O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho,
reforçou ontem que a intenção do governo ao privatizar a Eletrobrás é a
de manter as ações da companhia de forma pulverizada. Para evitar que a
estatal fique concentrada na mão de estrangeiros, um dos temas estudados
pelo governo atualmente é o de criar uma cota para a aquisição de parte
da empresa. “Estamos pensando em limitar com um porcentual de
participação máxima”, disse ao Broadcast o ministro. O formato final de
como será a operação deverá ser conhecido até, no máximo, dia 20, de
acordo com ele.
Coelho Filho esteve em Pequim até a noite de ontem, onde
participou de eventos ligados a um road show promovido pelo governo
brasileiro para atrair investimentos chineses para o País. Ele negou que
o governo estaria entregando a Eletrobrás “de bandeja” para os
chineses. Esse movimento todo em torno da estatal, segundo ele, é
justamente para não entregar a operação diretamente para um país
específico.
“Se pegarmos as usinas que estão cotizadas e levarmos a
leilão, quem vai ficar com elas certamente será um grupo estrangeiro,
mas se a Eletrobrás ficar com elas, e é para isso que estamos
trabalhando, os estrangeiros podem até ter um pedaço da empresa, mas o
governo vai ser um dos grandes acionistas. A movimentação é para
proteger do capital estrangeiro”, disse. O governo pretender dar à
estatal o direito de ficar com as usinas. Para exercer o direito, terá
de pagar ao governo uma outorga.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.istoedinheiro.com.br/estrangeiro-pode-ter-cota-na-privatizacao-da-eletrobras/
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