quarta-feira, 18 de abril de 2018

O Brasil precisa de três choques: de realidade, de liberdade e de personalidade

 


Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal


Todos os lugares do mundo que enriqueceram, o fizeram combinando respeito às instituições (livre iniciativa e propriedade privada) com virtudes pessoais (racionalidade, produtividade, honestidade, integridade, independência, justiça e autoestima). Isso é a combinação de capitalismo com a força empreendedora do indivíduo na busca da sua felicidade.

Pensem bem, a realidade mostra que isso é possível. Se vocês acham que no Brasil isso não é possível, a culpa não é das ideias, mas das pessoas. Se as ideias capitalistas que defendem a livre iniciativa e a propriedade privada trouxeram resultados impressionantes para países tão diferentes quanto Suíça, Japão, Chile, Hong Kong, Estados Unidos, China, Irlanda, Alemanha, Estônia ou Holanda, por que não traria para o Brasil?

O que nos faz patinar há décadas, sempre enrolados com ideias equivocadas que privilegiam a coerção em detrimento da liberdade? Ideias que esvaziam o sentido de propriedade privada para ali implantar a tragédia dos comuns? Ideias de que a felicidade alheia deve ser fruto de algum logro, que se alguém está lucrando é porque outro está perdendo?

Será que é a mentalidade coletivista calcada nas frustrações psicológicas geradas pela inveja e pela culpa? Ou é a incompreensão de como funciona a realidade, por séculos de má educação que leva o povo e a elite a acreditar nas ideias racionalistas, religiosas e seculares, que pregam o sacrifício, próprio e alheio?

Precisamos de três choques para tirar o Brasil do atoleiro: um choque de realidade, um choque de liberdade e um choque de personalidade. Choque de Realidade, para enxergarmos o mundo como ele é, seguir os exemplos que deram certo, abandonando as fórmulas que só dão errado. Choque de Liberdade, para pensarmos, agirmos e sermos felizes, cada um à sua maneira. Choque de Personalidade, adquirindo o hábito de colocar em prática as virtudes que podem nos levar a florescer e prosperar.

O Brasil só será um país rico se cada um dos brasileiros puder fazer o que estiver ao seu alcance, exercitando o seu potencial, num ambiente de liberdade, para sonhar, criar e produzir riqueza. Riqueza em todos os sentidos, representada por valores materiais, intelectuais e espirituais.

Não existe um Brasil rico sem um brasileiro que enriqueça trabalhando para si e para os demais. Assim como riqueza nacional não existe, interesse nacional também não. A riqueza nacional não existe para ser distribuída, é a riqueza individual que deve ser criada e o seu somatório serve apenas para fins estatísticos.

O interesse nacional não existe para ser buscado, é o autointeresse dos indivíduos que os levam a agir para buscarem seus propósitos e a eventual felicidade.

Um país feliz só é possível se e quando os indivíduos, na busca da satisfação de seus próprios interesses, criarem os valores que atenderão os seus propósitos pessoais.

A saída para o Brasil é abandonar as ideias coletivistas e abraçar de vez o individualismo. Isso não significa buscar o próprio interesse a qualquer custo, sacrificando a si mesmo e aos demais. Não é enriquecer mentindo, trapaceando ou roubando. Não é viver isolado como se estivesse numa ilha deserta, onde esse conceito nem teria porque existir.

Individualismo é ter a clara noção de que, para alguém florescer e prosperar, é preciso cuidar do seu autointeresse de forma racional, criando valor para os outros para obter em troca o que os outros têm a oferecer.

Individualismo é cooperar e transacionar com o maior número de pessoas que se é capaz para que se possa obter o máximo que a sociedade tem e pode oferecer.

Reconhecer a realidade, ser livre para agir e agir com base em valores éticos racionalmente estabelecidos é o único caminho que leva os indivíduos à felicidade.

