|
|||||||||||||||
|
|||||||||||||||
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Brasil reforça defesa comercial para aumentar cerco a produto importado
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Normas sobre lavagem aumenta procura nos escritórios
Atitude preventiva
Com
a nova Lei de Lavagem e a resolução do Coaf que obriga consultorias a
informar operações de clientes suspeitas de lavagem de dinheiro, os
escritórios de advocacia especializados no tema têm registrado aumento
na procura de esclarecimentos sobre o assunto. “Depois da alteração
produzida no meio do ano passado que acabou regulamentada no começo
deste ano, começamos a receber mais consultas não só de instituições
financeiras como, de entidades obrigados a apresentar comunicado ao
Coaf”, diz Maurício Silva Leite, do Leite Tosto Advogados.
De
acordo com a Resolução 24 do Coaf, as consultorias deverão implantar
procedimentos para a identificação do beneficiário final da operação e
obtenção de informações sobre o propósito e a natureza do negócio.
Qualquer operação superior a R$ 30 mil paga em espécie ou cheque ao
portador deverá ser comunicada ao Coaf. Além de consultorias, as novas
regras valem também para prestadores de seviço de assessoria, auditoria,
contadoria, aconselhamento ou assistência, e abrange pessoas físicas ou
jurídicas não submetidas a regulação de órgão próprio.
Segundo o advogado David Rechulski,
as empresas estão preocupadas com a possibilidade de serem condenadas
por responsabilidade objetiva em caso de lavagem de dinheiro. “É um
alcance estruturado muitas vezes em circunstâncias que não estão no
controle absoluto da empresa, mas podem repercutir na própria
companhia”, afirma. Ele diz que tem recebido consultas de muitas
empresas do ramo imobiliário, como construtoras.
Bancos
Já os bancos têm redobrado a atenção em casos de risco potencial de lavagem de dinheiro. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico,
as instituições estão mais rigorosas na análise de remessas do
exterior, o que tem provocado maior lentidão nessas operações. De acordo
com o jornal, fontes de instituições financeiras dizem que, com os
procedimentos mais rígidos, os executivos dos bancos podem responder a
processo como pessoa física.
Na avaliação do advogado Eduardo
Fleury ao jornal, o banco pode inclusive ser responsabilizado por essas
operações. Segundo ele, a precaução das instituições financeiras já
vinha aumentando antes mesmo da nova legislação. "O ambiente mudou nos
últimos anos e não apenas no Brasil."
Além da nova lei de lavagem,
o jornal cita pressões da comunidade internacional e regras mais
rígidas do Banco Central como as responsáveis pela dificuldade na
liberação das remessas do exterior. De acordo com o jornal, com essas
novas regras, os bancos passaram a adotar procedimentos mais minuciosos
e, em alguns casos, pedem aos clientes documentos que comprovem até o
último grau de controle acionário de uma empresa.
Elton Bezerra é repórter da revista Consultor Jurídico.
Revista Consultor Jurídico, 13 de fevereiro de 2013
Validação de diploma de medicina para formados no exterior pode mudar
Uma nova alternativa para facilitar a validação de diplomas de medicina
obtidos no exterior está em discussão no governo. A ideia é alterar a
metodologia do Revalida, exame exigido de profissionais interessados em
trabalhar no País. Pela proposta, a definição do padrão de dificuldade
das questões, que hoje leva em conta o desempenho de professores e
médicos, passaria a ser feita com base no conhecimento médio de alunos
no fim do curso.
Defensores da mudança afirmam que a medida tornaria o exame mais justo.
"Não faz sentido aplicar uma prova mais difícil para médicos que se
formam no exterior. O padrão tem de ser o mesmo", afirma o deputado
Rogério Carvalho (PT-SE), que acompanha as discussões.
O número de brasileiros interessados em validar o diploma no Brasil deve crescer. Ontem, o jornal O Estado de S.Paulo
mostrou que, depois de Bolívia e Cuba, a Argentina é o novo destino de
estudantes que desejam cursar medicina mas não conseguem vaga em uma
universidade pública e não têm recursos para pagar um curso particular,
cuja mensalidade custa, em média, R$ 5 mil.
Para preparar a prova, questões são classificadas como de baixo, médio e
alto grau de dificuldade. No Enade (Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes) e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o padrão de
calibragem das questões é feito por meio da análise de desempenho de
testes aplicados a estudantes.
