sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Vendas no Tesouro Direto superam resgates em R$ 839,3 milhões


Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic, cuja participação atingiu 40,8%

Por Agência Brasil

redacao@amanha.com.br
Vendas no Tesouro Direto superam resgates em R$ 839,3 milhões


As vendas do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 839,3 milhões em setembro. De acordo com os dados do Tesouro Nacional, as vendas do programa atingiram R$ 1,761 bilhão no mês passado. Já os resgates totalizaram R$ 921,9 milhões. Todos os resgates são de recompras de títulos públicos. Não houve resgates relativos a vencimentos, ou seja, quando o prazo do título acaba, e o Tesouro precisa reembolsar o investidor com juros.

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu 40,8%. Os títulos corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) corresponderam a 32,9% do total das vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 26,3%. O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 51,6 bilhões no fim de setembro, um aumento de 2,32% em relação a agosto (R$ 50,4 bilhões) e de 8,36% em relação a setembro do ano passado (R$ 47,6 bilhões).

Em relação ao número de investidores, 133.877 novos participantes cadastraram-se no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 2.660.585. Nos últimos 12 meses, o total de investidores acumula alta de 60%. O número de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 696.514, aumento de 28,5% em 12 meses. A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil. Foram realizadas, no mês de setembro, 275.564 operações de venda de títulos a investidores, sendo que 82,9% correspondem a essa faixa de investimento. O valor médio por operação foi de R$ 6.391,30. Os investidores continuam preferindo papéis de prazo mais curto. Os títulos de um a cinco anos concentraram 46,9% das vendas. Os papéis de cinco a dez anos corresponderam a 36,4%, e os de mais de dez anos de prazo representaram 16,7% das vendas.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados. Desde o fim de maio, as vendas do Tesouro Direto têm sido paralisadas por diversos períodos. O ritmo, entretanto, vem diminuindo. Em setembro, foram apenas três paralisações para atualização de preços e taxas. Segundo o Tesouro Nacional, a suspensão dos leilões é necessária para proteger os investidores das turbulências do mercado.


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Renner destaca retomada do bom ritmo de vendas


Rede de lojas soma receita de R$ 4,8 bilhões até setembro, enquanto lucro salta quase 45% 

 

Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Renner destaca retomada do bom ritmo de vendas entre julho e setembro


No acumulado do ano, a Lojas Renner (foto) alcançou crescimento de receita líquida de 11,7%, para R$ 4,8 bilhões. Já as vendas em mesmas lojas avançaram 5,1%. "Essa performance evidencia consistentes ganhos de participação de mercado ao longo do ano, uma vez que o setor recuou 1,6% entre janeiro e agosto, conforme dados do Índice PMC - Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, para vestuário e calçados", destaca a Renner. 

Segundo a companhia, o terceiro trimestre foi marcado pela retomada do bom ritmo de vendas e também ao mix de produtos adequado à transição da coleção. "As vendas em mesmas lojas voltaram aos patamares do início do ano, mesmo com os níveis de confiança do consumidor ainda influenciados pelo ambiente macroeconômico", avalia a Renner em suas demonstrações financeiras divulgadas nesta quinta-feira (25). 

O lucro líquido entre janeiro e setembro soma R$ 580,4 milhões, valor 44,8% maior da soma alcançada em igual período do ano passado. Já  no terceiro trimestre, a última linha do balanço totalizou R$ 194,2 milhões, valor 38,4% maior do total alcançado entre julho e setembro de 2017. Em continuidade com o plano de expansão da companhia, foram inauguradas 14 lojas no trimestre, sendo três da Renner, seis da Camicado, duas da Youcom e três da Ashua Curve & Plus Size. Assim, em setembro, a Renner operava 340 unidades, incluindo cinco no Uruguai e três da Ashua, a Camicado, 107 lojas, e a Youcom, 90 unidades.


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terça-feira, 23 de outubro de 2018

‘Brasil deve ficar neutro em guerra comercial’, diz Marcos Troyjo



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Conselheiro para temas de economia internacional e comércio do eventual superministro de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, o professor da Universidade Columbia Marcos Troyjo recomenda que o Brasil se mantenha neutro na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Em vez de escolher um lado, deve explorar as oportunidades oferecidas pelos dois.
 
“A suposta guerra comercial é mais um movimento de acomodação do que algo que vá escalar outras áreas para além da economia e, portanto, tornar necessário fazer algum tipo de alinhamento”, disse. “Ter de escolher lados de maneira automática e irreversível não é olhar esse quadro de maneira realista.”

