sexta-feira, 31 de março de 2023

IPOs em todo mundo enfrentam dúvidas com crise bancária e temores de recessão


Crédito: REUTERS/Kai Pfaffenbach

Nos Estados Unidos, o volume de IPOs saltou mais de 50% em relação ao quarto trimestre de 2022 (Crédito: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

 

Por Pablo Mayo Cerqueiro e Echo Wang e Elisa Anzolin

 

LONDRES/NOVA YORK (Reuters) – Uma crise bancária e os temores de uma recessão têm diminuído as perspectivas para as ofertas públicas iniciais (IPOs) este ano, levando empresas a desacelerar seus planos de abrir capital, o que deve resultar em taxas mais baixas para bancos de investimento.

Apesar de uma recuperação na captação de recursos e na atividade de negociação em bloco, o volume acumulado de IPOs no ano chegou ao patamar mais baixo desde 2019. As flutuações do mercado acionário em todo o mundo levantaram quase 26 bilhões de dólares até agora, de acordo com dados da Dealogic.

O desempenho fraco de alguns IPOs, incluindo o do provedor alemão de hospedagem na web Ionos, combinado com a liquidação no mercado de ações desencadeada pelo colapso do Silicon Valley Bank, tem forçado várias empresas a adiar os planos para sua primeira venda de ações.

Conselheiros de mercado de capitais de ações (ECM, na sigla em inglês), contudo, estão otimistas com a previsão de uma recuperação na atividade de listagem no segundo semestre do ano.

Nos Estados Unidos, o volume de IPOs saltou mais de 50% em relação ao quarto trimestre de 2022, mas ainda um recuo de 11% em comparação com o mesmo período no ano passado.

Os IPOs retomaram fôlego brevemente em fevereiro, quando companhias como a empresa de tecnologia solar Nextracker e o fabricante de sensores chinês Hesai Group avançaram com suas listagens.

“Falando de forma realista, estamos olhando para a segunda metade do ano como ponto de partida (para uma reabertura do mercado de IPO)”, disse Keith Canton, chefe de ECM para as Américas do JPMorgan Chase&Co.

Um ponto positivo para os IPOs é o setor de transição energética, onde espera-se que o fluxo de projetos continue robusto, de acordo com os banqueiros de IPO.

(Reportagem de Pablo Mayo Cerqueiro, em Londres; Echo Wang, em Nova York; e Elisa Anzolin, em Milão; reportagem adicional de Emma-Victoria Farr, em Frankfurt)


Cade dá parecer favorável para aquisição pela Suzano de operações de tissue da Kimberly-Clark no Brasil


Cade dá parecer favorável para aquisição pela Suzano de operações de tissue da Kimberly-Clark no Brasil

Papel


Por Peter Frontini

 

SÃO PAULO (Reuters) – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concedeu parecer favorável para a compra pela Suzano das operações de papel tissue da norte-americana Kimberly-Clark no Brasil, de acordo com o Diário Oficial da União desta sexta-feira.

A Suzano fechou negócio com a Kimberly-Clark em outubro, dizendo na época que o principal ativo incluído era uma fábrica de produção de tissue — usado em produtos como papel higiênico — localizada no Estado de São Paulo.

De acordo com a Suzano, a decisão publicada no Diário Oficial da União ainda não é definitiva e só será considerada final se não houver apresentação de recursos no prazo de 15 dias a partir da publicação.

“Caso a decisão do Cade seja confirmada após esse período, a conclusão do negócio passará a estar vinculada a uma reorganização societária a ser realizada pela Kimberly-Clark Brasil para a criação de uma empresa detentora dos ativos envolvidos no negócio, a ser posteriormente adquirida pela Suzano”, disse a Suzano em nota.

 

 

Ibovespa hesita na abertura após cinco altas seguidas


Ibovespa hesita na abertura após cinco altas seguidas

Homem olha para quadro eletrônico mostrando flutuações dos índices de mercado no pregão da Bolsa de Valores B3

 

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa hesitava na abertura dos negócios desta sexta-feira, em meio a movimentos de realização de lucros após cinco altas seguidas, enquanto agentes financeiros continuam digerindo as linhas gerais da novo arcabouço fiscal do país apresentado pelo governo na véspera.

Às 10:07, o Ibovespa operava estável, a 103.716,03 pontos, após acumular alta de 5,9% nas cinco sessões anteriores.

No mesmo horário, o contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de abril, recuava 0,3%, a 104.140 pontos.

No exterior, o sinal positivo prevalecia nas bolsas na Europa e futuros norte-americanos, tendo no radar dados de inflação na zona do euro e nos Estados Unidos. O dia também era de alta em commodities como petróleo e minério de ferro.

(Por Paula Arend Laier)

Lucro da Huawei registra queda expressiva e filha do fundador da empresa assume a presidência


Crédito: AFP

A empresa registrou US$ 5,2 bilhões de lucro líquido em 2022, uma queda de 68% (Crédito: AFP)

 
 

O lucro do grupo de tecnologia chinês Huawei registrou queda expressiva de quase 69% no ano passado, anunciou a empresa, que atribuiu em parte os resultados às sanções do governo dos Estados Unidos e à incerteza econômica global.

Pouco depois do anúncio da queda nos lucros, a Huawei informou que Meng Wanzhou, a filha do fundador da empresa, assumirá por seis meses a presidência rotativa da empresa a partir de sábado.

A empresa registrou 35,6 bilhões de yuanes (5,2 bilhões de dólares, 26,6 bilhões de reais) de lucro líquido em 2022, uma queda de 68,7% na comparação com o lucro recorde de 113,7 bilhões de yuanes no ano fiscal anterior.

“Em 2022, o cenário externo desafiador e fatores alheios ao mercado afetaram as operações da Huawei”, disse o presidente rotativo da empresa, Eric Xu, em entrevista coletiva.

“No meio da tempestade, seguimos avançando a toda velocidade, fazendo tudo que está ao nosso alcance para manter a continuidade dos negócios e atender nossos clientes”, acrescentou.

“Também fizemos grandes esforços para aumentar a colheita, gerando um fluxo estável de receita para garantir nossa sobrevivência e estabelecer as bases para o desenvolvimento futuro”, disse.

Antes do anúncio de sua nomeação, Meng Wanzhou, que era diretora financeira da empresa, classificou os resultados como um “momento ruim na história da Huawei”.

“As restrições são nosso novo normal”, afirmou. “Mas em momentos de pressão, perseveramos com confiança”, acrescentou.

Meng foi detida em Vancouver em dezembro de 2018, a pedido de Washington, por acusações de “fraude bancária”, um caso que aumentou a tensão entre China, Estados Unidos e Canadá.

Bloqueio nos principais mercados

A Huawei tenta diversificar suas fontes de receita desde que as sanções impostas pelos Estados Unidos afetaram os negócios da empresa nas áreas de equipamentos de telecomunicações e smartphones.

O sistema 5G do grupo foi bloqueado em mercados importantes, como Estados Unidos, Reino Unido e Japão, devido aos temores de segurança.

A Huawei nega as acusações de que o uso de suas redes implique um risco de espionagem por parte da China. Mas a empresa, que já foi a maior fabricante de smartphones do mundo, registrou uma queda expressiva nas vendas depois que Washington vetou o acesso a componentes cruciais e proibiu que o grupo utilize o sistema operacional Android, do Google.

