quinta-feira, 10 de abril de 2014

A GE fez sua parte para empurrar o Brasil. Mas o país...


Poucas empresas apostaram tanto no crescimento do Brasil quanto a americana General Electric. O problema é que o país não colaborou — e a empresa teve problemas em suas principais áreas de negócio

Germano Lüders/EXAME
Fábrica de turbinas da GE
Fábrica de turbinas da GE: a empresa perdeu um contrato com a Embraer

São Paulo - Jeff Immelt, presidente mundial do conglomerado americano General Electric­ (GE), sempre foi um otimista convicto com o Brasil. Sua primeira visita, em 2005, encerrou um período de 25 anos sem que um presidente da empresa viesse ao país — seu antecessor, o mítico ­Jack Welch, basicamente ignorava o Brasil.

Desde então, Immelt sempre disse que o país era um de seus mercados mais promissores. Em 2011, o otimismo chegou ao ápice. Immelt foi o primeiro empresário a ser recebido por Dilma Rousseff após sua eleição. Anunciou que investiria 500 milhões de reais em um centro tecnológico a ser construído no Rio de Janeiro — um dos seis em todo o mundo.

O Brasil tinha se tornado o terceiro maior mercado para a GE — atrás de Estados Unidos e China. A economia do país havia crescido 7,5% em 2010, e o governo prometia investir 1,6 trilhão de dólares em infraestrutura até o fim de 2014.

Um dos maiores conglomerados do mundo, com receita de 140 bilhões de dólares em áreas que vão de petróleo a transportes, a GE parecia ser a empresa certa, no lugar certo. Mas, três anos depois, quase nada saiu como o previsto. A GE até fez sua parte para empurrar o Brasil. Já o Brasil...

A última visita de Immelt ao país, no fim de março, é simbólica. O plano inicial era que ele viesse cortar a fita do centro de pesquisas, cuja inauguração já havia sido adiada duas vezes. O convite chegou a ser enviado à presidente Dilma.

O centro teria até 250 pessoas, grande parte delas cientistas pesquisando novas tecnologias, principalmente para a exploração de petróleo. Mas a abertura foi adiada novamente. Em vez de fazer bonito com a presidente, Immelt foi a Brasília dizer que o Brasil ainda é prioridade.

Além do centro de inovação, a empresa enfrenta dificuldades em áreas como petróleo, transporte e aviação, que respondem por metade da receita no país. A GE não concedeu entrevista.

Em grande medida, a empresa foi vítima de um Brasil que não aconteceu. Como se sabe, de 2011 a 2013, o crescimento do país foi pífio. E alguns dos setores prioritários para a GE sofreram ainda mais. No setor de petróleo, todas as fornecedoras da Petrobras penam para atender às exigências de conteúdo nacional que o governo impôs. E a estatal é a maior cliente da GE no Brasil.

“Havia uma euforia generalizada com o pré-sal. Agora muita gente diminuiu o ritmo”, diz Maurício Guedes, gestor do parque tecnológico do Rio de Janeiro, onde fica o centro de inovação da GE. Diante do baixo-astral generalizado no setor de óleo e gás, a GE parece não ter pressa para inaugurar o centro de inovação.

Durante os tempos do Brasil maravilha, a GE também apostou alto nas empresas de Eike Batista. Em maio de 2012, anunciou um investimento de 300 milhões de dólares na compra de participação de 0,8% do capital do grupo EBX. Um bom relacionamento com o grupo poderia beneficiar a GE em projetos de petróleo e gás e geração de energia.

Isso, claro, se tudo desse certo com Eike, e não foi esse o caso. No segundo trimestre de 2013, a GE reconheceu em seu balanço que perdeu 108 milhões de dólares com a queda no valor das empresas de Eike.

Além da perda contábil, a GE se tornou um dos principais credores da OGX por causa de equipamentos não pagos. Conseguiu receber uma parte em março, quando a petroleira OGX pagou cerca de 75 milhões de reais a um grupo de fornecedores encabeçado pela GE.

