quinta-feira, 10 de abril de 2014

Deputada do PSDB acusa Gilberto Carvalho de participar de caixa 2

Por Cristiano Zaia | Valor
 
BRASÍLIA  -  A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) acusou, nesta quarta-feira, 9, o chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, de ser o responsável por transportar dinheiro obtido de esquema de caixa dois na Prefeitura de Santo André (SP) para abastecer campanhas eleitorais do PT em 2002. À época, Carvalho era secretário de Governo do ex-prefeito do município Celso Daniel (PT), assassinado no mesmo ano. As afirmações da parlamentar foram negadas pelo ministro.

“O ministro Gilberto Carvalho era conhecido como ‘homem do carro preto’ por levar dinheiro obtido de empresários extorquidos para o presidente do PT à época, José Dirceu”, disse ela durante audiência pública com o ministro na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.

O ministro Gilberto Carvalho negou as acusações, e afirmou que defendeu “à exaustão” as investigações da morte de Celso Daniel. “A senhora não pode dizer que eu sou o ‘homem do carro preto’, porque não presenciou isso. Eu nunca participei de nada disso que a senhora levanta”, respondeu.

Segundo a deputada, seu pai, Luís Alberto Ângelo Gabrilli, era empresário do ramo de transportes à época e foi extorquido, assim como outros empresários da cidade, por homens armados a serviço da administração de Celso Daniel. O dinheiro teria sido, ainda segundo ela, a origem do esquema de caixa dois que alimentou campanhas do PT.

“O Gilberto tinha entrado para o governo com a missão de acabar com a corrupção na cidade, mas nada foi feito”, afirmou ela. “Se ele sabia da extorsão e era braço direito do prefeito, fica por isso mesmo?”


7 complexos femininos inspirados nos contos de fadas


Você já viu a Chapeuzinho Vermelho pelos corredores da empresa? Ou quem sabe já precisou ir até a sala da bruxa má? Estariam as organizações virando um mundo da fantasia?

Thinkstock 
 
A Chapeuzinho Vermelho do mundo corporativo sempre acaba caindo em enrascada e precisa que alguém a salve do Lobo Mau
 
Uma pesquisa realizada pelo International Business Report (IBR) aponta que as mulheres ainda são minoria nos cargos de liderança no Brasil. Segundo o levantamento, 47% das empresas brasileiras não possuem mulheres em cargos de liderança, índice que está acima da média global, que é de 33%. Ainda segundo esta pesquisa, apenas 7% das empresas brasileiras têm planos para contratar ou promover mulheres nos próximos 12 meses, índice que representa metade da média global de 14%.
 
É fato que, quando falamos em promoção de mulheres em cargos de liderança, muitos fatores devem ser considerados, tais como o estabelecimento de políticas adequadas, que possam suprir a demanda feminina. Porém, existe outro fator que pode estar contribuindo para que elas não cheguem ao topo: o comportamento feminino no ambiente de trabalho.

O Institute of Leadership & Management (ILM) entrevistou 3 mil gerentes graduados – homens e mulheres – e publicou suas conclusões em fevereiro de 2011: segundo o ILM, apenas metade das gestoras se descreveu como confiante ou muito confiante, em comparação a 70% dos homens. Metade das administradoras admitiu ter sentimentos de insegurança em relação ao seu trabalho, comparado a 31% dos homens. E 20% da parcela masculina afirmaram que se candidatariam a um cargo, mesmo atendendo parcialmente seus requisitos, contra 14% das entrevistadas. Não me impressionam os resultados dessa pesquisa. Mulheres no ambiente de trabalho, além de serem mais autocríticas que os homens, em sua maioria ainda se sentem menos confiantes no mundo corporativo.

E isto vai contra a dinâmica atual brasileira. Basta que olhemos para o percentual de mulheres chefes de família no Brasil para que isso seja comprovado. Atualmente, segundo dados do IBGE (2013), 38% dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, o que confirma que grande parcela da força de trabalho em nosso país hoje é feminina.

O que percebo, no entanto, é que se por um lado as mulheres estão avançando no mercado de trabalho, por outro existem alguns comportamentos femininos que fazem com que elas recuem. O que ocorre é que muitas ainda são totalmente inseguras acerca daquilo que realizam e por vezes acabam deixando de se destacar e crescer profissionalmente, fazendo aquilo em que são realmente boas, agindo assim através de complexos.

