Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
quinta-feira, 19 de abril de 2018
Natura anuncia o ex-Embraer José Antonio de Almeida Filippo para diretoria
A Natura anunciou nesta terça-feira, 17, em fato relevante, que José
Antonio de Almeida Filippo será nomeado diretor Financeiro e de Relações
com Investidores da companhia. Filippo ocupou, por aproximadamente seis
anos, a posição de vice-presidente Executivo Financeiro e Relações com
Investidores da Embraer e, segundo a Natura, possui vasta experiência na
internacionalização de empresas brasileiras, “em linha com os planos de
negócio da companhia”. O executivo tomará posse do cargo na Natura em
21 de maio de 2018.
Mais cedo, a Embraer havia comunicado a renúncia de Filippo e alegou
que ele iria “se dedicar a novos projetos profissionais”. O Conselho de
Administração da Embraer elegeu, interinamente, Nelson Krahenbuhl
Salgado para o cargo em substituição a Filippo. Nelson acumulará também
as suas atuais atribuições relacionadas às atividades de relações
institucionais.
O executivo está na Embraer há 30 anos, onde iniciou carreira na área
de engenharia. Ocupou diversos cargos executivos em funções
corporativas, muitas delas na área financeira. Atualmente é responsável
pelas atividades de relações institucionais e comunicação corporativa.
Petrobras negocia trocar investimento chinês em refino por petróleo, dizem fontes
Redação Reuters
Por Rodrigo Viga Gaier
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras
negocia com a chinesa CNPC uma parceria que prevê a troca de petróleo da
Bacia de Campos por aportes da empresa da China para a conclusão de
obra em refinaria no Rio de Janeiro, que demandaria ao menos cerca de 3
bilhões de dólares para ser finalizada, disseram duas fontes com
conhecimento do assunto.
O investimento chinês em um obra da
Petrobras envolvida anteriormente no maior escândalo de corrupção do
Brasil também poderá ser pago com participações da petroleira brasileira
em blocos da Bacia de Campos, historicamente a mais importante região
produtora de petróleo do país, mas que vem necessitando de investimentos
que elevem o fator de recuperação dos campos maduros.
Um
eventual investimento da CNPC poderia ajudar a estatal brasileira a
finalizar a refinaria do polêmico projeto do Complexo Petroquímico do
Rio de Janeiro (Comperj), alvo do escândalo de corrupção investigado
pela Lava Jato, que levou ao cancelamento da unidade petroquímica
idealizada inicialmente com a Braskem, controlada pela Petrobras e
Odebrecht.
Se mantido o projeto original do trem 1 da refinaria,
para cerca de 165 mil barris/dia, a nova unidade poderia ajudar o país a
reduzir a necessidade de importações de combustíveis, que atingiram
recordes no ano passado. Ao mesmo tempo, a negociação salienta o forte
interesse dos chineses no setor no Brasil, que envolve investimentos em
produção e acordos com a própria Petrobras de financiamentos garantidos
com suprimento de petróleo.
“Vai sair o negócio, mas como o nome
já diz é bem complexo. Mas será uma solução integrada”, disse uma fonte
próxima das tratativas.
Não há definições nas negociações sobre
qual seria a fatia da companhia da China no Comperj, onde a Petrobras
investiu 13,5 bilhões de dólares, segundo declarações anteriores da
empresa, que disse também que não terminaria a refinaria no local sem um
parceiro.
“O que está em pauta é o seguinte: ou a Petrobras
vende fatias de blocos da Bacia de Campos para os chineses ou negocia
com eles o compromisso de fazer os investimentos necessários na Bacia de
Campos, associando isso ao Comperj. O chinês vai pegar o petróleo dele e
refinar no Comperj”, disse a fonte, na condição de anonimato.
A
Petrobras já realizou baixas em valores do Comperj de mais de 6,5
bilhões de reais, desde que se aprofundaram as investigações que
apontaram superfaturamento de contratos, cujos valores eram utilizados
para pagamentos ilegais a políticos e ex-executivos da estatal.
O
presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse no ano passado que a
Petrobras negociava investimentos na refinaria com a CNPC, sócia da
Petrobras e outras companhias como Shell e Total na reserva de Libra, no
pré-sal da Bacia de Santos.
Depois, em fevereiro, Parente evitou confirmar o nome da empresa chinesa ao comentar o assunto.
As
conversas com um grupo chinês se intensificaram recentemente e um
desfecho pode sair nas próximas semanas, disse uma segunda fonte.
“Está
muito bem encaminhado e deve sair em breve”, disse à Reuters uma fonte
do governo do Estado, que tem acompanhado ativamente as negociações.
Questionado
sobre o assunto nesta quinta-feira, o presidente da Petrobras, Pedro
Parente, limitou-se a dizer que as negociações continuam, sem revelar a
estratégia da companhia.
