terça-feira, 29 de novembro de 2016

Queda do avião da Chapecoense comove o mundo






Imprensa norte-americana afirma que o time catarinense aumentou o orgulho de Chapecó


Por Agência Brasil*
Polícia colombiana confirma 76 mortos em avião da Chapecoense


O acidente com o avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín (Colômbia), comoveu o mundo. A tragédia mobilizou clubes de futebol como a imprensa internacional. Entre as equipes que se solidarizaram estão os gigantes espanhóis Real Madrid e Barcelona. Antes do início dos treinamentos dos times nesta terça, os atletas se reuniram no centro do gramado para prestar homenagem com um minuto de silêncio. Outra equipe a se manifestar foi o Benfica, de Portugal. Através de um comunicado oficial, o clube se prontificou a prestar auxílio. “Perante a tragédia que tocou uma vez mais o mundo do futebol, o Sport Lisboa e Benfica, de forma solidária, manifesta a sua disponibilidade para apoiar a Associação Chapecoense de Futebol na criação de condições para amenizar o sofrimento e superar a perda desportiva”, revela a nota.

Nos Estados Unidos, o “New York Times” destacou o fato.  “O time da Chapecoense aumentou o orgulho em Chapecó, uma cidade relativamente próspera com uma economia que depende da grande operação de empresas na área de alimentos”, diz a reportagem. O clube catarinense foi denominado como “um tipo de Cinderela de uma pequena cidade, que se juntou à primeira divisão do Brasil em 2014” pelo “Washington Post”. O britânico “Guardian” afirma que “esta deveria ter sido a semana mais gloriosa na história de um clube relativamente pequeno dentro do ecossistema do futebol brasileiro”. O “El País”, da Espanha, recordou que o clube passou por dificuldades financeiras antes de subir para a primeira divisão do futebol brasileiro em 2014. 

O “Marca”, da Espanha, fez uma homenagem ao jogador Cleber Santana, que jogou no Atlético de Madrid. “Jamais um conto de fadas teve um final mais trágico”, sublinha o diário esportivo em outra reportagem. A notícia lembra, também, que a Chapecoense saiu da série D para jogar sua primeira final internacional em somente sete anos. 


O acidente


A Polícia colombiana confirmou que mais de 70 pessoas que estavam a bordo do avião que levava o time da Chapecoense morreram no acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira (29). Entre as pessoas que estavam na aeronave, havia jogadores, dirigentes esportivos e jornalistas. O avião era um British Aerospace 146, gerenciado pela companhia boliviana Lamia. Ele teria desaparecido do radar e feito um pouso forçado, devido a uma falha elétrica, em Cerro Gordo, nas proximidades da cidade de La Unión. Fontes locais declaram que a aeronave estava a apenas cinco minutos de voo do aeroporto mais próximo, mas o piloto decidiu arriscar o pouso antes. A investigação do acidente tem duas linhas. Uma delas estuda uma possível pane seca. Outra cogita a hipótese que o piloto teria esvaziado os tanques de combustível para evitar uma explosão. 

Ao menos 22 jogadores da Chapecoense estavam no avião. Dos atletas, sobreviveram o goleiro Jackson Follmann e o lateral Alan Ruschel, além do zagueiro Neto. Alguns atletas não embarcaram com a delegação, como Neném, Hyoran, Martinucico, Nivaldo, Rafael Lima e Demerson, que não vinham sendo usados pelo técnico Caio Júnior, que também faleceu. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estava na lista de convidados do clube, mas não viajou. O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Gelson Merisio, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estavam na lista de convidados do voo da Chapecoense, mas nenhum dos dois embarcou com a delegação.

As vítimas do elenco são os laterais Giménez, Dener e Caramelo; os zagueiros Marcelo, Filipe Machado e Thiego; os meio-campistas Josimar, Gil, Sérgio Manoel, Matheus Biteco, Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela, além do goleiro Danilo.
Entre os 72 passageiros, além dos 22 jogadores, havia 18 membros da comissão técnica, oito da diretoria, três convidados, incluindo o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto Filho, e 21 representantes da imprensa, inclusive o ex-jogador e ex-técnico Mário Sérgio, comentarista dos canais Fox Sports.


