segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Hershey comprará Amplify Snack em oferta de U$S1,6 bi


O objetivo da empresa é obter uma base mais firme no mercado em rápido crescimento para lanches saudáveis

 

Falando em alimentos...
A fabricante de doces norte-americana Hershey disse nesta segunda-feira que comprará a fabricante de pipocas SkinnyPop Amplify Snack Brands em um acordo avaliado em 1,6 bilhão de dólares, incluindo dívida, para obter uma base mais firme no mercado em rápido crescimento para lanches saudáveis.

A Hershey disse que pagará 12 dólares por ação da Amplify, um prêmio de 71,4 por cento no fechamento da ação na sexta-feira.

As grandes empresas de alimentos dos Estados Unidos estão atrapalhando marcas menores à medida que tentam manter o domínio com os consumidores cada vez mais migrando para marcas menores, saudáveis ​​ou artesanais. Ao longo dos últimos dois anos, a Hershey adquiriu marcas como Krave meat jerky.

A Amplify Snack possui marcas como a pipoca SkinnyPop e os chips Paqui, que afirmam não ter ingredientes artificiais ou gordura trans, e entra no mercado de queijo sem leite e sabor naturalmente doce que são populares entre os consumidores millennials.

A Hershey, que rejeitou uma oferta de 23 bilhões de dólares do proprietário da Oreo, Mondelez International, em junho do ano passado, disse que espera economizar 20 milhões de dólares nos próximos dois anos através do acordo com a Amplify.

A oferta da Hershey avalia o patrimônio da Amplify em 920,95 milhões de dólares e também assumirá a dívida da empresa, que era de 590,5 milhões de dólares até 30 de setembro. A Hershey também terá de pagar 76 milhões de dólares relacionado a um contrato de recebimento de imposto que a Amplify enfrentou quando abriu capital em 2015.


A bilionária venda do laticínio Itambé azedou


A 1ª Vara Empresarial de SP suspendeu, na última sexta-feira, a compra da marca de laticínios mineira Itambé pela multinacional francesa Lactalis

 




A 1ª Vara Empresarial de São Paulo suspendeu, na última sexta-feira, a compra da marca de laticínios mineira Itambé pela multinacional francesa Lactalis, maior do mundo no setor. A decisão foi tomada com base em um pedido feito pela brasileira Vigor, que detém 50% da empresa.

Os outros 50% são da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR). Para a Justiça, a CCPR violou a cláusula do acordo de acionistas ao negociar com a Lactalis sem dar o direito de preferência de compra para a Vigor, conforme o acordado.

A CCPR disse, por meio da assessoria de imprensa, que não comenta o caso, que está em segredo de Justiça. EXAME apurou que a cooperativa vai recorrer da liminar e tomará outras medidas cabíveis tanto na área judicial como na arbitral, onde o contrato entre CCPR e Vigor previa a resolução de conflitos.

A Vigor, que pertencia ao Grupo J&F, foi comprada pela mexicana Lala Foods em agosto em uma transação que também incluía a compra dos 50% da Itambé pertencentes à CCPR. O valor total era de 5,725 bilhões de reais. Nesse montante, 1,4 bilhão eram destinados a comprar 100% da Itambé – 700 milhões para a Vigor, e 700 milhões para a CCPR.

Mas, pelo acordo de acionistas assinado entre J&F e CCPR, qualquer das partes tinha direito de recompra pelo mesmo valor oferecido por um interessado. Resultado: a cooperativa negou-se a vender sua parte e confirmou que iria adquirir o que pertencia à sócia por 700 milhões.

Até aí tudo bem. Mas um dia depois de consumar o acordo, em 4 de dezembro, a cooperativa mineira vendeu 100% da Itambé para a Lactalis. Embora o valor não tenha sido divulgado, a estimativa é de que ele tenha girado em torno de 1,9 bilhão – ou seja, com um acréscimo de 500 milhões de reais em 24 horas. Em 2013, a Vigor adquiriu 50% da Itambé por 410 milhões de reais, avaliando a empresa em 820 milhões de reais.