“Não temos um acordo fechado ainda”, disse ele, acrescentando que, por isso, não poderia dar informações complementares.
Em
um evento no Rio de Janeiro para apresentar justamente uma proposta
global de parcerias em refino para a Petrobras, Parente ressaltou que a
refinaria do Comperj não está incluída no modelo proposto, que prevê a
venda de participação de 60 por cento dos ativos no Sul e Nordeste do
Brasil.
Isso porque, frisou o executivo, a unidade do Comperj ainda não produz derivados de petróleo.
“O
problema do Comperj é que houve um grande investimento realizado
naquela obra e ele não produz. E uma das maneiras de fazer valoração de
ativos é pelo fluxo de caixa, e é uma obra que não tem fluxo de caixa.”
ABRIR CAMPOS
De
acordo com a primeira fonte, o Comperj foi desenhado para um óleo mais
pesado como aquele que é produzido na Bacia de Campos, que mais
recentemente despertou interesse da norte-americana Exxon Mobil pela
possibilidade de pré-sal na região —em um leilão em março consórcios
integrados por Petrobras e a companhia dos EUA arremataram áreas em
Campos por 6,78 bilhões de reais.
A idéia é “abrir” a Bacia de
Campos para investimentos chineses, que se comprometeriam a finalizar a
obra do complexo, destacou a fonte.
Segundo a segunda fonte, os
cálculos estão sendo feitos entre brasileiros e chineses para fechar a
conta em torno dessa associação entre a produção do óleo em Campos, o
investimento necessário para concluir a obra e o tempo de uso da unidade
de refino.
A estimativa da fonte próxima às negociações é que
mais de 60 por cento da obra do Comperj já foi realizada e que seriam
necessários mais 3 bilhões de dólares para a conclusão do
empreendimento.
“Não está definido se o sócio põe tudo (para
concluir a obra) ou se a Petrobras entra com uma parte pequena, já que
já investiu muito dinheiro até agora”, disse uma das fontes.
Um
ex-executivo da Petrobras, que também falou na condição de anonimato,
disse à Reuters que o acordo entre brasileiros e chineses faz sentido,
visto que a Petrobras tem interesse em concluir a obra e gastar o mínimo
possível.
Apesar do sobrepreço dos contratos, o Comperj tem
estrutura para ser uma planta eficiente, acrescentou ele. “A questão é
saber como vão fechar a conta, que não é fácil de fazer. O Comperj já
sofreu um enorme investimento, mas em termos de investimento continua
uma planta cara”, disse.
Segundo esse especialista, o custo da
refinaria gira em torno de 70 mil dólares o barril processado, ao passo
que nos EUA a construção de um projeto do gênero sai pela metade.
“Para os chineses, 2 a 3 bilhões de dólares não é muita coisa, mas eles sabem fazer conta e não rasgam dinheiro”, adicionou.
A
finalização das obras do Comperj é considerada também importante para a
retomada da economia do Rio de Janeiro, que mergulhou, após as
Olimpíadas, em um crise financeira, fiscal e de segurança.
“Há
uma articulação política também em Brasília para ajudar o projeto e
consequentemente o Estado”, disse a fonte do governo do Rio de Janeiro.
Paralelamente
às negociações com a CNPC, a Petrobras anunciou ao final de março um
contrato de aproximadamente 1,95 bilhão de reais para a construção da
Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) na área do Comperj, em
Itaboraí (RJ).
O contrato foi assinado com a Sociedade de
Propósito Específico (SPE) formada pela empresa chinesa Shandong Kerui
Petroleum e pela brasileira Método Potencial. As obras começam ainda no
primeiro semestre deste ano, e a UPGN tem previsão de operar a partir do
segundo semestre de 2020.
Por Rodrigo Viga Gaier; com reportagem adicional de Marta Nogueira; edição de Roberto Samora
quarta-feira, 18 de abril de 2018
Brasil deve acionar OMC por barreiras da União Europeia ao frango
Restrição é uma das consequências de desdobramentos da Operação Carne Fraca
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
quer pedir a instalação de painel na Organização Mundial do Comércio
(OMC) para analisar as barreiras impostas pela União Europeia à
importação de frango do Brasil. Segundo o ministro da pasta, Blairo
Maggi, os estudos necessários para o pedido foram iniciados. Entre
quarta-feira (18) e quinta-feira (19), a União Europeia poderá decidir
pela suspensão da importação de unidades brasileiras que fornecem o
produto, entre elas, há nove apenas da BRF.