Confira a lista de passageiros do voo:


Atletas:

1. Danilo
2. Gimenez
3. Bruno Rangel
4. Marcelo
5. Lucas Gomes
6. Sergio Manoel
7. Felipe Machado
8. Matheus Biteco
9. Cleber Santana
10. Alan Ruschel
11. William Thiego
12. Tiaguinho
13. Neto
14. Josimar
15. Dener
16. Gil
17. Ananias
18. Kempes
19. Follmann
20. Arthur Maia
21. Mateus Caramelo
22. Aílton Canela

Comissão técnica:

22. Caio Júnior
23. Duca
24. Pipe Grohs
25. Anderson Paixão
26. Anderson Martins
27. Dr. Marcio
28. Gobbato
29. Cocada
30. Serginho
31. Serginho
32. Adriano
33. Cleberson Silva
34. Maurinho
35. Cadu
36. Chinho di Domenico
37. Sandro Pallaoro
38. Cezinha
39. Giba

Diretoria:

40. Plínio D. de Nes Filho
41. Nilson Folle Júnior
42. Decio Burtet Filho
43. Edir de Marco
44. Ricardo Porto
45. Mauro dal Bello
46. Jandir Bordignon
47. Dávi Barela Dávi

Convidados:

48. Delfim Peixoto Filho
49. Luciano Buligon
50. Gelson Meisão

Imprensa:

51. Victorino Chermont
52. Rodrigo Gonçalves
53. Devair Paschoalon
54. Lilacio Júnior
55. Paulo Clement
56. Mario Sergio Paiva
57. Guilher Marques
58. Ari Júnior
59. Guilherme Laars
60. Giovane Klein
61. Bruno Silva
62. Djalma Neto
63. Adré Podiacki
64. Laion Espindula
65. Rafael Henzel
66.
Renan Agnolin
67. Fernando Schardong
68. Edson Ebeliny
69. Gelson Galiotto
70. Douglas Dorneles
71.
Jacir Biavatti

*Com Agência Ansa.
- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/3181#sthash.sonG0koa.dpuf

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Beneficiados pela crise, outlets vão dobrar em 3 anos


Empresas donas de shopping centers estão vendo uma forma de crescer gastando menos: os outlets




São Paulo – Neste momento de crise, o setor de outlets – centros de compra que vendem produtos com desconto – está preparando um salto vigoroso nos próximos anos.

Empresas conhecidas pelos shopping centers tradicionais, como a General Shopping e a Iguatemi, estão concentrando seus esforços de expansão no segmento.

Como o consumidor está com o orçamento curto e não existe a previsão de uma virada rápida da economia, o varejo parece ter entendido que, para conseguir crescer, terá de oferecer boas barganhas.

Especializada no segmento, a Associação Brasileira de Outlets (About) espera que o setor praticamente dobre de tamanho até 2019. Só para o ano que vem, a consultoria prevê a inauguração de mais quatro empreendimentos.

A projeção é que essas aberturas inflem o faturamento do setor em 40% no próximo ano, para R$ 4,5 bilhões. Ao fim de 2019, a expectativa é que o País chegue a 22 outlets, dez a mais do que a quantidade atual.

Embora o mercado de outlets seja bem menos desenvolvido do que o de shopping centers – que já tem mais de 500 empreendimentos no País, segundo a Abrasce, entidade que reúne empresas do setor -, as companhias estão vendo nos centros de desconto uma forma de crescer gastando menos.

Segundo Sérgio Zukov, diretor de operações da Iguatemi, construir um outlet novo custa R$ 150 milhões, enquanto o desembolso para um shopping center pode chegar a R$ 300 milhões.

‘Cartilha’

 

Atualmente com 17 shopping centers no portfólio, a Iguatemi não tem nenhuma nova inauguração neste setor nos próximos três anos.

Dona de um outlet em Novo Hamburgo (RS), a companhia prevê mais três empreendimentos do gênero para os próximos anos.

O executivo diz que a companhia segue de perto a cartilha clássica desse tipo de empreendimento, criada nos EUA nos anos 1980: construções a custos baixos, fora do centro das cidades e em regiões de alta concentração de renda.

Um dos novos empreendimentos da Iguatemi será inaugurado em Porto Belo, cidade que fica na região de Florianópolis. A ideia é atender aos turistas que queiram incluir pelo menos um dia de compras na temporada de verão.

“Já estamos testando isso em Novo Hamburgo. As operadoras de turismo já incluem, nos pacotes para visita a Gramado, um dia de compras no outlet”, conta.

Entre as empresas mais tradicionais de shopping center, no entanto, a General Shopping saiu na frente quando o assunto é outlet.

Ela é dona do primeiro empreendimento do renascimento do setor no País – o Outlet Premium da Rodovia dos Bandeirantes, em Itupeva (SP).

A companhia tem hoje quatro outlets em operação e prevê dobrar essa quantidade até o fim de 2018, segundo Alexandre Dias, diretor-presidente da General Shopping.

O executivo não revela onde as novas unidades serão instaladas, mas diz que todas seguirão o padrão estabelecido pelo Outlet Premium, presente também no Rio de Janeiro, em Salvador e em Brasília.

