terça-feira, 19 de novembro de 2013

Como a Hermes vai deixar a recuperação judicial, em 4 passos


Marcelo Gomes, sócio-diretor da Alvarez & Marsal, explicou como o grupo carioca poderá se reerguer nos próximos seis meses

André Valentim/EXAME.com
Central da Hermes

Central da Hermes: a rede varejista do Rio de Janeiro traça planos para sobreviver à recuperação judicial

São Paulo – Após anunciar o pedido de recuperação judicial, o grupo carioca Hermes, agora, traça planos para gerar resultados nos próximos seis meses e pagar uma dívida milionária aos credores. A informação foi antecipada pela coluna Primeiro Lugar, da revista EXAME, de 13 de novembro.

A companhia, que gera quase 2 bilhões de reais em receita, ganhou notoriedade por sua operação de vendas por catálogos, ficando atrás apenas da Natura e Avon.

Porém, após a tentativa frustrada de vender a Comprafácil à Nova Pontocom, o pedido de recuperação judicial foi a medida viável encontrada pela empresa para se reestruturar.

Em entrevista à EXAME.com, Marcelo Gomes, sócio-diretor da consultora Alvarez & Marsal e um dos responsáveis pela reestruturação do grupo, explicou, por telefone, quais serão os próximos passos da Hermes daqui para frente:


1 – Redução de custo


Uma das principais medidas que o grupo Hermes deverá seguir é a redução de custos, principalmente operacional.

Atualmente, a empresa conta, no total, com uma despesa operacional anual de aproximadamente 200 milhões de reais. Segundo Gomes, o objetivo é tentar reduzir este valor em mais da metade, para que a companhia volte a crescer e render como no passado.

OSX confirma que Votorantim honrou fiança com BNDES


Banco honrou a carta de fiança encaminhada pelo BNDES relacionada à execução da garantia bancária para o empréstimo-ponte

Eulina Oliveira, do
Divulgação
Estaleiro da OSX no Porto de Açu, em São João da Barra (RJ)
OSX: obras do estaleiro no Porto de Açu: empréstimo-ponte foi contratado em dezembro de 2011 para o financiamento da construção da UCN Açu

São Paulo - A OSX Brasil, empresa de construção naval do Grupo EBX, que pediu recuperação judicial, comunicou nesta terça-feira, 19, que foi informada pelo Banco Votorantim que o banco honrou a carta de fiança encaminhada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) relacionada à execução da garantia bancária para o empréstimo-ponte contratado pela subsidiária OSX Construção Naval (OSX CN). A informação foi adiantada na segunda-feira, 18, pela Agência Estado.

O empréstimo-ponte foi contratado em dezembro de 2011 para o financiamento da construção da UCN Açu no valor de R$ 427,8 milhões (equivalente a US$ 227,96 milhões). O valor atual da dívida era de R$ 548 milhões.

Conforme o fato relevante, no início de novembro a OSX CN firmou com o Votorantim um acordo de standstill válido até outubro de 2014, incluindo cláusulas relativas ao exercício do direito legal à recuperação judicial da companhia.

Pare de reclamar e arrume solução, diz Luiza Trajano


A fundadora do Magazine Luiza contou sobre sua experiência como empreendedora durante o evento Day 1, da Endeavor

Divulgação/Endeavor
Luiza Helena Trajano, fundadora do Magazine Luiza
São Paulo – Com um sotaque do interior e sem papas na língua, Luiza Helena Trajano contou sua trajetória empreendedora a futuros empresários hoje, no Auditório do Ibirapuera, durante o evento Day 1, da Endeavor. Bem humorada, Luiza defendeu a importância do atendimento, as vantagens de ter uma emrpesa familiar profissionalizada e disse que está “aprendendo com o IPO”.


Aberta em Franca, interior de São Paulo, a rede Magazine Luiza teve lucro líquido de mais de 25 milhões de reais no terceiro trimestre. Ainda com membros da família no negócio, Luiza defende a profissionalização. “Não tem essa coisa de que empresa familiar não dá certo, o que não dá certo é empresa familiar sem ser profissional. Nós temos CEO e os dois filhos que trabalham lá respeitam o CEO profundamente. Agora, também não entra gente sem competência. A cultura da empresa familiar é a que está na moda, o que não pode é ter uma empresa familiar bagunçada, sem comando”, diz. 

