As principais justificativas são a tentativa de
evitar mais demissões e a crise econômica
Da Redação
redacao@amanha.com.br
Tradicionais
companhias catarinenses estão adotando redução de jornada de trabalho e,
também, salários. A fraca atividade econômica e a tentativa de evitar demissões
são as principais justificativas para a decisão. Tigre, em Joinville, e Weg, em
Jaraguá do Sul, já conseguiram a aprovação dos trabalhadores. A Malwee, também
de Jaraguá, está em processo de votação e anunciará o resultado nesta semana.
Na indústria de plásticos Víqua, de Joinville, o período de redução de jornada
e salários começou em fevereiro e foi renovado para o período de abril a junho.
As informações são da edição desta quinta-feira (30) do jornal A Notícia.
A
fabricante de tubos e conexões em PVC Tigre confirmou a redução de jornada de
trabalho e salários de 600 funcionários da unidade de Joinville a partir desta
sexta (1º). O acordo prevê a diminuição de 20% do total de horas mensais
trabalhadas e 15% do salário nominal de funcionários das áreas administrativas
e dos setores de pesquisa e desenvolvimento e de engenharia. Na prática, estes
profissionais não vão trabalhar às sextas-feiras por um período de três meses,
renováveis por mais três. A Tigre é a 33ª empresa da região, de acordo com o
ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ em parceria com a consultoria
PwC. Em Santa Catarina, a companhia ocupa a 9ª posição.
O grupo
Weg (foto) adotou a redução de jornada e salários desde o inicio de junho. A
empresa de equipamentos eletroeletrônicos operará desse modo até agosto. A
previsão é de que cerca de 13.700 funcionários participem da redução nas
unidades fabris de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Blumenau, em Santa Catarina,
Gravataí (RS) e na cidade de São Paulo. A Weg, segundo 500 MAIORES DO SUL, é a
terceira maior companhia de Santa Catarina e a oitava da região.
Os
funcionários da Malwee votarão nesta semana a proposta de redução de 8% na
jornada e 4,7% nos salários, com duas sextas-feiras de folga por mês. Neste
ano, a empresa demitiu 700 funcionários. Em nota, o Grupo Malwee argumenta que
precisou realizar desligamentos de profissionais para equacionar sua força de
trabalho à atual demanda do mercado.
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