O processo corre em segredo de Justiça. Um executivo próximo ao assunto disse a EXAME que causou desconfiança o fato de o negócio entre CCPR e Lactalis ter sido fechado tão pouco tempo depois do pagamento feito à antiga sócia. Por contrato, a CCPR também estaria vedada de realizar a venda para outra empresa do setor sem dar o direito de preferência para a Vigor, que alega isso em seu pedido. O juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi levou esse acordo de acionistas em conta ao conceder a liminar.

Para completar o quiproquó, quando a J&F colocou a Vigor à venda, no primeiro semestre, a Lactalis estava entre as interessadas e assinou um acordo confirmando que não faria proposta por nenhuma das empresas das quais a marca brasileira era sócia. Isso impediria a multinacional francesa de apresentar propostas diretamente pela Itambé enquanto ela ainda pertencia à Vigor, mas não de comprá-la da CCPR, caso a cooperativa adquirisse 100% das ações, que foi o que aconteceu.

A Vigor foi colocada à venda pela holding dos irmão Joesley e Wesley Batista em maio, depois que a delação premiada de ambos veio à tona e colocou o futuro do grupo em risco. O objetivo era gerar caixa para manter a operação do negócio de carnes saudável. Em julho, o grupo também vendeu a Alpargatas, dona da marca Havaianas, por 3,5 bilhões de reais.

A disputa jurídica que entre Vigor, Lactalis e CCPR não tem data para acabar.
 
 
 

URGENTE: O uso de Cursos piratas causa cancelamento de inscrição de advogados




                                                     A preparação para um concurso público e para a tão sonhada conquista da carteira da OAB exige dedicação, tempo e, principalmente, investimento financeiro. São livros, apostilas, cursos presenciais, vídeo-aulas, entre tantos outros materiais que acabam pesando no bolso do estudante. A partir daí surgem às divisões desses valores entre duas ou três pessoas, com o intuito de diminuir os custos com os estudos. 

Há alguns anos, esse hábito começou a crescer muito no meio dos estudantes e passou a ser conhecido como “rateio”. 

Para se aproveitarem da situação, algumas pessoas passaram a comprar materiais didáticos e revendê-los a terceiros sem repassar o lucro para os autores, tornando essa prática ilícita, passível de indenização, já que o conteúdo dos cursos preparatórios é protegido pelo Direito Autoral. 

Os “rateios” não prejudicam apenas os professores e os próprios cursos que tiveram o trabalho de desenvolver todo o material didático e não irão receber nada em troca, mas também os alunos que adquirem esse material totalmente desatualizado. 

Nos cursos oficiais, além de poder tirar dúvidas com os professores, o estudante recebe todo o suporte necessário, com chats online, fóruns, materiais e simulados atualizados, entre vários outros benefícios. 


foto oab


Com isso a OAB e o Poder Judiciário em uma medida muito polêmica voltaram suas atenções para os compradores dos cursinhos e começou a anular o registro de advogados que estudaram por meio de rateios ou cursos piratas de preparação para a OAB.

A polícia paulista e mineira, em uma operação conjunta infiltrou diversos agentes em grupos de whatsapp que têm como foco o compartilhamento de obras jurídicas e preparação para concursos e começaram a investigar os bacharéis em direito que estavam estudando por meio de materiais protegidos por direitos autorais.

Cerca de 11 mil inscrições foram canceladas nos últimos dias e a previsão é que mais de 50 mil outros advogados tenham seus registros cancelados pelo mesmo fato, mas este número pode subir consideravelmente, uma vez que as investigações ainda continuam e a inteligência da policia está monitorando milhares de grupos de whatsapp e facebook que compartilham material protegido por direitos autorais.

Segundo o Presidente da Comissão de Direitos da Propriedade Intelectual da OAB, o advogado Alberto Regis Tronull, essa medida visa combater as fraudes e piratarias praticadas por aqueles que deveriam defender as leis: “é inadmissível que uma pessoa que tenha interesse em ser o guardião das leis inicie a sua carreira por meio de uma fraude, por isso tomamos a decisão de anular todos os registros.

O diretor de um dos maiores cursinhos do país, que preferiu não se identificar, fez coro com a decisão de Tronull e disse que é uma medida eficaz e que vai inibir novas condutas como essa e pediu maior rigor também com relação aos concursos públicos: “o primeiro passo foi dado para proteger as empresas pagadora de seus impostos e dos profissionais que dedicam seu tempo para publicação de livros didáticos no país, mas acreditamos que uma investigação mais aprofundada deve buscar caçar a nomeação daqueles que prestaram concursos públicos estudando por meio de material pirata”.

