quinta-feira, 15 de maio de 2014

A rede Coco Bambu, de frutos do mar, cresce contra a maré


A rede cearense de restaurantes de frutos do mar Coco Bambu faturou 200 milhões de reais em 2013 adotando estratégias contrárias às mais comuns para ganhar escala

Rita Azevedo, da
Drawlio Joca / EXAME PME
Afrânio Barreira e sua mulher, Daniela
Afrânio Barreira e sua mulher, Daniela: decoração caprichada e porções para dividir

São Paulo - Após alguns minutos de espera, a empresária paulista Cristina Corazza, de 62 anos, consegue uma mesa para quatro pessoas no 3o andar de um restaurante na região do Itaim Bibi, na cidade de São Paulo. Para fugir do movimento dos fins de semana, ela escolhe uma quarta-feira para apresentar à nora, Patrícia Farhat, relações-públicas de 34 anos, uma de suas novas descobertas.

“É um lugar onde os pratos com peixes e mariscos são fartos; e os preços, relativamente acessíveis”, diz. Acomodadas próximas ao terraço, as duas dividem uma porção de camarão com molho branco, batata palha e temperos nordestinos. Cada prato do cardápio custa, em média, 120 reais e serve de três a quatro pessoas.

Para garantir elogios como o de Cristina, o engenheiro Afrânio Barreira, de 56 anos, e sua mulher, Daniela, de 47, fundadores da rede­ de restaurantes Coco Bambu, criaram uma estratégia de gestão que, em certos aspectos, foge das formas mais usadas para ganhar escala.

A rede especializada em frutos do mar, nascida em Fortaleza, no Ceará, tem 13 unidades em seis estados, e em 2013 faturou 200 milhões de reais — 40% mais do que no ano anterior. Em vez de uma administração centralizada, as lojas funcionam como empresas autônomas — cada uma com três sócios gestores, que dedicam 100% de seu tempo à gestão.

“Em cadeias de restaurantes é comum que haja queda na qualidade porque o dono nunca está presente”, diz Barreira, que, além de ser sócio de todas as unidades, promove auditorias mensais e cuida das finanças.

Na unidade do Itaim Bibi, o dia a dia é tocado pelo advogado Ronald Aguiar, de 29 anos, mais dois sócios. Desde as 8 horas da manhã, quando os primeiros funcionários chegam, até a meia-noite, quando a loja se prepara para fechar, um deles sempre está presente. “Desde o controle do desperdício na cozinha e o fechamento dos caixas até o recebimento das mercadorias, dividimos todas as responsabilidades”, afirma Aguiar.

Outro exemplo que foge às regras mais comuns de uma rede é a maneira de comprar os insumos. Em vez de fazer compras em conjunto, que poderia viabilizar um bom desconto, cada loja faz negociações independentes com fornecedores diversos.

“Se fizéssemos de outro jeito, teríamos de gastar com centros de distribuição e logística”, diz Barreira. “Além disso, grande parte das matérias-primas precisa chegar fresca ao restaurante.”

O cardápio também reflete uma escolha diferente do que recomendam alguns manuais de gestão. Em tese, menus mais enxutos ajudam a padronizar os pratos e a concentrar a produção em alguns poucos ingredientes. Na Coco Bambu, há mais de 150 opções, entre massas, peixes e outras carnes.

“A ideia é atrair públicos variados para lotar todas as mesas”, afirma Daniela Barreira, responsável pela criação das receitas. “A fila na entrada é nosso termômetro.” As lojas têm de 500 a 1 000 lugares e ficam localizadas em áreas centrais de cidades como Goiânia, Brasília e Salvador.
Foi Daniela quem incentivou Barreira, até então dono de uma construtora, a investir em restaurantes.

Nos anos 80, o casal montou uma lanchonete especializada em pastéis. O negócio deu certo. Em 1999, foi inaugurada a primeira unidade da Coco Bambu, em Fortaleza. “A cidade estava despontando como polo econômico do Nordeste, mas faltava um ambiente cosmopolita, com atendimento descontraído, decoração caprichada e grandes porções para ser compartilhadas em grupo”, afirma Daniela.

