sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Quem apostar contra a Petrobras, vai perder, diz presidente da estatal

 

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou em uma rede social que os resultados do terceiro trimestre do ano reforçam uma máxima que a executiva costuma repetir: quem apostar contra a empresa, vai perder. Ela enalteceu o resultado da companhia no período e afirmou que a estatal está preparada para mais 72 anos.

“Apesar de uma queda de Brent de aproximadamente US$ 11 por barril entre o 3T24 e o 3T25 (-14%), o Ebitda da Exploração e Produção (E&P) cresceu U$ 300 milhões, fruto do impressionante crescimento da produção de 17%, decorrente do aumento da eficiência operacional, melhor gestão de reservatórios e do topo de produção do FPSO Almirante Tamandaré”, disse Magda em uma rede social.

Ela destacou que nos primeiros nove meses do ano, os investimentos saltaram 28,6%, para US$ 14 bilhões. “São diversas frentes de trabalho que se traduzem em resultados concretos para a companhia, seus acionistas e para a sociedade brasileira”, afirmou.

Tendo como pano de fundo o início da COP30, e os frequentes questionamentos sobre a exploração da Margem Equatorial, Magda destacou que nas últimas sete décadas de existência da empresa, a Petrobras se tornou a viabilizadora do primeiro produto de exportação do Brasil, o petróleo.

“Mas o mundo mudou, e o Brasil mudou junto. Demandas por petróleo tiveram seu ritmo de crescimento quase anulado, o preço está em franco declínio e a sociedade nos demanda mais energia limpa”, disse ela em postagem no período da manhã desta sexta.

Segundo a executiva, a Petrobras sempre foi um pilar de energias renováveis, como etanol, biodiesel, solar e dona do primeiro projeto de energia eólica do País.

“Em um mundo geopoliticamente instável, de preços baixos e maior demanda por renováveis, demos início às tratativas da empresa para os próximos 72 anos, com muito esforço de adaptação e muito empenho do time Petrobras e parceiros. Com determinação, não há o que essa empresa não possa entregar ao País. Os resultados do terceiro trimestre de 2025 que o digam”, afirmou Magda, completando que “como tenho dito, quem apostar contra vai perder! Time que é time garante a vanguarda!”, concluiu.

PF abre inquérito para investigar ameaça do Comando Vermelho na COP30

 

Empresa de energia recebeu ameaça contra obras em uma subestação; Abin e Ministério da Justiça também devem participar das investigações

 


REUTERS/Mateus Bonomi
O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, o secretário-executivo da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CMNUCC), Simon Stiell, e o presidente da COP30 do Brasil, André Corrêa do Lago, durante a reunião preparatória ministerial (Pré-COP30) em Brasília, Brasil 13/10/2025
Foto: REUTERS/Mateus Bonomi

A Polícia Federal abriu nesta semana um inquérito para investigar uma ameaça de ataques do Comando Vermelho em meio à COP-30, cúpula do clima organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Belém (PA). A informação foi confirmada pela IstoÉ junto à fontes da PF e do Ministério da Justiça.

As ameaças foram feitas contra uma obra de subestação de energia em Belém. A notificação foi feita pela empresa Verene Energia S.A no dia 30 de outubro. Na carta deixada no local, o suposto membro da facção exige a interrupção imediata das obras de expansão da estação de Marituba e a suspensão de qualquer atividade energética após às 15h. A estação é estratégica para a realização da COP, já que ela abastece as redes de comunicação do evento.

Fontes do MJSP informaram que um documento detalhado foi enviado à PF e que a pasta e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também participarão das apurações.

A abertura da investigação acontece em meio à cúpula de líderes da COP-30. O evento começou na quinta-feira, 6, e se encerra nesta sexta-feira, 7. Cerca de 57 chefes de Estado e representantes de mais de 100 países negociam declarações e o avanço dos investimentos do TFFF, fundo para florestas criado pelo governo brasileiro. A COP começa na próxima segunda-feira, 10, e vai até 21 de novembro.

