quarta-feira, 11 de setembro de 2024

BNDES anuncia linha de R$ 2 bilhões para data centers no Brasil

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou linha de crédito específica para investimento em data centers no Brasil. O orçamento será de R$ 2 bilhões e integra a Missão 4 da Nova Indústria Brasil.

De acordo com o governo federal, a nova linha de crédito é formada por recursos do BNDES e do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, gerido pelo Ministério das Comunicações. Segundo Mercadante, para projetos nas regiões Norte e Nordeste, a taxa de juros será de 6,13%. Para as demais regiões, a taxa será de 8,5%.

“É um setor que vai permitir a gente ter mais soberania de dados; vai estimular serviços de dados para sustentar essas atividades na área de software, e nós precisamos fomentar no Brasil todo serviço associado ao data center”, afirmou Mercadante durante a Cerimônia Nova Indústria Brasil – Missão 4: Indústria e Revolução Digital, realizada nesta quarta-feira, 11, no Palácio do Planalto, em evento com participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “É um serviço que encomenda e demanda energia limpa e renovável, onde o Brasil tem gigantesca vantagem competitiva e que vai ajudar a atrair investimentos mais estruturantes nesse segmento da transformação digital, que é decisivo para o futuro da economia brasileira”, complementou.

Na avaliação do presidente do BNDES, o País pode liderar no segmento. “Agora, nós vamos credenciar no BNDES, queremos conteúdo nacional e queremos serviços encomendados e contratados aqui. Vamos sair com uma linha auxiliar junto com o data center para fazer”, disse.

Segundo Mercadante, investir em inteligência artificial será “decisivo” para a economia e para o Brasil.

Na cerimônia, o BNDES também anunciou, em conjunto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), novas linhas para apoiar planos de digitalização de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). A ação integra a modalidade de Transformação Digital do Programa Brasil Mais Produtivo, que busca a digitalização dos negócios com a consultoria do Senai.

Negócio de fertilizantes é sustentável do ponto de vista econômico, diz gerente da Petrobras

 

Nossa Marca: uma das mais valiosas do Brasil | Petrobras

O gerente de Processamento e Gás Natural da Petrobras, Wagner Felicio, afirmou nesta quarta-feira, 11, que o negócio de fertilizantes é economicamente sustentável para a Petrobras. Seguindo as previsões de seu plano estratégico até 2028, a estatal busca a retomada de suas quatro plantas de fabricação e ureia, o que foi reiterado pelo executivo.

“A Petrobras tem um papel estratégico para o País, tem no seu DNA fazer parte de aspectos estratégicos, como a área de fertilizantes, que é sensível. A pandemia tornou isso ainda mais claro. E a Petrobras entende que é importante retomar participação de mercado em fertilizantes e voltar para o negócio”, disse Felício. “Depois, para a Petrobras, esse é um negócio sustentável do ponto de vista econômico. Diante do que a gente está pensando de transição energética e plano estratégico, faz todo sentido voltar a diversificar produção ante o cenário”, continuou.

Ele falou no seminário “Cadeia de Fertilizantes: Os caminhos para inovação, bioeconomia e segurança alimentar”, organizado pela Secretaria de desenvolvimento econômico do governo do Rio de Janeiro na casa G20, na zona sul da capital fluminense.

Piso de 3% para alta do PIB em 2024 ‘já está praticamente contratado’, diz Haddad

 


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Rio de Janeiro

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que o governo revisará a projeção oficial para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 para pelo menos 3%, tratando esse patamar como um “piso” que está “praticamente contratado”.

Em entrevista à imprensa, Haddad afirmou que a nova estimativa da pasta virá acima do que a própria equipe econômica esperava, citando também dado forte do setor de serviços divulgado nesta quarta, 11.

“Algo bastante consistente, 3% de crescimento, talvez até um pouco mais… Nós devemos divulgar esta semana, mas eu acredito que o piso de 3% já está praticamente contratado”, disse, pontuando que a atividade melhor também deve impactar positivamente a arrecadação tributária.

O ministro afirmou que com o desempenho positivo da economia, o governo está acompanhando a evolução do mercado de trabalho, mas ponderou que tem se observado uma alta nos investimentos do país — o que poderia minimizar pressões inflacionárias.

Em meio a um período de seca e intensas queimadas no país, Haddad destacou que “a inflação preocupa um pouquinho”, sobretudo em virtude dos eventos climáticos, que podem ter efeito sobre preços de alimento e energia.