Aos novos empreendedores, a empresária defendeu a importância de ser positivo e encontrar solução, ao invés de apontar problemas. “Tem gente que só vê problema. Olha para o negócio e torce para não dar certo. Eu não falo mal das coisas, eu me sinto responsável para ajudar o Brasil. E para de falar que lidar com pessoas é difícil. Arruma solução. Pega o melhor das pessoas e arruma uma solução”, explica. 

Para ela, empreendedores precisam ser vendedores e não podem tirar o olho do fluxo de caixa. “Sai da caixa, pensa e faça perguntas”, ensina. “Capital de giro não é lucro, é fluxo de caixa. Não se confunda”, diz.

Atendimento é, para Luiza, o grande diferencial de um negócio. “Atendimento e inovação. Eu sou focada nisso e essas duas coisas nós só vamos conseguir através das pessoas. Atendimento hoje é a grande diferença. Operacionalmente hoje, eu tenho um SAC direto comigo. Quando a gente tem um cargo, as pessoas só falam o que a gente quer ouvir. Eu tenho uma linha direta, eu sei de tudo, gerente que namora, gerente que não abre loja, lá pode namorar a vontade, mas tem que contar”, afirma. 

Seu conselho para quem quer fazer um negócio crescer é não ter medo e apostar em talentos. “Líder é aquele que leva as pessoas mais longe do que elas poderiam chegar. Ache o talento. Sem pessoas não tem inovação e não tem atendimento”, sugere. 

Mobilidade urbana é um problema global, diz Fábio Barbosa


No EXAME Fórum Sustentabilidade, o presidente executivo da Abril destacou o papel do poder público, das empresas e da sociedade na solução da crise de mobilidade urbana

Vanessa Barbosa
Fábio Barbosa, presidente executivo da Abril
Fábio Barbosa, presidente executivo da Abril, durante o EXAME Fórum Sustentabilidade

São Paulo - Os esforços para sanar os grandes problemas do transporte público e dar um basta nos congestionamentos passa por um trio de protagonistas, segundo Fábio Barbosa, presidente executivo da Abril. "Poder público, empresas e a própria população, cada um tem seu papel", afirmou em discurso de abertura do EXAME Fórum Sustentabilidade, que acontece nesta terça-feira, em São Paulo.

Fábio Barbosa destacou a quase onipresença da questão da mobilidade urbana - tema central do evento promovido por EXAME - na vida da pessoas. "É um problema que afeta grandes cidades, ricas e pobres, é um problema global", disse, lembrando, em seguida, do congestionamento recorde que São Paulo registrou no último dia 14, na saída para o feriado.

Por ser um problema que afeta a todos, a responsabilidade pela solução também recai sobre todos. Segundo o presidente da Abril, cabe ao poder público investir em obras adequadas de infraestrutura rodoviária e de transportes.

Já as empresas podem estimular programas de carona coletivas para funcionários, ou o home office e horários mais flexíveis. As empresas podem ainda colaborar com inovação, destacou Fábio, através, por exemplo, da criação de aplicativos que indicam ruas mais congestionadas.

"Por fim, a responsabilidade na solução da mobilidade também recai sobre a sociedade. Os indivíduos podem estudar as melhores alternativas para deslocamento e cobrar isso do poder público", finalizou.

Exportações sulistas cresceram 56,39% em outubro


 
Em outubro de 2013, as exportações da Região Sul cresceram no comparativo com o mesmo mês de 2012, com expansão de 56,39%. A região exportou US$ 6,264 bilhões, o que representou 27,45% das vendas totais do país no período (US$ 22,821 bilhões). Em valores absolutos, a Região Sudeste foi a que mais exportou no mês (US$ 11,157 bilhões), com queda de 0,02% na comparação com as vendas de outubro de 2012 e com participação de 48,89% sobre os embarques nacionais.

