quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Construtoras de olho na lei dos distratos



Construtoras de olho na lei dos distratos
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado rejeitou na terça-feira 10 o projeto de lei que regulamenta os termos para a desistência da compra de um imóvel adquirido na planta, o chamado distrato. A sinalização contrária da CAE aponta que, caso a matéria siga para votação no Plenário, a chance de ser rejeitada é grande. Isso significaria uma derrota para as construtoras. 
 
O texto, aprovado na Câmara, prevê que o comprador que desistisse do negócio poderia ter apenas metade do valor pago reembolsado pelas construtoras. Hoje, esse montante pode chegar a 90%. Embora desfavorável para o setor, a notícia não mexeu de maneira contundente com as ações. Caso o projeto não seja aprovado, as empresas mais impactadas serão aquelas com foco nos segmentos de média e alta renda, como Cyrela e EZTec. No ano passado, 43% dos 34 mil contratos desfeitos se referem a imóveis de médio e alto padrão. 
 
 
 https://www.istoedinheiro.com.br/construtoras-de-olho-na-lei-dos-distratos/
 
 
 

Amada pelos brasileiros, a Abercrombie quase quebrou. Mas está de volta


Em julho do ano passado a empresa desistiu de procurar um comprador e decidiu tentar por conta própria recuperar o negócio.

 






Uma das companhias favoritas dos brasileiros que viajam aos Estados Unidos divulga nesta quinta-feira seus resultados trimestrais, a Abercrombie & Fitch.

Em julho do ano passado a empresa desistiu de procurar um comprador e decidiu tentar por conta própria recuperar o negócio. Abandonou promoções, fechou lojas, mudou a estratégia de marketing e conseguiu recuperar margens. Fechou 2017 com expansão de 5% das vendas, para 3,5 bilhões de dólares, e a volta do lucro (45 milhões em 2017, ante prejuízo de 6 milhões em 2016)

A situação vem melhorando trimestre após trimestre — e deve manter a tendência nos resultados a serem anunciados nesta quinta-feira, segundo analistas. A Abercrombie anunciou em junho o segundo trimestre consecutivo de crescimento nas vendas em lojas abertas há mais de um ano. A principal marca da companhia, a Hollister, que responde por metade das vendas, cresceu 13% no último trimestre. O prejuízo caiu de 61 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2017 para 42 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2018.

Depois de cair quase 80% entre agosto de 2014 e julho do ano passado, as ações voltaram a subir a ponto de triplicar de valor nos últimos 12 meses. A companhia vale cerca de 1,8 bilhão de dólares.

Apesar da sanha consumista dos turistas brasileiros, a Abercrombie sofre com o fechamento de shoppings e as mudanças nos hábitos dos consumidores, que preferem lojas de fast fashion, como Zara e Uniqlo, ou marcas que se vendem como mais exclusivas, como a Supreme. Alguns de seus concorrentes no nicho de mercado de jovens adultos, como a Aeropostale e a American Apparel, pediram concordata.

Criada em 1892, a Abercrombie renasceu nos anos 90 com um investimento agressivo em marketing. Foi até cobrada por ter inventado histórias como a da criação da marca Hollister por um surfista nos anos 20 — quando na verdade a marca é de 2000. Mas seu apelo sexual (com modelos seminus nas lojas) e suas roupas com logos enormes fizeram da empresa uma das mais bem sucedidas do mercado americano.

A renovação da marca inclui cobrir os modelos seminus e lançar coleções mais clean. Os anúncios passaram a mirar redes sociais como o Instagram e o Snapchat e festivais de música.

A Abercrombie chegou a ter 1.100 lojas, mas se diz satisfeita com a rede atual de 870 pontos de venda conectados a 20 sites em 11 idiomas que já respondem por 28% das vendas. O público alvo são os nativos digitais que têm entre 21 e 24 anos e que, segundo a empresa, são os consumidores mais influentes sobre as outras gerações.

A empresa até tem site em português, mas suas prioridades estão nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia. Os brasileiros que podem, afinal, preferem comprar as roupas da marca no exterior. Por aqui, uma camiseta lisa da marca Hollister custa 199,90 no site da empresa.


https://exame.abril.com.br/negocios/amada-pelos-brasileiros-a-abercrombie-quase-quebrou-mas-esta-de-volta/

STF libera terceirização irrestrita para atividade-fim


Essa é a quinta sessão da Corte dedicada ao tema, que ainda precisa do voto da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia

 



Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional nesta quinta-feira, por 7 votos a 4, a terceirização de atividades-fim das empresas, liberando a adoção dessa medida pelas companhias.

