As vendas de automóveis para o exterior caíram 13,8% de janeiro a setembro, revela MDIC
Mesmo com a recuperação
significativa das exportações nos últimos anos, os produtos
industrializados continuam a perder participação nas vendas externas
brasileiras. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior
e Serviços (MDIC), a fatia dos manufaturados nas exportações caiu de
36% nos nove primeiros meses de 2017 para 35,2% no mesmo período deste
ano.
Em valores absolutos, a
venda de bens industrializados acumula alta de 6,8% nos nove primeiros
meses do ano na comparação com os mesmos meses de 2017, totalizando US$
63,2 bilhões. Este é o maior valor para o período desde 2013. As vendas
de produtos básicos, no entanto, têm apresentado melhor desempenho neste
ano, reduzindo o peso dos manufaturados na balança comercial.
Beneficiadas pela alta da cotação internacional do petróleo e da soja,
as exportações de produtos básicos saltaram 15,7% nos nove primeiros
meses do ano. A participação dos bens primários nas exportações totais
subiu de 47,6% de janeiro a setembro do ano passado para 50,4% nos
mesmos meses de 2018.
As
exportações de manufaturados têm sido beneficiadas pela alta do dólar,
que subiu 21,9% de janeiro a setembro. O câmbio torna mais competitiva a
venda de produtos industrializados, enquanto as exportações de
commodities (bens primários) dependem mais das cotações internacionais
de minérios e de produtos agropecuários. Segundo o MDIC, o bom
desempenho das exportações de manufaturados em 2018 concentra-se em
cinco produtos. A maior alta, de 353%, foi registrada nas vendas de
plataformas para extração de petróleo na comparação entre os nove
primeiros meses de 2018 e os mesmos meses do ano passado. Em seguida,
vêm partes de motores e turbinas para aeronaves (101,2%), óleos
combustíveis (70,2%), motores para veículos e partes (24,7%) e máquinas
para terraplanagem (22,9%).
As
vendas externas de produtos industrializados poderiam registrar
desempenho melhor não fosse a situação nos países vizinhos. A crise
cambial na Argentina, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil,
prejudicou as exportações de veículos. De janeiro a setembro, o valor
das vendas de automóveis de passageiros caiu 13,8%. As exportações de
veículos de carga recuaram 14,2%. A Argentina é um dos principais
compradores de veículos brasileiros.
http://www.amanha.com.br/posts/view/6401
Nenhum comentário:
Postar um comentário