Na Psicologia, o complexo é definido como uma série de pensamentos e ideias que se relacionam entre si e levam a pessoa a se comportar, sentir ou pensar de acordo com aquilo que acredita, nem sempre sendo isso uma realidade concreta.

Um exemplo disso é aquela mulher que acredita não saber negociar e assim acaba por encontrar indícios (muitas vezes imaginários) de que realmente não seja boa e por fim acaba levantando barreiras mentais que a impedem de progredir e a fazem tomar, mesmo que de maneira inconsciente, decisões equivocadas.

Para que isso não ocorra, o primeiro passo é se conscientizar de que algo não vai bem. Mas para que essa analise seja feita de forma assertiva, é preciso pensar racionalmente. Procure avaliar seus resultados e também como tem aplicado o que sabe para contribuir com a organização em que trabalha. Analisando esses dois fatores, os comportamentos de insegurança tendem a ser reduzidos, pois o foco está orientado para ações observáveis.

Outro segredo que funciona muito e trago da época da infância é aquilo que chamo de “agir como se”. Quando somos crianças usamos muito essa forma de se comportar. À medida em que nos tornamos adultos, deixamos essa habilidade criativa de lado e assim perdemos boa parte de nossa segurança e espontaneidade.

A diferença do “agir como se” da infância para o “agir como se” do ambiente de trabalho é que se antes tudo não passava de uma brincadeira, agora é o que pode trazer segurança para acreditar em si mesma. Pense no que você gostaria de ser, espelhe-se naquelas pessoas que admira à sua volta e “aja como se”, comporte-se como elas, acredite que é capaz.

Quando uma mulher se comporta baseada em complexos no ambiente em que trabalha, deixa de atuar, mostrando o que tem de melhor, e pode acabar comprometendo sua imagem profissional na empresa, dificultando assim as chances de chegar ao topo e progredir na carreira.

Abaixo, elenco o que considero os principais complexos femininos no ambiente de trabalho:
Complexo de Cinderela – É a mulher que prefere se acomodar, inutilizando assim seu potencial criativo e intelectual deixando de competir no mercado de trabalho, assumindo uma postura passiva e resignada, sempre à espera de que algo bom aconteça, mas sem fazer nada para que isso ocorra. No ambiente de trabalho, é aquela que fica sempre à espera de algum milagre ou "uma fada madrinha" que venha modificar sua vida profissional.

Complexo de Rapunzel - É o tipo de mulher que se acostuma com o ambiente em que vive e se acostuma com a rotina, não buscando novos desafios por medo de arriscar sua carreira. Assim como a Cinderela, espera por um "milagre". A diferença é que a Rapunzel não convive com os outros e não tem a perspicácia de enxergar além do óbvio. Acredita em tudo o que lhe dizem e não procura confirmar se as informações são de fato verdadeiras.

Complexo da Bruxa Má – Complexo de Bruxa Má representa aquela mulher que vive se comparando com as colegas de trabalho, que acredita ser a melhor em todos os sentidos e não aceita crítica. É a mulher que quando sente que sua competência pode ser ameaçada, trata logo de tirar a “rival” do caminho, usando para isso fofocas, exclusão social, desmerecimento, desdém da outra pessoa ou até mesmo o bullying no ambiente de trabalho.

Complexo da Rainha de Copas – A Rainha de Copas é uma personagem que aparece nos capítulos finais do livro Alice no País das Maravilhas. Tem um pavio curto, é autoritária, tendo somente um modo de resolver todas as dificuldades, grandes ou pequenas: “cortem sua cabeça!” sem pensar duas vezes e sem mesmo olhar em volta. No ambiente de trabalho, é aquela mulher autoritária, que resolve tudo com demissão ou pelo menos ameaça de que isso aconteça. No fundo, é insegura e se sente a todo momento ameaçada, precisando provar poder, não utiliza o pensamento estratégico nem faz uma analise da situação, apenas ameaças como forma de persuadir as pessoas.

