Empresa quer mudar sua forma de vender calçados por meio da emissão de notas fiscais eletrônicas nas unidades do grupo
Na Loja do Futuro, vendedores trabalharão com aparelho que tem suporte para cartões
São Paulo - Formado por redes varejistas do setor de calçados,
o Grupo Paquetá irá implementar em 2014 a emissão de notas fiscais
eletrônicas em suas unidades. A iniciativa faz parte do projeto loja do
futuro, que pretende incrementar as vendas da companhia - dona de marcas como Capodarte, Dumond e Ortopé.
"Um dos principais objetivos é reduzir as filas", afirma Gervásio
Scheibel, gerente corporativo de sistemas de informação da empresa.
Na prática, a novidade vai funcionar assim: o vendedor terá em mãos um
aparelho com informações sobre os produtos da loja. Escolhido o calçado,
um estoquista trará a peça e, em caso de compra com cartão, a nota
fiscal eletrônica será emitida imediatamente - eliminando a necessidade
do cliente ir até o caixa.
R$ 5 milhões
Testado em uma das lojas da rede entre julho e outubro, a implementação
da loja do futuro nas 180 unidades próprias da Paquetá custará 5
milhões de reais. "Esse dinheiro vai para fins que vão do aumento do
número de tomadas para recarga dos aparelhos ao treinamento dos nossos
3.000 vendedores", explica Scheibel.
Segundo ele, a loja do futuro não implicará em demissões - mas sim numa
nova ocupação para os antigos caixas. Rebatizados como Central de
soluções, eles agora cuidarão apenas das compras que não forem pagas com
cartão e da venda de outros produtos da empresa - como empréstimos e
seguros.
O Grupo Paquetá viu seu faturamento pular de 1,9 bilhão de reais em
2011 para 2,2 bilhões de reais no ano passado. "Até 2020, a meta é
chegar a 5 bilhões", revela Scheibel. O conglomerado tem quatro empresas
no mercado varejista: Paquetá Calçados, Paquetá Esportes, Gaston e
Esposende.
Após perder 80% do mercado para os chineses e demitir 2.500 funcionários em 2008, a companhia finalmente parece estar dando a volta por cima.
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