promovido pelo governo brasileiro para atrair investimentos chineses para o País. Ele negou que o governo estaria entregando a Eletrobrás “de bandeja” para os chineses. Esse movimento todo em torno da estatal, segundo ele, é justamente para não entregar a operação diretamente para um país específico.

“Se pegarmos as usinas que estão cotizadas e levarmos a leilão, quem vai ficar com elas certamente será um grupo estrangeiro, mas se a Eletrobrás ficar com elas, e é para isso que estamos trabalhando, os estrangeiros podem até ter um pedaço da empresa, mas o governo vai ser um dos grandes acionistas. A movimentação é para proteger do capital estrangeiro”, disse. O governo pretender dar à estatal o direito de ficar com as usinas. Para exercer o direito, terá de pagar ao governo uma outorga. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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concessões Eletrobras Ministério de Minas e Energia privatização