Essa padronização revela uma estratégia diferente do que adotou a companhia nos shopping centers. A empresa tem shoppings de grande porte (caso do Internacional Shopping Guarulhos), voltados à classe C, temáticos (como o Auto Shopping Internacional) e até de bairro. No terceiro trimestre, a companhia se desfez de dois shoppings do portfólio.

Com a experiência que adquiriu no ramo, Dias conta que duas decisões são fundamentais na construção de um outlet: a localização e o mix de lojas.

“Não adianta construir um empreendimento em uma estrada cercada por uma região pobre. Se o mix de lojas for inferior, o outlet também não vai ‘performar’ bem.”

 

Diferença


R$ 150 mi é o valor médio para a construção de um outlet de grande porte
R$ 300 mi é quanto pode custar um novo shopping center, em média.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na crise, exportações já são quase 70% da receita da Marcopolo


Vendas internas caíram com a crise e exportações voltaram a representar maior parte do faturamento da empresa de ônibus



São Paulo – Depois de um período de dez anos com o foco de suas operações no Brasil, a fabricante de ônibus Marcopolo mudou de rumo e voltou a priorizar o mercado externo. A maior parte da receita líquida da empresa vinha sendo gerada internamente desde 2006.

Agora, houve uma inversão, fazendo com que as exportações a partir do Brasil e as vendas de veículos produzidos e negociados fora do País passassem a ser 68% da receita.

Já havia sinais dessa mudança em 2015, principalmente em decorrência da queda das vendas domésticas, e o movimento se acentuou neste ano, com um salto nas operações internacionais – entre janeiro e setembro, as exportações a partir do Brasil avançaram 43,8% ante o mesmo período de 2015.

Além da desvalorização do real e da relativa perda de competitividade chinesa, uma estratégia montada pela companhia impulsionou as vendas para fora.

Em outubro de 2015, uma equipe de 30 funcionários fixou um mapa-múndi na parede e começou a marcar os países em que a Marcopolo havia perdido mercado nos últimos dez anos e que poderiam ser retomados, além de possíveis novas conquistas.

“Conhecendo o histórico de exportações da Marcopolo, criamos uma força-tarefa”, conta o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto.

Nos 12 meses seguintes, as equipes viajaram 60 países na tentativa de vender seus produtos e amenizar os efeitos da crise econômica brasileira, que devastou o setor automotivo.

Desde o auge da empresa, em 2013, até 2015, a Marcopolo viu sua receita líquida recuar 25% e o número de unidades fabricadas cair 46%.

“Aumentar as exportações foi a única saída. Aprendemos que não podemos descuidar do mercado externo, mesmo quando o câmbio é desfavorável (como no início da década de 2010), porque a retomada não é fácil.”

O descuido com as vendas internacionais foi consequência do bom momento vivido pelo setor no Brasil até 2013. Os juros a 2,5% ao ano para empresas de transporte e o programa federal Caminho da Escola (que facilitou a compra de veículos por prefeituras) resultaram na explosão das vendas domésticas de ônibus no período.

Para Antônio Jorge Martins, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), especialista no setor, a Marcopolo conseguiu recuperar suas exportações por ter alto nível de internacionalização – são 12 plantas fora do País.

Martins afirma, ainda, que as multinacionais instaladas no Brasil não puderam ampliar suas exportações a partir do território brasileiro em igual ritmo, porque precisam negociar com as matrizes para não comprometerem unidades produtivas de outros países.

 

Sem milagre


Apesar de amenizarem as perdas, as vendas internacionais não chegam a salvar a Marcopolo. Em 2016, ano para o qual se previa um alívio, houve queda de 10% nas receitas de janeiro a setembro.

A companhia acabou fechando uma fábrica no interior do Rio de Janeiro, adquirida no fim do ano passado, quando comprou a concorrente Neobus. Também precisou se desfazer de 7,5% do capital da canadense New Flyer, permanecendo com 10,8% do negócio.

Ainda há a intenção de usar a New Flyer para entrar no mercado americano, onde poderia explorar os segmentos rodoviário e de micro-ônibus. Os veículos seriam enviados para os EUA a partir do Brasil ou do México.