A Região Centro-Oeste vendeu US$ 2,021 bilhões em outubro, com redução de 16,80% sobre o mesmo mês do ano passado e com participação de 8,86% nas exportações brasileiras. Na Região Norte, houve crescimento de 0,27% no comparativo das vendas ao mercado externo, que somaram US$ 1,779 bilhão e tiveram participação de 7,80% no acumulado mensal. Os embarques da Região Nordeste (US$ 1,278 bilhão) corresponderam a 5,60% do total exportado pelo país e tiveram retração de 40,53% na comparação com outubro passado.

Quanto às importações, a Região Sudeste foi a que registrou a maior expansão em comparação com outubro de 2012 (24,05%), com compras no valor de US$ 12,696 bilhões. Em seguida, aparece a Região Norte, com aumento de 17,35% e aquisições no valor de US$ 1,695 bilhão. No Sul (US$ 4,904 bilhões), o crescimento foi de 11,55%. A Região Nordeste teve baixa de 2,33% nas importações e registrou compras de US$ 2,758 bilhões no mês. A Região Centro-Oeste adquiriu US$ 973 milhões no mercado externo, com queda de 18,39% em relação a outubro de 2012.

No mês, a Região Sul teve o maior superávit, com US$ 1,360 bilhão, seguida pelas regiões Centro-Oeste (US$ 1,048 milhões) e Norte (US$ 84 milhões). Já as regiões Sudeste (US$ 1,538 bilhão) e Nordeste (US$ 1,479 bilhão) contabilizaram déficits nas transações comerciais mensais.

Estados

O estado brasileiro que registrou o maior superávit na balança comercial, em outubro, foi o Rio Grande do Sul, com saldo de US$ 2,301 bilhões. Na sequência, aparecem os estados de Minas Gerais (US$ 2,213 bilhões), Pará (US$ 1,422 bilhão), Mato Grosso (US$ 933 milhões), e Goiás (US$ 224 milhões). Os estados mais deficitários, no mês, foram: São Paulo (US$ 4,132 bilhões), Amazonas (US$ 1,399 bilhão), Santa Catarina (US$ 874 milhões) e Pernambuco (US$ 501 milhões).

O maior exportador entre os estados brasileiros foi São Paulo (US$ 5,116 bilhões), acompanhado por Rio Grande do Sul (US$ 3,814 bilhões) e Minas Gerais (US$ 3,399 bilhões). Em seguida, aparecem Paraná (US$ 1,706 bilhão) e Rio de Janeiro (US$ 1,690 bilhão).

Nas importações, São Paulo (US$ 9,248 bilhões) foi o estado que mais fez compras no exterior em outubro, seguido de Paraná (US$ 1,773 bilhões), Santa Catarina (US$ 1,617 bilhão), Rio Grande do Sul (US$ 1,513 bilhão) e Amazonas (US$ 1,512 bilhão).

Veja no site os números da balança comercial dos estados e regiões, no endereço: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1078&refr=1076

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC

Brasil: Acordo do Mercosul com a União Europeia fica mais próximo




Depois de duas horas de reunião em Brasília entre representantes dos governos  argentino e brasileiro, no fim da tarde de ontem, o acordo Mercosul-União  Europeia ficou um pouco mais próximo.
 
Único país do bloco que ainda não havia  preparado sua proposta inicial para a, negociação, a Argentina pediu a reunião  ao Brasil alegando que estava “pronta para conversar”.

Até a última” segunda-feira, o Itamaraty demonstrava preocupação com o que o  país vizinho poderia trazer à mesa. Os argentinos terminaram as consultas  públicas com os empresários do país há menos de um mês – o Brasil já tinha o  resultado das suas pesquisas no início deste ano.

Desde o princípio, a presidente Cristina Kirchner foi a que mais resistiu em  retomar as negociações. Em uma conversa há pouco mais de duas semanas, o  ministro brasileiro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, cobrou  duramente seu colega Hector Timerman.

Ontem, Figueiredo disse ao Estado que a conversa com os argentinos evoluiu  bem e que os quatro países terão suas listas para apresentar na reunião técnica  de Caracas, marcada para a próxima sexta-feira, quando serão analisadas pela  primeira vez, em conjunto, as ofertas de todos. “Eles (os argentinos) nos  ligaram e nos disseram que estavam prontos para conversar. Então os convidamos  para esse encontro”, explicou o chefe do Itamaraty.