Quando a tarefa é desempenhada por professores e profissionais em
atividade, dizem defensores da tese, o grau de dificuldade do exame
naturalmente é mais elevado. "Claro que o aluno tem uma avaliação
distinta de um profissional", avalia Carvalho.
Aumento da oferta
A mudança nas regras do Revalida é discutida desde 2012. A medida é
considerada como uma saída de curto prazo para aumentar a oferta de
profissionais no mercado, como quer a presidente Dilma Rousseff.
Uma das ideias em debate é uma espécie de estágio para graduados em uma
lista de faculdades. Os alunos receberiam uma autorização provisória
para trabalhar na rede pública por certo período. Terminado o prazo, o
profissional poderia continuar trabalhando no País, sem necessidade da
realização do Revalida.
Em janeiro, a ABM (Associação Brasileira de Municípios) entregou carta
endereçada a Dilma exigindo a adoção de medidas para resolver a falta de
médicos no mercado. Entre as propostas estava o incentivo para
"importação" de médicos formados no exterior. Prefeituras afirmam que,
diante da falta de médicos, têm de se submeter a "leilões" para poder
contratar profissionais.
Entidades médicas contestam os dados. Afirmam que o maior problema do
País não é a baixa quantidade de médicos, mas a distribuição irregular
dos profissionais. "Defendemos uma política de fixação de médicos, a
criação de uma carreira de Estado, como a de juiz: com progressão de
carreira, incentivos", afirma o presidente do Conselho Federal de
Medicina, Roberto D’Ávila.
Ele argumenta que, mesmo se houvesse poucos profissionais, a última
alternativa deveria ser a flexibilização das regras do Revalida. "Nenhum
país sério faz isso. E o resultado sabemos muito bem qual seria:
médicos despreparados para população mais carente. O problema de saúde
pública não seria resolvido. No máximo seria uma solução no papel." (As
informações são do jornal O Estado de S.Paulo)
Lígia Formenti
Indústria brasileira de artigos médicos exportará até 15% mais em 2013
|
Desvalorização do bolívar deve reduzir saldo do Brasil no comércio bilateral
|
Burocracia trava investimentos, diz Gleisi Hoffmann
Ritmo lento
“O
principal desafio do setor público é resolver o ritmo da burocracia e
fazer com que as pessoas tenham compromisso com o resultado”. A
afirmação é da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em
entrevista concedida ao repórter Valdo Cruz, publicada no jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (13/2), Gleisi disse estar otimista com o governo em 2013 e espera uma retomada do crescimento.
A ministra explicou ainda as alterações feitas nos programas de concessões de rodovidas e ferrovias. Segundo ela, após a divulgação dos estudos são feitas audiências públicas para recolher opiniões. “Tivemos pessoas que sugeriram alterações, disseram que seria melhor fazer adequações. E nós aceitamos, porque queremos acertar para que a parceria com o setor privado dê certo e o país cresça”.
Leia a entrevista:
Folha — O ano começou com um clima negativo para o governo, inflação em alta, crescimento não tão forte, queixas de empresários sobre regras nas concessões, câmbio provocando tensão. O que está acontecendo de errado com o governo?
Gleisi Hoffmann — Sou muito otimista com 2013. Temos bons resultados. Menor taxa de desemprego da história, redução sistemática da miséria, redução nas taxas de juros, investimentos estrangeiros expressivos no país.
Durante 2012, todas as medidas foram tomadas para que tivéssemos uma retomada do nosso crescimento.
Desoneração tributária, estruturação de programas de infraestrutura, financiamentos com redução de taxas de juros. Enfim, acredito que 2013 vai ter bons resultados. É uma questão de tempo, de curto espaço de tempo.
Folha — Apesar disso, temos um cenário de inflação alta, como a de janeiro, e crescimento ainda fraco. Não deveríamos estar num cenário melhor? Por que não decolamos?
Gleisi Hoffmann — A presidente Dilma tem um grande compromisso de manter a inflação na meta. Não temos motivo para ficarmos alarmados com isso.
Folha — E, se a inflação superar o teto da meta, de 6,5%, o Banco Central terá autonomia para atuar? O mercado levanta dúvidas sobre isso.
Gleisi Hoffmann — Sempre foi um compromisso do governo, e o Banco Central sempre teve sua autonomia para atuar nessa área.
Folha — As críticas à política econômica e ao ministro Guido Mantega, antes restritas ao Brasil, estão vindo de fora também. A política adotada pelo governo está perdendo credibilidade internacional?