A felicidade dos indivíduos é a felicidade da sociedade.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Embraer entrega 14 jatos comerciais e 11 executivos no 1º trimestre


A Embraer anunciou nesta segunda-feira, 16, ter entregue 25 aeronaves no primeiro trimestre de 2018, sendo 14 jatos na área de aviação comercial nos Estados Unidos, Europa e Ásia Pacifico. No segmento de aviação executiva, 11 unidades foram entregues nesse período, sendo oito jatos leves e três jatos grandes. O resultado é 25% inferior ao anunciado um ano antes, quando foram entregues 33 aeronaves, 18 no segmento de aviação comercial e 15 no segmento executivo.

Dos 14 jatos entregues no segmento comercial entre janeiro e março deste ano, 11 foram do modelo E175 e três do modelo E190. Na aviação executiva, foram quatro Phenom 100, quatro Phenom 300, dois Legacy 450 e um Legacy 500.

Segundo comunicado da fabricante brasileira de aviões, o valor consolidado da carteira de pedidos firmes do período, em dólares, será divulgado juntamente com os resultados do primeiro trimestre de 2018, em 27 de abril. Isso porque a carteira de pedidos da empresa firmes passou a fazer parte das Demonstrações Financeiras, de acordo com os novos requisitos da IFRS 15.
O principal destaque do trimestre, segundo a Embraer, foi a certificação tripla do jato E190-E2, obtida em fevereiro. O avião recebeu o Certificado de Tipo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Federal Aviation Administration (FAA), dos Estados Unidos, e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (European Aviation Safety Agency – EASA).

Trump resiste à entrada do Brasil na OCDE

Trump resiste à entrada do Brasil na OCDE



O governo de Donald Trump já deixou claro ao Palácio do Planalto que deu preferência para a adesão da Argentina à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), alegando que existia “respaldo eleitoral” em Buenos Aires pelas reformas que Maurício Macri estaria realizando e que essa não seria a realidade do Brasil. O recado foi dado ao governo brasileiro no final de março, durante encontros de representantes da Casa Civil com Landon Loomis, assessor especial para o hemisfério ocidental e economia global do vice-presidente americano, Mike Pence.

Nos últimos seis meses, o governo brasileiro realizou uma série de encontros com a cúpula da OCDE para encontrar formas de fazer avançar seu processo de entrada no organismo internacional considerado “o clube dos países desenvolvidos”. Mas, ainda que a secretaria da entidade seja favorável à chegada do Brasil, o voto americano tem impedido que o processo ganhe força. 

Em janeiro, em Davos, Temer aproveitou reuniões bilaterais para tratar do caso com o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. O diplomata, porém, sugeriu que o governo brasileiro se aproximasse de membros da administração americana para os convencer dos pontos positivos da adesão do Brasil.
Foi exatamente isso que o Brasil fez. Nos dias 26 e 27 de março, o representante da Casa Civil, Marcelo Guaranys, esteve em Washington para encontros, cujo teor foi colocado em telegrama da chancelaria de 3 de abril. 

Para o governo, era importante que o processo de adesão do Brasil à OCDE fosse iniciado ainda sob a gestão do presidente Michel Temer. 

Um dos efeitos explicados aos americanos, segundo o telegrama obtido pelo Estado, seria a capacidade de o processo na OCDE consolidar o andamento das reformas regulatórias promovidas por Temer.
A resposta da Casa Branca não foi positiva. Num dos documentos, a diplomacia nacional indica que Loomis teria elogiado o “processo de reformas atualmente implementado pelo Brasil”. Mas indicou que, “na visão norte-americana, a OCDE deveria aceitar poucos países por vez, levando em consideração pedidos de diferentes regiões”.

Os pontos da política doméstica pesaram. “Faltaria no Brasil consenso claro sobre as reformas, especialmente por meio de respaldo eleitoral – algo que pôde ser verificado na Argentina nas últimas eleições presidenciais e legislativas”, destacou o texto. Segundo o documento, Loomis indicou que a Argentina estaria um passo adiante. 