Complexo de Chapeuzinho Vermelho - Sempre insistindo em fazer as coisas do seu jeito, sem analisar os riscos da situação, não escuta o que os outros têm a dizer e não analisa as consequências. A Chapeuzinho Vermelho do mundo corporativo sempre acaba caindo em enrascada e precisa que alguém a salve do Lobo Mau. Apesar de ter boa vontade, é teimosa e pode colocar em risco sua vida profissional.

Complexo de Branca de Neve – É aquela mulher de quem todos gostam, simpática e graciosa, mas muito ingênua. Faz tudo na empresa e não se importa de passar café, fazer a ata da reunião e organizar tudo sem que lhe peçam. Não sabe dizer não e por saberem disso é para ela que sempre pedirão ajuda. Na tentativa de agradar, faz tudo pelos outros e esquece de si mesma, virando assim a carregadora de pianos da empresa. Dificilmente chegará a um cargo de liderança.

Complexo de Mulan - No filme da Disney Mulan, se mostra uma corajosa jovem chinesa que se passa por um guerreiro no lugar de seu pai debilitado e ajuda o exército imperial chinês a expulsar os invasores hunos. No ambiente de trabalho é uma profissional excelente, mas que acaba por se masculinizar para conseguir o que quer. Assim como no filme, é preciso que a Mulan do universo corporativo vença como profissional, utilizando-se também de sua essência feminina.

Seja você mesma. Não existe nada mais promissor para a carreira de uma mulher do que ser ela mesma. Nem sempre é fácil, mas acredite, esse é o melhor caminho. Ninguém conhece melhor suas potencialidades do que você mesma, é preciso saber disso para se tornar a melhor versão de si mesma a cada dia.

Figuras patrocinadas do álbum da Copa poderão ser trocadas


Consumidores protestaram contar a inclusão de cromos relacionados a patrocinadores do mundial


Divulgação/Fifa
Album da Copa

Capa do álbum da Copa: colecionadores que se sentirem prejudicados podem pedir a troca gratuitamente através do SAC

São Paulo - Lançado esta semana, o álbum da Copa conquistou fãs ardorosos quase espontaneamente. Um grupo de figurinhas, no entanto, gerou uma série de críticas de consumidores: 9 cromos relacionados à 3 patrocinadoras do mundial (Liberty Seguros, Johnson & Johnson e Wise Up).

As figurinhas podem estar em qualquer pacote, que é vendido por R$ 1 e vem com cinco cromos.
É a primeira vez que adesivos com publicidade são incluídas no álbum da Fifa. Queixas de colecionadores não demoraram a invadir a internet, protestando contra a interferência na mecânica do modo de reunir as fotos.

A Panini, editora que produz o livro ilustrado, defende que "não se trata de publicidade e sim de apoio institucional". Em nota, a empresa justificou que o álbum “não estará completo sem qualquer uma das 649 figurinhas, e isto justifica a inclusão de todas as figurinhas nos envelopes de forma uniforme”.
A editora afirmou que o colecionador que se sentir prejudicado pode pedir a troca gratuitamente através do Serviço de Atendimento ao Consumidor. 

À Folha, a Panini detalhou que substituirá as figurinhas das marcas por outras aleatórias e, para compensar o custo postal do colecionador, serão enviados mais dois envelopes com cinco cromos cada um.

De acordo com a editora, "as parcerias com as patrocinadoras possibilitaram aumentar significativamente a distruibuição gratuita de álbuns", atingindo 6 milhões de exemplares. 

Vendas da nova safra de café avançam pouco no Brasil


Vendas da nova safra atingiram ao final de março no máximo 17 por cento da produção esperada

Roberto Samora, da
Mauricio Lima/AFP
Grãos de café são selecionados perto de Varginha, Minas Gerais

Grãos de café são selecionados perto de Varginha, Minas Gerais: vendas avançaram pouco em meio a incertezas sobre as perdas decorrentes do tempo quente e seco

São Paulo - As vendas da nova safra de café (2014/15) do Brasil avançaram pouco no mercado físico desde fevereiro, atingindo ao final de março no máximo 17 por cento da produção esperada, em meio a incertezas sobre as perdas decorrentes do tempo quente e seco nos primeiros meses do ano, segundo avaliação da consultoria Safras & Mercado.