Desde então, a Huawei prioriza os serviços na nuvem, que consistem em uma rede de servidores remotos conectados à internet para armazenar, administrar e processar dados, servidores, bases de dados, redes e software.

Também apostou em ampliar sua oferta de dispositivos com, por exemplo, smartwatches e reforço a presença no setor automobilístico como fornecedor de peças.

A empresa não apresentou detalhes sobre o lucro líquido nem informações separadas sobre o rendimento de suas diferentes divisões.

A Huawei não tem cotação na Bolsa, o que significa que sua contabilidade não passa pelas mesmas auditorias que as das empresas presentes no mercado de ações. 

 

 

quinta-feira, 30 de março de 2023

Campos Neto diz que não tem participado das discussões sobre escolha de nomes para BC

Costa acusa Campos Neto de participar de grupos de campanha de Bolsonaro

Estadão Conteúdo

 

 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 30, que não tem participado das discussões com o governo para a escolha dos nomes de dois novos diretores da autoridade monetária. “Não estamos participando do processo e não tenho como comentar sobre os nomes que têm sido especulados”, limitou-se a responder.

O governo deve indicar ao Senado nos próximos dias os nomes dos dois novos diretores de Política Monetária e de Fiscalização do BC.

O presidente do Banco Central repetiu que a escolha de diretores para o BC sempre foi uma prerrogativa do governo, mas disse que estava disposto a ajudar, inclusive oferecendo quadros técnicos da própria instituição.

“Alguns cargos demandam conjuntos de habilidades específicos da área. Na diretoria monetária, é importante que pessoa conheça como funcionam mercados. Gostaria que as pessoas que fossem indicadas tivessem o conhecimento necessário para que a gente continue a fazer nosso trabalho da forma mais técnica possível”, completou Campos Neto.


São José dos Campos será a primeira cidade paulista a utilizar óculos inteligentes na segurança


São José dos Campos será a primeira cidade paulista a utilizar óculos inteligentes na segurança
(Foto: Reprodução/PMSJC) utilizar óculos inteligentes utilizar óculos inteligentes


 Em mais um evento do Programa São José Unida, na sexta-feira (31), os produtos serão apresentados às forças de segurança da cidade. Segundo a gestão municipal, está é mais uma ferramenta no combate à criminalidade. A tecnologia foi utilizada pela Prefeitura em 2022, como projeto piloto, no Parque da Cidade durante as comemorações do aniversário da cidade.

Ao todo 8 equipamentos contam com recursos de realidade aumentada e inteligência artificial, capazes de fornecer e receber informações em tempo real. Dois destes óculos também contam com módulos infravermelhos, capazes de verificar a temperatura das pessoas.

São José doa Campos será a primeira cidade no Brasil a utilizar essa tecnologia na segurança pública. Além da GCM (Guarda Civil Municipal), as demais forças de segurança do São José Unida também poderão agregar os óculos nos eventos públicos e operações realizadas na cidade.

O sistema é integrado ao CSI (Centro de Segurança e Inteligência) por meio de câmeras inteligentes instaladas no centro dos óculos, o equipamento é capaz de fazer o reconhecimento facial e ler as placas dos veículos.

No CSI, agentes das forças de segurança monitoram e analisam as imagens enviadas pelos óculos como se eles estivessem vendo presencialmente. Quem estiver usando os óculos poderá ler, na tela do olho direito, as informações enviadas pelo CSI e obter ajuda remota com textos, vídeos e até a ficha criminal do suspeito.

 

 https://www.cbnvale.com.br/sao-jose-dos-campos-sera-a-primeira-cidade-paulista-a-utilizar-oculos-inteligentes-na-seguranca/


Casa dos Ventos encomenda 1,3 GW em máquinas da Vestas para parques de R$9 bi


Casa dos Ventos encomenda 1,3 GW em máquinas da Vestas para parques de R$9 bi

Turbina de energia eólica

 

Por Letícia Fucuchima

 

SÃO PAULO (Reuters) – A geradora renovável Casa dos Ventos anunciou nesta quinta-feira um pedido firme à dinamarquesa Vestas de turbinas eólicas equivalentes a 1,31 gigawatt (GW) de potência, marcando o lançamento de dois novos complexos eólicos que somarão cerca de 9 bilhões de reais em investimentos.

O contrato com a Vestas, cujo valor não foi informado, também significa um importante negócio para a dinamarquesa, sendo o maior acordo comercial para turbinas “onshore” da fabricante em toda sua cadeia global, em um momento de turbulências para as principais fornecedoras da indústria eólica.

Os 291 aerogeradores encomendados serão instalados em dois novos complexos eólicos da Casa dos Ventos no Nordeste, o Serra do Tigre, com 756 MW de capacidade instalada, no Rio Grande do Norte; e o Babilônia Centro, com 554 MW, na Bahia.

Os empreendimentos já possuem outorga e conexão assegurada à rede de transmissão de energia, e a contratação da energia que será gerada está em fase avançada junto a grandes consumidores do mercado livre, segundo Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos.

“Temos grandes companhias (clientes) que estão bastante dedicadas nessas discussões… Obviamente para nos comprometermos com esse volume de máquinas, temos que ter negociações avançadas. Esperamos em poucos meses anunciar grandes PPAs (contratos de energia) para esses projetos”, disse ele à Reuters.

“São dois novos grandes projetos, (isso) demonstra a confiança que a gente tem na resiliência no setor no Brasil, na transição energética, seja pensando em eletricidade… seja, em parte, fornecer energia para produção de derivados como hidrogênio e amônia verde”, acrescentou.

A Casa dos Ventos, que passou a ter a petroleira TotalEnergies como sócia no ano passado, vem crescendo seu portfólio de projetos de geração, tendo como clientes-âncora grandes indústrias eletrointensivas, como Vale, Anglo American e Unigel. Na véspera, a empresa anunciou um novo acordo de longo prazo com a Braskem.

A entrega dos equipamentos, do modelo V150-4.5MW, está prevista para iniciar no terceiro trimestre de 2024, com comissionamento esperado para o primeiro trimestre de 2025.

As máquinas serão produzidas no Brasil, na fábrica da empresa dinamarquesa em Aquiraz (CE).

“A gente já vem fazendo investimentos na fábrica desde 2016, e na cadeia de suprimentos (também)… Quando temos esses volumes grandes, acabamos gerando impacto em toda a cadeia, então temos crescido bastante o número de fornecedores”, explicou Eduardo Ricotta, presidente da Vestas América Latina.

Segundo o executivo, a capacidade atual da planta cearense é suficiente para atender ao novo contrato com a Casa dos Ventos. O volume de máquinas produzidas pela Vestas no Brasil é superior a 2 GW por ano.

CADEIA DE SUPRIMENTOS PRESSIONADA

O negócio entre as empresas vem em um momento de forte pressão sobre a indústria eólica em todo o mundo. As fabricantes vêm sofrendo com alta demanda e aumentos de custos associados a matérias-primas, sem conseguir repassá-los aos clientes devido a contratos precificados no passado, incorrendo em grandes prejuízos.

Nesta semana, o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) estimou que um recorde de 680 GW de capacidade de energia eólica deverá ser instalado no mundo até 2027, mas apontou riscos associados à cadeia de suprimentos.

No Brasil, a indústria eólica sofreu duas baixas recentes. A General Electric interrompeu as vendas de aerogeradores ao mercado brasileiro em meados do ano passado. Já a Siemens Gamesa anunciou neste ano a hibernação temporária de sua fábrica em Camaçari, “como medida específica para ajustar sua estrutura de produção e atender às demandas atuais do mercado no Brasil”.

