terça-feira, 5 de setembro de 2017

Carona nas privatizações


Carona nas privatizações


Cleber Morais, o CEO da Schneider Electric no Brasil, começou a observar a retomada econômica com calma. “Como atuamos no setor de infraestrutura elétrica para construção civil e para a indústria, começamos a sentir outro clima. Ainda não é tão significativo, mas já sentimos os sintomas de melhora”, diz ele. A boa expectativa reside no plano de concessões e privatizações lançado pelo governo. “Uma privatização ocorre em cima de uma melhoria de infraestrutura. Quando isso acontece, o objetivo maior é a busca pela eficiência e isso tem a ver com investimento em tecnologia. Esse cenário oxigena as empresas e isso traz oportunidades para a gente”, diz Morais.

Em busca do equilíbrio


Enquanto a forte retomada ainda não chega, a Schneider, com 2,6 mil funcionários no mercado local, tem adotado uma estratégia para não deixar ociosas as suas sete fábricas no Brasil: suprir o mercado externo, sobretudo os países da América Latina. “Temos 200 fábricas no mundo e sempre olhamos a carga de cada uma. Quando tem uma demanda menor no mercado interno, mantemos a produtividade via exportação”, diz Morais. Com um faturamento global de 27,5 bilhões de euros, a companhia tem apostado suas fichas na internet das coisas. “Estamos investindo 1,5 bilhão de euros por ano nessa área”, afirma Morais. Não é para menos. De acordo com o executivo, até 2050, esse segmento vai movimentar US$ 1 trilhão.
(Nota publicada na Edição 1034 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Ralphe Manzoni Jr. e Paula Bezerra)

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