O julgamento havia sido interrompido na quarta, quando o placar estava cinco a quatro pela constitucionalidade da medida. Nesta quinta, os ministros Celso de Mello, o que está há mais tempo no Supremo, e a presidente, Cármen Lúcia, também votaram pela constitucionalidade da terceirização da atividade-fim.

Em seu voto, Celso de Mello destacou que a importância da terceirização irrestrita está no poder de a medida “manter e ampliar postos de trabalho”, listando uma série de vantagens que a autorização implica no mercado de trabalho, como a diminuição de custos ao negócio.

“Se serviços e produtos de empresas brasileiras se tornam custosos demais, a tendência é que o consumidor busque os produtos no mercado estrangeiro, o que, a médio e longo prazo, afeta os índices da economia e os postos de trabalho”, assinalou o decano da Corte. “A Constituição, ao assegurar a livre iniciativa, garante aos agentes econômicos liberdade para escolher e definir estratégias no domínio empresarial”, observou.

A questão é analisada por meio de duas ações apresentadas à Corte antes das alterações legislativas de 2017, que autorizam a terceirização de todas as atividades. Além de Celso, já votaram pela terceirização irrestrita os ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Quatro votaram contra: Rosa Weber, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.

Barroso e Fux, que votaram na semana passada, são os relatores das duas ações analisadas pela Corte. Uma delas, por ter repercussão geral, irá destravar cerca de 4 mil processos trabalhistas ao final do julgamento.

As ações em pauta no STF contestam decisões da Justiça do Trabalho que vedam a terceirização de atividade-fim baseadas na súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Antes da Lei da Terceirização e da Reforma Trabalhista, a súmula era a única orientação dentro da Justiça do Trabalho em torno do tema. No entanto, mesmo após as inovações de 2017, tribunais continuam decidindo pela restrição da terceirização, com base no texto do TST.

(Reuters e Estadão Conteúdo)




quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Dólar volta a superar barreira dos R$ 4,12


Incerteza eleitoral também poderá pressionar a taxa de juros

 

Da Redação, com Agência Brasil

 

redacao@amanha.com.br
Dólar volta a superar barreira dos R$ 4,10


A cotação da moeda norte-americana voltou a superar a barreira dos R$ 4,10 no meio da manhã desta terça-feira (28), com alta de 0,6%. O dólar estava cotado a R$ 4,105 para venda às 10h30, depois de abrir o pregão em leve baixa de 0,1%, valendo R$ 4,0760 para venda às 9h. Porém, por volta de 14h20 a divisa dos Estados Unidos já alcançava o valor de R$ 4,1235 – alta de 1%. O Ibovespa, índice da B3, da bolsa de valores de São Paulo, começou o dia em pequena queda, invertendo os últimos dois fechamentos em alta. O Ibovespa registrava retração de 0,6%, com 77.445 pontos às 14h15.

As primeiras pesquisas eleitorais depois do registro das candidaturas à Presidência da República tem gerado turbulência no mercado financeiro. Uma desvalorização expressiva do real frente ao dólar tendo como principal causa as eleições era algo que não ocorria desde o pleito de 2002, vencido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o país até 2010. "Em 2002, foi a última vez que o dólar se valorizou fortemente frente ao real em decorrência das eleições, mas os efeitos daquela época foram bem piores", afirma Fábio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Para ele, se trouxesse a desvalorização de 16 anos atrás para os dias atuais, o dólar estaria valendo cerca de R$ 7. "A desvalorização é bem menor no atual ciclo eleitoral do que em 2002", pontua. 