 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aprendendo com as marcas de luxo


Em nenhum outro setor a afirmação “marketing é tudo” é tão verdadeira

Por André D´Angelo

André D´Angelo lança segunda edição de Precisar, não Precisa


Desde que o setor de bens de luxo despontou no Brasil, lá em meados da década de 1990, vem sendo alvo de interesse da imprensa, de empreendedores e de estudiosos dos negócios. Motivos não faltam: vender produtos com margens de lucro (aparentemente) superelevadas e tornar uma marca objeto de desejo são, em última análise, o objetivo de qualquer gestor, especialmente de marketing.

No entanto, da mesma forma que a inovação radical, que tem lá seus símbolos admirados, como 

Apple e Google, porém quase inalcançáveis, marcas de luxo são a exceção em um mercado no qual a briga entre os players se dá em patamares muito mais “pedestres”, digamos assim. É muito raro uma marca atingir o status de objeto de desejo, angariar fãs ou poder vender seus produtos a preços quase estratosféricos. O dia a dia de quase todos os executivos e consultores está justamente em lutar pela sobrevivência ou obter vantagens concorrenciais, na melhor das hipóteses, temporárias.

Por isso, defendo já há alguns anos que, sim, os negócios do luxo devem ser acompanhados com atenção, mas não para que tentemos desesperadamente criar uma Louis Vuitton tropical ou coisa do gênero. E sim porque oferecem lições em matéria de marketing e gestão que podem ser aproveitadas em quase todos os outros setores econômicos: as da diferenciação da oferta e consequente “descomoditização” do produto – tema de dois posts meus anos atrás, aliás, aqui mesmo em AMANHÃ.  

Bem, aqueles que vivem em Porto Alegre ou em cidades e estados vizinhos terão uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre esse e outros assuntos no 1º Fórum Sul-Americano do Negócio do Luxo, que ocorrerá dia 14 de maio, no Teatro do Bourbon Country. Uma tarde inteira de palestras mediadas pelo organizador do evento, o consultor Paulo Chiele (mais informações aqui). 

E se a sua agenda não permite o luxo de uma tarde inteira num evento, modestamente sugiro a leitura da edição atualizada do meu livro, Precisar, não Precisa. Nela, são abordados desde aspectos ligados a comportamento do consumidor até construção e administração de marcas nesse ramo, sempre de maneira didática e objetiva. O livro está à venda em formato digital na Amazon e na Livraria Cultura, e sua nova capa ilustra este post.

Bom aprendizado. 

Brasileira Sense Bike compra sul-africana


Brasileira Sense Bike compra sul-africana
A brasileira Sense Bike anunciou no fim de semana a compra da Swift Carbon, fabricante sul-africana de bicicletas de fibra de carbono. A companhia é controlada pelo grupo Lagoa Participações, que tem faturamento de R$ 1 bilhão por ano e atua também em outros mercados, como concessionárias de automóveis, distribuidoras, fundos de investimento e empreendimentos imobiliários.

A aquisição custou em torno de US$ 20 milhões, que serão pagos nos próximos cinco anos. Segundo o presidente da empresa, Henrique Ribeiro, o investimento faz parte da estratégia de oferecer produtos de alta qualidade no mercado brasileiro. Com mais pessoas usando bicicletas como meio de transporte, a demanda por produtos de mais durabilidade subiu.

“Houve uma transformação nesse mercado. Por volta de 2007, vimos mais pessoas buscarem opções sustentáveis em relação à mobilidade”, diz o executivo. Como primeiro movimento para se posicionar nesse novo cenário, a empresa firmou em 2016 uma parceria para a produção de quadros (estrutura metálica da bicicleta) com a própria Swift Carbon, cuja fábrica fica no Porto, em Portugal, e exporta para 40 países.

