Do UOL, em São Paulo
A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,69% em outubro ante setembro e
fechou o mês em R$ 2,022 trilhões. Foi o maior valor da série histórica
iniciada em 2006, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (25). É
a primeira vez que o montante passa de R$ 2 trilhões desde dezembro do
ano passado.
A dívida pública mobiliária --em títulos públicos-- interna subiu
1,91%, passando de R$ 1,897 trilhão em setembro para R$ 1,933 trilhão em
outubro. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 18,62
bilhões em títulos a mais do que resgatou. Além disso, reconheceu R$
17,53 bilhões em juros. O reconhecimento ocorre porque a correção que o
Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada
gradualmente ao valor devido.
A DPF inclui débitos externos e internos. A dívida pública mobiliária interna refere-se a débitos no país.
A dívida de um governo ocorre por meio de contratos ou venda de
títulos. Em qualquer caso, é contraída para obter dinheiro para obras ou
para pagar outras dívidas.
A dívida interna representa o total de títulos públicos que o governo
federal vendeu aos investidores dentro do Brasil. Não inclui nem a
dívida externa nem empréstimos feitos por Estados, municípios e empresas
estatais.
A Dívida Pública Federal só não subiu mais por causa da dívida pública
externa, que caiu 2,73%, de R$ 88,85 bilhões em setembro para R$ 79,68
bilhões em outubro. O principal fator para essa variação foi a queda de
1,23% do dólar no mês passado.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado em março,
a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano
entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.
As emissões de títulos públicos para o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e para a Caixa Econômica
Federal foram o principal fator para a alta da dívida pública federal no
acumulado do ano.
Os papéis reforçam o capital das instituições financeiras e permitem
que os bancos emprestem mais. Desde julho, o Tesouro também passou a
emitir títulos públicos para financiar o desconto médio de 20% nas
tarifas de energia. O dinheiro vai para a Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE).
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