Exportações brasileiras batem recorde em outubro, apesar de tarifaço

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A diversificação das exportações para a Ásia e a Europa compensou os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos, três meses após a retaliação comercial do governo de Donald Trump. As vendas do Brasil para o exterior cresceram 9,1% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, batendo recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1989.

O crescimento ocorreu mesmo com a forte queda de 37,9% nas vendas para os Estados Unidos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Segundo o levantamento, as exportações somaram US$ 31,97 bilhões no mês passado, enquanto as importações atingiram US$ 25,01 bilhões, resultando em superávit comercial de US$ 6,96 bilhões.

Segundo Brandão, as exportações brasileiras para os Estados Unidos têm registrado redução constante nos últimos 3 meses. A queda foi de 16,5% em agosto, 20,3% em setembro e 37,9% em outubro.

O principal fator do encolhimento das vendas para a América do Norte foi a queda de 82,6% nos embarques de petróleo, equivalente a perda de US$ 500 milhões. Também recuaram as vendas de celulose (43,9%), óleos combustíveis (37,7%) e aeronaves e partes (19,8%).

“Mesmo produtos que não foram tarifados, como óleo combustível e celulose, sofreram queda”, informou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Mdic, Herlon Brandão.

Outros mercados

O recuo nas exportações para os Estados Unidos foi compensado pelo aumento das vendas para outras regiões, especialmente a Ásia, que teve alta de 21,2%, impulsionada pela China (33,4%), Índia (55,5%), Cingapura (29,2%) e Filipinas (22,4%).

Entre os produtos, destacaram-se os aumentos nas exportações de soja (64,5%), óleos brutos de petróleo (43%), minério de ferro (31,7%) e carne bovina (44,7%).

Na Europa, as vendas cresceram 7,6%, com forte avanço de minérios de cobre (823,6%), carne bovina (73,4%) e celulose (46,8%). Já a América do Sul apresentou alta de 12,6%, puxada pelos embarques de óleos brutos de petróleo (141,1%).

Segundo Brandão, as exportações brasileiras para os Estados Unidos têm registrado redução constante nos últimos 3 meses. A queda foi de 16,5% em agosto, 20,3% em setembro e 37,9% em outubro.

“Temos observado taxas de variação negativa cada vez maiores, na comparação com o mesmo mês do ano anterior”, explicou Brandão. 

O diretor do Mdic destacou ainda que o movimento reflete não apenas os efeitos diretos das tarifas, mas também uma possível redução da demanda norte-americana.

“A principal queda em termos absolutos foi no petróleo bruto, que não foi tarifado. Isso indica que há efeitos diversos influenciando a retração das exportações aos EUA”, completou.

Brasil registra recorde nas exportações de carne bovina em outubro

 

As exportações brasileiras de carne bovina atingiram mais de 357 mil toneladas em outubro de 2025, o maior volume mensal desde o início da série histórica em 1997, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC/Secex) compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).

O resultado representa alta de 1,5% em relação a setembro (352.035 t), que até então havia sido o recorde, e de 18,7% sobre outubro de 2024 (301.069 t).

A receita do mês totalizou US$ 1,90 bilhão, aumento de 39,1% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 1,37 bi). De janeiro a outubro, o Brasil exportou 2,79 milhões de toneladas, com valor acumulado de US$ 14,31 bilhões, o que representa crescimento de 16,6% em volume e 35,9% em valor frente ao mesmo período de 2024 (2,40 milhões t; US$ 10,53 bi). O desempenho mantém o país próximo do recorde de 2024 (2,89 milhões t; US$ 12,8 bi) e confirma a liderança brasileira nas exportações mundiais de carne bovina. Ao todo, os embarques chegaram a 162 países em 2025.

Segundo o presidente da ABIEC, Roberto Perosa, o desempenho de outubro confirma a força do setor, o avanço na abertura e ampliação de novos mercados em parceria com os Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores e com a ApexBrasil, além do equilíbrio entre o mercado interno e as exportações.

“O Brasil segue ampliando sua presença internacional com qualidade e regularidade de fornecimento, resultado do trabalho conjunto entre a indústria e o governo na abertura de novos mercados. Mas é importante lembrar que apenas cerca de 30% da carne produzida no país é exportada, enquanto a maior parte, em torno de 70%, abastece o mercado interno. Isso mostra a robustez do consumo doméstico e o equilíbrio entre atender à demanda brasileira e consolidar nossa posição entre os principais fornecedores do mundo.”