 

Entenda as regras do arcabouço fiscal anunciado por Haddad; economistas comentam


Crédito: Reprodução / TV Brasil Gov

Será necessário esforço da ala economia para esclarecer [ a proposta] para a sociedade e parlamentares na medida em que isso vai como PL ao Congresso, diz economista (Crédito: Reprodução / TV Brasil Gov)

A tão esperada proposta de arcabouço fiscal foi divulgada pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (30), três meses após o start do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto vai agora para avaliação no Congresso Nacional. Entre as metas divulgadas, estão:
  • zerar o déficit público da União em 2024;
  • limitar crescimento de gastos até 70% da receita dos últimos 12 meses;
  • atingir superávit primário de 0,5% do PIB em 2025;
  • superávit primário de 1% do PIB em 2026;
  • estabilização da dívida pública.

O que significam as novas regras da proposta?

O professor de Economia do Ibmec RJ, Gilberto Braga, comenta o que ocorre com os pontos listados:

  • A nova âncora tem 6 pilares: zerar déficit público em 2024, o que significa que os R$ 230 bilhões de déficit previstos precisarão ser zerados nas contas públicas; para 2025, isso representa um superávit de 0,5% do PIB, que passaria a ter uma conta equilibrada, com arrecadação superior às despesas e isso permitiria expansão futura, de acordo com a regra geral. Em 2026 também se espera crescimento de 1% do PIB, garantindo uma expansão econômica a partir deste ano”, explica. 
  • Portanto, a partir de 2026, teríamos a dívida pública completamente estabilizada a partir desse processo; teríamos limites para menor crescimento da despesa pública, com limitador de aproximadamente 75% da variação do PIB funcionaria como ‘teto’: um limite máximo para expansão das despesas, assim como um piso para que essa despesa não precise ser reduzida, como ocorre na regra atual de ajuste fiscal. 

Haddad falou que o atual teto de gastos passa a ter banda com crescimento real da despesa primária entre 0,6% a 2,5% ao ano, com Fundeb e piso da enfermagem excluídos dos limites. “Esse cenário coloca uma expansão menor do crescimento da despesa pública”, acrescenta o professor.

 

  • Uma nova âncora tem projeção de crescimento da despesa pública, determinado de acordo com as variações em relação ao PIB. Esse crescimento da despesa primária permitiria que o governo, em tese, venha a cumprir promessas de campanha, como recursos do FUNDEB, piso da enfermagem, e outros dentro das regras obrigatórias.

“Será necessário esforço da ala economia para esclarecer para a sociedade e parlamentares na medida em que isso vai como PL ao Congresso. Vale que Haddad aproveite os primeiros momentos para que o governo tenha espaço de tempo para vender as vantagens da proposta, fazendo com que tenha aceitação do mercado e sociedade”, avalia Braga. 

Gabriel Quintanilha, professor convidado da FGV Direito Rio, detalha o foco da proposta: a manutenção do superávit é o foco principal, garantindo que haja aumento da arrecadação suficiente para fazer frente às despesas públicas; e essas ficam limitadas em 70%: se o governo teve um superávit de R$100, ele pode gastar até R$70, garantindo resultado positivo. Ao mesmo tempo se permite maior gasto de acordo com a arrecadação.

“É um sistema interessante, garante responsabilidade com a gestão do gasto público, permite que haja investimento público e ao mesmo tempo gera previsibilidade de gastos ao mercado, o que gera equilíbrio relevante para a economia”, avalia Quintanilha. 

Qual o desafio de Haddad?

“A virtude da proposta é harmonizar a ideia de que o governo tenha comprometimento com freios na despesa pública sem torná-la engessada, como a regra fiscal que vale hoje. É uma proposta criativa, que não se sabe se vai funcionar, mas não traz ajuste imediato, e sim de transição”, afirma o professor do Ibmec. 

 “De alguma forma, o impacto muito positivo que se tinha reduzido, e pode estar associada a complexidade e no entendimento da proposta de arcabouço do governo federal; precisará de mais tempo para o mercado decifrar o pacote”, finaliza Braga. 

O que é arcabouço fiscal? 

Para rever as regras de gastos do governo, a gestão de Lula propôs o arcabouço fiscal. “Trata-se de um conjunto de regras na área fiscal que o governo irá enviar ao Congresso, como Lei Complementar, com o intuito de substituir a lei desde 2016, no governo Temer, conhecida como Teto dos Gastos”, explica Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama e professor IBMEC-RJ.

A medida faz parte da cartilha de promessas de Lula-Alckmin, que citava como prioridade “revogar o teto de gastos e rever o atual regime fiscal brasileiro, atualmente disfuncional e sem credibilidade”.

Pela regra atual do teto de gastos, as despesas do governo só poderiam aumentar pela correção da inflação anual. Ou seja, mesmo que o país tivesse um crescimento de arrecadação, isso teria que ser revertido para o aumento do resultado primário, ou seja, para o pagamento da dívida pública.

 

Americanas enfrenta batalha prolongada contra credores, dizem fontes


Crédito: Lojas Americanas/Divulgação

Credores resistem a plano de reestruturação que pode levar a descontos de até 80% no valor das dívidas da varejista (Crédito: Lojas Americanas/Divulgação)

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A Americanas, que pediu recuperação judicial em janeiro, enfrenta resistência de seus principais credores a um plano de reestruturação que pode levar a descontos de até 80% no valor das dívidas da varejista, disseram três fontes com conhecimento do assunto.

O plano de recuperação, submetido na semana passada na Justiça do Rio de Janeiro, prevê uma injeção de 10 bilhões de reais na companhia por parte de seus acionistas “de referência”, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira. Os três fundaram a 3G Capital, que é uma das principais acionistas dos gigantes do consumo Kraft Heinz e Anheuser Busch Inbev.

O valor oferecido no plano de reorganização fica aquém do que alguns detentores de dívida esperavam, de acordo com as três fontes.

“Os credores estão mais interessados ​​no que os acionistas (de referência) podem pagar,” em particular se puderem pressioná-los com mais força, disse uma das fontes.

A proposta da Americanas foi vista como “absurda” por alguns credores, já que prevê descontos tão grandes na dívida apesar da empresa possuir acionistas com grande poder financeiro, disse a segunda fonte.

A Americanas entrou em crise no início deste ano com a revelação de ter cerca de 20 bilhões de reais em inconsistências contábeis em seu balanço. A companhia possui dívida com credores de cerca de 43 bilhões de reais.

Embora o pedido de reorganização tenha desencadeado uma breve alta nas ações da Americanas na esperança de que pudesse fornecer um roteiro para a recuperação da companhia, a empresa enfrenta negociações prolongadas com credores insatisfeitos com as perdas que enfrentam, disseram as fontes à Reuters.

Os credores cruciais da “classe 3”, compreendendo debenturistas e bancos que representam cerca de 37 bilhões de reais em dívidas da Americanas, provavelmente exigirão mudanças na proposta, como um desconto menor, disseram as fontes.

De acordo com a lei de recuperação judicial do Brasil, os credores têm até 30 dias para apresentar suas objeções após a apresentação do plano.

Os bilionários acionistas de referência da Americanas, também são vistos como propensos a recuar. O trio sofreu enormes prejuízos como resultado das irregularidades contábeis, disse um porta-voz.

