sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Presidente do BC ressalta a recuperação do Brasil nos últimos 12 meses


Presente na edição de 2017 de AS MELHORES DA DINHEIRO, Ilan Goldfajn deu destaque as avanços econômicos, como queda da inflação, retomada do PIB e queda da taxa de juros

 

Presidente do BC ressalta a recuperação do Brasil nos últimos 12 meses
Ilan Goldfajn discursa na abertura de AS MELHORES DA DINHEIRO 2017
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ressaltou o momento de recuperação da economia brasileira, evidenciado, principalmente, pela queda da inflação e da recuperação dos indicadores de alguns setores, durante o evento As Melhores da Dinheiro 2017, em São Paulo.

Segundo Goldfajn, medidas importantes têm sido tomadas para reestruturar a economia brasileira e permitir que o País aproveite a bonança global que tem favorecido as economias emergentes.

“A economia brasileira vive um período de desinflação e recuperação econômica, fruto das medidas econômicas tomadas e da reorganização da política monetária. A continuidade dos ajustes e reformas é importante para a economia, com consequências sobre a inflação e toda a economia”, afirmou.

Goldfajn lembrou de medidas provisórias que foram aprovadas no Congresso e outras que estão em tramitação como fator importante na manutenção da recuperação. Entre as medidas estão a MP 775, que aperfeiçoa as garantias de registros eletrônicos, tornando mais seguras transações eletrônicas, a 777, que institui a Taxa de Longo Prazo (TLP) como a taxa de remuneração dos empréstimos do BNDES, e a 784, sobre instrumentos punitivos contra a inadimplência.

“Essas medidas fazem parte da Agenda BC Mais, a agenda de reformas do Banco Central, que tem como propósito aperfeiçoar o arcabouço jurídico, a eficiência nas operações e a redução do custo de crédito”, disse.

O presidente do BC aproveitou para fazer uma comparação entre os dois momentos. Há um ano, o Brasil enfrentava a recessão econômica e uma inflação próxima de 9% em doze meses. “Nossa situação econômica só apresentou avanços. Com aumentos de 1% e 0,2% no PIB nos primeiros dois trimestres e uma inflação que passou de 9% em agosto do ano passado para 2,5% este ano. Isso mostra que os objetivos são críveis”, afirmou Goldfajn.

A queda da taxa básica de juros (Selic) também foi outro ponto abordado por Goldfajn. “A taxa Selic já recuou 600 bps (de 14,25% ao ano para 8,25% ao ano) desde o começo do ciclo de flexibilização monetária e há expectativas de quedas para frente”, afirmou. “Caso o cenário evolua conforme esperado, o Copom (Comitê de Política Monetária) vê como adequada uma redução moderada da magnitude da flexibilização monetária”, disse, dando a entender que o ritmo de cortes na Selic deve desacelerar.

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