Gleisi Hoffmann — Para mim, o que mede a confiança externa no Brasil é o nível de investimento estrangeiro direto. E ele tem crescido sistematicamente. Em 2012, fechou tão forte quanto em 2011. Não vejo a confiança externa abalada.
Folha — O empresariado continua reclamando das condições colocadas pelo governo para os programas de concessões, queixas endossadas por conselheiros da presidente Dilma.
Gleisi Hoffmann — Nós temos visto um crescimento do investimento estrangeiro direto no Brasil. Além disso, um pesquisa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, com mais de 1,3 mil executivos, mostra que o Brasil é um país atraente para seus investimentos. Então, não quero crer que nossos empresários estejam com medo de concorrência.
Folha — Mas o próprio governo teve de mudar regras como as de concessão de rodovias. Há dificuldades em admitir erros?
Gleisi Hoffmann — Em primeiro lugar, ninguém vai perder dinheiro com o Brasil. A taxa de retorno dos investimentos vai ser proporcional a cada empreendimento e ao risco dele e às condições econômicas do país. Fizemos um estudo sobre rodovias e divulgamos. Tivemos pessoas que sugeriram alterações, disseram que seria melhor fazer adequações. E nós aceitamos, porque queremos acertar para que a parceria com o setor privado dê certo e o país cresça.
Folha — As mudanças feitas em rodovias podem ser feitas em outros programas?
Gleisi Hoffmann — Estamos terminando estudos em ferrovias, como também em portos e aeroportos. Os estudos são colocados em audiências públicas. Quando fazemos isso, estamos dizendo aos investidores para fazerem questionamentos, críticas e sugestões. Então, a partir dessa fase, recolhemos todas essas colaborações dadas. Se adequações forem necessárias, elas serão feitas.
Folha — Mantega está sendo alvo de várias críticas aqui e lá fora. Pode haver mudança na equipe econômica?
Gleisi Hoffmann — Nomeação e demissão de ministro cabem à presidente Dilma responder, não a mim. Quero só dizer que o ministro Guido Mantega é um grande ministro. Coordenou a economia em momentos muito relevantes, quando o país teve uma das melhores fases de crescimento.
Folha — Nos trabalhos da Câmara de Gestão [formada por empresários e ministros para discutir a gestão pública], qual o diagnóstico do que mais prejudica o bom andamento da máquina pública, dos programas de investimento do governo?
Gleisi Hoffmann — O ritmo da burocracia. As pessoas são acostumadas, no poder público, a deixar as coisas quase que se resolverem por conta própria. A burocracia vai resolvendo as coisas no seu ritmo.
O principal desafio do setor público é resolver o ritmo da burocracia e fazer com que as pessoas tenham compromisso com o resultado.
Se eu preciso fazer com que uma licitação saia, tenho de pegar o meu processo e ir em cada setor para que ele ande e saia no prazo. Funciona assim na iniciativa privada, por que não pode funcionar da mesma maneira no setor público?
Folha — O que vai ser feito para mudar isso?
Gleisi Hoffmann — É um processo, não vamos fazer isso do dia para a noite, mas temos de começar. Então, um sistema de monitoramento adequado, discussões e debates com a máquina pública, cobranças sistemáticas por resultados.
Folha — Para melhorar o ritmo da burocracia, a senhora é a favor do pagamento de um bônus salarial por desempenho no serviço público?
Gleisi Hoffmann — Sou muito simpática à ideia da meritocracia. É um tema que temos debatido muito na Câmara de Gestão.
Sou simpática à ideia, não é simples de implantar em toda gestão pública, mas é um desafio que podemos vencer. Está nas nossas metas.
Folha — A senhora avalia que há servidores demais ou de menos no governo?
Gleisi Hoffmann — O Brasil é um país de dimensões continentais, com muitos serviços públicos colocados à disposição da população. Isso requer também muitos servidores. Temos é de qualificar cada vez mais a máquina pública e melhorar cada vez mais a gestão. É uma das metas da presidente.
Folha — A senhora é a favor da diminuição das indicações políticas? Elas deveriam ser reduzidas? Não prejudicam o andamento do serviço público?
Gleisi Hoffmann — Sempre tem essa ideia de contrapor a política à técnica, o que acho muito ruim. Porque a técnica qualifica a política, e a política dá sentido à técnica. Elas não podem caminhar desassociadas, não podemos ter um governo só tecnocrático ou só político.
O que temos de diminuir na máquina pública é a utilização dos cargos apenas para fazer política partidária.