Advogados entendem que essa medida é arbitrária e que ao menos um processo administrativo deveria ter sido instaurado para que os advogados que tiveram seus registros cassados pudessem se defender, mas segundo fontes ligadas à gestão da OAB Nacional, não será permitida a ampla defesa na esfera administrativa e os prejudicados deverão buscar seus interesses junto ao Judiciário.


http://www.sigaoned.com/2017/12/urgente-o-uso-de-cursos-piratas-causa.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+OFundoTambmPassaNaOab+%28O+Fund%C3%A3o+Tamb%C3%A9m+Passa+na+OAB%21%21%21%29


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Para onde vai o Walmart?


Com integração das operações físicas e digitais, a maior varejista global tenta reverter histórico de maus resultados no Brasil. Ao mesmo tempo, o mercado cogita que a rede já teria um prazo definido para deixar o País

 Para onde vai o Walmart?

A gigante nunca conseguiu superar os concorrentes Carrefour e Grupo Pão de Açúcar, e ir além da terceira posição no setor. A subsidiária tampouco alcançou destaque no contexto global do Walmart, dono de um faturamento de US$ 486 bilhões. Quase irrelevante, a participação do Brasil nesse indicador costuma variar entre 1% e 2%. Para efeito de comparação,a operação brasileira do Carrefour representa uma fatia de 16% da receita global e é o segundo maior negócio, atrás apenas da matriz francesa.
Troca constante: o histórico de mudanças no Brasil não está resrito ã marca da varejista. Flávio Cotini é o quarto CEO da empresa no país desde 2008 (Crédito:Felipe Gombossy/Divulgação e Robson Fernandjes/Ae)
Na terça-feira 5, as tentativas do Walmart para reverter esse quadro e estabelecer uma trajetória bem-sucedida no Brasil ganharam um novo capítulo. Em linha com um modelo que vem sendo adotado pela matriz americana, a empresa anunciou a integração de suas operações de lojas físicas e de comércio eletrônico. Inaugurado no País em 2012, o Walmart.com.br era, até então, um braço independente. Com uma receita de R$ 554,8 milhões no ano passado, o canal funcionava com equipe e sede próprias, instaladas em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo. A transição para o novo modelo será conduzida por Paulo Silva, CEO da divisão de e-commerce. Após a conclusão do processo, o negócio será comandado por Flávio Cotini, presidente do Walmart no Brasil.
A notícia da integração foi antecipada pela coluna MOEDA FORTE, de Carlos Sambrana, no portal da DINHEIRO, que entrevistou ainda um grande fornecedor da companhia. Segundo o executivo, que pediu anonimato, a varejista reuniu diversos parceiros, na segunda-feira 4, para informar que o grupo deixará o Brasil até julho de 2018. No encontro, a companhia teria se prontificado a pagar uma multa milionária a esses parceiros por quebra de contrato.

Na mesma data, durante um evento realizado, em São Paulo, para acionistas, investidores e representantes do mercado financeiro, os executivos da Via Varejo foram questionados acerca de um possível interesse na compra do Walmart no Brasil. No dia seguinte, na sede da Via Varejo em São Caetano do Sul, na região do ABC paulista, eram fortes os rumores de que a rede americana venderia seus estoques para a concorrência. Procurada, a Via Varejo afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não comenta rumores de mercado.

