Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado rejeitou na
terça-feira 10 o projeto de lei que regulamenta os termos para a
desistência da compra de um imóvel adquirido na planta, o chamado
distrato. A sinalização contrária da CAE aponta que, caso a matéria siga
para votação no Plenário, a chance de ser rejeitada é grande. Isso
significaria uma derrota para as construtoras.
O texto, aprovado na
Câmara, prevê que o comprador que desistisse do negócio poderia ter
apenas metade do valor pago reembolsado pelas construtoras. Hoje, esse
montante pode chegar a 90%. Embora desfavorável para o setor, a notícia
não mexeu de maneira contundente com as ações. Caso o projeto não seja
aprovado, as empresas mais impactadas serão aquelas com foco nos
segmentos de média e alta renda, como Cyrela e EZTec. No ano passado,
43% dos 34 mil contratos desfeitos se referem a imóveis de médio e alto
padrão.
Em julho do ano passado a empresa desistiu de procurar um comprador e decidiu tentar por conta própria recuperar o negócio.
Por
Redação EXAME
LOJA DA ABERCROMBIE: companhia fechou lojas e investiu no e-commerce para voltar a crescer / Kimmasa Mayama/Getty Images (/)
Uma das companhias favoritas dos brasileiros
que viajam aos Estados Unidos divulga nesta quinta-feira seus resultados
trimestrais, a Abercrombie & Fitch.
Em julho do ano passado a empresa desistiu de procurar um comprador e
decidiu tentar por conta própria recuperar o negócio. Abandonou
promoções, fechou lojas, mudou a estratégia de marketing e conseguiu
recuperar margens. Fechou 2017 com expansão de 5% das vendas, para 3,5
bilhões de dólares, e a volta do lucro (45 milhões em 2017, ante
prejuízo de 6 milhões em 2016)
A situação vem melhorando trimestre após trimestre — e deve manter a
tendência nos resultados a serem anunciados nesta quinta-feira, segundo
analistas. A Abercrombie anunciou em junho o segundo trimestre
consecutivo de crescimento nas vendas em lojas abertas há mais de um
ano. A principal marca da companhia, a Hollister, que responde por
metade das vendas, cresceu 13% no último trimestre. O prejuízo caiu de
61 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2017 para 42 milhões de
dólares no primeiro trimestre de 2018.
Depois de cair quase 80% entre agosto de 2014 e julho do ano passado,
as ações voltaram a subir a ponto de triplicar de valor nos últimos 12
meses. A companhia vale cerca de 1,8 bilhão de dólares.
Apesar da sanha consumista dos turistas brasileiros, a Abercrombie
sofre com o fechamento de shoppings e as mudanças nos hábitos dos
consumidores, que preferem lojas de fast fashion, como Zara e Uniqlo, ou
marcas que se vendem como mais exclusivas, como a Supreme. Alguns de
seus concorrentes no nicho de mercado de jovens adultos, como a
Aeropostale e a American Apparel, pediram concordata.
Criada em 1892, a Abercrombie renasceu nos anos 90 com um
investimento agressivo em marketing. Foi até cobrada por ter inventado
histórias como a da criação da marca Hollister por um surfista nos anos
20 — quando na verdade a marca é de 2000. Mas seu apelo sexual (com
modelos seminus nas lojas) e suas roupas com logos enormes fizeram da
empresa uma das mais bem sucedidas do mercado americano.
A renovação da marca inclui cobrir os modelos seminus e lançar
coleções mais clean. Os anúncios passaram a mirar redes sociais como o
Instagram e o Snapchat e festivais de música.
A Abercrombie chegou a ter 1.100 lojas, mas se diz satisfeita com a
rede atual de 870 pontos de venda conectados a 20 sites em 11 idiomas
que já respondem por 28% das vendas. O público alvo são os nativos
digitais que têm entre 21 e 24 anos e que, segundo a empresa, são os
consumidores mais influentes sobre as outras gerações.