Troyjo ressaltou, ao conversar com o jornal O Estado de S. Paulo, que expressava suas opiniões pessoais e não as da equipe de um eventual governo de Jair Bolsonaro. Ele relativizou o peso da visita que o candidato fez, no início do ano, a Taiwan, ilha que não reconhece o predomínio da China continental. A iniciativa foi criticada numa carta enviada pela embaixada da China no Brasil ao DEM e publicada nas redes sociais pelo vereador César Maia (RJ).

“Duvido que ter uma boa relação com Taiwan vá criar obstáculos mais elevados na relação com Pequim”, disse o professor, que é codiretor do laboratório dos Brics na universidade. Ele acrescentou que a Alemanha, por exemplo, tem excelentes relações com Pequim e intensas trocas comerciais com Taiwan.
Troyjo disse ainda que os chineses “não estranhariam” caso o Brasil viesse a impor limites à presença estrangeira em determinadas áreas. “Eles também fazem isso”, observou. A proibição, porém, teria de ser aplicada a todos os países, e não à China especificamente.
O candidato do PSL já fez restrições à compra pelos chineses dos ativos de geração de energia da Eletrobrás. Há também preocupação com a compra de terras por investidores do país asiático. Segundo auxiliares de Bolsonaro, é a esse problema que ele se referia quando disse que os chineses estão “comprando o Brasil.”


Metamorfose


Para o professor, é importante não perder de vista que a China tem passado por uma “metamorfose”. De geradora de grandes superávits comerciais, ela tem transitado para um outro perfil de atuação: a de fonte de empréstimos governo a governo, origem de investimentos estrangeiros diretos. “Não vamos descuidar da parte comercial, mas temos de prestar atenção nas outras coisas”, disse. “Há um casamento entre oportunidade e necessidade na área de infraestrutura no Brasil em que vamos ter de lidar com os chineses.”
Troyjo acha, por exemplo, que o Brasil deveria ter um escritório na China para vender as oportunidades de investimento no setor. Hoje, só as grandes empresas estão presentes lá.

Para eles, as prioridades de uma política em relação à China deveriam ser: adensar a relação, sofisticar a pauta de exportação, aumentar o fluxo de investimentos e, eventualmente, criar “uma ou outra seletividade, para resguardar o interesse nacional.” E o mesmo deveria ser feito em relação aos EUA, afirmou. “Não existe maior deseconomia no mundo do que o baixo volume de intercâmbio comercial entre os EUA e o Brasil.”

Na sua avaliação, a declaração do presidente Trump que o País tem tarifas elevadas e “está entre os mais duros do mundo, talvez o mais duro” é, na verdade, um “convite para melhorar” a relação comercial. Não um passo no fechamento do mercado, como pode parecer. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CNI defende a manutenção do MDIC


Pasta faria parte de superministério em eventual governo do PSL

 

Por Agência Brasil 

 

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Porto de Paranaguá, no Paraná


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota nesta segunda-feira (22) defendendo a manutenção do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, lembrou que a pasta é importante para elaborar, executar e coordenar as políticas públicas para o setor industrial e monitorar seus impactos. “A indústria não pode estar ligada a uma área que tem como prioridades o aumento de receitas e a redução de despesas. Os ministérios da Fazenda e do Planejamento desempenham papéis específicos. Quem vai defender as políticas industriais?”, questionou Andrade em nota.

A manifestação da CNI é fruto da possibilidade de incorporação das atribuições do MDIC pelo Ministério da Economia, criado em um eventual governo Jair Bolsonaro. De acordo com programa de governo do PSL, o Ministério da Economia incorporaria as atuais estruturas e atribuições dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio e a Secretaria do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).

Para justificar a importância do MDIC na estrutura do Executivo, Andrade afirmou que o setor industrial contribui com R$ 1,2 trilhão para a economia brasileira e emprega 9,6 milhões de trabalhadores. Além disso, a indústria responde por mais da metade (51%) das exportações e 25% da arrecadação previdenciária. “Para a indústria brasileira, o próximo governo tem o desafio de colocar o Brasil de volta no caminho do desenvolvimento econômico e social. Precisamos avançar nas reformas, garantir investimentos em infraestrutura e desburocratizar a economia de modo geral”, concluiu Andrade. 


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Brasil gera 137,3 mil postos de trabalho em setembro

No Sul foram criados 18.063 novos empregos formais, de acordo com dados divulgados pelo Caged 

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
No Sul foram criados 18.063 novos empregos formais, de acordo com dados divulgados pelo Caged  

O emprego continua a crescer no Brasil. O mês de setembro fechou com saldo positivo de 137.336 novas vagas no mercado formal, um acréscimo de 0,3% em relação ao mês anterior. Esse desempenho foi resultado de 1.234.591 admissões e de 1.097.255 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos chegou a 38.507.474 vínculos. O saldo de janeiro a setembro teve um acréscimo de 719.089 vagas, um crescimento de 1,9%. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 459.217 postos, uma variação de 1,2%. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (22).