O economista da Órama Investimentos e professor do Ibmec, Alexandre Espírito Santo, explicou que há uma tendência de valorização mundial do dólar, mas “o pulo dos últimos dias é por conta da apreensão em relação ao processo eleitoral”. A incerteza eleitoral também está pressionando a taxa de juros, que, num cenário pessimista, poderia voltar a subir antes do previsto. Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano e a previsão do mercado financeiro, na pesquisa do BC, era que voltasse a subir somente em 2019, fechando período em 8% ao ano. “Esse estresse do mercado está associado a essa expectativa do novo presidente. Esse quadro de apreensão é natural e vai permanecer. Está um pouquinho mais estressado do que em outras eleições. Tudo isso juntando com o cenário externo menos amigável”, pontua Espírito Santo. O mercado externo enfrenta as turbulências da crise comercial entre Estados Unidos e China.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil em São Paulo também apontam o quadro eleitoral, associado à crise da Turquia com os Estados Unidos, como fatores para alta da moeda americana. Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), avalia que o dólar vai ficar oscilando em torno de R$ 4. "O mercado tem seus candidatos, suas preferências. Toda vez que sair pesquisa eleitoral, o câmbio vai dar mexida porque especuladores se movimentam para manifestar suas contrariedades e também para ganhar dinheiro”, nota.  O professor Fernando Botelho, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), da Universidade de São Paulo (USP), Botelho não acredita que esse movimento especulativo do mercado possa interferir nas eleições. “Tem pouco efeito. O eleitor brasileiro, uma boa parte dele, não vai ser imediatamente afetado por esse aumento no dólar (...);  não imagino que a inflação vá aumentar significativamente nos próximos dias”, avalia. Segundo ele, há um clima de muito expectativa em relação ao próximo presidente. “A situação do Brasil é muito frágil, muito sensível, espera-se muito que o presidente eleito dê conta de diversos problemas começando já em janeiro. Infelizmente não se tem muito essa perspectiva”, esclarece o professor, que é favorável às reformas como a previdenciária. 



http://www.amanha.com.br/posts/view/6146

Rentabilidade poderosa


Queda dos juros faz investidores migrarem para papéis de bancos pequenos. Compensa?

 

Rentabilidade poderosa
Essa queda da rentabilidade fez os investidores diversificar suas aplicações. O novo objeto de desejo são títulos de renda fixa de bancos menores e de financeiras. Nomes como Banco Pine e financeira Santana, entre outros, caíram no gosto dos aplicadores. Esses papéis têm prazos mais longos, são ilíquidos e oferecem boas rentabilidades. “A demanda por investimentos desse tipo cresceu 20% no segundo trimestre em relação ao fim do ano passado”, diz Sande, sem revelar números das aplicações na Genial. “Muitos investidores saíram da poupança para buscar rentabilidades maiores.”
Cláudio Ferro, diretor executivo do portal Poupa Brasil: “O acesso aos papéis mais rentáveis foi facilitado pelas plataformas de distribuição” (Crédito:Divulgação)
Claudio Ferro, diretor executivo do portal Poupa Brasil, que facilita o acesso dos investidores a esses investimentos, notou o mesmo fenômeno. No cardápio do Poupa Brasil há títulos que pagam juros de até 13% ao ano, quase o dobro da taxa Selic, com prazos de até cinco anos. “Não tem mágica”, diz Ferro. “Para ganhar tanto, o investidor tem de deixar seu dinheiro aplicado por muito tempo e não poderá resgatar antes do vencimento.” Apesar de exigir paciência de quem aplica, os resultados são bons. Lançado há pouco mais de um ano, a plataforma já intermediou aplicações de 15 mil poupadores, com um aporte médio de R$ 15 mil e totalizando

R$ 200 milhões investidos.

Aplicações desse tipo não são novidade. Os títulos vendidos pelo Poupa Brasil são os Recibos de Depósito Bancário (RDB). São parecidos com os Certificados de Deposito Bancário (CDB), aplicações tradicionais dos bancos. Os RDB são uma fonte tradicional de capital para as financeiras, que concedem crédito direto ao consumidor. O que mudou foi o acesso a eles. “Antes, só investia nisso quem conhecia as financeiras, mas agora o acesso aos papéis mais rentáveis foi facilitado pelas plataformas de distribuição”, diz Ferro.
Marcelo Sande, diretor da Genial Investimentos: “Mesmo que os juros voltem a subir em 2019, é pouco provável que eles retornem aos dois dígitos” (Crédito:Divulgação)
Essas aplicações rendem mais que os investimentos de varejo encontrados nos bancos, mas isso não vem sem custo. Há duas desvantagens. Uma delas é que não é possível mudar de ideia. Se o investidor em CDB quiser antecipar o recebimento do seu dinheiro, ele pode vender o título a outro interessado oferecendo um desconto, o chamado mercado secundário de papéis. Já os RDB não oferecem essa possibilidade. Outro problema é o risco. Instituições financeiras de menor porte têm mais probabilidade de falir do que os gigantes do mercado. “Os bancos pequenos e médios têm mais dificuldades em conseguir recursos e possuem gama de produtos, base de clientes e redes de atendimento menores”, diz Erivelto Rodrigues, diretor da consultoria Austin Ratings, especializada em bancos médios. Por isso, a recomendação dos especialistas é que o investidor garanta seu capital usando a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Todas as vezes que um banco vende um CDB ou RDB, alguns centavos vão para os cofres do FGC, formando um fundo que compensa os investidores se alguma instituição financeira quebrar. O caso mais recente foi o do banco mineiro Pottencial, associado à fintech Neon, que sofreu intervenção do Banco Central (BC) em maio deste ano. O FGC ressarciu os investidores que tinham aplicações de até R$ 250 mil em até dois meses. “Ao aplicar, o investidor deve se informar se o banco conta com a garantia do FGC”, diz Rodrigues. “Mesmo que o banco tenha problemas e ele perca parte de sua rentabilidade, o capital principal está protegido até esse limite.”