A primeira loja fora do Ceará foi aberta em Salvador em 2005. “Na ocasião, convidei amigos empreendedores para assumir a operação junto comigo”, diz Barreira. Funcionou.

A Coco Bambu está inserida numa categoria de restaurantes que tem crescido 25% ao ano no país desde 2010 (o dobro da média do setor) — o casual dining. O conceito, criado nos Estados Unidos na década de 60, refere-se a uma zona intermediária entre o fast- food das lanchonetes e a gastronomia mais elaborada.

No Brasil, o exemplo mais conhecido é o Outback (que, aliás, também só trabalha com lojas próprias e sócios locais). A rede americana, com inspiração na cozinha da Austrália, chegou em 1997 e tem hoje no Brasil nove de suas dez lojas com maior faturamento no mundo.

“É um modelo em que os sócios cuidam de cada detalhe numa operação geralmente complexa e só deixam o restaurante depois que sai o último freguês”, diz Sérgio Molinari, diretor da consultoria em varejo GS&MD.

Até o fim deste ano, a Coco Bambu deverá passar das atuais 13 unidades para 17 em sete estados. Para 2015, o plano é mais ambicioso — exportar o tempero e a gestão brasileira com a abertura de uma loja em Miami, nos Estados Unidos. “Em 2016, a meta é faturar 500 milhões de reais”, diz Barreira. 

Clima econômico no Brasil não era tão ruim desde 1999


Indicador de clima econômico no país caiu para 71 pontos em abril - 20% a menos do que no início do ano e pior até do que no auge da crise econômica mundial


Getty Images
homem olha para gráfico em queda
Clima econômico do Brasil foi de 95 para 71 pontos no espaço de seis meses
São Paulo - O pessimismo com a economia brasileira acaba de atingir um novo marco.

Em abril, o indicador Ifo/FGV de Clima Econômico (ICE) chegou a 71 pontos no país - uma queda de 20% desde o início do ano e o pior índice desde janeiro de 1999.

No auge da crise econômica mundial, em janeiro de 2009, ele estava em 78 pontos. Nos últimos 10 anos, a média do país foi de 121 pontos.

Um número acima de 100 é considerado "favorável"; abaixo de 100, desfavorável. O indicador final é uma média de dois índices: o de "situação atual" (ISA) e o de expectativas (IE).

No Brasil, a avaliação da situação atual (68) é pior do que as expectativas em relação ao futuro (74).

A pesquisa é realizada trimestralmente desde 1989 por uma parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e tem como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES).

Em abril, foram ouvidos 1134 especialistas em 121 países. Eles também destacam, a partir de uma lista de dez tópicos, quais são os maiores entraves para o crescimento econômico. No caso do Brasil, os mais citados foram, em ordem:

1. Falta de competitividade internacional
2. Falta de confiança nas políticas do governo
3. Inflação
4. Déficit público
5. Falta de mão de obra qualificada
A falta de competitividade internacional é historicamente citada como um dos principais problemas em todos os países latino-americanos - com exceção da Bolívia.
O que chama a atenção, no caso brasileiro, é que desde o início do ano passado há uma preocupação crescente com o déficit público e uma grande perda de confiança nas políticas do governo.


Mundo


7 dos 11 países latino-americanos tiveram queda do índice em abril, mas a do Brasil foi a maior. O ICE só melhorou na Bolívia, no Peru e no Uruguai.

O ICE brasileiro é hoje menor que o da Argentina (de 75 pontos) e só ganha da Venezuela - que está no valor mínimo, 20 pontos, desde julho de 2013.

O índice para a América Latina como um todo está hoje em 90, abaixo do ICE para o mundo, de 113 - que está sendo puxado para cima por causa da melhora do clima na União Europeia e nos Estados Unidos. 

Entre os BRICS, só a Índia teve melhora no índice desde janeiro, enquanto a Rússia viu uma queda de 24%. O clima na China também vem piorando - foi de 112 para 88 nos últimos seis meses, o que fez o país passar da zona favorável para a desfavorável.