A empresa até tem site em português, mas suas prioridades estão nos
Estados Unidos, na Europa e na Ásia. Os brasileiros que podem, afinal,
preferem comprar as roupas da marca no exterior. Por aqui, uma camiseta
lisa da marca Hollister custa 199,90 no site da empresa.
Essa é a quinta sessão da Corte dedicada ao tema, que ainda precisa do voto da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia
Por
Reuters e Estadão Conteúdo
STF (Adriano Machado/Reuters)
Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF)
considerou constitucional nesta quinta-feira, por 7 votos a 4, a
terceirização de atividades-fim das empresas, liberando a adoção dessa
medida pelas companhias.
O julgamento havia sido interrompido na quarta, quando o placar
estava cinco a quatro pela constitucionalidade da medida. Nesta quinta,
os ministros Celso de Mello, o que está há mais tempo no Supremo, e a
presidente, Cármen Lúcia, também votaram pela constitucionalidade da
terceirização da atividade-fim.
Em seu voto, Celso de Mello destacou que a importância da
terceirização irrestrita está no poder de a medida “manter e ampliar
postos de trabalho”, listando uma série de vantagens que a autorização
implica no mercado de trabalho, como a diminuição de custos ao negócio.
“Se serviços e produtos de empresas brasileiras se tornam custosos
demais, a tendência é que o consumidor busque os produtos no mercado
estrangeiro, o que, a médio e longo prazo, afeta os índices da economia e
os postos de trabalho”, assinalou o decano da Corte. “A Constituição,
ao assegurar a livre iniciativa, garante aos agentes econômicos
liberdade para escolher e definir estratégias no domínio empresarial”,
observou.
A questão é analisada por meio de duas ações apresentadas à Corte
antes das alterações legislativas de 2017, que autorizam a terceirização
de todas as atividades. Além de Celso, já votaram pela terceirização
irrestrita os ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux,
Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Quatro votaram contra: Rosa Weber,
Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.
Barroso e Fux, que votaram na semana passada, são os relatores das
duas ações analisadas pela Corte. Uma delas, por ter repercussão geral,
irá destravar cerca de 4 mil processos trabalhistas ao final do
julgamento.
As ações em pauta no STF contestam decisões da Justiça do Trabalho
que vedam a terceirização de atividade-fim baseadas na súmula 331 do
Tribunal Superior do Trabalho (TST). Antes da Lei da Terceirização e da
Reforma Trabalhista, a súmula era a única orientação dentro da Justiça
do Trabalho em torno do tema. No entanto, mesmo após as inovações de
2017, tribunais continuam decidindo pela restrição da terceirização, com
base no texto do TST.
Incerteza eleitoral também poderá pressionar a taxa de juros
Da Redação, com Agência Brasil
redacao@amanha.com.br
A cotação da moeda
norte-americana voltou a superar a barreira dos R$ 4,10 no meio da manhã
desta terça-feira (28), com alta de 0,6%. O dólar estava cotado a R$
4,105 para venda às 10h30, depois de abrir o pregão em leve baixa de
0,1%, valendo R$ 4,0760 para venda às 9h. Porém, por volta de 14h20 a
divisa dos Estados Unidos já alcançava o valor de R$ 4,1235 – alta de
1%. O Ibovespa, índice da B3, da bolsa de valores de São Paulo, começou o
dia em pequena queda, invertendo os últimos dois fechamentos em alta. O
Ibovespa registrava retração de 0,6%, com 77.445 pontos às 14h15.
As
primeiras pesquisas eleitorais depois do registro das candidaturas à
Presidência da República tem gerado turbulência no mercado financeiro.