A aquisição de uma empresa com foco na tecnologia de fibra de carbono, mais leve e durável, vem para fortalecer esse posicionamento, conta Ribeiro.

Em um mercado nacional voltado para o alumínio, que tem modelo produtivo diferente do carbono, a companhia acredita que terá retornos significativos, embora não revele números. “Adiantamos a nossa vida em 15 anos, se considerarmos o portfólio e conhecimento de tecnologia que estamos absorvendo. Na produção com carbono não há molde, é um desenvolvimento feito manualmente.”


Preço


De acordo com a Sense Bike, que produz atualmente 19 modelos de alumínio e carbono, as bicicletas mais modernas no Brasil em geral são feitas de alumínio, e custam em torno de R$ 2 mil e R$ 7 mil. Com esse material, um quadro, por exemplo, leva um dia para ser produzido. Já as feitas de carbono partem de R$ 10 mil e podem chegar a R$ 70 mil. O quadro demora 30 dias para ser produzido.

A empresa, contudo, não pretende apenas sofisticar sua produção. Faz parte da estratégia disputar o mercado europeu, significativamente maior do que o brasileiro, vendendo lá também bicicletas produzidas em Manaus, onde fica a planta da companhia desde 2011.

Dados da Confederação da Indústria Europeia de Bicicletas (Conebi) mostram que são produzidas no continente cerca de 13 milhões de unidades. No Brasil, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) foram produzidas 2,5 milhões unidades, em 2017.


sexta-feira, 13 de abril de 2018

Kroton quer ter ao menos um novo projeto ao ano após cada aquisição


Busca por novas escolas estará centrada em instituições com qualidade reconhecida nos mercados locais, disse o diretor-presidente da Kroton

 



São Paulo – O plano de expansão da Kroton no ensino básico será baseado na compra de escolas renomadas em diversas cidades do País e na criação de três a quatro “réplicas” dessas unidades no mesmo município ou região.

“Esperamos ter ao menos um ‘greenfield’ (novo projeto) ao ano após cada aquisição”, explicou nesta terça-feira, 10, o diretor-presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, em conferência com jornalistas. “O foco (na educação básica) é crescer pela implementação de greenfields”, ressaltou.

Segundo Galindo, a busca por novas escolas estará centrada em instituições com qualidade reconhecida nos mercados locais. Após a compra, a Kroton manterá a marca, o projeto pedagógico e o corpo de professores das escolas.

Depois disso, iniciará um plano de desenvolvimento de novas unidades com o mesmo padrão da unidade original – o que deverá ocorrer na velocidade de uma nova instituição por ano.

“A limitação não será de infraestrutura física ou financeira. Isso conseguiremos superar. Esse ‘timing’ vai depender da nossa capacidade de formar gente”, disse Galindo, explicando que o desafio da expansão dos negócios será a preparação de professores para atuarem nos mesmos padrões de ensino de alta qualidade do colégio adquirido.


Europa aprova pedido da Bayer para alterar acordos para compra da Monsanto


Sob a nova proposta, a Bayer pediu para vender sua unidade de ativos e produtos de tratamento de sementes para a Basf






Bruxelas – A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira que aprovou uma solicitação da alemã Bayer para fazer duas modificações nos compromissos que assumiu para obter a aprovação de compra do grupo norte-americano Monsanto.

Sob a nova proposta, a Bayer pediu para vender sua unidade de ativos e produtos de tratamento de sementes, bem como seus ativos de agricultura digital global para a Basf.

A Comissão, que supervisiona a concorrência na União Europeia, disse que os compromissos modificados seriam pelo menos tão eficazes para diminuir as preocupações com a concorrência quanto os da proposta anterior.

O regulador europeu disse que ainda está avaliando se a Basf é um comprador adequado para as unidades.

 https://exame.abril.com.br/negocios/europa-aprova-pedido-da-bayer-para-alterar-acordos-para-compra-da-monsanto/