Lemann, Telles e Sicupira não sabiam nada sobre o assunto, reiterou o porta-voz, acrescentando que a prioridade é “chegar a um acordo equilibrado que garanta o futuro da empresa”.

A Americanas disse em nota que criou várias alternativas de pagamento de dívidas para credores de diferentes portes, naturezas e interesses, acrescentando que o plano está sujeito a ajustes e inclui “interações com grandes credores”.

O plano apresentado ao juízo da recuperação da Americanas no Rio de Janeiro este mês propõe um leilão reverso para liquidar dívidas com credores quirografários e financeiros que concordem em receber uma liquidação total ou parcial de suas reivindicações com um desconto de pelo menos 70%.

A empresa também propôs uma recompra de créditos sem garantia, bem como a emissão de debêntures simples e outras opções de reestruturação de dívida.

Somente os credores que não estão processando a Americanas poderão participar dessas propostas, de acordo com o plano. Para os credores que decidirem processar a varejista, o plano propõe um desconto de 80% na dívida, a ser paga em março de 2043.

A Americanas deve obter a aprovação do plano pela maioria de seus credores a tempo de uma assembléia geral prevista para este semestre.

Aurelio Valporto, que dirige a associação de acionistas minoritários Abradin e pediu à CVM para investigar a Americanas, seus executivos e a companhia de auditoria PwC, disse que o tratamento dado aos credores da “classe 3” foi “desrespeitoso”.

“Tudo parece razoável no plano exceto o tratamento dispensado aos credores classe 3; para eles o tratamento não é só leonino, mas é também desrespeitoso”, disse Valporto. “Nesse ponto o plano da Americanas se degenera em uma vergonhosa tentativa de calote e mostra que a queda de braço entre bancos e acionistas de referência está longe de acabar”, acrescentou.

Nem todos os aspectos do plano da Americanas são controversos. Espera-se que a maioria dos credores apoie a venda de alguns dos ativos, como Hortifruti Natural da Terra e Grupo Uni Co, disse uma outra fonte.

Há um “tom positivo” nas negociações nos últimos dias, acrescentou a fonte.

(Por Carolina Pulice)


Ações da China sobem antes de dados do PMI


Ações da China sobem antes de dados do PMI

Homem usa máscara dentro da Bolsa de Valores de Xangai


Por Summer Zhen

 

HONG KONG (Reuters) – As ações da China e de Hong Kong fecharam em alta modesta nesta quinta-feira, com os investidores depositando esperanças em políticas favoráveis a empresas após a reestruturação do Alibaba, enquanto aguardam dados da atividade industrial esta semana.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,81%, enquanto o índice de Xangai avançou 0,65%, interrompendo sequência de quatro dias de perdas. O Índice Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,58%

O desempenho econômico da China melhorou em março em relação aos primeiros dois meses e o país irá expandir a demanda doméstica e consolidará sua recuperação econômica, disse o primeiro-ministro, Li Qiang, na quinta-feira em um fórum econômico em Boao.

Investidores domésticos e globais vão acompanhar de perto os próximos dados domésticos para avaliar se a recuperação econômica é sustentada, disse Linus Yip, estrategista-chefe do First Shanghai Securities.

A China anunciará os dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial de março na sexta-feira.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,36%, a 27.782 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,58%, a 20.309 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,65%, a 3.261 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,81%, a 4.038 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,38%, a 2.453 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,51%, a 15.849 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,16%, a 3.257 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,02%, a 7.122 pontos.

 

quarta-feira, 29 de março de 2023

Geração solar registra quatro recordes em março, mostra ONS

 Energia solar: o que é, vantagens e desvantagens - Mundo Educação


 

 

A geração de energia via fonte solar registrou quatro novos recordes ao longo do mês de março, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Dois dos registros foram no Sistema Interligado Nacional (SIN), que atende todo o País, e outros dois centralizados no subsistema Sudeste/Centro-Oeste.

No sistema nacional, a recorde mais recente foi registrada em 24 de março quando 6.404 megawatts (MW) foram gerados, o que representou 8,4% da demanda no momento da marcação. Antes desta marca, o registro mais elevado havia sido feito em 10 de março, quando o montante chegou a 6.197 MW.

No submercado Sudeste/Centro-Oeste, o maior do País, a geração fotovoltaica atingiu, em 20 de março, às 11h49, a 2.646 MW na geração instantânea, representando 6% da demanda no instante do recorde. No dia seguinte, porém, o patamar foi ultrapassado, às 10h30, quando a geração instantânea chegou a 2.808 MW, o que equivale a 6,4% da demanda do subsistema naquele momento.

Segundo dados do Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN para o horizonte 2023-2017, em dezembro de 2022 a fonte solar representava 3,6% (6,6 gigawatts) do total da energia gerada no SIN. Para dezembro de 2026, estima-se que ela 6,7% do total, com 13,9 GW.

Ministro da Agricultura encerra visita à China comemorando resultados

Carlos Fávaro será ministro da Agricultura de Lula

Estadão Conteúdo

 

 O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, encerrou nesta quarta-feira, 29, a missão oficial na China. No “Seminário Econômico Brasil-China”, com autoridades e empresários dos dois países, ele comemorou os resultados da visita, em especial a retomada das importações de carne bovina brasileira pelo país anfitrião.

Os embarques estavam suspensos desde fevereiro por causa de um caso atípico do mal da vaca louca no Pará, e foram retomadas após 29 dias de negociação, com o cumprimento dos protocolos por parte do Brasil.

“Essa rapidez, não precarizando em hipótese alguma a qualidade e a segurança necessária para a relação comercial, mostra a relação afetuosa e profícua entre os dois países”, disse o ministro, em nota de sua assessoria.

Durante a visita na China, a delegação do Ministério recebeu uma carta da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) “reconhecendo a qualidade, a segurança e a credibilidade do sistema de defesa brasileiro”, disse a pasta.

Fávaro disse que a carta será entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.Ele citou ainda a habilitação de quatro novas plantas frigoríficas brasileiras para exportar para a China, o que não ocorria desde 2019, além da retomada de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas.

Conforme o ministro, também houve avanços na negociação de produtos como algodão, milho, uva fresca, noz pecã, sorgo e gergelim.


 

Missão empresarial anuncia 21 acordos com parceiros chineses

 

Por que ataques de Bolsonaro à China não prejudicaram comércio com o Brasil  - BBC News Brasil


 

 

Na matéria publicada anteriormente, havia duas informações incorretas referentes aos acordos da Suzano. A empresa informou que o acordo com a Cosco envolve cinco navios, não 17 conforme mencionado. E o acordo do memorando de entendimento é com a empresa China Forestry Group, não com a China Paper Company. Segue a versão corrigida:

A missão empresarial que seguiu em Pequim mesmo após o cancelamento da visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quarta-feira, 29, 21 acordos, memorandos ou assinaturas de parcerias com empresas chinesas.

A lista vai de apoio a startups à construção de navios e investimentos fora dos países, além de pesquisa e desenvolvimento. Inclui também a adesão ao sistema de pagamentos interbancário da China para que o intercâmbio de produtos e investimentos possa ser feito em moeda local – ou seja, sem a necessidade de compra de dólares.

Os acordos foram anunciados durante seminário empresarial organizado pelos governos do Brasil e da China, que se tornou a agenda mais importante da delegação brasileira após o anúncio de que Lula não poderia viajar nesta semana a Pequim por conta do quadro de pneumonia e influenza A.