Uma desvalorização expressiva do real frente ao dólar tendo como
principal causa as eleições era algo que não ocorria desde o pleito de
2002, vencido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido
dos Trabalhadores (PT), que governou o país até 2010. "Em 2002, foi a
última vez que o dólar se valorizou fortemente frente ao real em
decorrência das eleições, mas os efeitos daquela época foram bem
piores", afirma Fábio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação
Nacional do Comércio (CNC). Para ele, se trouxesse a desvalorização de
16 anos atrás para os dias atuais, o dólar estaria valendo cerca de R$
7. "A desvalorização é bem menor no atual ciclo eleitoral do que em
2002", pontua.
O economista
da Órama Investimentos e professor do Ibmec, Alexandre Espírito Santo,
explicou que há uma tendência de valorização mundial do dólar, mas “o
pulo dos últimos dias é por conta da apreensão em relação ao processo
eleitoral”. A incerteza eleitoral também está pressionando a taxa de
juros, que, num cenário pessimista, poderia voltar a subir antes do
previsto. Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano e a previsão do
mercado financeiro, na pesquisa do BC, era que voltasse a subir somente
em 2019, fechando período em 8% ao ano. “Esse estresse do mercado está
associado a essa expectativa do novo presidente. Esse quadro de
apreensão é natural e vai permanecer. Está um pouquinho mais estressado
do que em outras eleições. Tudo isso juntando com o cenário externo
menos amigável”, pontua Espírito Santo. O mercado externo enfrenta as
turbulências da crise comercial entre Estados Unidos e China.
Especialistas
ouvidos pela Agência Brasil em São Paulo também apontam o quadro
eleitoral, associado à crise da Turquia com os Estados Unidos, como
fatores para alta da moeda americana. Clemente Ganz Lúcio, diretor
técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), avalia que o dólar vai ficar oscilando em
torno de R$ 4. "O mercado tem seus candidatos, suas preferências. Toda
vez que sair pesquisa eleitoral, o câmbio vai dar mexida porque
especuladores se movimentam para manifestar suas contrariedades e também
para ganhar dinheiro”, nota. O professor Fernando Botelho, da
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), da
Universidade de São Paulo (USP), Botelho não acredita que esse movimento
especulativo do mercado possa interferir nas eleições. “Tem pouco
efeito. O eleitor brasileiro, uma boa parte dele, não vai ser
imediatamente afetado por esse aumento no dólar (...); não imagino que a
inflação vá aumentar significativamente nos próximos dias”, avalia.
Segundo ele, há um clima de muito expectativa em relação ao próximo
presidente. “A situação do Brasil é muito frágil, muito sensível,
espera-se muito que o presidente eleito dê conta de diversos problemas
começando já em janeiro. Infelizmente não se tem muito essa
perspectiva”, esclarece o professor, que é favorável às reformas como a
previdenciária.
Se fosse preciso definir o estado de espírito dos investidores
brasileiros, a palavra mais adequada seria saudade. Há uma nostalgia
imensa dos juros de dois dígitos que valiam há cerca de três anos. Em
meados de 2015, a taxa referencial Selic superava 14% ao ano. Os juros
pagos pelos bancos, medidos pelos Certificados de Depósito
Interfinanceiro (CDI), rondavam esse patamar. Agora, a Selic está em
6,5% ao ano e dificilmente voltará aos níveis anteriores. “Mesmo que os
juros subam em 2019, é pouco provável que retornem aos dois dígitos”,
diz Marcelo Sande, executivo responsável pelas aplicações de renda fixa
da corretora Genial Investimentos.
Essa queda da rentabilidade fez os investidores diversificar suas
aplicações. O novo objeto de desejo são títulos de renda fixa de bancos
menores e de financeiras. Nomes como Banco Pine e financeira Santana,
entre outros, caíram no gosto dos aplicadores. Esses papéis têm prazos
mais longos, são ilíquidos e oferecem boas rentabilidades. “A demanda
por investimentos desse tipo cresceu 20% no segundo trimestre em relação
ao fim do ano passado”, diz Sande, sem revelar números das aplicações
na Genial. “Muitos investidores saíram da poupança para buscar
rentabilidades maiores.”
