A expectativa para a expansão do PIB foi ajustada de 0,6% para 0,68%, em 2017, e de 2,2% para 2,3%, no próximo ano
O mercado financeiro reduziu a estimativa de inflação para
abaixo do limite inferior da meta para este ano. A projeção para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,08% para
2,97%, de acordo com o boletim Focus, pesquisa divulgada na internet,
todas as semanas – geralmente às segundas-feiras - pelo Banco Central
(BC).
A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem
como centro 4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando a
inflação fica fora desses limites, o BC tem que elaborar uma carta
aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos
do descumprimento da meta.
Na
última quinta-feira (21), o diretor de Política Econômica do Banco
Central, Carlos Viana de Carvalho, declarou que, se a meta de inflação
ficar abaixo do limite mínimo de 3%, o BC justificará o descumprimento
“com serenidade”. A projeção do BC para a inflação, medida pelo IPCA, é
de 3,2% este ano. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, o risco de
o IPCA ficar abaixo do limite inferior da meta é de 36%. Para 2018, a
estimativa do boletim Focus para a inflação foi reduzida de 4,12% para
4,08%. Essa foi a quarta redução seguida.
Taxa de juros
Para
alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, atualmente em 8,25% ao ano. Essa taxa vem sendo reduzida
pelo BC, que já indicou um corte menor na próxima reunião, em outubro, e
o fim gradual do ciclo de reduções. A expectativa do mercado
financeiro para a Selic foi mantida em 7% ao ano, no fim de 2017, e ao
final de 2018. A expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto
(PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), foi
ajustada de 0,6% para 0,68%, em 2017, e de 2,2% para 2,3%, no próximo
ano.
http://www.amanha.com.br/posts/view/4543
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