"Desde fevereiro as vendas de café novo não avançaram muito", disse o analista associado da Safras, Gil Barabach, explicando que as dúvidas sobre o tamanho da safra que começa a ser colhida em mais algumas semanas deixam os agentes retraídos nos negócios.

O percentual estimado é com base em uma safra hipotética de 49 milhões de sacas de 60 kg, o que indica que cerca de 9 milhões de sacas já teriam sido negociadas, segundo Barabach.

O índice de comercialização da safra nova, segundo o analista, está dentro da média prevista para esta época.

A propósito da colheita deste ano, o analista disse que os trabalhos ainda são muito incipientes, mesmo no café da variedade robusta, que tradicionalmente começa a colheita antes do arábica. Os volumes colhidos ainda não são significativos o suficiente para se determinar um percentual, acrescentou.

"Tem um pouco mais de café conilon (robusta). No arábica, há uma expectativa de que depois do feriado de Páscoa (20 de abril) tenha colheita. No último terço de abril, começam a retirar café do pé", afirmou o analista.

Ele observou que este ano as elevadas temperaturas aceleraram o ciclo do café, o que deve antecipar a colheita em algumas semanas em relação ao período normal.

Argentina volta a dominar embarque de trigo para o Brasil


Importações de trigo argentino somaram 260 mil toneladas em março, contra cerca de 188 mil toneladas do cereal norte-americano

Diego Giudice/Bloomberg News
Agricultor realiza a colheita do trigo em uma fazenda próxima da cidade de Salto, na Argentina

Agricultor realiza a colheita do trigo em uma fazenda próxima da cidade de Salto, na Argentina: apesar do domínio, há incertezas se país manterá a posição nos próximos meses

São Paulo - O trigo da Argentina voltou a dominar as chegadas do produto importado ao Brasil em março, após perder a liderança para os Estados Unidos em 2013 e nos dois primeiros meses de 2014, de acordo com dados compilados pela indústria.

As importações de trigo argentino somaram 260 mil toneladas em março, contra cerca de 188 mil toneladas do cereal norte-americano.

No acumulado do primeiro trimestre, no entanto, os Estados Unidos mantiveram a liderança com o embarque de quase 700 mil toneladas de trigo para o Brasil, contra pouco mais de 400 mil toneladas da Argentina.

Apesar do domínio no mês passado, há incertezas no mercado se a Argentina manterá a posição nos próximos meses, já que o governo argentino --que controla exportações para combater a inflação-- liberou apenas 1 milhão de toneladas da última safra para vendas externas.

A produção brasileira, que deverá crescer fortemente este ano se o clima colaborar, poderia a aliviar um pouco a situação dos moinhos do país, que importam a maior parte de suas necessidades.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou nesta quinta-feira a produção brasileira de trigo em 2014 em 6,7 milhões de toneladas, aumento de mais de 1 milhão de toneladas na comparação com 2013 --o plantio está em fase inicial no Brasil.

De qualquer forma, por uma questão de qualidade, a indústria local tem limites para trabalhar com o trigo nacional, uma vez que uma parte do cereal não é adequada para a produção de farinha para panificação.

Com uma produção maior no ano safra 2014/15 (agosto a julho), a Conab apontou queda nas importações de trigo para 5,7 milhões de toneladas, contra 6,7 milhões no ano anterior.

Sindicatos opositores desafiam Kirchner e param Argentina


Mais de um milhão de trabalhadores, segundo CGT, aderiram à paralisação, convocada contra o "ajuste, a inflação e a insegurança"

Agustin Marcarian/Reuters
Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, discursa ao lado do vice-presidente, Amado Boudou, em frente ao Congresso, em Buenos Aires

Presidente da Argentina: Cristina Kirchner não enfrentou nenhuma greve durante seu 1º mandato, mas em sua 2ª e última etapa à frente da Casa Rosada aumentou sensivelmente o clima de conflito

Buenos Aires - Os sindicatos opositores paralisaram a Argentina nesta quinta-feira com uma greve geral que bloqueou o transporte e constituiu uma demonstração de força contra o governo de Cristina Kirchner, condenado a frear a inflação e imerso em um caminho de ajustes que alimenta o descontentamento social.

Mais de um milhão de trabalhadores, segundo os números divulgados pelo ala opositora da Confederação Geral do Trabalho (CGT), o principal organizador da greve, aderiram à paralisação, convocada contra o "ajuste, a inflação e a insegurança".