A uma semana da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o ministro disse que efeitos gerados pelas questões climáticas deste ano “não se resolvem com juros” e acrescentou que o Banco Central tem quadro técnico consistente para tomar a melhor decisão.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Tesouro Direto bate recorde de aplicações; veja títulos mais procurados pelos investidores

 


Mãos seguram cédulas de R$ 100

Mãos seguram cédulas de R$ 100 (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)

 

As operações de investimentos no Tesouro Direto bateram recorde pelo segundo mês consecutivo. Após 760 mil movimentações em junho, o programa atingiu no mês de julho a marca de 869.618 aplicações. O total movimentado foi de R$ 6,43 bilhões, contra R$ 5,68 bilhões no mês anterior.

Novamente, a procura foi maior pelos títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+), que totalizaram vendas de R$ 3,02 bilhões, ou 47,0% do total. Em seguida, vieram os títulos indexados à taxa Selic, com R$ 2,51 bilhões ou 38,9% das vendas. Por fim, os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) com R$ 903,9 milhões, ou 14,1% do total.

O balanço mensal do Tesouro Nacional destacou a forte procura pelos títulos Renda+, atrelados à inflação e criados para quem deseja planejar uma aposentadoria. Foram R$ 195,3 milhões em vendas, ou 3,0% do total. Já na recompra, ou resgates antecipados, tiveram destaque títulos indexados à Selic, que somaram R$ 1,97 bilhões (62,1%).

O estoque do programa fechou o mês em R$ 145,4 bilhões, um aumento de 1,5% em relação aos R$ 143,2 bilhões  de julho. O destaque no estoque também é dos títulos ligados ao IPCA (R$ 74,9 bilhões, ou 51,5% do total), seguido pelos indexados à taxa Selic (R$ 53,2 bilhões ou 36,6%) e os prefixados ( R$ 17,3 bilhões ou 11,9%).

Em relação ao prazo, a maior parte dos investimentos está concentrada em títulos com vencimento entre um e cinco anos ( 47,9% 0u R$ 69,6 bilhões). Cerca de R$ 47,2 bilhões ou 32,4% estão investidos em títulos que vencem após mais de cinco anos. Quanto aos R$ 28,6 bilhões ou 19,7% restantes, estão em títulos que vencem em um ano.

O que explica a forte procura por títulos atrelados ao IPCA

Filipe Arend, Head de renda fixa da Faz Capital, avalia que as projeções de uma inflação maior pela frente estão diretamente ligadas à busca por estes títulos. “Esses títulos de inflação, pensando na médio longo prazo, são os que de fato até na nossa visão carregam uma expectativa melhor de retorno pros investidores”, diz.

Já sobre o recorde renovado, Arend atribui a alta taxa de juros, que possibilita bons ganhos com o Tesouro Direto. Além disso, os títulos do Tesouro são um investimento fácil e seguro. Assim, acabam funcionando como uma porta de entrada para as pessoas no mundo dos investimentos.

Como funciona o Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um investimento que permite que o cidadão empreste dinheiro ao governo, recebendo em troca uma remuneração. Ela pode ser atrelada à inflação ou à Taxa Selic, ou então pré-determinada no momento da compra do título.

Os papéis têm prazo de vencimento, mas o investidor pode resgatar o dinheiro antes dele. Para isso, no entanto, ele fica sujeito às flutuações do preço do papel no mercado – ou seja, pode resgatar seu dinheiro com rentabilidade, mas também pode perder. Já se o investimento for levado até o final do prazo, a remuneração segue o estabelecido pelo tipo de título no momento da compra.

O Tesouro Direto é considerado um investimento conservador, indicado por especialistas a investidores que têm baixa tolerância a risco.

Em abril, o total de investidores ativos no Tesouro Direto, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no Programa, atingiu a marca de 2,58 milhões, um aumento de 33.774 investidores no mês.

Em evento, juristas defendem legitimidade de ações no exterior por desastre de Mariana

 

Tátil Design conquista o escritório de advocacia Pogust Goodhead

O escritório inglês Pogust Goodhead reuniu, em evento em Brasília, juristas brasileiros que defendem a legitimidade de ações movidas por municípios no exterior contra mineradoras e outras empresas envolvidas com o rompimento de barragem em Mariana (MG). A legitimidade das ações é alvo de questionamento em processo que será analisado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Pogust Goodhead abriu o processo no Reino Unido em 2018, representando, além de 46 municípios, 700 mil atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, em 2015. A ação internacional é possível, afirma o escritório, porque a Samarco é parte controlada pela australiana BHP.

