Cleber Morais, o CEO da Schneider Electric no Brasil,
começou a observar a retomada econômica com calma. “Como atuamos no
setor de infraestrutura elétrica para construção civil e para a
indústria, começamos a sentir outro clima. Ainda não é tão
significativo, mas já sentimos os sintomas de melhora”, diz ele. A boa
expectativa reside no plano de concessões e privatizações lançado pelo
governo. “Uma privatização ocorre em cima de uma melhoria de
infraestrutura. Quando isso acontece, o objetivo maior é a busca pela
eficiência e isso tem a ver com investimento em tecnologia. Esse cenário
oxigena as empresas e isso traz oportunidades para a gente”, diz
Morais.
Em busca do equilíbrio
Enquanto a forte retomada ainda não chega, a Schneider, com 2,6 mil
funcionários no mercado local, tem adotado uma estratégia para não
deixar ociosas as suas sete fábricas no Brasil: suprir o mercado
externo, sobretudo os países da América Latina. “Temos 200 fábricas no
mundo e sempre olhamos a carga de cada uma. Quando tem uma demanda menor
no mercado interno, mantemos a produtividade via exportação”, diz
Morais. Com um faturamento global de 27,5 bilhões de euros, a companhia
tem apostado suas fichas na internet das coisas. “Estamos investindo 1,5
bilhão de euros por ano nessa área”, afirma Morais. Não é para menos.
De acordo com o executivo, até 2050, esse segmento vai movimentar US$ 1
trilhão.
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