Gomes Neto admite que não será possível manter o ritmo de crescimento internacional em 2017. “Neste ano, retomamos mercados onde a Marcopolo era forte, o que não vai se repetir.” O foco, entretanto, continuará lá fora, já que não há sinais de recuperação interna.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

NUOVI ARRIVATI








  Resultado de imagem para fotos de imigrantes italianos

 by  oestrangeiro.org


Brasil recebe 30 mil novos imigrantes italianos entre 2000 e 2015.
O Brasil recebeu aproximadamente 30 mil novos imigrantes italianos no período de 2000 a 2015 – mais da metade (16 mil) nos últimos cinco anos –, naquela que pode ser chamada de “terceira onda” desta imigração histórica: tivemos a grande onda do final do século 19 até por volta de 1920; a segunda iniciada logo após o fim da Segunda Guerra, que reduziu de volume na década de 60; e a terceira a partir dos 2000, especialmente após os anos de 2005 e 2006. Os dados fazem parte do Projeto “Nuovi Arrivati” (Recém-Chegados), que tem o objetivo de quantificar e traçar o perfil sociodemográfico e profissional dos cidadãos italianos residentes no Brasil há menos de 10 anos.
O projeto “Nuovi Arrivati” é uma realização do Comitê dos Italianos no Exterior da Circunscrição de São Paulo (Comites-SP) e financiado pelo Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Itália (MAE). Na Unicamp, suas atividades são desenvolvidas no âmbito do Observatório das Migrações em São Paulo, projeto temático Fapesp/CNPq coordenado pela professora Rosana Baeninger, do Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (Nepo) da Unicamp. Também colaboram com a iniciativa o Consulado Geral da Itália em São Paulo, a Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura (Italcam), a Missão Paz e o Escritório Guarnera Advogados.
Segundo Rosana Baeninger, esta pesquisa concilia o interesse do Comites-SP, que é de garantir boa acolhida aos novos imigrantes italianos, com o interesse do Observatório das Migrações de melhor conhecer o que ela define como uma nova modalidade migratória. “Temos muito mais conhecimento dos imigrantes latino-americanos, que compõem uma mão de obra menos qualificada e não documentada. Ocorre que a partir do século 21, com a mobilidade internacional do capital e da força de trabalho, temos a circulação de mão de obra altamente qualificada. O Brasil está na rota das migrações internacionais e é dentro desta modalidade que chegam os novos imigrantes italianos, tendo São Paulo como maior porta de entrada.”
À frente do projeto está Pier Francesco De Maria, doutorando em demografia, que colaborou diretamente com o Comites-SP na elaboração de um questionário para os imigrantes italianos recém-chegados, visando captar características como idade, sexo, escolaridade, profissão, estado civil e as principais dificuldades encontradas ao chegar ao país. “Este projeto tem o propósito de favorecer a integração dos italianos de recente imigração no Brasil e, em especial, melhorar o acesso dos concidadãos a informações claras e confiáveis, indispensáveis para a inserção social e profissional na realidade brasileira. Com base nos resultados do questionário foram definidos os conteúdos de um ciclo de seminários que vêm sendo oferecidos desde junho.”
Pier De Maria, ele próprio, faz parte da onda de imigrantes italianos que vieram nos últimos 10 anos, levando-o a se envolver com o Projeto “Nuovi Arrivati” também em termos pessoais. “Sou italiano e esta é uma coletividade que me representa. Nem eu, nem meus pais [a mãe é brasileira] tivemos acesso a informações como da documentação necessária para meu ingresso no ensino médio, ou sobre como transferir dinheiro para o Brasil – meu pai era servidor público na Itália. Como a minha família, várias outras não têm acesso a informações importantes para a sua inserção no mercado de trabalho e na sociedade brasileira. Isso me motivou a colaborar com o Comites-SP e desenvolver o projeto nesta parceria.”
Nesse sentido, conforme o doutorando, a expectativa é de quatro resultados principais: traçar um perfil dos italianos recém-imigrados e identificar suas necessidades; fornecer um quadro claro das instituições italianas e locais para obter informações; melhorar a qualidade das orientações fornecidas pelas associações italianas que trabalham com imigrantes; e facilitar o acesso a informações seguras em rede sobre a temática da integração social e profissional dos imigrantes. Ao final, prevê-se a transcrição e a publicação na rede dos conteúdos dos seminários e de resultados do questionário, tornando-os acessíveis inclusive para italianos interessados em se mudar para o Brasil.
De Maria informa que parte desta imigração acontece dentro de empresas transnacionais, com profissionais inseridos no mercado de trabalho formal do país, mas existe uma parcela significativa de imigrantes de alta qualificação que, por conta da crise mundial, vem buscar oportunidades de trabalho através das redes sociais, até um momento melhor de voltar à Itália. “Calculamos em sete ou oito mil os imigrantes que vieram por conta própria. Os Comites são eleitos diretamente pelos italianos quando a região recebe pelo menos três mil. O Comites de São Paulo possui população bem maior e aglomera os estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Rondônia, formando um eixo pelo Centro-Oeste. Os outros cinco Comites no Brasil estão no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Minas Gerais.”