Em outros mercados, houve uma combinação de crescimento abaixo do esperado e concorrência maior — afinal, a GE não foi a única multinacional a mergulhar em países emergentes na última década. Na divisão de transportes, a produção anual de locomotivas na fábrica de Contagem, no interior de Minas Gerais, caiu de 116 em 2011 para 50 unidades em 2013.

Em 2008, com a produção no limite, a empresa investiu 35 milhões de dólares para ampliar a capacidade da unidade. Desde então, sofre com a concorrência da americana Caterpillar, que há dois anos produz locomotivas na cidade vizinha de Sete Lagoas — perto o suficiente para se beneficiar da cadeia de fornecedores que a GE construiu ao longo de 50 anos na região.

“O mercado não cresceu e as encomendas foram divididas”, diz Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária. Mas talvez o pior baque tenha acontecido no mercado de aviação. Em 2013, a empresa perdeu para a americana Pratt Whitney a concorrência para ser a fornecedora de turbinas da nova família de jatos da Embraer, num contrato de 600 milhões de dólares anuais.

Desde 1999, a GE forneceu turbinas para mais de 1 000 aeronaves da Embraer. Somando todas as dificuldades, a GE não cresceu no país em 2013 — o faturamento repetiu 2012, na casa dos 3,3 bilhões de dólares. A meta era crescer mais de 10%. 

Não é, claro, um pesadelo. Muitos dos principais negócios da GE têm maturação longa. Mas a pressão por redução de custos é imediata. Segundo executivos da empresa, em algumas áreas a meta é cortar mais de 25% os custos administrativos em 2014.

Em julho de 2013, a GE transferiu a maior parte de seus funcionários administrativos para um novo edifício, em São Paulo, com o objetivo de economizar 30 milhões de reais em dez anos. A oferta de carros para os executivos foi reduzida e até o plano de saúde piorou.

É bem verdade que, em momentos de aperto em alguns negócios, a diversificação da GE vira um trunfo. A Celma, especializada na manutenção de turbinas de avião, já fatura mais de 1 bilhão de dólares. A divisão de equipamentos médicos fez duas aquisições desde 2012.

A empresa também ampliou sua fábrica de equipamentos para energia eólica em Campinas e anunciou a construção de outra para o Nordeste. Mas, passada a euforia com o Brasil, a GE já tem um novo mercado favorito: a África. Aos acionistas, Immelt disse que a meta é crescer 30% ao ano no continente. O Brasil não ajudou a GE — é natural que, daqui para a frente, a GE nos ajude um pouco menos também.

Jatos maiores da Embraer abocanham espaço de Boeing e Airbus


A quantidade de assentos do E-195 impulsiona o jato para um segmento que inclui fabricantes de aviões da Rússia, da China e do Japão

Christiana Sciaudone e Julie Johnsson, da
Divulgação/Embraer
Nova família de jatos E2, da Embraer
Nova família de jatos E2, da Embraer: o maior avião da família E2 terá 144 assentos, frente a 124 no atual modelo E-195

São Paulo - A Embraer SA está expandindo seus maiores e mais novos jatos regionais, apostando que pode abrir caminho para o mercado de aviões de fuselagem estreita dominado pela Boeing Co. e pelo Airbus Group NV.

O maior avião da família E2 terá 144 assentos, frente a 124 no atual modelo E-195, disse o vice-presidente Cláudio Camelier em uma entrevista. A meta de entrega é 2019, quando Boeing e Airbus estejam oferecendo versões atualizadas dos seus modelos mais vendidos de corredor único.

Como Boeing e Airbus estão obtendo poucos pedidos para suas ofertas de menor porte, os modelos Max e Neo, as fabricantes de aviões estão se focando em jatos de corredor único com cerca de 175 assentos, o que abre uma oportunidade para a Embraer e para a CSeries da Bombardier Inc.

O maior espaço na cabina do novo E-195 ajudará a Embraer enquanto seus maiores rivais recuam, disse Nick Heymann, analista da William Blair Co.

“Com o tempo, a Boeing e o Airbus cederão esta ponta do mercado à Embraer e à Bombardier”, disse Heymann em entrevista por telefone, de Nova York. “O avião da Embraer com motor novo ainda será mais competitivo do que o Neo e o Max em termos de custos”.