Só da Vale, foram anunciados sete acordos com parceiros chineses, incluindo intercâmbio técnico e pesquisas científicas em siderurgia de baixo carbono com universidades chinesas e o desenvolvimento com a XCMG, do setor de bens de capital, de motoniveladoras de emissão zero.

A relação enviada pela mineradora prevê também acordos de aplicação de biocarvão, de modo a reduzir o impacto ambiental da produção siderúrgica, bem como linhas de crédito com bancos chineses para grandes projetos ao redor do mundo e um acordo de investimento, junto com Baowu e Xinhai, na construção de uma usina de processamento de níquel na Indonésia.

A Suzano assinou três acordos com parceiras chinesas, sendo o primeiro com a Cosco para a construção de cinco navios para o transporte de celulose e produtos de base biológica. Foi firmado também um memorando de entendimento com a China Forestry Group visando cooperação em materiais de base biológica e carbono, assim como investimentos e pesquisa e desenvolvimento. O terceiro anúncio da Suzano é o centro de inovação inaugurado na semana passada em Xangai.

Veja abaixo os demais acordos anunciados pela missão brasileira no penúltimo dia da agenda em Pequim. Na quinta-feira, 30, os empresários ainda têm visitas técnicas a sedes de empresas chinesas.

– A Comexport realizou acordo com a Furui para a venda de produtos e soluções da empresa no mercado brasileiro.

– A Motrice Soluções em Energia e a China Gansu International Corporation for Economic and Technical Cooperation (CGICO) firmaram memorando na área de energias renováveis, com foco na importação e execução de serviços e investimentos.

– A Sinomec e a Sete Partners firmaram parceria nas áreas de energia renovável, agricultura e outros setores.

– A empresa brasileira BMV global constituiu dois acordos com empresas chinesas para a comercialização de créditos de biodiversidade.

– A Apex e a Venture Cup China formalizaram parceria para apoiar startups brasileiras que desenvolvem negócios na China. Também vão organizar, em conjunto, uma semana de inovação, cujo foco serão soluções de economia de baixo carbono, sustentabilidade aplicada ao agronegócio e digitalização.

– O banco Bocom BBM anunciou a adesão ao sistema de pagamento interbancário da China (CIPS, na sigla em inglês), com o objetivo de permitir o câmbio direto entre reais e renminbi. O banco será o primeiro participante direto desse sistema na América do Sul.

– A sucursal brasileira do Industrial and Commercial Bank of China passa a atuar como banco de compensação do renminbi no Brasil. O uso da moeda chinesa visa a facilitar o comércio e os investimentos entre os países.

– A Odebrecht Engenharia e Construção, a Power China e a Sete Partners firmaram parceria para soluções conjuntas a projetos de infraestrutura no Brasil.

– A Sete Partners e a Tianjing Food Group se associaram para a criação de uma empresa binacional, com a meta de ampliar investimentos na cadeia agrícola brasileira em diversas áreas, inclusive logística.

– A Apex e a Beijing Hycore Innovation assinaram instrumento de cooperação com o objetivo de apoiar startups brasileiras a estabelecer negócios com a China.

 

Microsoft demite toda sua equipe de ética em inteligência artificial


Microsoft demite toda sua equipe de ética em inteligência artificial

A Microsoft afirma que os escritórios de IA responsável continuam ativos, e são eles que criam as regras a serem aplicadas em toda a empresa.

A Microsoft demitiu toda sua equipe de ética e sociedade no setor de inteligência artificial, de acordo com o site especializado Platformer. As demissões fazem parte do corte de 10 mil funcionários anunciado em janeiro.

A equipe de ética e sociedade era responsável por aplicar regras em soluções de inteligência artificial, fazendo com que elas não fossem lançadas com problemas que poderiam afetar a sociedade. “Nosso trabalho era criar regras em áreas onde não havia nenhuma”, disse um ex-funcionário ao Platformer.

A Microsoft afirma que os escritórios de inteligência artificial responsável continuam ativos, e são eles que criam as regras a serem aplicadas em toda a empresa. “A Microsoft está comprometida em desenvolver produtos e experiências de IA com segurança e responsabilidade, e o faz investindo em pessoas, processos e parcerias que priorizam isso”, disse a companhia.

Segundo os ex-funcionários, porém, essas regras só eram aplicadas por conta da existência da equipe de ética e sociedade.

Atualmente, uma das grandes discussões no setor de inteligência artificial é justamente a ética com a qual os sistemas são desenvolvidos. Como as soluções aprendem através de bancos de dados, elas podem copiar viéses existentes na sociedade, propagando discurso de ódio, desinformação e preconceitos.

Equipes de ética geralmente são responsáveis por garantirem que os produtos com inteligência artificial não gerem danos como esses à sociedade.

Atualmente, a Microsoft está investindo fortemente na OpenAI, empresa criadora do ChatGPT, para distribuir ainda mais recursos de inteligência artificial aos usuários. Sem uma equipe de ética, esses softwares podem chegar com problemas graves ao mercado.

Em uma reunião com a equipe de ética no ano passado, cujo áudio foi obtido pelo Platformer, John Montgomery, vice-presidente corporativo de inteligência artificial da Microsoft, disse que os líderes da empresa instruíram que a velocidade dos processos fosse aumentada. “A pressão de Kevin [Scott, CTO] e Satya [Nadella, CEO] é muito, muito alta para pegar esses modelos openAI mais recentes e os que vêm depois deles e movê-los para as mãos dos clientes em uma velocidade muito alta”, disse ele.

Por conta dessa pressão, Montgomery propôs que funcionários da equipe de ética fossem transferidos a outras áreas. Os membros da equipe questionaram a decisão, mas o líder não mudou de ideia. Algumas pessoas foram, de fato, transferidas para outras áreas da Microsoft. Os funcionários restantes, porém, foram demitidos meses depois.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/microsoft-demite-toda-sua-equipe-de-etica-em-inteligencia-artificial/

 

Grupo que inclui Elon Musk pede pausa em inteligência artificial, cita “riscos à sociedade”



Crédito: NTB/Carina Johansen via REUTERS

Elon Musk assina carta que pede pausa no desenvolvimento de IA (Crédito: NTB/Carina Johansen via REUTERS)

 

(Reuters) – O bilionário Elon Musk, um grupo de especialistas em inteligência artificial e executivos do setor estão pedindo uma pausa de seis meses no desenvolvimento de sistemas mais poderosos que o recém-lançado GPT-4 da OpenAI. O pedido consta de uma carta aberta que cita potenciais riscos para a sociedade e a humanidade.

A carta, emitida pela organização sem fins lucrativos Future of Life Institute e assinada por mais de mil pessoas, incluindo Musk, pede uma pausa no desenvolvimento avançado de inteligência artificial até que protocolos de segurança compartilhados para tais projetos sejam desenvolvidos, implementados e auditados por especialistas independentes.

“Poderosos sistemas de inteligência artificial devem ser desenvolvidos apenas quando estivermos confiantes de que seus efeitos serão positivos e seus riscos serão administráveis”, afirma o grupo na carta.

A OpenAI, que tem a Microsoft um de seus principais apoiadores, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A carta detalha os riscos potenciais para a sociedade e a civilização na forma de problemas econômicos e políticos e convoca os desenvolvedores a trabalharem com formuladores de políticas e autoridades reguladoras sobre governança.