Adultos jovens

Diante da constatação de uma população altamente escolarizada e qualificada, optou-se por distribuir o questionário por redes sociais, o que trouxe maior capilaridade e perto de 300 retornos de vários pontos do país, com respostas todas válidas, o que é uma exceção neste tipo de pesquisa. “Os entrevistados falam três ou quatro idiomas e estão inseridos no setor financeiro e deslocados para filiais no Brasil, havendo ainda investidores, profissionais liberais, estudantes universitários e até aposentados.”
Uma constatação é que se trata de uma população adulta jovem, com a maioria entre 20 e 45 anos, que chegou solteira, embora muitos hoje se declarem casados e com filhos, tendo construído aqui um percurso de vida. “No primeiro período analisado [por meio dos dados do Sistema Nacional de Cadastro e Registro de Estrangeiros – Sincre], de 2000 a 2015, temos mais homens que mulheres e, a partir de 2010, a pirâmide fica mais rejuvenescida, com uma concentração de jovens, o que está ligado à falta de oportunidades no mercado de trabalho da origem. Em minha infância na Itália, eram muitas as pessoas com diploma que não conseguiam empregos em suas áreas, sobrevivendo como subempregados – e isto é sistemático no país. Os jovens vêm para o Brasil na esperança de se inserir em suas carreiras, o que às vezes acontece, às vezes não.”
Uma questão importante, mas pouco usual nestas pesquisas, é o por quê de ter deixado a Itália, quando geralmente se pergunta somente o por quê de ter escolhido o Brasil. “Entre os imigrantes que não foram enviados por empresas, está a expectativa de uma vida melhor para os filhos. Lá, eles sentem na pele o reflexo da crise mundial porque o país ainda não havia se recuperado de crises anteriores, desde um período político e econômico mais difícil por conta dos escândalos de corrupção da década de 1990. Uma resposta curiosa foi a de falta de identificação com a Itália, sugerindo uma pessoa aberta a deixar o país por desprendimento em relação à cultura.”

Dificuldades de inserção

Perguntados sobre as dificuldades enfrentadas na chegada e quais ainda enfrentam anos depois do ato migratório, o demógrafo comenta as principais elencadas pelos imigrantes. “No caso de São Paulo, há um contingente significativo de italianos que vieram sem conhecer os trâmites necessários para regularizar sua estada, sem saber como obter o visto de permanência e quais são os tipos de visto. Outras dificuldades apontadas são de acesso ao sistema de saúde (que na Itália não é único), de convalidação de diplomas, de transferência de dinheiro para o Brasil (são profissionais bem remunerados) e de como aplicar recursos, pois muitos são investidores.”
Em relação às ocupações, Pier De Maria afirma que a maior parte dos imigrantes é formada por diretores e gerentes que vêm trabalhar em filiais de empresas no Brasil e de investidores que abrem novos empreendimentos como na rede hoteleira, geralmente no litoral do Nordeste. “Um dos principais vistos concedidos é de investidor. Em seguida aparecem os estudantes universitários, que são relevantes também em períodos anteriores ao recortado na pesquisa, mas também chama atenção o volume de profissionais liberais e de aposentados, pessoas vindo em outro momento do ciclo de vida.”
Um levantamento importante no Projeto “Nuovi Arrivati”, na opinião do demógrafo, foi dos locais de moradia dos novos imigrantes italianos, que estão majoritariamente nas grandes cidades, sobretudo em capitais como São Paulo, Fortaleza, Salvador, João Pessoa, Maceió e Rio de Janeiro. “Mas vale observar que no Estado de São Paulo já vemos um número significativo de imigrantes na Baixada Santista e também no interior, formando uma espécie de corredor por cidades como Campinas, Sorocaba e Piracicaba, conforme os dados do Sincre, da Polícia Federal.”
De acordo com De Maria, a língua não representa barreira para esses imigrantes, já que mais de 70% falam pelo menos três idiomas (como espanhol, inglês e francês) e a maioria diz possuir domínio pelo menos regular do português na leitura, escrita, fala e audição. “Existe certa racionalidade na escolha de vir para o Brasil, com a busca de algum conhecimento prévio sobre o país e uma construção do percurso. No meu caso, por exemplo, fui aprender português antes de migrar. Outro aspecto a destacar é que, embora vários entrevistados tenham vindo por possuírem parentes de outras gerações, dois em cada três não pretendem permanecer no Brasil, com a ideia de voltar para a Itália ou ir para outro país – e isso envolve desde os jovens aos mais velhos.”
 
