Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic, cuja participação atingiu 40,8%
As vendas do Tesouro Direto
superaram os resgates em R$ 839,3 milhões em setembro. De acordo com os
dados do Tesouro Nacional, as vendas do programa atingiram R$ 1,761
bilhão no mês passado. Já os resgates totalizaram R$ 921,9 milhões.
Todos os resgates são de recompras de títulos públicos. Não houve
resgates relativos a vencimentos, ou seja, quando o prazo do título
acaba, e o Tesouro precisa reembolsar o investidor com juros.
Os
títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa
Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu
40,8%. Os títulos corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo - IPCA) corresponderam a 32,9% do total das vendas,
enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram
26,3%. O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 51,6 bilhões no
fim de setembro, um aumento de 2,32% em relação a agosto (R$ 50,4
bilhões) e de 8,36% em relação a setembro do ano passado (R$ 47,6
bilhões).
Em relação ao
número de investidores, 133.877 novos participantes cadastraram-se no
programa no mês passado. O número total de investidores atingiu
2.660.585. Nos últimos 12 meses, o total de investidores acumula alta de
60%. O número de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a
696.514, aumento de 28,5% em 12 meses. A utilização do Tesouro Direto
por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de
vendas até R$ 5 mil. Foram realizadas, no mês de setembro, 275.564
operações de venda de títulos a investidores, sendo que 82,9%
correspondem a essa faixa de investimento. O valor médio por operação
foi de R$ 6.391,30. Os investidores continuam preferindo papéis de prazo
mais curto. Os títulos de um a cinco anos concentraram 46,9% das
vendas. Os papéis de cinco a dez anos corresponderam a 36,4%, e os de
mais de dez anos de prazo representaram 16,7% das vendas.
O
Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo
de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos
públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem
intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma
taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. A venda de
títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar
dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se
compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo
com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida
antecipadamente no caso dos papéis prefixados. Desde o fim de maio, as
vendas do Tesouro Direto têm sido paralisadas por diversos períodos. O
ritmo, entretanto, vem diminuindo. Em setembro, foram apenas três
paralisações para atualização de preços e taxas. Segundo o Tesouro
Nacional, a suspensão dos leilões é necessária para proteger os
investidores das turbulências do mercado.
http://www.amanha.com.br/posts/view/6462
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