21 logos de empresas que trazem significados ocultos


21 logos de empresas que trazem significados ocultos


Existe muito mais por trás de um logo do que podemos ver em uma primeira impressão. Representação visual de uma empresa, um logotipo é uma maneira de sintetizar tudo o que sua marca quer transmitir, seja pela escolha de cores, nome, fonte e desenho.

Pense na Apple: é só olhar para a maçã mordida que inovação e luxo vem a mente. Ou no touro vermelho, que logo remete ao mundo esportivo, imagem construída com anos de patrocínios da Red Bull em eventos deste tipo. O logo é a maneira não verbal e quase instantânea de fazer com que uma marca passe uma mensagem. Por conta disso, empresas gastam tempo e dinheiro para conseguir passar mensagens sem precisar dizer nada.

Nos casos abaixo, uma mostra de como pequenos desenhos podem conter mensagens poderosas.

Beats

Apesar de simples, o logo traz também uma”mensagem” secreta. A letra B estilizada dentro do uma bola é também a silhueta de uma pessoa usando um fone, trazendo um elemento pessoal para a marca

Amazon

O atual logo da Amazon foi apresentado em 2000. A primeira vista, a seta curvada embaixo do nome lembra um sorriso, porém ela traz outro significado. Começando na letra A e chegando na letra Z, a seta também reforça a ideia da enorme variedade de produtos da empresa, que vai da primeira a última letra do alfabeto.

Fedex

A célebre empresa de entrega que apareceu no filme Náufrago, tem uma seta entre as letras E e X, que passam a ideia de agilidade e rapidez.

NBC


O logo da emissora americana de TV NBC, foi criado na transição de aparelhos preto e branco para coloridos. A fim de provocar no consumidor a mudança de seus dispositivos, criaram um logo colorido com o slogan “orgulhoso como um pavão.” Por conta disso também é possível ver o desenho da ave na parte branca do desenho. Já as seis cores representam os seis setores da emissora

Roxy e Quicksilver

Divisão de roupas femininas da Quicksilver, o logo da Roxy nada mais é do que a junção de dois logos de sua marca-irmã, formando um coração. NO entanto, o próprio logo original esconde algumas mensagens, já que são a mistura de uma onda e uma montanha, ressaltando o viés de esportes radicais da marca.

Museum of London

Você talvez nunca tenha escutada falar do museu, mas seu logo merece destaque. As diferentes cores ao redor do texto não são aleatórias, mas sim representações geograficas da cidade de Londres ao longo de sua história.

Tour de France

A maior competição de ciclismo do mundo tem um logo clássico, com um “R” estilizado que junto com o círculo amarelo forma a imagem de um ciclista. Mas para além da imagem, o circulo amarelo também representa o sol, passando a mensagem de que a competição só acontece a luz do dia.

Gamecube


Video-game em forma de cubo lançado pela Nintendo tem um dos logos mais interessantes dos games. Além de ser um cubo dentro de um cubo, o desenho forma a letra G enquanto a parte branca, a letra C.

BMW


Por muito tempo se especulou que o logo da BMW representava uma hélice de avião ligada, remetendo ao passado da marca como produtora de motores de avião. Recentemente a empresa deixou claro que o quadriculado é uma homenagem a bandeira da Bavária, região da Alemanha onde a montadora foi fundada.