Circulação de cérebros

A professora Rosana Baeninger, coordenadora do Observatório das Migrações, afirma que as ações pontuais por parte de comunidades e associações italianas diante da chegada dos novos imigrantes refletem, na verdade, a falta de uma política imigratória do Brasil para o século 21. “Na imigração italiana do século 19 para o século 20, tínhamos uma mão de obra não qualificada, ao passo que esta é altamente qualificada, fazendo parte de uma nova modalidade migratória que chamamos de ‘circulação de cérebros’. Esses imigrantes podem ficar aqui por algum tempo, mas não necessariamente permanecerão – ficar no Brasil não é o projeto migratório deles.”
A docente da Unicamp lembra que o país possui o Estatuto do Estrangeiro, herdado em 1980 do regime ditatorial e pelo qual só podem permanecer os imigrantes que vêm com a empresa, ou seja, a mão de obra qualificada e com emprego formal. “São os imigrantes desejados. Mas, mesmo para estes, a legislação não oferece abertura para que possam convalidar seus diplomas e se inserir no mercado de trabalho com visto permanente. A Lei de Imigração se tornou urgente a partir da entrada dos haitianos, que formam uma mão de obra igualmente qualificada, mas que acabou encaixada preponderantemente no setor de serviços. Isso porque o nosso Estado-nação tem como tipo ideal de imigrante o branco europeu.”
Segundo Rosana, a Lei de Imigração que substitui o Estatuto do Estrangeiro, em trâmite no Congresso, envolve um embate político muito forte entre os Ministérios do Trabalho e da Justiça. “O retrato maior de uma sociedade despreparada para o século 21 é a de não conseguir, minimamente, saber o que fazer com essas novas ondas de imigrantes. Se o Brasil escolheu entrar na rota do capital internacional, tem de se preparar para a entrada de uma mão de obra qualificada e não qualificada.”
A coordenadora do Observatório das Migrações observa que, mesmo que o país não esteja com o mesmo dinamismo econômico de alguns anos atrás, continua sendo uma alternativa inclusive para a mão de obra qualificada, em função das redes migratórias. “Uma constatação em relação à grande onda de imigrantes italianos da virada do século 19 para o 20, é que no século 21 a metrópole de São Paulo continua sendo a porta de entrada. Contudo, Campinas também já desponta e a expansão para o interior paulista tem muito mais a ver com a alocação de empresas transnacionais do que com a rede migratória histórica do passado”.
Rosana Baeninger salienta que a dinâmica dos fluxos muda rapidamente de perfil e que a legislação brasileira não consegue identificar e acolher estes imigrantes. “Pesquisas teóricas mostram que no início temos uma mão de obra altamente qualificada, mas que depois vai puxar uma população com qualificações menores, como, por exemplo, a que virá trabalhar para esses novos imigrantes italianos. Por outro lado, o Brasil, que sempre foi tratado como um país de imigração na virada para o século 20 ou de emigração no final do mesmo século, está se tornando um país de trânsito migratório: os haitianos já estão indo para outros países como o Chile e, também para os italianos, poderemos ser um país de trânsito dentro desta mobilidade internacional cosmopolita.”
O doutorando Pier De Maria acrescenta que, com a demora na aprovação da Lei de Imigração, as características de imigração vão mudando e novas necessidades aparecem. “Os novos imigrantes italianos, por agora, contam com a imigração histórica, podendo se encaixar nas redes migratórias – eles não demandam visto humanitário ou de refúgio, mas e se fosse o caso? Temos profissionais liberais que aqui são assalariados ou arquitetos que trabalham como técnicos devido à dificuldade na convalidação do diploma.”
Em relação aos amparos legais, afirma De Maria, todas as questões são baseadas em leis antigas que precisam de mudanças para incorporar novas características desta mobilidade internacional. “Há italianos que circulam pelo mundo e vieram para o Brasil de outros países. Há os que nasceram fora da Itália, mas que lá moraram e vieram para cá – como incorporá-los? Algumas declarações são de imigrantes que vieram da Argentina e outros países da América Latina porque herdaram a cidadania do pai italiano. Houve respostas de imigrantes com ensino médio (o que é pouco para conseguir boa colocação na Itália) e que estão alocados no trabalho informal – será que conseguirão o visto de permanência? São possibilidades que podem surgir no futuro.”
Segundo o demógrafo, o questionário do Projeto “Nuovi Arrivati” captou uma população bastante móvel, com pessoas que já viveram em países da Ásia, África e América do Norte. “São imigrantes que não têm restrições em termos de fronteiras. Imaginávamos que os italianos preferissem países do primeiro mundo, mas no caso da Ásia, por exemplo, o Japão não aparece, e sim Bangladesh e Vietnã. Para eles, é muito fácil obter vistos para circular pela América Latina e outros continentes.”
Sobre esta migração de italianos para o sudeste asiático ou países como Bolívia e México, Rosana Baeninger cita Pietro Basso, sociólogo italiano que oferece aporte teórico ao Observatório das Migrações e para quem as migrações, qualificadas ou não, ocorrerão cada vez mais entre países periféricos. “São países onde as empresas conseguem maior taxa de lucro. Este aspecto é interessante para reforçar que o Brasil está na rota das migrações internacionais. Na política imigratória do século 19, as normas imigratórias no país buscavam a assimilação desses imigrantes europeus, estava-se construindo um Estado-nação. Se as associações e coletividades italianas se preocupam até hoje com o resgate da memória histórica dessas imigrações passadas, os novos imigrantes não têm necessariamente o mesmo interesse; pode ser que o Brasil seja apenas um dos tantos países de trânsito pelos quais circulam.”
Luiz Sugimoto
(Demografia Unicamp - 18/11/2016)