Veja os resultados comentados por Lia Valls, responsável pela pesquisa da FGV:

http://www.youtube.com/watch?v=j82ogmvLgeM

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Cerveja brasileira é eleita uma das melhores do mundo


Cerveja Dubbel, da Wäls, ganhou medalha de ouro na categoria Belgian Dubbel da World Beer Cup. O rótulo Quadruppel da cervejaria levou prata em outra modalidade

Dave Dyet / Stock Xchng
Garrafa e copo de cerveja
Bebidas da cervejaria Wäls conseguiram destaque em duas categorias

São Paulo – Não são apenas Bélgica, Alemanha e Estados Unidos que se destacam entre os países com as melhores cervejas do mundo. Além da tradicional cachaça, o Brasil também ganhou notoriedade recentemente, na World Beer Cup, competição internacional de marcas de cerveja, que se considera as olimpíadas da bebida. Na premiação deste ano, o rótulo tupiniquim Dubbel ganhou a medalha de ouro na categoria “Belgian Dubbel” e o Quadruppel ficou com a medalha de prata no grupo de “Outros Estilos Belgian Ale”.

Ambas as garrafas são produzidas pela empresa Wäls, que fica em Belo Horizonte e distribui produtos principalmente nas regiões Sudeste e Sul, e no Distrito Federal. Ao todo, mais de 1.400 cervejarias de 58 países inscreveram quase 4.800 rótulos para participar do concurso, que engloba 94 modalidades e é organizado pela Brewers Association. 

A Wäls Dubbel, primeiro em seu grupo, é do estilo Belgian Strong Ale Dubbel e se caracteriza pela aparência castanha escura, com espuma densa e duradoura. O aroma é de frutas secas com notas de especiarias e maltes especiais, enquanto o paladar traz persistência do torrado, levemente picante e bastante seco. A bebida é refermentada na garrafa, tem 7,5% de álcool e 26 IBU’s (Unidade Internacional de Amargor).

Já a Wäls Quadruppel, consagrada na segunda posição entre concorrentes de sua categoria, é do estilo Belgian Strong Ale Quadruppel. Isso significa que é feita com quatro tipos de malte, nobre cepa de levedura, lúpulos especiais e diferentes especiarias. Sua aparência é marrom rubi, o amargor é equilibrado e a espuma, aveludada. O aroma é intenso e o sabor é de malte, chocolate toffee, mel e frutas secas. Outra peculiaridade da bebida é que ela é maturada em carvalho francês marinado com cachaça mineira. Além disso, é refermentada na garrafa com teor alcoólico de 11% e 35 IBU’s.

Petrobrás amplia perdas na Bolsa após discurso de Dilma


Presidente disse que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal

14 de abril de 2014

Álvaro Campos - Agência Estado -
 

Graça Foster e Dilma: esse foi o primeiro evento público que as reuniu desde o início das denúncias - Roberto Stuckert Filho/Presidência
Roberto Stuckert Filho/Presidência
 
Graça Foster e Dilma: esse foi o primeiro evento público que as reuniu desde o início das denúncias

SÃO PAULO - O Ibovespa fechou em queda de 0,52% nesta segunda-feira, 14, aos 51.596,55 pontos, puxado, em parte, pela baixa das ações da Petrobrás. Os bancos também ajudaram a levar o índice para baixo.

As ações da Petrobrás ampliaram suas perdas nesta tarde após a defesa feroz da petroleira feita pela presidente Dilma Rousseff em discurso durante cerimônia de viagem inaugural do navio petroleiro Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE).

Seguindo orientações do seu mentor e antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente defendeu a Petrobrás e disse que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal.

Esse foi o primeiro evento público que reuniu Dilma e a presidente da Petrobrás, Graça Foster, desde o início da onda de denúncias envolvendo a petroleira após o Estado revelar, em março, que a presidente Dilma deu aval à polêmica compra da refinaria de Pasadena com base em um relatório "falho", segundo a presidente.