Claudio Ferro, diretor executivo do portal Poupa Brasil, que facilita
o acesso dos investidores a esses investimentos, notou o mesmo
fenômeno. No cardápio do Poupa Brasil há títulos que pagam juros de até
13% ao ano, quase o dobro da taxa Selic, com prazos de até cinco anos.
“Não tem mágica”, diz Ferro. “Para ganhar tanto, o investidor tem de
deixar seu dinheiro aplicado por muito tempo e não poderá resgatar antes
do vencimento.” Apesar de exigir paciência de quem aplica, os
resultados são bons. Lançado há pouco mais de um ano, a plataforma já
intermediou aplicações de 15 mil poupadores, com um aporte médio de R$
15 mil e totalizando
R$ 200 milhões investidos.
Aplicações desse tipo não são novidade. Os títulos vendidos pelo
Poupa Brasil são os Recibos de Depósito Bancário (RDB). São parecidos
com os Certificados de Deposito Bancário (CDB), aplicações tradicionais
dos bancos. Os RDB são uma fonte tradicional de capital para as
financeiras, que concedem crédito direto ao consumidor. O que mudou foi o
acesso a eles. “Antes, só investia nisso quem conhecia as
financeiras, mas agora o acesso aos papéis mais rentáveis foi facilitado
pelas plataformas de distribuição”, diz Ferro.
Essas aplicações rendem mais que os investimentos de varejo
encontrados nos bancos, mas isso não vem sem custo. Há duas
desvantagens. Uma delas é que não é possível mudar de ideia. Se o
investidor em CDB quiser antecipar o recebimento do seu dinheiro, ele
pode vender o título a outro interessado oferecendo um desconto, o
chamado mercado secundário de papéis. Já os RDB não oferecem essa
possibilidade. Outro problema é o risco. Instituições financeiras de
menor porte têm mais probabilidade de falir do que os gigantes do
mercado. “Os bancos pequenos e médios têm mais dificuldades em conseguir
recursos e possuem gama de produtos, base de clientes e redes de
atendimento menores”, diz Erivelto Rodrigues, diretor da consultoria
Austin Ratings, especializada em bancos médios. Por isso, a recomendação
dos especialistas é que o investidor garanta seu capital usando a
proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Todas as vezes que um banco vende um CDB ou RDB, alguns centavos vão
para os cofres do FGC, formando um fundo que compensa os investidores se
alguma instituição financeira quebrar. O caso mais recente foi o do
banco mineiro Pottencial, associado à fintech Neon, que sofreu
intervenção do Banco Central (BC) em maio deste ano. O FGC ressarciu os
investidores que tinham aplicações de até R$ 250 mil em até dois meses.
“Ao aplicar, o investidor deve se informar se o banco conta com a
garantia do FGC”, diz Rodrigues. “Mesmo que o banco tenha problemas e
ele perca parte de sua rentabilidade, o capital principal está protegido
até esse limite.”
Existe muito mais por trás de um logo do que podemos ver em
uma primeira impressão. Representação visual de uma empresa, um logotipo
é uma maneira de sintetizar tudo o que sua marca quer transmitir, seja
pela escolha de cores, nome, fonte e desenho.
Pense na Apple: é só olhar para a maçã mordida que inovação e luxo
vem a mente. Ou no touro vermelho, que logo remete ao mundo esportivo,
imagem construída com anos de patrocínios da Red Bull em eventos deste
tipo. O logo é a maneira não verbal e quase instantânea de fazer com que
uma marca passe uma mensagem. Por conta disso, empresas gastam tempo e
dinheiro para conseguir passar mensagens sem precisar dizer nada.
Nos casos abaixo, uma mostra de como pequenos desenhos podem conter mensagens poderosas.
Beats
Amazon
O atual logo da Amazon foi apresentado em 2000. A primeira vista, a
seta curvada embaixo do nome lembra um sorriso, porém ela traz outro
significado. Começando na letra A e chegando na letra Z, a seta também
reforça a ideia da enorme variedade de produtos da empresa, que vai da
primeira a última letra do alfabeto.