Quanto você pagaria se a dívida fosse repartida pelos brasileiros


Site de informação de custos HowMuch.net dividiu o total da dívida pública pelo número de habitantes - nessa conta, o Brasil não está tão mal


São Paulo – Se a dívida pública fosse igualmente dividida entre todos os brasileiros, quanto sairia para cada um?

5,7 mil dólares, de acordo com uma publicação feita pelo site de informação de custos HowMuch.net.
É uma fração do valor de países como Estados Unidos (US$ 42 mil) mas acima de vários emergentes, como pode ser visto no mapa (aqui em tamanho maior).

Quanto mais perto do centro, maior o valor de dívida por pessoa. As cores identificam o nível de endividamento do país como um todo em relação ao PIB.

Verde para menos de 30% do PIB, amarelo para os países na faixa entre 30% e 60%, laranja para aqueles que estão entre 60% e 100% (como o Brasil) e rosa para os países cuja dívida é maior do que o próprio PIB.

Os países com maior nível de dívida por pessoa são em sua maioria ricos, liderados de longe pelo Japão.

“Nações desenvolvidas são capazes de pegar mais dinheiro emprestado porque os investidores geralmente confiam que as nações mais ricas irão pagar integralmente suas dívidas”, diz o texto.

Não existe nenhum número seguro ou ideal para o endividamento: tudo depende do perfil e da trajetória e se, em última análise, as dívidas estão contribuindo para formar economias sólidas e produtivas.

No caso do Brasil, o diagnóstico não é positivo: em 2015 a dívida fechou em 66,2% do PIB, mas a projeção é que suba até 78,7% do PIB em 2019 – muito acima do nível médio dos emergentes.


Veja os 10 países com a maior dívida por pessoa:


Japão: US$ 85.694,87 por pessoa
Irlanda: US$ 67.147,59 por pessoa
Singapura: US$ 56.112,75 por pessoa
Bélgica: US$ 44,202,75 por pessoa
Estados Unidos: US$ 42.503,98 por pessoa
Canadá: US$ 42.142,61 por pessoa
Itália: US$ 40.461,11 por pessoa
Islândia: US$ 39.731,65 por pessoa
Austrália: US$ 38.769,98 por pessoa
Reino Unido: US$ 36.206,11 por pessoa


E os 10 países com o menor valor:


Libéria: US$ 27,44 por pessoa
Tajiquistão: US$ 50,67 por pessoa
República Democrática do Congo: US$ 90,70 por pessoa
Burundi: US$ 97,62 por pessoa
Kiribati: US$ 126,98 por pessoa
Malauí: US$ 172,34 por pessoa
Uzbequistão: US$ 177,13 por pessoa
Uganda: US$ 194,23 por pessoa
Haiti: US$ 204,33 por pessoa
Mali: US$ 207,54 por pessoa
Veja o mapa:


Notícias sobre

Ele perdeu tudo num assalto, se reergueu e fatura R$ 180 milhões


São Paulo – Toda vez que você pensar que não tem dinheiro para o seu negócio, lembre-se da história deste empreendedor: aos 56 de idade, Wilson Giustino é o dono do Cebrac, uma rede franquias de cursos profissionalizantes que faturou 180 milhões de reais em 2015.

O negócio, que tem 149 unidades, foi iniciado “com pouquíssimo dinheiro, cheques pré-datados e muita confiança de que daria certo”, lembra o empreendedor. Isso porque, quando iniciou a rede, Giustino ainda estava se recuperando financeiramente de um dos momentos mais difíceis de sua vida. Poucos anos antes, ele perdera tudo num assalto em São Paulo.