A Petrobrás ON fechou em queda de 1,60%, cotada a R$ 15,36. Petrobrás PN terminou o dia em baixa de 1,73%, cotada a R$ 15,93. Apesar de terem operado em baixa ao longo de todo o dia, as perdas das ações ordinárias e preferenciais da Petrobrás se aprofundaram após o discurso da presidente Dilma. Antes da fala sobre a companhia, as retrações estavam em torno de 0,40%.

Segundo Dilma, as avaliações sobre a recente queda de valor de mercado da Petrobrás distorcem dados e manipulam análises, transformando eventuais problemas conjunturais de mercado em fatos irreversíveis e definitivos. "Defenderei em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobrás", afirmou. Ela acrescentou que a produção da Petrobrás vem crescendo nos últimos anos e que a empresa é a que mais investe no Brasil.

A presidente lembrou que em 2003, no início do governo Lula, a Petrobrás valia no mercado R$ 15,5 bilhões, e hoje, mesmo com problemas, vale R$ 98 bilhões.

Dilma também falou que os órgãos de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União estão sempre atentos para exercer suas funções. "O que tiver de ser apurado será apurado com rigor", comentou. Ela mencionou que a auditoria da Petrobrás, o programa de prevenção à corrupção da empresa e as comissões de apuração "são os mais eficazes mecanismos de controle e fiscalização internos".


Senador Blairo Maggi e mais três familiares são incluídos na lista de bilionários da Forbes


Família fez fortuna com plantações de soja

Redação, www.administradores.com,
Agência Brasil
Senador Blairo Maggi quando era governador do Mato Grosso
 
 
A revista Forbes publicou nesta quinta-feira (10) uma reportagem em que anunciou a inclusão do senador Blairo Maggi (PR/MT) e mais três membros de sua família em sua tradicional lista de bilionários. A publicação levou em conta a participação dos quatro no Grupo André Maggi, avaliado em R$ 13,8 bilhões. Cada um, segundo a Forbes, tem cerca de 16% da holding.

A família fez fortuna no agronegócio e Blairo Maggi chegou a ficar famoso nos anos 1990 e 2000 como “O Rei da Soja”, produto que é o carro-chefe dos negócios da família. A valorização do real frente ao dólar na última década e a alta demanda da China por soja contribuíram para o crescimento da fortuna da família e sua inclusão na lista, segundo a própria Forbes.

Os familiares do senador incluídos na lista foram sua mãe, Lúcia; sua irmã Marli; e seu irmão Itamar, que comanda as operações dos negócios da família.

A Forbes cita ainda que Blairo Maggi foi citado pela National Geographic e outras revistas como um dos responsáveis pelo desmatamento da floresta Amazônica.

No Congresso, o senador, que também já foi governador do Mato Grosso, é um dos nomes mais proeminentes da bancada ruralista.

Graça Foster: “Acreditamos mil vezes na Petrobras”


Por Murillo Camarotto | Valor
 
 
IPOJUCA (PE)  -  Na véspera de sua visita ao Senado, onde prestará esclarecimentos sobre a polêmica aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA, a presidente da Petrobras, Graça Foster, fez nesta segunda-feira uma defesa enfática do governo petista, afirmando que “acredita mil vezes na Petrobras” e pediu apoio.




“Acreditamos mil vezes na Petrobras. Neste momento preciso muito da energia de todos vocês”, disse a presidente da estatal durante solenidade no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE), onde participou do lançamento ao mar de um petroleiro encomendado pela Transpetro.

Graça lembrou do renascimento da indústria naval brasileira e a prioridade à utilização de conteúdo local. “Nada veio por acaso. Estou na Petrobras há 34 anos e conteúdo local sempre foi um desejo, mas só virou realidade em 2003”, disse Graça, ao mencionar o primeiro ano da administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a presidente da Petrobras, foram Lula e a presidente Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia, os responsáveis pela priorização dada ao conteúdo local na indústria do petróleo.

Governo errou em comunicação sobre a Copa, diz Gilberto Carvalho




PORTO ALEGRE E SÃO PAULO  -  O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse, nesta segunda-feira, 14, que o governo federal cometeu um erro ao não priorizar a comunicação com a população sobre os benefícios da Copa do Mundo. Ele afirmou que, como consequência, a oposição e a imprensa tentam transformar o evento em uma "tragédia".