Fedex
A
célebre empresa de entrega que apareceu no filme Náufrago, tem uma seta
entre as letras E e X, que passam a ideia de agilidade e rapidez.
NBC
O logo da emissora americana de TV
NBC, foi criado na transição de aparelhos preto e branco para coloridos.
A fim de provocar no consumidor a mudança de seus dispositivos, criaram
um logo colorido com o slogan “orgulhoso como um pavão.” Por conta
disso também é possível ver o desenho da ave na parte branca do desenho.
Já as seis cores representam os seis setores da emissora
Roxy e Quicksilver
Divisão
de roupas femininas da Quicksilver, o logo da Roxy nada mais é do que a
junção de dois logos de sua marca-irmã, formando um coração. NO
entanto, o próprio logo original esconde algumas mensagens, já que são a
mistura de uma onda e uma montanha, ressaltando o viés de esportes
radicais da marca.
Museum of London
Você
talvez nunca tenha escutada falar do museu, mas seu logo merece
destaque. As diferentes cores ao redor do texto não são aleatórias, mas
sim representações geograficas da cidade de Londres ao longo de sua
história.
Tour de France
A
maior competição de ciclismo do mundo tem um logo clássico, com um “R”
estilizado que junto com o círculo amarelo forma a imagem de um
ciclista. Mas para além da imagem, o circulo amarelo também representa o
sol, passando a mensagem de que a competição só acontece a luz do dia.
Gamecube
Video-game em forma de cubo lançado
pela Nintendo tem um dos logos mais interessantes dos games. Além de
ser um cubo dentro de um cubo, o desenho forma a letra G enquanto a
parte branca, a letra C.
BMW
Por muito tempo se especulou que o
logo da BMW representava uma hélice de avião ligada, remetendo ao
passado da marca como produtora de motores de avião. Recentemente a
empresa deixou claro que o quadriculado é uma homenagem a bandeira da
Bavária, região da Alemanha onde a montadora foi fundada.
LG
Um
dos maiores cases de logos instantaneamente identificados, o desenho
não traz apenas as letras L e G, mas também a imagem de uma pessoa
piscando.
Spartan
Outra marca que você provavelmente não conhece, mas que tem uma ótimo
logo. O desenho do campo de golfe Spartan é dois em um. Em um primeiro
momento é possível ver um golfista realizando sua tacada com destaque
para a trajetória do taco. Porém, essa trajetória forma o topo do elmo
tradicional dos espartanos, complementado pelo corpo do golfista, que
também forma o rosto que completa o capacete.
Carrefour
Marca
de varejo francesa, o Carrefour tem um logo tão tradicional quanto
incompreendido. O nome da marca significa em francês bifurcação, e no
desenho é possível ver duas setas apontando para lugares distintos. Já a
parte branca forma a letra C, inicial da empresa.
Unilever
Uma das empresas com enorme variedade de produtos sob seu
guarda-chuva, a Unilever traz dentro de seu logo uma séria de pequenas
ilustrações que representam alguns de seus produtos mais famosos.
Toblerone
A marca dos chocolates triangulares
guarda seus segredos também. O logo mostra a montanha Matterhorn, mas
dentro dela há a imagem de um urso, simbolizando o sabor de mel presente
no produto, além do fato do Toblerone ser feito na cidade dos ursos.
Toyota
Os
três círculos unificados, segundo a Toyota, significam a união do
coração dos clientes com o coração dos produtos da marca. Só que mais do
que isso, é possível identificar todas as letras que formam o nome da
empresa em seu logo.
Audi
Os
quatro círculos representam as quatro empresas que se fundiram para
fundar a Auto Union, que posteriormente se tornou a empresa atual: Audi,
DKW, Horch e Wanderer.
Apple
A mordida da mação não existe por
acaso. Foi um detalhe adicionado pelo designer do logo, que adicionou a
mordida para que, em casos do desenho estar muito pequeno ou muito
longe, não ser confundido com uma cereja.