Em ação inicialmente financiada pela BHP, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) busca no STF a declaração de que os municípios não têm legitimidade para mover ações judiciais no exterior quando relacionadas a fatos ocorridos no Brasil.

As estimativas são de que, pela via internacional, as indenizações totalizem R$ 230 bilhões, volume inferior aos R$ 100 bilhões propostos pela BHP, Vale e Samarco para um acordo com a União que, segundo sinalizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, poderá ser fechado em outubro.

ADPF

O Ibram protocolou, em junho, uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) argumentando que os municípios estariam usurpando a competência da União para manter relações com países estrangeiros “mediante seleção oportunista de foro”. O relator sorteado no STF, ministro Flávio Dino, determinou que a ADPF seja analisada pelo plenário da Corte.

No evento desta terça-feira, 10, estavam presentes juristas como José Eduardo Cardozo, ex-AGU e ex-ministro da Justiça, e o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. Para eles, a ADPF, por ter efeito vinculante, terá consequências permanentes para Estados e municípios. Além de suspender o processo no caso Samarco, a decisão teria impacto imediato em ações movidas por municípios atingidos pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG).

Ao Broadcast, José Eduardo Cardozo diz que a ADPF “é uma vergonha federativa” e também poderá inviabilizar convênios, contratos e parcerias de Estados e municípios com instituições estrangeiras. “Veja que interessante, uma empresa estrangeira invoca a soberania do Brasil para não ter que pagar danos para brasileiros. Já nisso envolve um paradoxo”, avalia.

Pela perspectiva de impacto geral, Cardozo diz que o ideal seria que representantes de governos estaduais e municipais entrassem como amicus curiae (“amigos da corte”, terceiros interessados) na ADPF. “A aparência que se tem é que nessa ação só está se discutindo o caso de Mariana, que por si só já é muito relevante. Mas está se discutindo coisa acima. Está se discutindo a autonomia de Estados e municípios para o futuro, para aquilo que podem fazer”, afirma.

Ação inglesa

O processo movido pelo escritório Pogust Goodhead tem julgamento marcado para outubro, em Londres, com duração de 14 semanas. Na ação, a busca é de responsabilização específica da mineradora anglo-australiana BHP.

Entre os reclamantes, estão indivíduos, mais de 10 mil indígenas e quilombolas, 46 municípios e mais de 2,5 mil empresas, autarquias e instituições religiosas. Segundo o Pogust, esta é, pelo número de representados, a maior ação coletiva ambiental do mundo.

Brasil tem 1ª deflação em mais de 1 ano e IPCA desacelera para 4,24% em 12 meses

 


Proporção de reajustes salariais acima da inflação em novembro é a menor desde abril, diz Fipe

Inflação fica em -0,02% em agosto, primeiro resultado negativo no ano (Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

 

Após alta de 0,38% em julho, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em -0,02% em agosto, informou nesta terça-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a primeira deflação (taxa negativa) desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%.

Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses desacelerou para 4,24%, ante 4,50% nos 12 meses imediatamente anteriores, ficando abaixo do teto da meta para o ano.

O centro da meta oficial para a inflação do Brasil em 2024 é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

No ano, o IPCA acumula alta de 2,85%.

Evolução do IPCA nos últimos meses (Crédito:Divulgação/IBGE)

A expectativa do mercado era de desaceleração forte da inflação em agosto, mas o resultado veio melhor do que o esperado. Pesquisa da Reuters apontava que a expectativa de analistas era de alta de 0,01%, acumulando em 12 meses alta de 4,29%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram deflação: Habitação (-0,51%), após redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e Alimentação e bebidas (-0,44%), com a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio (-0,73%).

Entre os alimentos, destaque para as quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). No lado das altas, ficaram mais caros o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

Por sua vez, a inflação de serviços passou a subir 0,24% em agosto, de 0,75% no mês anterior, acumulando em 12 meses alta de 5,18%.

O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, saltou a 56% em agosto, de 47% no mês anterior.

Como fica o Copom agora?

O resultado, apesar de representar uma desaceleração em relação ao mês anterior, ainda mostrou uma inflação distante do centro da meta de 3% perseguida pelo BC, o que tem sido motivo de preocupação para o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central.