Os co-signatários incluem Emad Mostaque, presidente-executivo da Stability AI; pesquisadores da DeepMind, de propriedade da Alphabet; e os pesos pesados do setor, Yoshua Bengio, muitas vezes referido como um dos “padrinhos da inteligência artificial”, e Stuart Russell, um pioneiro da pesquisa no campo.

De acordo com dados da União Europeia, o Future of Life é financiado principalmente pela Fundação Musk, bem como pelo grupo pelo grupo britânico Founders Pledge e pela Silicon Valley Community Foundation.

TRANSPARÊNCIA

Sam Altman, presidente-executivo da OpenAI, não assinou a carta, disse um porta-voz da Future of Life à Reuters.

“A carta não é perfeita, mas o espírito está certo: precisamos desacelerar até entendermos melhor as ramificações”, disse Gary Marcus, professor da Universidade de Nova York e um dos signatários da carta. “As grandes empresas estão se tornando cada vez mais secretas sobre o que estão fazendo, o que torna difícil para a sociedade se defender contra quaisquer danos que possam se materializar.”

Críticos acusaram os signatários da carta de promover o “o frenesi da inteligência artificial”, argumentando que as afirmações sobre o atual potencial da tecnologia foram muito exageradas.

“Esse tipo de declaração visa aumentar o frenesi. Serve para deixar as pessoas preocupadas”, Johanna Björklund, pesquisadora e professora associada da Universidade de Umeå, na Suécia. “Não acho que haja necessidade de puxar o freio de mão.”

Em vez de interromper a pesquisa, disse ela, os pesquisadores devem ser submetidos a maiores requisitos de transparência. “Se você faz pesquisa de inteligência artificial, deve ser muito transparente sobre como faz isso”, disse Björklund.


Pepsi divulga novo logotipo no 125º aniversário da marca


Crédito: Pepsi/Divulgação

Segundo a Pepsi, objetivo do novo logo é projetar "energia, confiança e ousadia" (Crédito: Pepsi/Divulgação)

A PepsiCo decidiu atualizar o logotipo antecipando seu 125º aniversário, que será comemorado dia 28 de agosto, em substituição ao que era usado desde 2008. O novo logo mostra o nome da marca de forma mais acentuada, usando uma fonte preta e densa, ao contrário da anterior, que era branca e mais delgada.

A posição do logotipo também foi alterada, passando a ocupar o centro do refrigerante e no meio do logotipo clássico azul, branco e vermelho. As letras aparecem todas em caixa alta (maiúsculas), ao contrário da anterior.

De acordo com a Pepsi, o objetivo do novo logo é projetar “energia, confiança e ousadia”.

A PepsiCo começará a usar o novo logotipo nos EUA e no Canadá em setembro, em latas azuis e pretas e em promoções. O lançamento internacional ocorre em 2024.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/pepsi-divulga-novo-logotipo-em-ano-que-marca-125o-aniversario-da-marca/

 


segunda-feira, 27 de março de 2023

Incerteza e juro travam investimentos



 

As incertezas em relação ao rumo da política econômica e o efeito do juro alto devem travar os investimentos no Brasil neste ano e dificultar uma recuperação mais robusta da economia.

Desde o fim de 2022, essa piora da conjuntura já se refletiu num financiamento mais caro para as companhias. Excluindo Vale, Petrobras e Eletrobras, o custo de captação das empresas no mercado financeiro subiu para 15%, ficando acima do retorno a ser obtido com o investimento, mostra levantamento do coordenador do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe), Carlos Antonio Rocca.

Isso significa que, para boa parte das empresas, sobretudo as médias e as pequenas, não vale mais a pena tomar recursos para fazer novas obras e ampliar a capacidade produtiva. Sem uma mudança no cenário, a tendência é de que projetos permaneçam engavetados. “A expectativa neste ano é de que o investimento privado enfrente um baixo crescimento por causa do custo maior aliado a fatores como PIB mais fraco, estabilização dos preços das commodities e aumento do custo de mão de obra”, diz Rocca.

A decisão de investimento depende da estabilidade macroeconômica e de um bom ambiente de negócios. No País, há dúvidas sobretudo no campo das contas públicas – se o arcabouço fiscal a ser apresentado pelo Ministério da Fazenda estancará o endividamento da economia brasileira. O embate entre o governo e o Banco Central sobre o nível dos juros é mais um ponto de incógnita.

“Quando você começa a chacoalhar demais o ambiente macroeconômico e de negócios, você começa a afetar a taxa de investimento”, diz Cláudio Frischtak, fundador da consultoria Inter.B.


Cadeia do agro e setores de infraestrutura tendem a destoar da estagnação

Os investimentos no Brasil já vinham dando sinais de perda de fôlego no ano passado. A chamada formação bruta de capital fixo cresceu apenas 0,9%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e chegou a cerca de 19% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano, a projeção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) é de estagnação. De forma geral, a leitura dos analistas é a de que, se não vai haver um grande avanço, pelo menos não deve existir um grande retrocesso.

Apesar das dificuldades, ainda existem investimentos esperados para algumas áreas, que vão ignorar o cenário macroeconômico difícil e sair do papel. “Tem uma parte do investimento que acaba vindo. É aquele investimento para modernizar, reduzir custos e ganhar eficiência. Isso vai continuar existindo. É uma estratégia de sobrevivência, para que as empresas consigam se manter no mercado”, afirma Silvia Matos, economista do Ibre/FGV.

Na lista de setores que devem sobressair neste ano, estão a cadeia produtiva que envolve o agronegócio e a própria necessidade de modernização das empresas e setores de infraestrutura com obrigações contratuais.

No setor de energia elétrica, por exemplo, cuja aposta é de longo prazo, os investimentos em projetos renováveis devem seguir em alta, sobretudo nas áreas de eólica e solar. Em saneamento, os recursos injetados no setor referem-se aos 22 leilões dos últimos três anos, desde o novo marco regulatório.

“A previsão é de termos mais investimentos neste ano e menos contratações novas”, afirma o diretor executivo da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon Sindcon), Percy Soares Neto. Ele diz que as empresas estão em compasso de espera para o novo decreto envolvendo o setor, previsto ainda para este mês. “O setor está parado, travado, dependendo das novas medidas (sobre a participação das estatais no setor).”

Há uma expectativa também de que, se o governo conseguir virar a página das incertezas na economia, pode acelerar o ingresso de recursos de fora do País. Com o fim do governo de Jair Bolsonaro, houve uma melhora na percepção externa sobre o Brasil em vários aspectos, sobretudo nas questões institucionais e de meio ambiente. “No governo Lula, isso melhorou muito”, afirma Cláudio Frischtak, fundador da consultoria Inter.B. “Mas, agora, há um ruído na parte macro, e ele está piorando.”

TERMÔMETRO.

No setor de máquinas e equipamentos – um importante termômetro do investimento no País -, o ano começou com a receita em queda. Em janeiro, o faturamento recuou 14% em relação a dezembro e 6,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

“O investimento do País está abaixo da depreciação dos ativos. É como se o Brasil estivesse sendo sucateado por falta de investimento”, diz José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Na Solotest, que fornece equipamentos para laboratórios de construção civil, os sinais de que o cenário está mais difícil começaram a se materializar. A perda de ritmo com a demanda menor fica evidente na redução do prazo de entrega. Antes, levava em torno de 60 a 90 dias. Agora, está em cerca de 30 dias.

