Consumo, exportação e agropecuária puxarão o resultado neste ano
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê um
crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, e de 2,6% em
2018. De acordo com dados divulgados, o consumo das famílias, as
exportações e o crescimento agropecuário vão puxar o resultado neste
ano.
A partir do terceiro trimestre, o Ipea prevê que a indústria e
os serviços tenham um peso maior na recuperação da economia. Segundo o
diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac),
José Ronaldo de Castro Souza Junior, a agropecuária teve um peso maior
no primeiro semestre e atingiu um patamar muito elevado. "Acreditamos
que houve uma reversão cíclica e saímos da recessão", declarou Castro,
que prevê uma retomada que se dará paulatinamente.
O Ipea reduziu a
previsão de crescimento para 2018, que era de 3,4% na análise divulgada
em março. Segundo Castro, havia uma expectativa de que a reforma da
previdência seria aprovada no meio do ano, o que não aconteceu. "Tornar
mais sustentáveis os gastos públicos é essencial para que os
investidores confiem nessa retomada e voltem a fazer aportes mais de
longo prazo, especialmente em infraestrutura", elertou ele, ao destacar
que os Estados e municípios também precisam equacionar questões fiscais
para garantir a retomada do crescimento.
A previsão para 2017 e
2018 é que o PIB da indústria cresça 0,5% e 3,4%, enquanto os serviços,
0,1% e 2,2% respectivamente. A agropecuária deve crescer 12,5% neste ano
e 3,5% no ano que vem. Pela ótica das despesas, o PIB vai contar neste
ano com um crescimento de 0,8% no consumo das famílias. Em 2018, a
expansão prevista é 2,7%. O consumo do governo deve cair 1,9% neste ano e
0,2% no ano que vem.
A projeção é que o investimento (formação
bruta de capital fixo) caia 2,5% neste ano, mas se recupere no ano que
vem, com uma alta de 4,2%. Os dois lados da balança comercial também
devem crescer nos próximos dois anos. Para as exportações, são previstas
expansões de 5,6% e de 4,1%. Já para as importações, a projeção é uma
alta de 3,6% neste ano e 5,1% em 2018. Entre as variáveis
macroeconômicas que favorecem esse cenário, na análise do Ipea, estão a
inflação, projetada em 2,9% em 2017 e em 4,2% em 2018. O Ipea acredita
que a taxa básica de juros em 7% no fim de 2017 e em 2018 também seja
positiva para o crescimento.
http://www.amanha.com.br/posts/view/4563
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