LG

Um dos maiores cases de logos instantaneamente identificados, o desenho não traz apenas as letras L e G, mas também a imagem de uma pessoa piscando.

Spartan

Outra marca que você provavelmente não conhece, mas que tem uma ótimo logo. O desenho do campo de golfe Spartan é dois em um. Em um primeiro momento é possível ver um golfista realizando sua tacada com destaque para a trajetória do taco. Porém, essa trajetória forma o topo do elmo tradicional dos espartanos, complementado pelo corpo do golfista, que também forma o rosto que completa o capacete.

Carrefour

Marca de varejo francesa, o Carrefour tem um logo tão tradicional quanto incompreendido. O nome da marca significa em francês bifurcação, e no desenho é possível ver duas setas apontando para lugares distintos. Já a parte branca forma a letra C, inicial da empresa.

Unilever


Uma das empresas com enorme variedade de produtos sob seu guarda-chuva, a Unilever traz dentro de seu logo uma séria de pequenas ilustrações que representam alguns de seus produtos mais famosos.

Toblerone


A marca dos chocolates triangulares guarda seus segredos também. O logo mostra a montanha Matterhorn, mas dentro dela há a imagem de um urso, simbolizando o sabor de mel presente no produto, além do fato do Toblerone ser feito na cidade dos ursos.

Toyota

Os três círculos unificados, segundo a Toyota, significam a união do coração dos clientes com o coração dos produtos da marca. Só que mais do que isso, é possível identificar todas as letras que formam o nome da empresa em seu logo.

Audi

Os quatro círculos representam as quatro empresas que se fundiram para fundar a Auto Union, que posteriormente se tornou a empresa atual: Audi, DKW, Horch e Wanderer.

Apple


A mordida da mação não existe por acaso. Foi um detalhe adicionado pelo designer do logo, que adicionou a mordida para que, em casos do desenho estar muito pequeno ou muito longe, não ser confundido com uma cereja.

Pinterest

Na rede social onde é possível usar tachinas para compor o seu mural virtual, a primeira letra do logo é a própria tachinha.

Atlanta Falcons

O falcão estilizado do time de futebol americano forma a letra F, inicial do time.

Fórmula 1 (logo antigo)

Por 23 anos este foi o logo da Fórmula 1, que entre a letra F e o detalhe em vermelho se desenha o número 1. Aparentemente a nova gestão da categoria não achava o logo antigo claro, e mudou para a temporada 2018.

Cisco

A empresa fundada em São Francisco homenageia a cidade em seu nome e em seu logo – perceba como os traços formam a silhueta da icônica Golden Gate.

Os candidatos de Lemann



Eles se formaram nas melhores universidades do mundo com a ajuda do homem mais rico do Brasil e poderiam trilhar carreiras prósperas no mundo corporativo, mas preferiram mudar a política do País. Conheça os jovens políticos que podem tornar real o sonho do bilionário brasileiro de ver um de seus pupilos na Presidência da República 

 

Crédito: Divulgação
Olhar adiante: inicialmente avesso à política, o empresário Jorge Paulo Lemann despertou para a necessidade de formar líderes para transformar o modelo de atuação dos parlamentares e chefes do Executivo (Crédito: Divulgação)


O cientista político e economista Renan Ferreirinha encara a sua ocupação atual como a de uma startup. Tem um desafio enorme para realizar mudanças de impacto, precisa de criatividade para vencer barreiras históricas e conta com escassos recursos pelo caminho. Há um risco alto de insucesso. A descrição poderia ser tranquilamente a de uma jornada no Vale do Silício, para onde o jovem de 25 anos foi convidado a ir após deixar a Universidade Harvard, nos Estados Unidos. A empreitada, porém, é no quintal de sua casa, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e tem como pano de fundo um dos ambientes menos inovadores de que é possível se imaginar: a política brasileira. Em campanha para deputado estadual, ele recebe hoje um salário de R$ 5.000 mensais, muito abaixo dos empreendedores de sucesso do polo tecnológico americano e menos de um quinto do que lhe foi oferecido em outra proposta apresentada ao fim da graduação, para ocupar uma vaga num banco de investimento em Nova York.

Ferreirinha tem plena consciência das renúncias. Uma das formas de explicar o desejo pelo caos da política é lembrar um desfile do qual participou aos cinco anos, em que se orgulhou de representar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho”, afirma o candidato pelo Rio de Janeiro. “Por que não fazer algo maior do que a sociedade impõe e contribuir através de um mandato?” O mantra da ambição costuma ser repetido pelo empresário Jorge Paulo Lemann aos bolsistas da Fundação Estudar, criada por ele para formar lideranças no País.