A ministra explicou ainda as alterações feitas nos programas de concessões de rodovidas e ferrovias. Segundo ela, após a divulgação dos estudos são feitas audiências públicas para recolher opiniões. “Tivemos pessoas que sugeriram alterações, disseram que seria melhor fazer adequações. E nós aceitamos, porque queremos acertar para que a parceria com o setor privado dê certo e o país cresça”.
Leia a entrevista:
Folha — O ano começou com um clima negativo para o governo, inflação em alta, crescimento não tão forte, queixas de empresários sobre regras nas concessões, câmbio provocando tensão. O que está acontecendo de errado com o governo?
Gleisi Hoffmann — Sou muito otimista com 2013. Temos bons resultados. Menor taxa de desemprego da história, redução sistemática da miséria, redução nas taxas de juros, investimentos estrangeiros expressivos no país.
Durante 2012, todas as medidas foram tomadas para que tivéssemos uma retomada do nosso crescimento.
Desoneração tributária, estruturação de programas de infraestrutura, financiamentos com redução de taxas de juros. Enfim, acredito que 2013 vai ter bons resultados. É uma questão de tempo, de curto espaço de tempo.
Folha — Apesar disso, temos um cenário de inflação alta, como a de janeiro, e crescimento ainda fraco. Não deveríamos estar num cenário melhor? Por que não decolamos?
Gleisi Hoffmann — A presidente Dilma tem um grande compromisso de manter a inflação na meta. Não temos motivo para ficarmos alarmados com isso.
Folha — E, se a inflação superar o teto da meta, de 6,5%, o Banco Central terá autonomia para atuar? O mercado levanta dúvidas sobre isso.
Gleisi Hoffmann — Sempre foi um compromisso do governo, e o Banco Central sempre teve sua autonomia para atuar nessa área.
Folha — As críticas à política econômica e ao ministro Guido Mantega, antes restritas ao Brasil, estão vindo de fora também. A política adotada pelo governo está perdendo credibilidade internacional?
Gleisi Hoffmann — Para mim, o que mede a confiança externa no Brasil é o nível de investimento estrangeiro direto. E ele tem crescido sistematicamente. Em 2012, fechou tão forte quanto em 2011. Não vejo a confiança externa abalada.
Folha — O empresariado continua reclamando das condições colocadas pelo governo para os programas de concessões, queixas endossadas por conselheiros da presidente Dilma.
Gleisi Hoffmann — Nós temos visto um crescimento do investimento estrangeiro direto no Brasil. Além disso, um pesquisa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, com mais de 1,3 mil executivos, mostra que o Brasil é um país atraente para seus investimentos. Então, não quero crer que nossos empresários estejam com medo de concorrência.
Folha — Mas o próprio governo teve de mudar regras como as de concessão de rodovias. Há dificuldades em admitir erros?
Gleisi Hoffmann — Em primeiro lugar, ninguém vai perder dinheiro com o Brasil. A taxa de retorno dos investimentos vai ser proporcional a cada empreendimento e ao risco dele e às condições econômicas do país. Fizemos um estudo sobre rodovias e divulgamos. Tivemos pessoas que sugeriram alterações, disseram que seria melhor fazer adequações. E nós aceitamos, porque queremos acertar para que a parceria com o setor privado dê certo e o país cresça.
Folha — As mudanças feitas em rodovias podem ser feitas em outros programas?
Gleisi Hoffmann — Estamos terminando estudos em ferrovias, como também em portos e aeroportos. Os estudos são colocados em audiências públicas. Quando fazemos isso, estamos dizendo aos investidores para fazerem questionamentos, críticas e sugestões. Então, a partir dessa fase, recolhemos todas essas colaborações dadas. Se adequações forem necessárias, elas serão feitas.
Folha — Mantega está sendo alvo de várias críticas aqui e lá fora. Pode haver mudança na equipe econômica?
Gleisi Hoffmann — Nomeação e demissão de ministro cabem à presidente Dilma responder, não a mim. Quero só dizer que o ministro Guido Mantega é um grande ministro. Coordenou a economia em momentos muito relevantes, quando o país teve uma das melhores fases de crescimento.
Folha — Nos trabalhos da Câmara de Gestão [formada por empresários e ministros para discutir a gestão pública], qual o diagnóstico do que mais prejudica o bom andamento da máquina pública, dos programas de investimento do governo?
Gleisi Hoffmann — O ritmo da burocracia. As pessoas são acostumadas, no poder público, a deixar as coisas quase que se resolverem por conta própria. A burocracia vai resolvendo as coisas no seu ritmo.