Todas as cinco regiões do Brasil registraram crescimento no emprego formal em setembro. Os melhores resultados foram registrados no Nordeste, onde foram abertas 62.177 vagas, um acréscimo de 1% em relação ao estoque de agosto, e no Sudeste, que abriu 38.933. No Sul foram gerados 18.063 novos empregos formais, um crescimento de 0,2%, e, no Norte, 10.262 vagas, um aumento de 0,5%. No Centro-oeste, o saldo do mês ficou positivo em 7.901 postos, um aumento de 0,2% em relação ao estoque do mês anterior.  Houve abertura de vagas em 26 das 27 unidades federativas. 

Sete dos oito setores econômicos registraram crescimento em setembro. O melhor desempenho foi no setor de Serviços, que abriu 60.961 novos postos. Os principais responsáveis por esses resultados foram os subsetores do Comércio e administração de imóveis, Valores mobiliários e serviço técnico (25.872 postos), Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (13.168 postos); Serviços médicos, odontológicos e veterinários (6.997 postos); Transportes e comunicações (6.561 postos) e Ensino (6.537 postos). O segundo melhor desempenho foi da Indústria da transformação, que fechou setembro com saldo positivo de 37.449 vagas, abertas principalmente no subsetor da Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (29.652 postos). O terceiro melhor saldo foi no Comércio, que teve criação de 26.685 postos, puxado tanto pelo Comércio varejista quanto pelo atacadista. 


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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Magazine Luiza se torna rede de varejo mais valiosa do Brasil ao ultrapassar Carrefour e Renner


A rede vem em trajetória ascendente desde 2015, quando seu valor era de R$ 300 milhões. Naquele ano a Magazine Luiza atingiu sua mínima histórica, negociando papéis a R$ 0,96. Desde então acumulou 16,75% de valorização

 

 

Magazine Luiza se torna rede de varejo mais valiosa do Brasil ao ultrapassar Carrefour e Renner
A Magazine Luiza (MGLU3) fechou o pregão desta quarta-feira (17) em alta de 1,6%, precificando suas ações em R$ 161,75, transformando a rede na varejista mais valiosa do Brasil, ultrapassando o Carrefour Brasil (CRFB3) e as Lojas Renner (LREN3). Com o valor fechado no pregão, a empresa de Luzia Helena Trajano atingiu valor de mercado de R$ 30 bilhões, ante o valor de R$ 29,1 bilhão da varejista francesa, que encabeçava a lista, e R$ 25,3 bilhões da loja de roupas fundada no sul do País.
A rede vem em trajetória ascendente desde 2015, quando seu valor era de R$ 300 milhões. Naquele ano, a Magazine Luiza atingiu sua mínima histórica, negociando papéis a R$ 0,96. Desde então, acumulou 16,75% de valorização até chegar no patamar atual.

Grande parte do crescimento da empresa se deu por sua entrada no mundo da tecnologia, aplicando conceitos de omni-chanel, integrando lojas físicas e virtual. O grande ponto de virada da Magazine Luiza foi quando Frederico Trajano acumulou os postos de CEO e presidente do grupo. De cara o primogênito de Luiza Helena modernizou processos e cortou diversos custos, como viagens executivas, renegociou contratos de lojas, realizou novos acordos com sindicatos e até cortou gastos de energia.

Em 2016, um relatório da Credit Suisse colocou a Magazine Luiza na lista de sete empresas de varejo que conseguiriam sobreviver ao apocalipse do setor graças a sua atuação e integração em diversos canais. Hoje o e-commerce da marca já representa um terço do total de vendas da varejista.



 https://www.istoedinheiro.com.br/magazine-luiza-se-torna-rede-de-varejo-mais-valiosa-do-brasil-ao-ultrapassar-carrefour-e-renner/

Paris se prepara para ser sede financeira pós-Brexit

  

Capital francesa é a que mais vem atraindo bancos e fundos de investimentos que deixarão Londres

 

 

 Andrei Netto, Correspondente / Paris, O Estado de S.Paulo 

 

 

Paris está a um passo de se tornar o novo centro do mercado financeiro na Europa continental, após o Brexit, o divórcio entre Londres e Bruxelas. Ponto forte da economia do Reino Unido, a City começa a viver os efeitos dramáticos da separação. Mais de 5 mil postos de trabalho em bancos, seguradoras e fundos de investimento deverão ser fechados em Londres e transferidos para a capital francesa e Frankfurt, na Alemanha, já a partir de 29 de março, quando a separação será confirmada. 

