
Montadoras instaladas no Brasil poderão sofrer com a falta de chips - Foto: Divulgação/Stellantis
O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, relatou ao governo brasileiro que Pequim vai abrir canais de diálogo com a indústria automotiva do Brasil para evitar o desabastecimento de chips necessários à produção de carros no país, disse o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, neste sábado, 1º de novembro.
“Seguindo as orientações do presidente @LulaOficial, vamos seguir o caminho do diálogo com nossos parceiros, gerando emprego, renda e oportunidades compartilhadas”, disse Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, na rede social X.
O risco para a oferta de chips ocorreu após o governo da Holanda ter tomado, em outubro, o controle da Nexperia, subsidiária da fabricante de semicondutores chinesa Wingtech. Como resposta, a China bloqueou as exportações dos chips vendidos pela empresa, gerando a interrupção do fornecimento de semicondutores da Nexperia às empresas da cadeia de autopeças no Brasil.
A empresa chinesa que opera na Holanda e detém 40% do mercado mundial de chips essenciais para carros flex.
Em nota separada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemorou a abertura de diálogo com a China “para liberar as exportações de semicondutores ao Brasil”.
Segundo a Anfavea, o governo chinês concordou em analisar a concessão de autorização especial às empresas brasileiras que estiverem com dificuldades para importar os chips.
A medida abre caminho para o fim do embargo às importações de semicondutores da Nexperia que poderia levar ao desabastecimento dos fornecedores de autopeças no país e à consequente paralisação da indústria automotiva, disse a Anfavea.
As empresas brasileiras poderão solicitar exceção ao embargo por meio da embaixada ou diretamente com o Ministério do Comércio da China. A China concederia a licença para importação a partir da análise de cada caso, segundo a Anfavea.
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