“O ano de 2022 foi muito bom. Nós conseguimos sair do prejuízo. Acabamos 2022 muito bem”, afirma Luiz Barella, sócio da empresa. Com sede em São Paulo, a companhia tem quase 100 funcionários. “Pode ser algo passageiro. Começamos a trabalhar em novos produtos para tentar exportar um pouco mais”, diz.

 

 https://fusoesaquisicoes.com/hr/incerteza-e-juro-travam-investimentos/?mc_cid=894d880995&mc_eid=cca20f1b20

 

Sólides vai às compras e avança no segmento de PMEs um ano após aporte de R$ 530 milhões

 Após aporte Sólides anuncia compra


A Sólides conseguiu aproveitar o fim da janela de oportunidades para as startups antes do aperto monetário em escala global jogar as empresas de tecnologia e crescimento em um forçado “inverno”.

Os cheques ficaram escassos desde fevereiro de 2022, quando a startup voltada a ferramentas de recursos humanos para pequenas e médias empresas (PMEs) levantou US$ 100 milhões (R$ 530 milhões na cotação da época) com a gestora Warburg Pincus.

Para Mônica Hauck, CEO e fundadora da Sólides, além do timing, o dinheiro representou o reconhecimento de uma tese que ia na contramão do consenso de anos anteriores. “Eles nos viram como o melhor player posicionado para PMEs e mostrou que nossa visão de apostar em uma solução única era a vencedora”, diz.

Com o cheque em mãos, a startup listou alguns objetivos centrais: realizar aquisições para aumentar o portfólio de serviços, aumentar a carteira de clientes PMEs, investir em soluções de inteligência artificial e dobrar de tamanho ao fim de 2022.

“Nós cumprimos todos os objetivos”, garante Hauck, sem abrir os números. Em M&A, a empresa comprou a Tangerine, uma plataforma voltada ao departamento pessoal. Nele, a Sólides conseguiu passar a oferecer também gestão de ponto, férias e documentos dos funcionários. Eles se juntaram à oferta de serviços, como perfil dos funcionários, onboarding pesquisa de clima e controle de metas, por exemplo.

Criada em 2010 como empresa que produzia relatórios de perfil comportamental, a Sólides ‘pivotou’ em 2015 para soluções de recursos humanos para empresas de pequeno e médio porte porque via uma necessidade – ou “dor” no vocabulário das startups – que não era atendida por nenhuma outra plataforma.

“Estamos falando de um período em que existiam menos startups. Mas a tese da época era de soluções fragmentadas. Nós não concordávamos e acabamos pegando o caminho mais difícil para receber qualquer aporte”, reconhece.

O racional dela e do cofundador Alessandro Garcia é de que as PMEs mal tinham orçamento para contratar uma solução, o que dirá de mais uma. “É difícil vender para o pequeno e por isso que as concorrentes não focam no mercado, prefere um grande cliente”, prossegue a CEO da Sólides.

Somente quatro anos depois que o primeiro cheque chegou à Sólides, o fundo DGF aportou R$ 14 milhões na empresa. “Sempre vivemos no ‘inverno’, então tínhamos que gerar caixa sempre. Isso nos deu disciplina para não queimar caixa a qualquer custo”, aponta Hauck.

Para 2023, a empresa vê espaço para avançar em regiões para além do Sudeste. “É um mercado gigante, existem empresas do Nordeste, Norte e Centro-Oeste que não são vistas. No segmento do agronegócio, por exemplo, há muitas empresas que buscam nossas soluções – e são empresas forte que voam abaixo do radar das concorrentes”, avalia a executiva.

Segundo cálculos da empresa, de dez contratações que ocorrem no Brasil, pelo menos oito são feitas por pequenas e médias empresas. Isso demonstra que o grosso do mercado é pulverizado e necessita de atenção. 

Fornecedora offshore Ocyan será vendida, e EIG é visto como comprador mais forte, diz O Globo

Ocyan deve ser vendida

 

(Reuters) – A fornecedora offshore brasileira Ocyan deve ser vendida e o fundo americano EIG Global Energy Partners é o mais forte candidato à aquisição, afirma reportagem do jornal O Globo neste domingo.

A notícia foi publicada na coluna do jornalista Lauro Jardim sem maiores detalhes.

EIG e Ocyan, que era conhecida como Odebrecht Óleo e Gás até 2018, não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

(Reportagem de Marcela Ayres em Brasília)

Relator de reforma tributária defende novo sistema com poucas exceções


Relator de reforma tributária defende novo sistema com poucas exceções

Relator de reforma tributária defende novo sistema com poucas exceções


BRASÍLIA (Reuters) – O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que a ideia é reorganizar o sistema de tributos do país de forma a que ele tenha poucas exceções, argumentando que são os brasileiros quem pagam a conta de concessões ou benefícios.

Aguinaldo ponderou que para haver tratamento diferenciado dentro do sistema tributário, é necessária uma análise objetiva dos impactos da unificação dos tributos em torno do imposto sobre valor agregado (IVA), porque “conceitualmente não podemos construir um sistema que nos traga complexidade”.

“Quando a gente fala do setor de serviços, assim como outros setores, você tem várias especificidades que agente tem que fazer uma avaliação muito realista do impacto realmente daquilo que se tem com IVA. Nós não vamos poder –eu já disse publicamente– criar um sistema tributário onde a gente atende a todos os setores, porque se não, nós vamos continuar como a gente está, né?”, afirmou o deputado no evento Arko Conference, por videoconferência.

“Porque no final das contas… Essa conta é paga por todos os brasileiros”, acrescentou.

De qualquer forma, garantiu Aguinaldo, o impacto sobre os setores será debatido para a construção do relatório, discussão que contará com a participação de todos os envolvidos, incluindo o governo, que criou uma secretaria especial no Ministério da Fazenda apenas para cuidar da reforma.

Aguinaldo ressaltou que o setor de serviços deve sofrer pouco ou nenhum abalo por conta da reforma já que, segundo ele, nessa fatia 70% das empresas se enquadram no Simples.

O deputado relatou ainda que o grupo de trabalho tem se debruçado sobre as alternativas adotadas por outros países e avaliou que com o uso da tecnologia é possível aumentar a base sem precisar aumentar a carga, além de reduzir a regressividade.

Para ele, a taxação excessiva de alguns setores é a “confissão” da “ineficiência” do Estado.

Ainda sobre os impactos da reforma, Aguinaldo lembrou que haverá um processo de transição para as novas regras.

PATRIMÔNIO E RENDA

Também presente no evento, o coordenador do grupo de trabalho que discute a reforma na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que um dos objetivos do IVA é ampliar a base de arrecadação, defendendo que o governo avalie, paralelamente ao longo do processo de transição, setores não tributados.

“Só é possível manter o percentual de carga tributária relacionada ao PIB se de fato a base de incidência for ampla”, disse Reginaldo.

“Só que o IVA tem aí uma transição de 6 anos. Portanto, o governo, ele precisa enfrentar esse setores que não são tributados agora”, defendeu, citando como exemplos o setor de apostas eletrônicas e compras online.

“De fato, o governo terá que fazer esse enfrentamento aí, ampliar a incidência tributária, na minha opinião, antes da implementação do IVA.”

Ao comentar a necessidade de reindustrialização do país e a tentavia de torná-lo mais competitivo, Lopes foi categórico ao dizer que “jamais vamos tributar exportação com essa reforma”.