Grande equívoco?: a insistência em priorizar as lojas nos formatos de hipermercados é um dos erros apontados por analistas na trajetória local do Walmart (Crédito:Evelson de Freitas / AE)
Seja quais forem as medidas a serem tomadas, o clima é de apreensão nos corredores do Walmart. Conforme apurou o blog BASTIDORES DAS EMPRESAS, de Ralphe Manzoni Jr., no portal da DINHEIRO, a rede varejista pode demitir até 80% dos mil funcionários que compõem o time das operações online no Brasil. Procurado, o Walmart não concedeu entrevista. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa negou que irá deixar o mercado brasileiro e disse que não faria comentários sobre demissões. Em nota, o grupo ressaltou que a decisão de integrar as operações offline e online “irá proporcionar mais agilidade e eficiência ao negócio e trazer mais opções de produtos e serviços aos clientes”.
O Walmart informou ainda que a sua estratégia online no País passará a priorizar o modelo de marketplace, um formato que fez a fama e a fortuna de gigantes como a chinesa Alibaba e a americana Amazon, que está reforçando sua operação no Brasil. Desde 2013, grandes nomes locais do setor, como Magazine Luiza, Via Varejo e B2W, dona das marcas Submarino e Americanas.com, também passaram a investir nesse filão. Os marketplaces funcionam como uma espécie de shopping virtual, no qual o site de um varejista concentra as ofertas de uma gama de pequenos e médios lojistas. Nesse caso, a receita vem das taxas cobradas para que esses parceiros divulguem seus produtos nesse “bazar digital”. A abordagem é atrativa para as grandes empresas, que conseguem diluir custos e, ao mesmo tempo, extrair maior rentabilidade de seus ativos, entre eles, o volume de consumidores que acessam os seus portais.

DE SAÍDA? Para um ex-alto executivo da companhia no País, a saída da varejista do Brasil é uma questão de tempo. Ele cita um prazo de três anos que o CEO global Doug McMillon teria dado, em 2015, para que a subsidiária estancasse suas perdas e gerasse resultados. Caso o objetivo não fosse alcançado, a venda do negócio no País seria uma alternativa na mesa. A fonte ressalta que, há no mínimo 10 anos, a operação não é lucrativa e que se fosse preciso fechar as lojas que dão prejuízo, mais da metade delas teria esse destino. “O Walmart patina, patina e não sai do lugar. Eles sabem o caminho que precisam seguir, mas não são capazes de executar”, diz a fonte. Sua visão é de que há muitos erros de estratégia. O principal deles é que os executivos locais precisam seguir estritamente as regras ditadas pela matriz americana. “E a cabeça americana tem um viés muito equivocado sobre o varejo brasileiro”, afirma.
Separados: atualmente, o Walmart conta com 25 centros de distribuição para a operação de lojas físicas e 2 unidades para o canal de e-commerce (Crédito:Keiny Andrade/AE)
 
Sob esse modelo de gestão, o executivo aponta outros equívocos cometidos pela rede no Brasil, como a insistência em priorizar os hipermercados e supermercados, em detrimento de formatos que ganharam escala no País nos últimos anos. Encaixam-se nesse contexto as lojas de proximidade e os atacarejos, que cresceram em virtude de fatores como a recessão econômica e os novos hábitos de consumo. “O Walmart faz exatamente o oposto do que todos os seus rivais estão fazendo no País”, afirma. Em atacarejos, por exemplo, o Assaí, do Grupo Pão de Açúcar, possui 124 lojas e é o maior foco da expansão da varejista brasileira, inclusive com a conversão de lojas de hipermercados para esse formato. Enquanto isso, o Maxxi Atacado e o Sam’s Club, bandeiras do Walmart nessa categoria, possuem, juntas, 71 pontos de venda.

Outro alvo das críticas é a estratégia, em curso, para rebatizar marcas regionais adquiridas nos últimos anos, como BIG e Mercadorama, na região Sul, e Bompreço, no Nordeste, sob o nome Walmart. “O Bompreço, por exemplo, é uma marca muito forte por lá e está sumindo do mapa”, afirma o executivo. Ele coloca em xeque ainda a unificação das operações físicas e de e-commerce, alegando que as duas estruturas são precárias e apoiadas por softwares de gestão pouco eficientes. “O Walmart não tem sistemas, não tem gente e não entende do Brasil.”

Para analistas consultados pela DINHEIRO, a demora para integrar as estruturas dos negócios de lojas físicas com o canal digital é uma das questões que justificam o desempenho aquém das expectativas da empresa no mercado brasileiro. “Nessa frente, eles terão dificuldades tanto no varejo alimentar quanto no segmento de eletroeletrônicos”, diz Ana Paula Tozzi, CEO da consultoria AGR, especializada em varejo. Ela cita o GPA e o Magazine Luiza como competidores que já registram avanços significativos nessas categorias, respectivamente, e na exploração de estratégias multicanais. Tozzi não acredita que o Walmart deixará o país.
Transição: CEO do Walmart.com.br, Paulo Silva será responsável por comandar o processo de integração dos negócios offline e online (Crédito:Nilton Fukuda/Estadão)


Para reforçar essa visão, a rede, por sua vez, afirma que estabeleceu um plano de investimentos de R$ 1,5 bilhão para o Brasil nos próximos quatro anos. O argumento, no entanto, também é questionado.