Na época com apenas 22 anos, Giustino tinha uma joalheria em São Paulo, o seu primeiro negócio. Mas a loja foi alvo de bandidos e o empreendedor perdeu todo o investimento. “Levaram tudo, o ouro que eu tinha ali e as joias de outras pessoas que estavam para ser consertadas. Fiquei com um prejuízo equivalente a 1 milhão de reais na época”, lembra.

Desse valor, ao menos 300 mil reais referiam-se a itens de outras pessoas – portanto, precisariam ser devolvidos. “Conversei com os clientes, expliquei a situação e disse que pagaria, mas não sabia exatamente quando. Levei um ano para conseguir começar a quitar”, conta.

Sem dinheiro, o empreendedor se mudou para Campinas e lá saiu em busca de um emprego urgente. Encontrou uma vaga como vendedor de uma escola de informática, uma área totalmente diferente da que ele estava acostumado. “Fui parar nesse ramo por acaso, por necessidade mesmo. Eu estava desesperado.”

Apesar de novo para ele, o negócio se mostrou promissor e Giustino decidiu abrir ele mesmo uma escola de informática. “Meu chefe na época me ajudou. Comprei tudo com cheque pré-datado”, lembra. A unidade foi aberta em Poços de Caldas, Minas Gerais.

Alguns anos depois, a escola abriu seu leque de atuação com cursos de secretariado e contabilidade. “Começaram a aparecer muitos cursos de informática, então eu precisava mudar”, afirma.

A abertura de novos cursos veio em 1995, foi um sucesso e deu origem ao que hoje é o Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos), uma rede que oferece aulas nas áreas de administração, saúde, tecnologia, línguas, dentre outros.

Com 93 unidades ativas e mais 56 já com o contrato assinado, a rede espera faturar 190 milhões de reais neste ano, contra 180 milhões no ano passado.

Para Giustino, os jovens empreendedores que desejam ter sucesso devem, em primeiro lugar, acreditar no negócio que pretendem iniciar.

“Eu sempre pensei positivo. Nunca comecei algo pensando ‘e se der errado?’. Já acreditava desde o início que daria certo. Acho que essa confiança é muito importante. Também procuro me afastar de quem pensa negativo”, afirma.

Outra dica é começar pequeno. “Se a pessoa for esperar ter um monte de dinheiro, fica meio difícil. Tem muita coisa que se pode começar com pouco dinheiro”, aconselha.

Brasil tem superávit primário de R$ 39,5 bi em outubro


Foi o maior superávit primário mensal já anotado na série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001

 




Depois de cinco meses seguidos de contas públicas com resultados negativos, o setor público voltou a registrar superávit primário em outubro.

A União, os estados e os municípios acusaram superávit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, de R$ 39,589 bilhões, em outubro, informou hoje (28) o Banco Central (BC).

Foi o maior superávit primário mensal já anotado na série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001.

O resultado do mês passado foi influenciado pela arrecadação com o programa de regularização de ativos não declarados à Receita, conhecido como Lei da Repatriação. Para regularizar os recursos, o contribuinte teve que pagar 15% de Imposto de Renda e 15% de multa, totalizando 30% do valor regularizado.

Em outubro deste ano, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) anotou superávit primário de R$ 39,127 bilhões. Os governos estaduais também apresentaram resultado positivo, com superávit primário de R$ 271 milhões, e os municipais, superávit de R$ 24 milhões.

As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas companhias dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de R$ 166 milhões no mês passado.
Em dez meses, déficit primário é de R$ 45,912 bi

No acumulado do ano, o resultado é negativo. Em dez meses, o déficit primário é de R$ 45,912 bilhões contra o resultado negativo de R$ 19,953 bilhões em igual período de 2015.

Em 12 meses encerrados em outubro, o déficit primário ficou em R$ 137,208 bilhões, o que corresponde a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Os gastos com juros nominais ficaram em R$ 36,205 bilhões em outubro, R$ 331,238 bilhões em dez meses e em R$ 406,821 bilhões em 12 meses.

Em outubro, o setor público registrou superávit nominal – formado pelo resultado primário e os resultados de juros – de R$ 3,384 bilhões. Esse foi o primeiro resultado nominal positivo desde abril de 2015, quando foram anotados R$ 11,232 bilhões.

Nos dez meses do ano, o déficit nominal chegou a R$ 377,151 bilhões e, em 12 meses, a R$ 544,029 bilhões, que correspondem a 8,83% do PIB.

A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – somou R$ 2,722 trilhões em outubro, o que corresponde a 44,2% do PIB, com alta de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. A dívida bruta (contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 4,330 trilhões ou 70,3% do PIB, com redução de 0,4 ponto percentual em relação a setembro.