O mercado passou a projetar nesta semana novas altas na Selic. A previsão trazida pelo Boletim Focus divulgado nestas segunda-feira é de que a taxa básica de juros suba dos atuais 10,5% para 10,75% ao ano na semana que vem. Até então, o relatório feito semanalmente com mais de 100 instituições financeiras apontava manutenção do nível dos juros.

A surpresa da deflação de agosto, porém, deverá voltar a deixar aberta a possibilidade de manutenção da Selic na reunião da semana que vem do Copom.

“Não sei se vai dar tempo para consolidar a visão de manutenção da Selic na próxima reunião (que já é na próxima quarta-feira), mas vai ser bem estranho o Copom subir juros com essa melhora no IPCA. Provavelmente o IPCA vai fechar abaixo do teto da meta este ano”, destacou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, sobre o IPCA.

Já para Jason Vieira, economista e diretor da MoneYou, a perspectiva segue de elevação da Selic. “Tais dados dariam alívio ao Banco Central para discordar tanto da curva de juros, quanto do Focus mais recentes, na condução da política monetária. Entretanto, o alerta do TCU ao governo sobre as inconsistências nas premissas de arrecadação, consideradas excessivamente otimistas e de despesas, consideradas subestimadas, colocam o fiscal novamente como ponto central dos juros no Brasil”, avaliou.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Dólar tem leve recuo com expectativa sobre juros no Brasil e nos EUA, e fecha cotado a R$ 5,58

 


O dólar à vista fechou nesta segunda-feira, 9, em leve baixa no Brasil, apesar do avanço quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, com o real sendo impulsionado pela expectativa de que o diferencial de juros se tornará mais favorável ao país com o corte de juros pelo Federal Reserve e com a alta da Selic pelo Banco Central, na próxima semana.

O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,14%, cotado a R$ 5,5817. Em setembro, a divisa acumula queda de 0,97%. Veja cotações.

Às 17h10, na B3 o dólar para outubro — atualmente o mais líquido do mercado brasileiro — tinha baixa de 0,41%, aos 5,5930 reais.

O Ibovespa fechou com um acréscimo discreto nesta segunda-feira, assegurado pelas ações da Petrobras na esteira da alta dos preços do petróleo no exterior, enquanto Azul voltou a figurar entre as maiores quedas com receios persistentes sobre o endividamento da companhia aérea.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,13%, a 134.747,41 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 134.399,45 pontos na mínima e 135.249,97 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava R$ 13,9 bilhões antes dos ajustes de fechamento.

O dólar no dia

A moeda norte-americana começou o dia no Brasil em alta firme ante o real, acompanhando o avanço da divisa dos EUA também no exterior, em meio à expectativa de que o Federal Reserve comece o afrouxamento monetário na próxima semana de forma gradual, cortando os juros em 25 pontos-base.

Dados econômicos fracos do Japão e da China também pesavam sobre o iene e sobre as divisas de exportadores de commodities, favorecendo o dólar.

Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação máxima de 5,6415 reais (+0,93%) às 9h55, ainda na primeira hora de negócios.

No restante da sessão, porém, o dólar perdeu força ante o real, refletindo a perspectiva de diferencial de juros favorável ao Brasil no futuro próximo.

Enquanto a curva de juros brasileira precificava alta de 25 pontos-base da Selic pelo BC, a curva norte-americana refletia a perspectiva de corte de 25 pontos-base pelo Fed, ambos na próxima semana. Atualmente a Selic está em 10,50% ao ano, enquanto a taxa básica norte-americana está na faixa de 5,25% a 5,50%.

Pela manhã, o boletim Focus do Banco Central indicou que a projeção mediana do mercado para a Selic no fim de 2024 passou de 10,50% para 11,25% ao ano. Na prática, a mudança representa a perspectiva de três altas de 25 pontos-base da Selic ainda este ano — em setembro, novembro e dezembro.

“Esta projeção do Focus consolidou a visão de que o carrego será mais robusto no câmbio. Com isso, a moeda (real) ganha aqui mais proteção, porque fica mais caro apostar contra o BRL”, comentou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.

Assim, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,5755 reais (-0,25%) às 14h32, a despeito de, no exterior, a moeda norte-americana seguir sustentando ganhos ante a maior parte das demais divisas.

Às 17h09, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,40%, a 101,600.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.