 “O fato de divulgar esse aporte pode ser uma estratégia para valorizar o ativo no mercado”, diz um executivo do setor. Batizado de Reinvention, o projeto busca remodelar os hipermercados e supermercados da companhia no País, o que inclui desde o layout das lojas até o sortimento ofertado. 

A princípio, a iniciativa é considerada positiva, pelo fato de atacar alguns dos equívocos cometidos pela varejista no mercado local, como a simples importação de seu modelo americano de lojas e a oferta uniforme de produtos em todas as unidades. “O Brasil é um mercado com muitas nuances de consumo. As ofertas precisam ser regionalizadas e eles demoraram muito para entender esse conceito”, diz Tozzi, da AGR.

Para Eugênio Foganholo, diretor da Mixxer Consultoria, outro fator que dificultou a jornada do Walmart no País e segue prejudicando a operação brasileira é a manutenção da aposta no lema “Preço Baixo Todo Dia”, pelo qual a rede americana tornou-se conhecida. “O consumidor brasileiro tem uma cultura de promoções pontuais”, afirma Foganholo. “Só assim ele consegue enxergar valor quando tem algum desconto”, diz o especialista. O analista, no entanto, enxerga boas perspectivas na guinada digital do Walmart. E cita como referência os bons resultados que a rede começa a colher nos Estados Unidos, especialmente a partir da compra, em 2016, por US$ 3,3 bilhões, da Jet.com, cujo CEO, Marc Lore, foi nomeado presidente da divisão de comércio eletrônico da varejista nos Estados Unidos.

No terceiro trimestre, o segmento registrou um crescimento de receita de 50%, na comparação com igual período, um ano antes. Nesse intervalo, a rede triplicou, por exemplo, para 70 milhões, a oferta de produtos em seu marketplace no mercado americano. E dobrou, para 1,1 mil lojas, o número de pontos de venda que já fazem entregas de pedidos realizados via e-commerce. Outra decisão anunciada pela operação americana, na quarta-feira 6, foi a mudança do nome para marcar esse novo foco em um modelo multicanal. O que antes era Wal-Mart Stores se tornou Walmart Inc., mais alinhado com a rival Amazon. “Nada impede que o Walmart recupere o tempo perdido e encontre seu rumo também no Brasil”, diz Foganholo. Enquanto a matriz tiver paciência, é claro.



Colaborou: Rodrigo Caetano

Canada Pension Plan Investment Board e Votorantim Energia formam joint venture no Brasil

Divulgação

(Reuters) - O Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e a unidade de energia do grupo Votorantim formaram uma joint venture que comprará dois parques eólicos operacionais no nordeste do Brasil, informaram em comunicado conjunto.
A joint venture prevê investimento de mais de 3 bilhões de reais no setor de geração de energia do Brasil, de acordo com o documento. 

Em outubro, a Reuters havia noticiado que a Votorantim Energia estava em negociações com os grandes fundos de pensão e fundos soberanos para criar uma joint venture integrada para investimentos em energia eólica, solar e pequenas hidrelétricas.


Por Kanishka Singh em Bengaluru

 https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1E90U5-OBRBS

Canadense CPPIB planeja novos aportes no Brasil após acordo com Votorantim

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SÃO PAULO (Reuters) - O CPPIB, maior fundo de pensão do Canadá, planeja novos investimentos bilionários em infraestrutura no Brasil nos próximos anos após firmar uma joint venture com a Votorantim Energia com foco em renováveis, disse um alto executivo para a América Latina nesta sexta-feira. 

Com a parceria 50/50 entre o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e o braço de energia do conglomerado Votorantim, anunciada nesta sexta-feira, os dois grupos deverão investir nos próximos anos mais de 3 bilhões de reais em energia renovável no país. 

Todavia, o CPPIB está de olho também em outros setores, como saneamento, afirmou à Reuters Ricardo Szlejf, head de infraestrutura do fundo na América Latina. 