O principal desafio do setor público é resolver o ritmo da burocracia e fazer com que as pessoas tenham compromisso com o resultado.
Se eu preciso fazer com que uma licitação saia, tenho de pegar o meu processo e ir em cada setor para que ele ande e saia no prazo. Funciona assim na iniciativa privada, por que não pode funcionar da mesma maneira no setor público?
Folha — O que vai ser feito para mudar isso?
Gleisi Hoffmann — É um processo, não vamos fazer isso do dia para a noite, mas temos de começar. Então, um sistema de monitoramento adequado, discussões e debates com a máquina pública, cobranças sistemáticas por resultados.
Folha — Para melhorar o ritmo da burocracia, a senhora é a favor do pagamento de um bônus salarial por desempenho no serviço público?
Gleisi Hoffmann — Sou muito simpática à ideia da meritocracia. É um tema que temos debatido muito na Câmara de Gestão.
Sou simpática à ideia, não é simples de implantar em toda gestão pública, mas é um desafio que podemos vencer. Está nas nossas metas.
Folha — A senhora avalia que há servidores demais ou de menos no governo?
Gleisi Hoffmann — O Brasil é um país de dimensões continentais, com muitos serviços públicos colocados à disposição da população. Isso requer também muitos servidores. Temos é de qualificar cada vez mais a máquina pública e melhorar cada vez mais a gestão. É uma das metas da presidente.
Folha — A senhora é a favor da diminuição das indicações políticas? Elas deveriam ser reduzidas? Não prejudicam o andamento do serviço público?
Gleisi Hoffmann — Sempre tem essa ideia de contrapor a política à técnica, o que acho muito ruim. Porque a técnica qualifica a política, e a política dá sentido à técnica. Elas não podem caminhar desassociadas, não podemos ter um governo só tecnocrático ou só político.
O que temos de diminuir na máquina pública é a utilização dos cargos apenas para fazer política partidária.
Revista Consultor Jurídico, 13 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
MAIS JOVENS PELO MUNDO QUEREM ESTUDAR NO BRASIL
A cada ano, o Brasil atrai jovens estrangeiros que vêm estudar aqui. O
interesse dos estudantes espanhóis pelas escolas brasileiras foi o que
mais cresceu.
Sofia Raposo veio de Portugal, Marc Vallverdú, da Espanha, Hannes
Aigner é austríaco e Anna Katharina Lemke, alemã. Em comum, a vontade de
conhecer uma cultura nova e entender como funciona o nosso mercado.
Eles estão no Brasil para o mestrado em gestão internacional.
O Brasil se tornou destino de muitos estrangeiros, que buscam aqui
uma oportunidade de aprender.
Nos últimos sete anos, de acordo com dados
do Ministério das Relações Exteriores, dobrou o número de vistos
emitidos para estudar no Brasil.
O maior crescimento entre 2005 e 2012 foi de vistos pra espanhóis:
mais de 1.000%. Também aumentou significativamente o número de
estudantes da Colômbia, França, Itália e Portugal.
“A maior parte deles, estudantes das áreas mais técnicas, como todas
as engenharias, arquitetura, todas as áreas ligadas à tecnologia e
computação, química, biologia e business”, diz Paula Prado, gerente
executiva da Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional.
Sofia Raposo, que mora em Lisboa, sabe bem porque o Brasil anda tão
atraente. “É uma economia muito maior do que a de Portugal e está a
crescer, que é uma situação que eu, em termos de mercado de trabalho,
não tenho em casa”, afirma.
Com a crise na Europa e nos Estados Unidos, países como Brasil,
Rússia, China e Índia se tornaram alvo de legítimos interesses
internacionais.
“O Brasil, dos mercados emergentes, é o mais ocidentalizado dos que
estão crescendo mais. Então, para uma pessoa que quer sair para o
mercado emergente mas não quer ir para uma cultura totalmente diferente,
o Brasil aparece como uma alternativa bastante relevante para esses
alunos”, diz Edgard Barki, coordenador do Mestrado Profissional da FGV.
A ponta final desses estudos pode ser um emprego por aqui mesmo ou em
alguma empresa na Europa que tenha negócios na América Latina, como
conta Marc Vallverdú, o espanhol de 22 anos. “Para poder voltar em algum
momento”, afirma.
Hannes Aigner tinha como opção 18 universidades no mundo. Decidiu vir para o Brasil e acredita que fez a escolha certa.
(Boa Informação – 06/02/2013)
Assinar:
Postagens (Atom)