A quantidade de assentos do E-195 impulsiona o jato para um segmento que inclui fabricantes de aviões da Rússia, da China e do Japão, junto com aviões novos e usados da Boeing e do Airbus – ainda que a Embraer, com sede em São José dos Campos, São Paulo, diga que não enfrentará as fabricantes mais estabelecidas.

‘Não diretamente’

“Não estamos concorrendo diretamente com a Boeing e o Airbus”, disse o diretor comercial John Slattery em uma entrevista. “Os nossos amigos da Bombardier estão”.

 Nós vemos os E-Jets como potenciais substitutos” para as companhias aéreas que não podem preencher jatos maiores da Boeing e do Airbus em algumas rotas, disse Camelier da Embraer, responsável pela inteligência de mercado na divisão de aviação comercial da fabricante de aviões. “Pode ser uma grande oportunidade de mercado para nós”.

A Bombardier expressa um argumento similar para a CSeries, um avião totalmente novo. A ênfase da Boeing e do Airbus em jatos maiores de corredor único cria “exatamente a oportunidade que vimos com a CSeries – buscar um segmento do mercado que não era atendido por plataformas otimizadas”, disse Philippe Poutissou, vice-presidente de marketing da unidade de aviação comercial da Bombardier.


Alta das ações


A alta de 34 por cento das ações da Embraer desde o começo de 2013 superou o ganho de 8,6 por cento da Bombardier. As ações operavam ontem a 15 vezes os lucros estimados para 2014, ultrapassando o múltiplo de 9,8 da Bombardier, mostram dados compilados pela Bloomberg.

A Boeing e o Airbus estão atualizando seus modelos de fuselagem estreita para continuarem à frente dos recém-chegados e estão aumentando a ênfase nas versões de maior porte, onde os lucros são maiores, conforme o diretor operacional da Air Lease Corp., John Plueger.

Plueger disse que não se pode desconsiderar a ameaça apresentada à família E2 da Embraer pelos modelos usados 737 da Boeing e A319 do Airbus, porque “estão muito comprovados e agora são aviões usados de corredor único economicamente atraentes”.

Embora analistas como Stephen Trent do Citigroup Inc. tenham dito que a Embraer está em risco pelas demoras que podem afetar qualquer programa de desenvolvimento de aviões, Cai Von Rumohr, da Cowen Securities LLC, disse que enfocar os aviões existentes, ao invés de construir novos, ajuda a minimizar possíveis empecilhos.

Enquanto a reprojeção avança, a Embraer terá uma “boa dose de flexibilidade” para continuar sua expansão dos jatos E2, disse Heymann. “Não me surpreenderia se eles chegassem a 150 ou 160 antes de acabar”.

PT assume defesa incondicional da Petrobras


Partido afirma em resolução que a estatal é no momento "atacada pelos mesmos que, no passado, chegaram a mudar seu nome para Petrobrax e tentaram privatizá-la"

Beatriz Bulla, do
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Inácio Lula da Silva: carta da legenda vem dois dias depois da cobrança do ex-presidente, que disse que estatal não pode ser medida só por resultado de ações na Bolsa

São Paulo - A Comissão Executiva Nacional do PT saiu em defesa da Petrobras, em nota oficial, na tarde desta quinta-feira, após reunião em São Paulo.

Na resolução, o partido "assume a defesa incondicional da Petrobras" e afirma que a estatal é no momento "atacada pelos mesmos que, no passado, chegaram a mudar seu nome para Petrobrax e tentaram privatizá-la".

A carta da legenda vem dois dias depois da cobrança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que a estatal não pode ser medida apenas pelo resultado das ações na Bolsa e afirmou que o governo deve fazer um debate "ofensivo" para rebater as denúncias contra a Petrobras e defender a empresa com "unhas e dentes".

O comunicado em defesa da Petrobras, aprovado hoje pela Comissão Executiva Nacional da sigla, diz que "a ofensiva da oposição, que se voltou contra o sistema de partilha e contra o pré-sal, tem um único objetivo: fazer prevalecer interesses privados numa empresa que é, acima de tudo, patrimônio do povo brasileiro".