Caso mantenha o ritmo atual, o Brasil deve ultrapassar essa marca histórica ainda em novembro, consolidando 2025 como o melhor ano da série desde o início dos registros em 1997.

Composição dos embarques

A carne in natura respondeu por 89,7% do volume total (320.559 t) e 93,5% da receita (US$ 1,77 bi), seguida por miúdos (22,1 mil t; US$ 71,4 mi) e produtos industrializados (7,3 mil t; US$ 47,9 mi). Também foram exportadas gorduras (4,2 mil t; US$ 8,4 mi), tripas (2,8 mil t; US$ 5,1 mi) e carnes salgadas (0,2 mil t; US$ 0,7 mi). O preço médio da carne in natura foi de US$ 5.539 por tonelada.

Principais destinos

A China manteve a liderança em outubro, com 190.829 toneladas (US$ 1,046 bilhão), o equivalente a 53% do volume e 55% da receita total do mês. Em seguida vieram União Europeia (17.099 t; US$ 140,4 mi), Estados Unidos (12.935 t; US$ 83,1 mi), Chile (12.776 t; US$ 72,3 mi), Filipinas (12.437 t; US$ 56,3 mi), México (10.172 t; US$ 56,2 mi), Egito (12.142 t; US$ 53,9 mi), Rússia (11.816 t; US$ 48,6 mi), Arábia Saudita (6.564 t; US$ 34,7 mi) e Hong Kong (7.811 t; US$ 29,7 mi).

No acumulado de janeiro a outubro, a China segue como principal destino, com 1,34 milhão de toneladas (US$ 7,10 bilhões), o que representa 48,1% do volume e 49,7% do valor total exportado. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, com 231,9 mil toneladas (US$ 1,38 bilhão), seguidos por México (104,3 mil t; US$ 569,4 mi), Chile (104,4 mil t; US$ 569,8 mi) e União Europeia (101,4 mil t; US$ 824,0 mi).

Os mercados que mais ampliaram suas compras em 2025 foram México (+213%), União Europeia (+109%), China (+75,5%), Rússia (+50,4%) e Estados Unidos (+45%), demonstrando a diversificação e o fortalecimento das exportações brasileiras.

Juntos, os dez principais destinos responderam por cerca de 84% do total exportado, com destaque para a China (48% do volume), Estados Unidos (8%), México e Chile (cerca de 4% cada), o que demonstra a ampla diversificação geográfica das vendas brasileiras.

Apesar do tarifaço, Estados Unidos mantêm desempenho positivo

Mesmo com retração nos embarques aos Estados Unidos nos últimos três meses, em razão das tarifas adicionais impostas em agosto, quando foram exportadas 9,3 mil toneladas, seguidas de 9,9 mil toneladas em setembro e 12,9 mil toneladas em outubro, o país segue como um destino fundamental para a carne bovina brasileira.

Apesar da medida, o Brasil mantém as exportações aos norte-americanos, sustentado pela competitividade e regularidade do produto. No acumulado de janeiro a outubro, as vendas somaram 232 mil toneladas, aumento de 45% em volume e 38% em valor em relação ao mesmo período de 2024 (160 mil t; US$ 1,0 bilhão), superando o total exportado em todo o ano passado (229 mil t; US$ 1,35 bilhão).

 

COP30: governador quer transformar Belém em ‘Vale do Silício’ da Amazônia

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O governador do Pará, Helder Barbalho, disse nesta quinta-feira, 6, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30) deve deixar como legado o posicionamento da cidade-sede, Belém, como a “capital da Amazônia”. Segundo ele, a ideia é seguir o modelo do Vale do Silício, nos Estados Unidos, aplicado à bioeconomia.

“Nós teremos como legado o posicionamento de Belém como capital da Amazônia. Como ponto central que permitirá girar em torno da cidade a agenda da sustentabilidade. Nós queremos transformar Belém no vale de biotecnologia da Amazônia”, afirmou.