“Já temos investimento em infraestrutura no Chile, Peru e México (na América Latina), e este (acordo com a Votorantim) é o primeiro investimento no Brasil, estamos inaugurando... no setor de energia renovável, que é um dos que a gente considera o mais atraente”, afirmou o executivo. 

Mas “o Brasil é grande e importante, e temos acompanhado oportunidades em outros setores”, acrescentou ele, lembrando que o fundo já investe em portos, linhas de transmissão, gasodutos e distribuição de energia em outras partes do mundo. 

O fundo já tem investimentos de 5 bilhões de dólares em infraestrutura na América Latina.

Com a parceria com a Votorantim, o executivo ressaltou que o fundo está estudando também investimentos em outras fontes de geração de energia, além da eólica --o foco do investimento inicial, marcado pela compra de dois projetos no Nordeste. 

O executivo afirmou que as futuras aquisições podem envolver empreendimentos hidrelétricos e solares, “tanto projetos em desenvolvimento quanto aquisição de ativos em operação”. 

E não descartou novos negócios com a própria Votorantim. 

“É uma possibilidade... A Votorantim é um dos maiores investidores em geração, e a gente poderia sim contemplar, tanto ativos que fazem parte do grupo quanto novos ativos...” 

A Votorantim Energia é a segunda maior comercializadora de energia do Brasil e opera 23 usinas hidrelétricas, sete parques eólicos e nove consórcios, com uma capacidade total de 2,2 GW.

O ACORDO


O CPPIB fará aporte inicial de aproximadamente 690 milhões de reais na joint venture, que anunciou a aquisição do projeto eólico Ventos do Araripe III, localizado na divisa do Piauí e Pernambuco, com capacidade instalada de aproximadamente 359 megawatts.

No acordo, a Votorantim Energia ainda transferiu para a joint venture o parte Ventos do Piauí I, localizado no Piauí, com capacidade de aproximadamente 206 megawatts de energia.

O anúncio da parceria do fundo canadense com a Votorantim nesta sexta-feira confirmou reportagem da Reuters publicada em outubro, com base em fontes com conhecimento do assunto, que apontaram para negociações entre as empresas.

O movimento evidencia o crescente interesse estrangeiro na indústria de energia do Brasil, especialmente de renováveis, à medida que o país tenta impulsionar a contratação de usinas eólicas e solares e deixa de lado uma política que nos últimos anos priorizou grandes hidrelétricas.

“O Brasil é muito competitivo em renováveis, principalmente em energia eólica. Tem bom fator de capacidade, terras disponíveis e também um marco regulatório bom; leilões organizados e bons retornos com risco baixo”, declarou o executivo.

Ele comentou que o fundo tem visão de longo prazo, e incertezas relacionadas às eleições em 2018, por exemplo, não são motivos mudanças de planos.


Gigante no Nordeste, Hapvida prepara IPO para abril de 2018

Gigante no Nordeste, Hapvida prepara IPO para abril de 2018
Depois de analisar a possibilidade de vender uma fatia da companhia, a operadora de saúde Hapvida, gigante no Norte e Nordeste, partirá para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), já programada para ocorrer em março ou abril do próximo ano. O Conselho de Administração da empresa deu o aval para a operação na quarta-feira, dia 13, e o sindicato de bancos já está selecionado: Bank of America Merrill Lynch (BofA), BTG Pactual e Goldman Sachs. A avaliação preliminar da empresa está entre R$ 14 bilhões e R$ 16 bilhões – esse valor muda de banco para banco.


Timing. 


As projeções indicam que a empresa alcance, em 2018, um lucro líquido de mais de R$ 800 milhões, o que deve representar, se cumprido, um aumento de cerca de 20% em relação aos ganhos deste ano, de pouco menos de R$ 700 milhões. No mercado, a percepção até aqui é de que a janela para emissão de ações esteja aberta até abril. Depois disso, a maré do mercado pode virar por conta do ano eleitoral.

A empresa chegou ao final de outubro com 2,2 milhões de beneficiários de planos médicos, crescimento de cerca de 11% na comparação com o ano passado. No mesmo período, o mercado como um todo encolheu 1%. Procurada, a Hapvida afirmou que não comenta rumores de mercado.


 https://www.istoedinheiro.com.br/hapvida-prepara-ipo-para-2018/