Pinterest
Na rede social onde é possível usar tachinas para compor o seu mural virtual, a primeira letra do logo é a própria tachinha.
Atlanta Falcons
O falcão estilizado do time de futebol americano forma a letra F, inicial do time.
Fórmula 1 (logo antigo)
Por 23 anos este foi o logo da
Fórmula 1, que entre a letra F e o detalhe em vermelho se desenha o
número 1. Aparentemente a nova gestão da categoria não achava o logo
antigo claro, e mudou para a temporada 2018.
Cisco
A empresa fundada em São Francisco
homenageia a cidade em seu nome e em seu logo – perceba como os traços
formam a silhueta da icônica Golden Gate.
Eles se formaram nas
melhores universidades do mundo com a ajuda do homem mais rico do Brasil
e poderiam trilhar carreiras prósperas no mundo corporativo, mas
preferiram mudar a política do País. Conheça os jovens políticos que
podem tornar real o sonho do bilionário brasileiro de ver um de seus
pupilos na Presidência da República
Olhar adiante: inicialmente
avesso à política, o empresário Jorge Paulo Lemann despertou para a
necessidade de formar líderes para transformar o modelo de atuação dos
parlamentares e chefes do Executivo (Crédito: Divulgação)
O cientista político e economista Renan Ferreirinha encara a
sua ocupação atual como a de uma startup. Tem um desafio enorme para
realizar mudanças de impacto, precisa de criatividade para vencer
barreiras históricas e conta com escassos recursos pelo caminho. Há um
risco alto de insucesso. A descrição poderia ser tranquilamente a de uma
jornada no Vale do Silício, para onde o jovem de 25 anos foi convidado a
ir após deixar a Universidade Harvard, nos Estados Unidos. A
empreitada, porém, é no quintal de sua casa, em São Gonçalo, no Rio de
Janeiro, e tem como pano de fundo um dos ambientes menos inovadores de
que é possível se imaginar: a política brasileira. Em campanha para
deputado estadual, ele recebe hoje um salário de R$ 5.000 mensais, muito
abaixo dos empreendedores de sucesso do polo tecnológico americano e
menos de um quinto do que lhe foi oferecido em outra proposta
apresentada ao fim da graduação, para ocupar uma vaga num banco de
investimento em Nova York.
Ferreirinha tem plena consciência das renúncias. Uma das formas de
explicar o desejo pelo caos da política é lembrar um desfile do qual
participou aos cinco anos, em que se orgulhou de representar o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Sonhar grande e sonhar pequeno
dá o mesmo trabalho”, afirma o candidato pelo Rio de Janeiro. “Por que
não fazer algo maior do que a sociedade impõe e contribuir através de um
mandato?” O mantra da ambição costuma ser repetido pelo empresário
Jorge Paulo Lemann aos bolsistas da Fundação Estudar, criada por ele
para formar lideranças no País.
Nova política:
para mudar os métodos de campanha e do mandato, ex-bolsistas da
Fundação Estudar encontram respaldo de movimentos suprapartidários como o
Renova BR (Crédito:Divulgação)
Curiosamente, o sonho do jovem fluminense representa o início do novo
sonho do homem mais rico do Brasil: a de ver um ex-bolsista da entidade
chegar à Presidência da República. “Eles sabem que vai ser difícil
serem eleitos, mas espero que alguns deles sejam e que isso crie uma
corrente de gente boa no governo também”, afirmou em evento do grupo no
início deste mês, em São Paulo.