Organizada por três centrais sindicais argentinas opositoras, o protesto conseguiu parar aeroportos, portos, ferrovias e transporte urbano e suburbano, assim como os serviços de coleta de lixo e abastecimento de combustível.

Piquetes postados nos principais acessos a Buenos Aires bloquearam a passagem dos automóveis e protagonizaram os únicos incidentes do dia, que terminaram com seis detidos e um levemente ferido em confrontos com a polícia na estrada Pan-Americana.

A segunda greve geral que Cristina enfrenta foi convocada pela ala opositora da CGT, liderada por Hugo Moyano, chefe do poderoso sindicato de caminhoneiros, que deixou de ser um ferrenho aliado do governo para se tornar um de seus maiores críticos.

Os grêmios exigem altas salariais acima de 40% para evitar a perda do poder aquisitivo e um aumento do teto salarial isento do pagamento do imposto que pesa sobre os trabalhadores que ganham mais de 15 mil pesos mensais (cerca de R$ 3.700).

O protesto coincide com uma delicada conjuntura econômica no país, com uma inflação superior a 30% - a segunda mais alta da América Latina, atrás da Venezuela -, e uma estratégia de cortes aos subsídios que na prática constitui uma taxação de serviços básicos como gás e eletricidade, após uma desvalorização de 20% do peso argentino em relação ao dólar.

Juros de financiamentos são os maiores desde agosto de 2012

Custo com financiamentos e empréstimos para a pessoa física aumentou novamente em março

Stock.xchng/playboy
Homem mostra que está com o bolso vazio

Bolso vazio: está mais caro financiar e pegar dinheiro emprestado; apenas o já caro rotativo do cartão não subiu em março

São Paulo – As taxas de juros de empréstimos e financiamentos voltaram a subir em março, constatou a pesquisa de juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
A taxa de juros média para a pessoa física passou de 5,82% ao mês (97,16% ao ano) em fevereiro para 5,86% ao mês (98,05% ao ano) em março, sendo esta a maior taxa de juros desde agosto de 2012.

Isto representa uma elevação de 0,04 ponto percentual no mês (0,89 ponto percentual no ano), o que corresponde a uma elevação de 0,69% no mês e 0,92% em 12 meses.

Das seis linhas crédito para a pessoa física pesquisadas, apenas o rotativo do cartão de crédito teve sua taxa de juros média mantida. Todas as demais foram elevadas.

Veja na tabela como ficaram as taxas de juros de cada linha de crédito:


Linha de crédito Fevereiro (mês) Fevereiro (ano) Março (mês) Março (ano) Variação (%) Pontos percentuais
Juros comércio 4,46% 68,81% 4,56% 70,76% 2,24% 0,10
Cartão de crédito 10,08% 216,59% 10,08% 216,59% 0% 0
Cheque especial 8,08% 154,06% 8,16% 156,33% 0,99% 0,08
CDC - bancos- financiamento de automóveis 1,75% 23,14% 1,77% 23,43% 1,14% 0,02
Empréstimo pessoal-bancos 3,30% 47,64% 3,34% 48,33% 1,21% 0,04
Empréstimo pessoal-financeiras 7,22% 130,84% 7,24% 131,36% 0,28% 0,02
TAXA MÉDIA 5,82% 97,16% 5,86% 98,05% 0,69% 0,04
Fonte: Anefac



Para o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, estas altas podem ser atribuídas à expectativa de aumentos da taxa básica de juros (Selic), ao cenário econômico com tendência negativa e à expectativa de piora nos índices de inflação e crescimento.

Neste cenário, o risco de crédito aumenta, o que leva as instituições financeiras a elevarem o juro acima da elevação da Selic.

A taxa básica de juros subiu 3,50 pontos percentuais, ou 48,28%, de março de 2013 a março de 2014, passando de 7,25% ao ano para 10,75%.

No mesmo período, a taxa de juros média para a pessoa física subiu 10,08 pontos percentuais, ou 8,98%, passando de 87,97% ao ano para 98,05% ao ano.

A Anefac espera que a taxa Selic aumente novamente na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), o que pode elevar ainda mais as taxas de juros das linhas de crédito.