Helder diz querer transformar a capital paraense no núcleo de transformação econômica a partir da biodiversidade e do investimento em tecnologia e inovação. Uma das entregas do governo para a COP30 foi um parque de bioeconomia.

O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia foi reconhecido como o maior polo de bioeconomia da América Latina e o único parque tecnológico do mundo voltado à bioeconomia florestal, que integra ciência, inovação e saberes tradicionais, de acordo com o governo estadual.

A expectativa é de que o equipamento possa contribuir para a transformação produtiva dos recursos da floresta. O governo quer unir conhecimento científico, inovação tecnológica e sabedoria das comunidades tradicionais para converter a biodiversidade amazônica em oportunidades sustentáveis.

Economia e desafios

O governador Helder Barbalho disse que o PIB do Pará deve crescer cerca de 3% em 2025, sendo que um terço desse resultado virá direto da COP-30.

“Demoraria certamente muito tempo para que tudo isso pudesse ficar pronto, e em dois anos se transformou em realidade. Isso permite que a cidade possa ter o turismo como uma nova vocação econômica e com fortalecimento da geração de emprego. Os resultados estão postos: crescimento de PIB do Estado, maior nível de admissão de carteira assinada da história, maior crescimento de operações empresariais e novos negócios abertos também no comparativo com o ano passado, um crescimento de mais de 200%”, disse.

Ao falar das entregas, o governador se refere aos equipamentos urbanos já disponíveis para a população. São pelo menos três parques, o novo Museu das Amazônias, um novo polo gastronômico e um porto com capacidade de receber navios de cruzeiro que sempre preferiram Manaus a Belém por causa da infraestrutura.

“Nunca prometemos Belém sem problemas”

Mesmo com os avanços proporcionados pela visibilidade e pelos investimentos da COP-30, Belém segue com suas dificuldades históricas em infraestrutura de mobilidade e sanitária, com impacto ambiental direto. A cidade viveu uma crise de altos preços para hospedagem. Em agosto, 29 países assinaram uma carta pedindo a mudança da sede da COP-30.

Para o evento da ONU, foram entregues o BRT Metropolitano, quatro novos viadutos, a pavimentação de mais de 160 vias em diversas regiões da cidade e intervenções de macrodrenagem e saneamento em 13 canais, 11 deles em áreas periféricas.

“Nós nunca imaginamos nem prometemos que a cidade não continuaria tendo problemas. O que nós sempre dissemos é que nós tínhamos que aproveitar a oportunidade para mobilizar recursos para dar um salto de qualidade na cidade. E isso é indiscutível. E isso está feito”, afirmou o governador.

Ele disse ainda que a nova concessão de saneamento promete universalizar o serviço de água e esgoto até 2033.

Petrobras pagará R$ 12,16 bi em dividendos em duas parcelas; veja datas

 

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de dividendos, no valor de R$ 12,16 bilhões, equivalente a R$ 0,94320755 por ação ordinária e preferencial em circulação, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2025, declarada com base no balanço de 30 de setembro de 2025.

Os diidendos serão pagos em duas parcelas nos meses de fevereiro e março de 2026, da seguinte forma: R$ 0,94320755 por ação ordinária e preferencial em circulação, sendo que a primeira parcela, no valor de R$ 0,47160378, será paga em 20 de fevereiro de 2026 e a segunda, no valor de R$ 0,47160377 em 20 de março de 2026.

O pagamento proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas. Essa política prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano de negócios em vigor (atualmente US$ 75 bilhões), e observadas as demais condições, a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre. Essa distribuição não compromete a sustentabilidade financeira da companhia.

No dia 22 de dezembro de 2025, receberão os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e record date e, em 26 de dezembro de 2025, os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 a partir de 23 de dezembro de 2025.

Para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, o pagamento da primeira parcela será realizado no dia 20 de fevereiro de 2026 e o da segunda parcela no dia 20 de março de 2026. Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 27 de fevereiro de 2026 e a partir de 27 de março de 2026, respectivamente.

A definição da forma de distribuição – dividendos e/ou juros sobre capital próprio – ocorrerá até 11 de dezembro e será comunicada ao mercado.

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