Brasil é quarto país com mais usuários de arbitragem

A arbitragem, um dos principais métodos alternativos para resolução de conflitos, ganha cada vez mais espaço no Brasil. A Câmara de Comércio Internacional coloca o Brasil como quarto país em relação ao número de usuários da prática, atrás apenas de Estados Unidos, Alemanha e Canadá. Para Flávia Bittar Neves, sócia do Grebler Advogados, especialista em Direito Contencioso e Arbitragem, Contratações Internacionais e Propriedade Intelectual e vice-presidente do Comitê Brasileiro de Arbitragem, dois motivos explicam o crescimento.

Segundo ela, os principais atrativos são a celeridade, pois a arbitragem costuma encerrar a disputa em seis meses a dois anos, enquanto o caso pode se arrastar por décadas no Judiciário, e a especialidade dos árbitros. Eles costumam ser analisados por conta do conhecimento técnico, o que motiva a escolha das partes por conhecedores do assunto. Dados do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem mostram que a arbitragem é mais comum em demandas envolvendo os setores imobiliário e de óleo e gás.

Na Câmara FGV de Conciliação e Arbitragem, por exemplo, os processos envolvem especialmente o preço do Megawatt-hora (MWh), custo de construção de linhas de transmissão, descumprimento de obrigações ambientais e disputa sobre direitos de mineração.

Na Câmara de Comércio Brasil-Canadá, as disputas societárias são a causa mais comum de busca por arbitragem, respondendo por 33% dos casos, aparecendo na sequência disputas ligadas a contratos comerciais (32%), contratos de bens e serviços, contratos de construção e casos envolvendo propriedade intelectual.

O balanço da Câmara de Arbitragem Empresarial revela resultado diferente, com 42% dos casos relacionados à área de construção civil e energia, contra 21% de contratos empresariais, 15% de matérias societárias e o mesmo percentual para arbitragens internacionais.

Segundo Flávia Bittar, a aceitação da arbitragem é progressiva também nos tribunais estatais, permitindo uma relação harmoniosa entre o Judiciário e a arbitragem. Como disse, o modelo “é uma solução eficaz para a resolução de conflitos, considerando a celeridade do procedimento e a especialidade do julgamento”. Dados da Câmara de Comércio Internacional colocam o Brasil como sétimo colocado na lista de sedes para arbitragens internacionais em 2012, com a participação de 82 empresas, ou 42% de todas as partes latino-americanas envolvidas em arbitragens naquele ano.

Taxas de juros das operações de crédito registram décima alta consecutiva


Juros sobem pela décima vez consecutiva




As taxas de juros das operações de crédito para pessoa física e jurídica tiveram alta em março, segundo a Pesquisa de Juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). De acordo com a entidade, essa foi a décima alta consecutiva.

Para pessoa física, a média geral dos juros cresceu 0,04 ponto percentual no mês (0,89 ponto percentual no ano), passando de 5,82% ao mês (97,16% ao ano) em fevereiro para 5,86% ao mês (98,05% ao ano) em março. Essa foi a maior taxa de juros desde agosto de 2012.

Entre as seis linhas de crédito pesquisadas, cinco apresentaram alta: a de juros do comércio, do cheque especial, do Crédito Direto ao Consumidor (CDC-Bancos), do financiamento de automóveis, do empréstimo pessoal de bancos e do empréstimo pessoal de financeiras. A taxa do cartão de crédito rotativo não teve alteração.

Para pessoa jurídica, a média na taxa de juros teve elevação de 0,03 ponto percentual no mês (0,52 ponto percentual em doze meses), passando de 3,32% ao mês (47,98% ao ano) em fevereiro para 3,35% ao mês (48,50% ao ano) em março de 2014. Essa também foi a maior taxa de juros desde agosto de 2012.
A entidade prevê que, nos próximos meses, as taxas de juros das operações de crédito terão novas altas. 'As elevações podem ser atribuídas à expectativa de aumentos da taxa básica de lucros (Selic), ao cenário econômico com tendência negativa e à expectativa de piora nos índices de inflação e de crescimento econômico', diz Miguel de Oliveira, diretor executivo da Anefac.