Para o governo britânico, as perdas decorrentes da migração devem chegar a € 82 bilhões (R$ 359 bilhões) só em impostos sobre serviços financeiros que deixarão de existir. 

 Estima-se que 3,5 mil postos de trabalho podem ser transferidos para Paris depois do Brexit
Estima-se que 3,5 mil postos de trabalho podem ser transferidos para Paris depois do Brexit Foto: REUTERS/Charles Platiau




A questão é crucial para a relevância do mercado londrino porque 20% da receita das instituições vem da venda de seus produtos financeiros no Espaço Econômico Europeu (EEE), que será abandonado por Londres com o divórcio. Desde que o plebiscito ocorreu, em junho de 2016, autoridades britânicas lutam para não perder instituições financeiras e postos de trabalho. Paris e Frankfurt disputam o espólio. 

Desde que atraiu a Autoridade Bancária Europeia (EBA), cuja sede se situava em Londres, a França teria sido escolhida pelo gestor de fundos BlackRock e pelo JP Morgan Chase, segundo o jornal britânico Financial Times, e estaria perto de confirmar a transferência de efetivos do Bank of America e do Citigroup para Paris. Nomura, Morgan Stanley, Goldman Sachs e Wells Fargo são outros exemplos de instituições que se preparam para uma transferência parcial para Paris. 

Contatadas pelo Estado, instituições financeiras que estariam deixando Londres alegam que não podem se pronunciar em razão das negociações do Brexit ainda em curso, mas as transferências são dadas como certas ou bem encaminhadas no meio parisiense. 

Mais de 70 empresas de gestão de ativos, grandes ou pequenas, já pediram autorização da EBA para atuar a partir de Paris. E dados divulgados na semana passada pelo secretário britânico do Tesouro, John Glen, confirmam os prognósticos mais sombrios previstos pelo Banco da Inglaterra - o banco central britânico. De acordo com a autoridade monetária, no primeiro dia após o desligamento do Reino Unido da União Europeia 5 mil empregos terão sido fechados pelas instituições na City. Reunidas, as maiores empresas financeiras em Londres somam 15 mil trabalhadores. 


Centro de trading

 

Nesse cenário, a disputa entre Paris e Frankfurt pela “herança” de Londres começa a se inclinar em favor da capital francesa, que tende também a se transformar na “capital das finanças” da Europa. Segundo o Financial Times, “Paris está a um passo de triunfar como o centro de trading da Europa pós-Brexit”. 

Nos últimos meses, os sinais dessa transição se multiplicam. De acordo com o monitoramento criado pela consultoria em administração Sia Partners, Frankfurt estaria ficando para trás na escolha das direções de empresas de finanças. Até aqui, a consultoria agrega 2.482 postos de trabalho em curso de mudança para Paris e 1.946 para a cidade alemã. Dublin, na Irlanda, com 903 postos, é o terceiro destino preferido, à frente de Amsterdã, na Holanda, com 355 vagas transferidas.
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O dia do Brexit no Reino Unido

“Os bancos e gerentes de fundos tentarão concentrar suas operações de corretagem em um único local da União Europeia”, entende Christian Noyer, ex-presidente do Banco Central da França e hoje um dos líderes da campanha em favor de Paris. “Isso não significa que Londres não será o maior centro financeiro. Mas Paris poderia se tornar o maior polo de corretagem da Europa Ocidental.” 

Europlace, o lobby público-privado que trabalha em favor da divulgação da capital francesa, projeta que 3,5 mil postos de trabalho poderão ser transferidos de Londres para Paris, a maior parte para o distrito de negócios de La Défense, na periferia oeste parisiense. Uma parte do sucesso francês diz respeito ao repatriamento de postos de trabalho abertos nas últimas décadas por filiais de instituições do país em Londres, casos dos bancos BNP Paribas, Société Générale e Credit Agricole. HSBC também decidiu reforçar seus efetivos na capital francesa, que vai agregar outros 200 trabalhadores na sede da Autoridade Bancária Europeia. 

“A chegada dessa instituição reforça ainda mais a posição de La Défense como verdadeira porta de entrada internacional. Nossa política em matéria de atratividade já vem dando frutos”, comemora Patrick Devedjian, presidente do departamento de Hauts-de-Seine, onde La Défense se localiza.


 https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,paris-se-prepara-para-ser-sede-financeira-pos-brexit,70002546471