Há grandes chances de que o desejo comece a sair do papel nestas
eleições. Sete profissionais que passaram pela fundação concorrem a
cargos eletivos. Há desde candidatos a deputado estadual até a
governador (conheça os perfis ao final da reportagem). Em comum, os
novos políticos – não, eles não se incomodam com o rótulo de políticos –
ostentam formação nas melhores universidades do mundo, dividem a
decisão de renunciar a carreiras prósperas na iniciativa privada, além
dos anseios de mudança na gestão pública e de renovação na política. Nas
campanhas, eles empregam métodos corporativos aprendidos no ambiente da
rede Estudar. São os mesmos atributos que levaram muitos que lá
passaram aos postos mais altos de empresas por todo o globo.
Não é à toa que Ferreirinha, assim como os outros ex-bolsistas, chama
sua campanha de startup. Trata-se de um esforço coletivo, composto de
10 pessoas que trabalham em tempo integral, com salários, e outros 20 em
tempo parcial. Há integrantes até de fora do País. Um dos principais
desafios é levantar recursos e quebrar as barreiras criadas pela
política tradicional. Os diferenciais vão desde jingles inspirados em
séries do Netflix até o plantio de árvores para compensar o gasto com
papel nos panfletos. O grupo estima em 30 mil votos o total necessário
para se eleger. A ideia é defender propostas claras, mas sem promessas.
Uma delas é a de trabalhar para elevar de 5% para 50% o alcance do
ensino técnico no Estado.
Na
disputa por um cargo de deputado estadual em São Paulo, Daniel José
Oliveira, de 30 anos, também cita a cabeça de startup. Filho de uma
diarista, ele cresceu ao lado de dez irmãos e só cursou economia no
Insper graças à fundação criada por Lemann. Trabalhou no banco JP
Morgan, de onde saiu para ser voluntário na Jordânia. Foi de uma posição
no braço de educação da Falconi Consultoria que ele decidiu “pular o
balcão” . “A escolha de entrar para a política é a menos óbvia
que alguém pode ter, envolve muitas perdas”, diz o jovem. “Mas percebi
que várias iniciativas que são muitos simples não aconteciam com a
velocidade devida.” Para atingir os 30 mil votos que precisa
para se eleger pelo partido Novo, ele dividiu a campanha em sete
projetos, como o de distribuição de kits, enviados aos seguidores mais
engajados para espalhar aos seus conhecidos.
Se eleito, ele pretende defender a cobrança de mensalidade das
universidades estaduais para quem tem condições de pagar e a adoção de
vouchers para o ensino técnico. Assim como Oliveira, a maioria dos
egressos da fundação enfrentou resistências de familiares e amigos para
ingressar na política, tenta lutar para vencer as barreiras de entrada
(todos repetiram o jargão corporativo) do sistema político, tem como
pauta a educação e procurar focar a campanha em qualidade em vez de
quantidade. “As regras do sistema funcionam para não te deixar ser
competitivo”, afirma Oliveira.
Um levantamento do Departamento Sindical de Assessoria Parlamentar
(Diap) apontou o risco de o índice de renovação do Congresso ficar
abaixo da média histórica, de 49%, nesse pleito, pela necessidade de
alguns parlamentares de manter o foro privilegiado e pela vantagem que
eles levam de já estar no cargo. Contra essa perspectiva de
continuidade, alguns grupos vêm se engajando para quebrar a inércia da
política, caso dos movimentos suprapartidários Renova BR e Acredito, do
qual fazem parte a maioria dos candidatos que passaram pela iniciativa
de Lemann. Por meio desses coletivos, os jovens podem se escorar em
cláusulas de independência ao ingressar em partidos tradicionais e
encontram uma via formal ao sentimento de despertar para a causa de
renovação. “Fiz de tudo que era possível na área de educação fora da
política, mas é frustrante”, afirma a cientista política e astrofísica,
Tabata Amaral, candidata a deputada federal por São Paulo, pelo PDT.
“Chegou a hora de pessoas comuns, que não são ricas entrarem para a
política.”