Nova política: para mudar os métodos de campanha e do mandato, ex-bolsistas da Fundação Estudar encontram respaldo de movimentos suprapartidários como o Renova BR (Crédito:Divulgação)
Curiosamente, o sonho do jovem fluminense representa o início do novo sonho do homem mais rico do Brasil: a de ver um ex-bolsista da entidade chegar à Presidência da República. “Eles sabem que vai ser difícil serem eleitos, mas espero que alguns deles sejam e que isso crie uma corrente de gente boa no governo também”, afirmou em evento do grupo no início deste mês, em São Paulo.

Há grandes chances de que o desejo comece a sair do papel nestas eleições. Sete profissionais que passaram pela fundação concorrem a cargos eletivos. Há desde candidatos a deputado estadual até a governador (conheça os perfis ao final da reportagem). Em comum, os novos políticos – não, eles não se incomodam com o rótulo de políticos – ostentam formação nas melhores universidades do mundo, dividem a decisão de renunciar a carreiras prósperas na iniciativa privada, além dos anseios de mudança na gestão pública e de renovação na política. Nas campanhas, eles empregam métodos corporativos aprendidos no ambiente da rede Estudar. São os mesmos atributos que levaram muitos que lá passaram aos postos mais altos de empresas por todo o globo.

Não é à toa que Ferreirinha, assim como os outros ex-bolsistas, chama sua campanha de startup. Trata-se de um esforço coletivo, composto de 10 pessoas que trabalham em tempo integral, com salários, e outros 20 em tempo parcial. Há integrantes até de fora do País. Um dos principais desafios é levantar recursos e quebrar as barreiras criadas pela política tradicional. Os diferenciais vão desde jingles inspirados em séries do Netflix até o plantio de árvores para compensar o gasto com papel nos panfletos. O grupo estima em 30 mil votos o total necessário para se eleger. A ideia é defender propostas claras, mas sem promessas. Uma delas é a de trabalhar para elevar de 5% para 50% o alcance do ensino técnico no Estado.


Na disputa por um cargo de deputado estadual em São Paulo, Daniel José Oliveira, de 30 anos, também cita a cabeça de startup. Filho de uma diarista, ele cresceu ao lado de dez irmãos e só cursou economia no Insper graças à fundação criada por Lemann. Trabalhou no banco JP Morgan, de onde saiu para ser voluntário na Jordânia. Foi de uma posição no braço de educação da Falconi Consultoria que ele decidiu “pular o balcão” . “A escolha de entrar para a política é a menos óbvia que alguém pode ter, envolve muitas perdas”, diz o jovem. “Mas percebi que várias iniciativas que são muitos simples não aconteciam com a velocidade devida.”  Para atingir os 30 mil votos que precisa para se eleger pelo partido Novo, ele dividiu a campanha em sete projetos, como o de distribuição de kits, enviados aos seguidores mais engajados para espalhar aos seus conhecidos.

Se eleito, ele pretende defender a cobrança de mensalidade das universidades estaduais para quem tem condições de pagar e a adoção de vouchers para o ensino técnico. Assim como Oliveira, a maioria dos egressos da fundação enfrentou resistências de familiares e amigos para ingressar na política, tenta lutar para vencer as barreiras de entrada (todos repetiram o jargão corporativo) do sistema político, tem como pauta a educação e procurar focar a campanha em qualidade em vez de quantidade. “As regras do sistema funcionam para não te deixar ser competitivo”, afirma Oliveira.

Um levantamento do Departamento Sindical de Assessoria Parlamentar (Diap) apontou o risco de o índice de renovação do Congresso ficar abaixo da média histórica, de 49%, nesse pleito, pela necessidade de alguns parlamentares de manter o foro privilegiado e pela vantagem que eles levam de já estar no cargo. Contra essa perspectiva de continuidade, alguns grupos vêm se engajando para quebrar a inércia da política, caso dos movimentos suprapartidários Renova BR e Acredito, do qual fazem parte a maioria dos candidatos que passaram pela iniciativa de Lemann. Por meio desses coletivos, os jovens podem se escorar em cláusulas de independência ao ingressar em partidos tradicionais e encontram uma via formal ao sentimento de despertar para a causa de renovação. “Fiz de tudo que era possível na área de educação fora da política, mas é frustrante”, afirma a cientista política e astrofísica, Tabata Amaral, candidata a deputada federal por São Paulo, pelo PDT. “Chegou a hora de pessoas comuns, que não são ricas entrarem para a política.”