Carvalho está em Porto Alegre hoje para participar de um debate com movimentos sociais sobre o legado do Mundial. O ministro é o principal interlocutor do governo Dilma Rousseff junto a essas entidades.

"[Nós] nos demos conta que cometemos um erro nesse processo todo ao não investir em um processo de comunicação. Deixamos de informar o cidadão sobre o que significa a Copa em sua inteireza", disse a jornalistas, ao chegar ao evento.

Em discurso ao abrir o debate com os ativistas, mais tarde, o ministro afirmou que o governo "só pensa em trabalhar e se esquece de comunicar". "Isso permitiu que, no geral, a grande imprensa e os setores que fazem oposição clara ao governo tentassem transformar a Copa em uma tragédia, com prejuízo ao povo brasileiro."

Ele disse ainda que os protestos devem ser "em cima de fatos reais" e não baseados em quem não quer "que a Copa dê certo". "Querem fazer da Copa uma forma de prejudicar a continuidade do nosso projeto", disse Carvalho, sem especificar a quem se referia.


Atrasos


Sobre as obras para o Mundial, o ministro disse que, se parte delas não ficar pronta a tempo, "pouco importa". "O importante é que sejam entregues. Se não for em junho, que sejam em novembro, dezembro."

O ministro vai participar de encontros com os movimentos sociais nas 12 capitais que receberão os jogos, para receber reivindicações.

No evento, um representante do governo listou benefícios que a Copa deverá trazer para o país, como exposição internacional, geração de empregos e aumento do turismo. Também comparou os gastos na preparação do Mundial com os orçamentos de saúde e educação.

Após discursos de representantes do governo gaúcho e da Prefeitura de Porto Alegre, os líderes dos movimentos se manifestaram. Fizeram críticas, entre outras, à remoção de moradores para obras viárias, à possibilidade de aumento da exploração sexual durante o Mundial e à violência policial em manifestações.


Ingressos adicionais


A última fase da venda de ingressos para a Copa do Mundo, que começa nesta terça-feira, 15, terá diferentes lotes de entradas disponibilizados aos torcedores durante os próximos três meses.
Além dos bilhetes que estarão disponíveis a partir das 7h (de Brasília) de terça, no site da Fifa, novos ingressos podem ser lançados no sistema até dia 13 de julho, data da final do Mundial e último dia de vendas.

Os lotes extras serão formados por bilhetes devolvidos à Fifa por torcedores que se arrependeram da compra e uma carga de proteção que não foi negociada pela entidade, devido ao atraso na entrega dos estádios da Copa.

Apesar de ter recebido o mapa de assentos de todos os 12 estádios que serão usados na Copa, a Fifa teme vender ao torcedor ingresso para um lugar que, na prática, não existe, tem visão prejudicada do campo ou terá de ser desocupado para não prejudicar a transmissão da TV.

Por isso, a entidade faz a contagem manual e a avaliação visual de todos os lugares antes da definição do total de bilhetes à venda.

O Itaquerão, futuro estádio do Corinthians, é um dos palcos da Copa que não passaram pela avaliação, já que não está pronto. Arena Pantanal, em Cuiabá, e Arena das Dunas, em Natal, já entregues, ainda não foram testadas com capacidade plena.

Ante a indefinição, a Fifa vai reter parte da carga dos bilhetes. Há projeções feitas pela entidade. No caso do Itaquerão, a previsão é que existam 67.349 assentos, mas serão comercializados apenas 59.955 ingressos.

Os 7.394 assentos restantes a menos (11%) deixarão de ser vendidos porque a entidade imagina que possuem pontos cegos ou que serão aproveitados para as transmissões televisivas, parcerias comerciais e áreas para jornalistas.

Hoje, a Fifa confirmou à reportagem que os ingressos dessa carga de proteção serão negociados posteriormente caso a avaliação dos estádios determine que eles possam ser comercializados sem dano a torcedores e patrocinadores.


(Folhapress)