Viabilidade. O tom otimista, no entanto, não garante que a proposta argentina  seja realmente viável. Em apenas duas horas de reunião, dificilmente todos os  pontos foram debatidos. O mais correto é que a Argentina tenha apresentado ao  governo brasileiro suas dificuldades e, não necessariamente, que houve grandes  avanços. Apesar de terem marcado o encontro, os argentinos pediram “discrição”  sobre a reunião e não quiserem nem mesmo divulgar nota sobre o assunto.

Os negociadores brasileiros esperavam esse passo dos vizinhos. Já se sabe que  a Argentina, em meio a uma briga por reservas e com a economia em crise, será  bem menos ambiciosa do que Brasil, Uruguai e Paraguai. O temor é o tamanho dessa  falta de ambição, que pode terminar tendo que ser compensada pelos demais  sócios. A pressão brasileira – e também de Uruguai e Paraguai – é que em  dezembro os quatro países já tenham uma proposta para que se possa retomar as  negociações com a União Europeia em janeiro.

A proposta brasileira, pronta há um mês, envolve todo os setores da economia,  como foi prometido aos europeus, inclusive o setor automotivo. Uruguai e  Paraguai já declararam que têm propostas “ambiciosas” – o acordo foi, inclusive,  tema da conversa entre a presidente Dilma Rousseff e seu colega uruguaio, José  Mujica, em um encontro no último domingo em Brasília.

Fonte: Clipping – Seleção de Notícias

Folha artificial captura energia solar e gera eletricidade


Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/11/2013
Folha artificial captura energia solar e gera eletricidade

O sistema híbrido concentra os fótons absorvidos em duas etapas, primeiro nos oligômeros de rênio, e depois no centro de reação de rutênio.[Imagem: Yamamoto et al.]





Cientistas japoneses conseguiram pela primeira vez coletar a energia do Sol usando um número excepcionalmente grande de moléculas coletoras de luz, aproximando-se mais da forma como as plantas coletam a luz solar para produzir seu alimento.

Já que a luz é uma onda eletromagnética, Yohei Yamamoto e seus colegas do Instituto de Tecnologia de Tóquio criaram uma folha artificial que captura a luz usando diversas antenas.

A seguir, a luz é conduzida até um receptor, onde os fótons são efetivamente convertidos em energia, completando o circuito da fotossíntese artificial.

Os painéis solares são formados por milhares de células solares individuais.
No caso da fotossíntese artificial, porém, as "células solares" são muito menores, elas são na verdade "moléculas solares".

Até agora os pesquisadores vinham utilizando sistemas de colheita de luz de uma única etapa, o que limita bastante o número de absorvedores de luz capazes de alimentar um único centro de reação e conversão.

Imitando os sistemas fotossintéticos naturais, Yamamoto coletou a luz de forma muito mais eficiente usando o maior número de "folhas artificiais" registrado até hoje.

São 440 tubos de organossilicato mesoporoso (PMO) ligados por grupos absorvedores de luz bifenila (Bp) com cinco pentâmeros rênio conectados a um complexo trisdiimina de rutênio (Ru-Re5).

Este sistema híbrido - PMO-Bp-Ru-Re5 - concentra os fótons absorvidos em duas etapas, primeiro nos oligômeros de rênio, e depois no centro de reação de rutênio.

Embora represente um avanço histórico no projeto "bioinspirado" da fotossíntese artificial, o uso do rutênio ainda é um entrave à utilização prática do sistema.

Mesmo sendo utilizada apenas uma unidade de rutênio por folha artificial, o elemento é caro demais, e terá que ser substituído para que a abordagem possa produzir os primeiros painéis solares fotossintéticos.


Bibliografia:

Efficient Light Harvesting via Sequential Two-Step Energy Accumulation Using a Ru-Re5 Multinuclear Complex Incorporated into Periodic Mesoporous Organosilica
Yohei Yamamoto, Hiroyuki Takeda, Tatsuto Yui, Kotaro Ueda, Kazuhide Koike, Shinji Inagaki, Osamu Ishitani
Chemical Science
Vol.: Accepted Manuscript
DOI: 10.1039/C3SC51959G