Filha de uma diarista e de um cobrador, Amaral, de 24 anos cresceu no
bairro de periferia Vila Missionário, na capital paulista. Passou em
seis universidades de ponta dos Estados Unidos. Em Harvard, foi bolsista
da Estudar. Chegou a trabalhar na Ambev, mas se evolveu rápido com
educação, área em que ganhou notoriedade. Agora, decidiu largar tudo
pela tentativa de chegar ao Congresso. Os conceitos aprendidos graças à
Estudar são incorporados na campanha. Há metas desdobradas para os
integrantes do time, todos da periferia, a aplicação do conceito de
Orçamento Base Zero e um apreço pela boa gestão. Para atingir a meta de
110 mil votos, ela conta com uma rede de 1.000 voluntários. “O nosso é
um trabalho de formiguinha, enquanto os políticos tradicionais pagam
líderes”, afirma a candidata. “Só que nós entramos nas casas, os
políticos da velha política, não.”
Velha política:
o deputado Paulo Maluf, cassado por denúncias de corrupção. Desafio dos
novos candidatos é vencer o desgaste associado aos vícios do processo
eleitoral tradicional (Crédito:Pedro Ladeira/Folhapress)
A formação de uma rede de voluntários engajados, ao lado de presença
nas redes sociais, é o trunfo dos jovens para vencer o sistema. Eles,
porém, são muito realistas quanto à necessidade de recursos.
O
engenheiro Felipe Rigoni, 27, que acaba de voltar de um mestrado em
Políticas Públicas na Universidade de Oxford, com apoio da Estudar,
começou a sua campanha ainda do exterior. Ele calcula um custo de R$ 10
por voto e a necessidade de levantar R$ 800 mil para chegar aos 80 mil
votos que estima precisar para se eleger. Já arrecadou metade disso e
não sabe se conseguirá o resto. “O sistema é todo desenhado para
beneficiar quem está lá”, afirma o candidato a deputado federal pelo
Espírito Santo, pelo PSB. “Estou competindo com gente que já está com R$
2,5 milhões depositados pelo partido.” Rigoni sabe bem o que é
enfrentar dificuldades. Aos 15 anos, perdeu completamente a visão.
Agora, luta para manter vivo o sentimento de esperança nos que acreditam
no seu trabalho. “Eu não brinco com a esperança dos outros.”
Uma das suas propostas para inovar na forma de fazer política é um
mandato coletivo. A ideia é criar um conselho parlamentar formado por
cem pessoas, de representantes da sociedade civil, com poder de
deliberar. “O distanciamento é um dos principais problemas dos políticos
hoje”, afirma Rigoni. O jovem capixaba é um exemplo da mudança de
perfil nas pretensões de Lemann com a Fundação Estudar. No processo
seletivo, o engenheiro já havia tentado ser vereador e deixou claro suas
ambições políticas. Enquanto Lemann sempre buscou se afastar do mundo
da política em sua carreira, percebeu que precisaria abrir o leque da
fundação se quisesse de fato ter um impacto maior sobre o País. Aos
poucos, o escopo dos cursos foi se ampliando e o empresário passou a
falar abertamente do sonho de que seus pupilos contribuíssem mais
diretamente com a gestão pública.
Na turma atual, 19% dos bolsistas estão focados em cursos de gestão
pública. Não era assim no passado. Nos 27 anos de existência, a fundação
formou 673 líderes. Até 2007, eles eram voltados majoritariamente para
as áreas jurídica, de administração, negócios e finanças. A partir dali,
foi feito um esforço para incorporar mais o tema do empreendedorismo e,
desde 2010, a ideia passou a ser de quebrar quase todas as barreiras,
incluindo a ciência e a gestão pública. “Há uma valorização dessas
pessoas que estão arriscando a carreiras delas e abrindo mão de algo no
curto prazo, de algo financeiro, para resolver os problemas do Brasil”,
afirma Anamaíra Spaggiari, diretora-executiva da Fundação Estudar. “A
gente espera que se repita. Vai depender do sucesso deles nesta eleição”
Se os resultados seguirem roteiro semelhante às conquistas de Lemann no
mundo corporativo, o Brasil tem muito a ganhar.