Ainda de acordo com o coordenador do grupo de trabalho, a taxação sobre patrimônio e renda será tratada “em um segunda etapa”.

No momento, a reestruturação do sistema debatida no grupo de trabalho da Câmara encontra-se em fase de audiências públicas com especialistas e setores envolvidos.

A previsão de Aguinaldo é de divulgar um texto com a conclusão dos debates no grupo em 16 de maio.

Encerrada essa etapa, a proposta pode seguir ao plenário da Câmara. Mas, devido à complexidade do tema, até mesmo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), patrocinador da reforma tributária, considerou “difícil” fixar um prazo para a votação. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma tributária precisará receber no mínimo 308 votos entre os 513 deputados, em dois turnos de votação, para ser aprovada.

Deputados do grupo de trabalho partem de duas PECs sobre a reforma tributária — a 45 e a 110 — já em tramitação no Congresso, para elaborar o texto a ser submetido ao plenário.

A PEC 45, que tramita na Câmara, prevê a criação de um único imposto sobre bens e serviços nos âmbitos federal, estadual e municipal. Já a PEC 110, do Senado, prevê uma tributação dual: um imposto sobre o valor agregado para a União e outro para os demais entes da Federação.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Edição de Alexandre Caverni)


China vai manter certo nível de crescimento em meio a transição, diz premiê


China vai manter certo nível de crescimento em meio a transição, diz premiê

Primeiro-ministro da China, Li Qiang

 

PEQUIM (Reuters) – A economia da China manterá um certo nível de expansão econômica conforme acelera a transição para um crescimento de maior qualidade, disse o primeiro-ministro, Li Qiang, segundo a imprensa estatal chinesa nesta segunda-feira.

O desenvolvimento econômico global está em um período complexo e os países devem chegar a um consenso e fortalecer a cooperação, disse Li durante reunião com executivos empresariais globais e outros delegados estrangeiros no Fórum de Desenvolvimento da China em Pequim.

Esforços serão feitos para solidificar a confiança e estabilizar as expectativas diante dos desafios, disse Li.

“No futuro, mantendo um certo ímpeto de crescimento, a economia da China irá acelera as mudanças em qualidade, eficiência e força motriz, e se esforçará para alcançar um desenvolvimento de maior qualidade e melhorar a vida das pessoas”, disse Li.

“Tudo isso dará um novo impulso ao crescimento econômico mundial e também um amplo espaço para o desenvolvimento de empresas de vários países da China.”

A China abrirá mais sua economia para o mundo exterior, independentemente das mudanças na situação internacional, disse Li.

A China se conectará com regras financeiras internacionais de alto padrão e se esforçará para criar um ambiente de negócios de primeira classe, legalizado e internacionalizado e orientado para o mercado, acrescentou Li.

A China estabeleceu uma meta modesta de crescimento anual de cerca de 5% este ano, depois de ter ficado abaixo de seu objetivo para 2022.

(Por Redação de Pequim e Kevin Yao)

Ibovespa avança com apoio externo e expectativa de regra fiscal


Ibovespa avança com apoio externo e expectativa de regra fiscal

Bolsa de Valores B3

 

Por Paula Arend Laier

 

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, com o viés positivo de praças acionárias no exterior apoiando a recuperação após cinco semanas seguidas de baixa no pregão paulista, enquanto agentes financeiros aguardam novidades sobre nova regra fiscal do país.

Às 11:20, o Ibovespa subia 0,91%, a 99.726,06 pontos. O volume financeiro somava 3,9 bilhões de reais.

Tal performance ocorre após o Ibovespa acumular cinco semanas de queda, período em que caiu cerca de 9,5%.

Na visão da XP Investimentos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva -que adiou viagem à China por motivos de saúde- e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Brasil, aumentam as chances de o novo arcabouço fiscal ser anunciado nesta semana.

Sobre a pauta brasileira, a equipe da plataforma de investimentos também afirmou que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para terça-feira, é bastante aguardada.

Na semana passada, o Copom manteve a Selic em 13,75% ao ano e esfriou expectativas de um corte em breve, o que motivou uma forte correção no mercado local, contaminando o Ibovespa.

Para estrategistas do JPMorgan, há pouca possibilidade de o mercado brasileiro de ações engatar uma tendência de alta na ausência de juros mais baixos, ou sem ao menos uma expectativa de que exista caminho para isso.

No exterior, as atenções devem ficar voltadas para discursos de autoridades do Federal Reserve, com agentes financeiros buscando sinais sobre os próximos passos da política monetária, mas também a dados econômicos e a situação no setor bancário.

Em Wall Street, nesta segunda-feira, o S&P 500 subia 0,5%, após acordo de compra dos depósitos e empréstimos do falido Silicon Valley Bank.

DESTAQUES

– VIA ON mostrava alta de 3,21%, a 1,93 reais, e MAGAZINE LUIZA ON subia 1,93%, a 3,36 reais, endossadas pelo relativo alívio na curva de juros, que também ajudava outras ações de varejo. PETZ ON valorizava-se 2,89%, após desabar 11,7% na semana passada.

– RAÍZEN PN avançava 3,32%, a 2,49 reais, no segundo pregão de recuperação, após atingir mínimas históricas na última quinta-feira. O JPMorgan reiterou recomendação “overweight” para os papéis, citando valuation, mas cortou previsão para o Ebitda e citou falta de gatilhos no curto prazo.

– BRASKEM PNA subia 3,3%, a 18,45 reais, conforme persistem expectativas atreladas ao controle da petroquímica. Mais cedo, a Petrobras informou que não houve mudanças em seu plano de venda de sua participação na Braskem. Os papéis também atingiram na semana passada mínimas desde abril de 2020.

– COGNA ON caía 3,24%, a 1,79 reais, ampliando a perda da semana passada e renovando mínimas desde 2011, apesar de perspectivas positivas sinalizadas por executivos do grupo de educação. No setor, YDUQS ON perdia 3,18%, a 7 reais, após saltar mais de 10% na sexta-feira.

– BRF ON recuava 2,59%, a 6,02 reais, corrigindo parte da alta da última sexta-feira, quando disparou 11,35%. A companhia busca reabilitação de suas duas maiores fábricas pela China, afirmaram fontes à Reuters na semana passada.

– PETROBRAS PN registrava acréscimo de 1,23%, a 23,07 reais, em sessão de alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent subindo 2,01%.

– VALE ON tinha alta de 0,24%, a 78,86 reais. Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura se recuperaram nesta segunda-feira, mas os ganhos foram limitados pela decepção dos traders principalmente com a fraca demanda por produtos de aço para construção na China.

– ITAÚ UNIBANCO PN avançava 1,72%, a 23,62 reais, e BRADESCO PN valorizava-se 1,89%, a 12,95 reais, endossando a recuperação na bolsa paulista.

– CEMIG PN ganhava 1,79%, a 10,82 reais, após anunciar projeção de investimentos de 42,2 bilhões de reais para o período entre 2023 e 2027, maior plano de investimentos da sua história. A elétrica mineira também encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de 1,4 bilhão de reais.

– DASA ON, que não está no Ibovespa, subia 7,5%, a 8,17 reais, após divulgar que engajou os bancos BTG Pactual, Bradesco BBI e Itaú BBA para uma potencial oferta primária de ações de 1,5 bilhão de reais a ser lançada depois da divulgação do balanço da companhia, esperada para o dia 28 deste mês.