Filha de uma diarista e de um cobrador, Amaral, de 24 anos cresceu no bairro de periferia Vila Missionário, na capital paulista. Passou em seis universidades de ponta dos Estados Unidos. Em Harvard, foi bolsista da Estudar. Chegou a trabalhar na Ambev, mas se evolveu rápido com educação, área em que ganhou notoriedade. Agora, decidiu largar tudo pela tentativa de chegar ao Congresso. Os conceitos aprendidos graças à Estudar são incorporados na campanha. Há metas desdobradas para os integrantes do time, todos da periferia, a aplicação do conceito de Orçamento Base Zero e um apreço pela boa gestão. Para atingir a meta de 110 mil votos, ela conta com uma rede de 1.000 voluntários. “O nosso é um trabalho de formiguinha, enquanto os políticos tradicionais pagam líderes”, afirma a candidata. “Só que nós entramos nas casas, os políticos da velha política, não.”

Velha política: o deputado Paulo Maluf, cassado por denúncias de corrupção. Desafio dos novos candidatos é vencer o desgaste associado aos vícios do processo eleitoral tradicional (Crédito:Pedro Ladeira/Folhapress)
A formação de uma rede de voluntários engajados, ao lado de presença nas redes sociais, é o trunfo dos jovens para vencer o sistema. Eles, porém, são muito realistas quanto à necessidade de recursos.

O engenheiro Felipe Rigoni, 27, que acaba de voltar de um mestrado em Políticas Públicas na Universidade de Oxford, com apoio da Estudar, começou a sua campanha ainda do exterior. Ele calcula um custo de R$ 10 por voto e a necessidade de levantar R$ 800 mil para chegar aos 80 mil votos que estima precisar para se eleger. Já arrecadou metade disso e não sabe se conseguirá o resto. “O sistema é todo desenhado para beneficiar quem está lá”, afirma o candidato a deputado federal pelo Espírito Santo, pelo PSB. “Estou competindo com gente que já está com R$ 2,5 milhões depositados pelo partido.” Rigoni sabe bem o que é enfrentar dificuldades. Aos 15 anos, perdeu completamente a visão. Agora, luta para manter vivo o sentimento de esperança nos que acreditam no seu trabalho. “Eu não brinco com a esperança dos outros.”

Uma das suas propostas para inovar na forma de fazer política é um mandato coletivo. A ideia é criar um conselho parlamentar formado por cem pessoas, de representantes da sociedade civil, com poder de deliberar. “O distanciamento é um dos principais problemas dos políticos hoje”, afirma Rigoni. O jovem capixaba é um exemplo da mudança de perfil nas pretensões de Lemann com a Fundação Estudar. No processo seletivo, o engenheiro já havia tentado ser vereador e deixou claro suas ambições políticas. Enquanto Lemann sempre buscou se afastar do mundo da política em sua carreira, percebeu que precisaria abrir o leque da fundação se quisesse de fato ter um impacto maior sobre o País. Aos poucos, o escopo dos cursos foi se ampliando e o empresário passou a falar abertamente do sonho de que seus pupilos contribuíssem mais diretamente com a gestão pública.

Na turma atual, 19% dos bolsistas estão focados em cursos de gestão pública. Não era assim no passado. Nos 27 anos de existência, a fundação formou 673 líderes. Até 2007, eles eram voltados majoritariamente para as áreas jurídica, de administração, negócios e finanças. A partir dali, foi feito um esforço para incorporar mais o tema do empreendedorismo e, desde 2010, a ideia passou a ser de quebrar quase todas as barreiras, incluindo a ciência e a gestão pública. “Há uma valorização dessas pessoas que estão arriscando a carreiras delas e abrindo mão de algo no curto prazo, de algo financeiro, para resolver os problemas do Brasil”, afirma Anamaíra Spaggiari, diretora-executiva da Fundação Estudar. “A gente espera que se repita. Vai depender do sucesso deles nesta eleição” Se os resultados seguirem roteiro semelhante às conquistas de Lemann no mundo corporativo, o Brasil tem muito a ganhar.