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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Livro didático tem erros de grafia de Estados brasileiros


Localização de Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe, além do Distrito Federal, também está errada no mapa


Maria do Carmo Pagani - Especial para O Estado
 
Atualizada às 22h13
 
CAMPINAS - "Ácre", "Minas Gertais" e "Espíritu Santo" estão entre os Estados brasileiros, segundo um livro didático distribuído a estudantes da rede municipal de ensino de Jundiaí, no interior paulista. Na obra, o mapa do Brasil também não mostra onde está o Distrito Federal e não nomeia os Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe.

Os erros do livro didático da coleção Projeto Ciranda, do Grupo Mathema, foram descobertos nesta semana por um menino de 7 anos, filho da auxiliar administrativa Vanessa Marques. O mapa faz parte de um capítulo sobre povos indígenas e o mapa do Brasil mostraria todos os Estados e a localização de algumas tribos.

"Ele notou e me disse que os nomes estavam escritos de forma errada. Folheei o livro para ver se não se tratava de alguma brincadeira do tipo ‘pegadinha’ ou outra forma utilizada para despertar a atenção das crianças, mas não se tratava disso: era erro mesmo", conta a auxiliar administrativa. "Como é possível haver erros crassos assim em um material elaborado para ensinar as crianças em uma fase crucial de seu processo de alfabetização?", questiona Vanessa.


Recolhimento. A Secretaria Municipal de Educação informou que já notificou a editora responsável pela publicação. Segundo a administração municipal, o Grumo Mathema assumiu a responsabilidade pela falha e se comprometeu a corrigir os erros e fazer nova impressão para que as páginas sejam substituídas nos próximos dias.

Ainda de acordo com a secretaria, os professores da rede municipal estão sendo orientados para que façam a substituição do material.

Segundo Kátia Stocco Smole, coordenadora da Mathema e doutora em Educação com área de concentração em ensino de Ciências e Matemática, as correções no mapa já foram feitas e a substituição das páginas com erros em todo o material distribuído na rede de ensino de Jundiaí deve ocorrer até amanhã. 

Uniformes.

A mãe do garoto comenta também que, além do erro no livro, os uniformes que a prefeitura deveria ter distribuído aos alunos da rede municipal no início das aulas ainda não chegaram.
Em relação a isso, a Secretaria Municipal de Educação esclarece que os kits estão previstos para chegar às escolas da rede a partir do dia 22 deste mês.

Para Lemann, bons líderes são formados em dez anos

Tempo de experiência em várias áreas e avaliação contínua é preciso para que as empresas consigam formar bons gestores

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Sergio Lima/FolhaPress/Veja
Jorge Paulo Lemann

São Paulo – Ao contrário do que alguns livros de gestão dizem e jovens talentos acreditam, um bom líder de grandes negócios demora cerca de dez anos para estar formado, garante o bilionário Jorge Paulo Lemann.

Em um congresso da Falconi Consultores de Resultado, em São Paulo, o homem mais rico do país falou rapidamente sobre como construir uma fábrica de líderes para alcançar sonhos mundiais, como se tornou a AB Inbev, líder mundial de cervejas.

De acordo com o executivo, o processo de formar líderes não acontece do dia para a noite.
“Demora dez anos até que seus primeiros trainees façam coisas essenciais, até que tenha gente treinando essas pessoas e a cultura da companhia já esteja formada (sic)”, disse ele em sua participação no evento.

Segundo ele, a companhia escolhe os melhores profissionais que passam por vários testes antes de evoluir dentro da corporação e acumulem mais experiência. O desempenho das pessoas é avaliado de perto pelos sócios.

“Estamos sempre procurando descobrir gente melhor do que nós. Ninguém é promovido se não tiver ninguém tão bom quanto o gestor para substituí-lo”, afirmou Lemann na palestra.

Dono do controle de gigantes como Ambev, Burger King e Heinz, Lemann é também o maior bilionário do país, com uma fortuna de 19,7 bilhões de dólares, de acordo com a Forbes.

Ele também é hoje um dos executivos mais respeitados do mundo, com direito a elogios vindos do guru das finanças, Warren Buffett.

Veja, a seguir, o vídeo da participação de Lemann no congresso da Falconi Consultores.

 https://www.youtube.com/watch?v=956P3kyTpv8