A fundadora do Magazine Luiza contou sobre sua experiência como empreendedora durante o evento Day 1, da Endeavor
São Paulo – Com um sotaque do interior e sem papas na língua, Luiza Helena Trajano contou sua trajetória empreendedora
a futuros empresários hoje, no Auditório do Ibirapuera, durante o
evento Day 1, da Endeavor. Bem humorada, Luiza defendeu a importância do
atendimento, as vantagens de ter uma emrpesa familiar profissionalizada
e disse que está “aprendendo com o IPO”.
Aberta em Franca, interior de São Paulo, a rede Magazine Luiza teve
lucro líquido de mais de 25 milhões de reais no terceiro trimestre.
Ainda com membros da família no negócio, Luiza defende a
profissionalização. “Não tem essa coisa de que empresa familiar não dá
certo, o que não dá certo é empresa familiar sem ser profissional. Nós
temos CEO e os dois filhos que trabalham lá respeitam o CEO
profundamente. Agora, também não entra gente sem competência. A cultura
da empresa familiar é a que está na moda, o que não pode é ter uma
empresa familiar bagunçada, sem comando”, diz.
Aos novos empreendedores, a empresária defendeu a importância de ser
positivo e encontrar solução, ao invés de apontar problemas. “Tem gente
que só vê problema. Olha para o negócio e torce para não dar certo. Eu
não falo mal das coisas, eu me sinto responsável para ajudar o Brasil. E
para de falar que lidar com pessoas é difícil. Arruma solução. Pega o
melhor das pessoas e arruma uma solução”, explica.
Para ela, empreendedores precisam ser vendedores e não podem tirar o
olho do fluxo de caixa. “Sai da caixa, pensa e faça perguntas”, ensina.
“Capital de giro não é lucro, é fluxo de caixa. Não se confunda”, diz.
Atendimento é, para Luiza, o grande diferencial de um negócio.
“Atendimento e inovação. Eu sou focada nisso e essas duas coisas nós só
vamos conseguir através das pessoas. Atendimento hoje é a grande
diferença. Operacionalmente hoje, eu tenho um SAC direto comigo. Quando a
gente tem um cargo, as pessoas só falam o que a gente quer ouvir. Eu
tenho uma linha direta, eu sei de tudo, gerente que namora, gerente que
não abre loja, lá pode namorar a vontade, mas tem que contar”, afirma.
Seu conselho para quem quer fazer um negócio crescer é não ter medo e
apostar em talentos. “Líder é aquele que leva as pessoas mais longe do
que elas poderiam chegar. Ache o talento. Sem pessoas não tem inovação e
não tem atendimento”, sugere.
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