Recém-chegado da
Bélgica, para onde viajou para tratar dessa questão, Maggi acredita que a
decisão da UE será pela suspensão da importação de diversas unidades de
produção. Maggi diz que o país tem tomado, desde o início da Operação
Carne Fraca, diversas medidas para aumentar a credibilidade junto ao
mercado externo. Após a terceira fase da operação da Polícia Federal, o
ministro viajou à Europa para mostrar que as ações realizadas pelo
Brasil já eram suficientes para garantir a segurança dos produtos. De
acordo com Maggi, a EU está tentando impor barreiras comerciais, que
extrapolam critérios sanitários. "É um problema comercial, estão se
aproveitando de situação de investigação interna para tirar o Brasil
desse mercado", declarou.
A situação é consequência da terceira
etapa da Operação Carne Fraca, deflagrada em 2017, pela Polícia Federal
para investigar denúncias de fraudes cometidas por fiscais agropecuários
federais e empresários. A chamada Operação Trapaça, deflagrada em 5 de
março, teve como alvo a BRF. O grupo é investigado por fraudar
resultados de análises laboratoriais relacionados à contaminação pela
bactéria Salmonella pullorum. Após a operação, o Mapa suspendeu
temporariamente as exportações de carne de frango da empresa BRF para a
União Europeia. Em nota, a BRF negou risco à saúde para população.
Exportações
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. Ao longo de quatro décadas, o país embarcou mais de 60 milhões de toneladas de carne de frango, em mais de 2,4 milhões de contêineres para 203 países. O primeiro contêiner, inclusive, foi enviado pela Sadia, marca da BRF. As vendas para a UE, no entanto, têm apresentado quedas. Em 2017, o Brasil, de acordo com o Mapa, exportou 201 mil toneladas para o bloco. Há uma década, chegou a exportar 417 mil toneladas.
http://www.amanha.com.br/posts/view/5420
Professora feminista ameaça alunos “escrotos”: “quero arrebentar fascista a pau”
Docente é professora de História e coordenadora do Laboratório de Estudos Feministas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Ricardo Prado, especial para a Gazeta do Povo
MPF determinou que se expedissem ofícios ao Instituto de Ciências Humanas e à Reitoria da UFPel.
Uma professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) afirmou em
rede social que os estudantes que apoiaram o impeachment de Dilma
Rousseff “serão cobrados com juros pela vida”.
Em postagem no Facebook, a professora chama os alunos, que classifica
como “golpistas”, de “grotescos e escrotos” e declara ter “ódio de
classe”.
A docente é professora de História e coordenadora do Laboratório de
Estudos Feministas da Universidade Federal de Pelotas. Em outra
postagem, ela critica os estudantes do curso de História que apoiam o
“golpe”.
“O que mais me chateia (...) é ter entre os meus alunos do terceiro
semestre de História na UFPel apoiadores do Golpe que argumentam que
assim agem pela defesa da Constituição”, criticou. “Que me perdoem meus
queridos míopes alunxs, mas os golpistas destruíram a ordem, a paz, a
constituição”, completou.
“Meu ódio é revolucionário e é ódio de classe, sim. Odeio burguês. E
você, cuide-se para saber de que lado está” (...) Fascistas têm de
morrer, um a um, e me inscrevo para essa missão”, continuou a docente,
em nova postagem.
“Quero ver almofadinha coxinha levando pau, patricinha quebrando a
unha e a cara e quero arrebentar um fascista a pau”, acrescentou.
As
declarações foram encaminhadas para o Ministério Público Federal. A
entidade determinou que se expedissem ofícios ao Instituto de Ciências
Humanas e à Reitoria da UFPel para que se manifestassem sobre o
comportamento da docente. Em seguida, o MPF analisará os fatos.
Posição
Em nota oficial, a UFPel disse que os órgãos competentes da
universidade analisarão condutas que violem a liberdade de expressão e
de cátedra e que “não se deixarão pautar por pressões políticas de quem
quer que seja”.
A instituição diz ainda que “a liberdade de cátedra é imprescindível
para que a Universidade cumpra seu papel social, desde que respeitada a
pluralidade de ideias”.
“A discussão de temas sensíveis, especialmente àqueles referentes à
dinâmica política da nação, é não somente permitida, mas também
desejável”, diz a nota.
Já a Associação dos Docentes da UFPel (ADUFPel SSind) publicou nota de apoio à professora e contra a “perseguição” a ela.
“Não toleraremos nenhuma forma de perseguição política aos
professores e professoras que lutam por uma sociedade mais justa!
Estaremos na luta, com todas as medidas possíveis, para proteger nossos
direitos”, diz a nota.
Reação
Uma petição pública pede a exoneração
da professora do cargo na universidade pública por sua “ameaça a
qualquer pessoa com posicionamento político diferente ao seu”.
A petição diz que a comunidade pelotense “pede a imediata exoneração
da funcionária pública federal, bem como, a instauração de inquérito
investigativo à cerca da sua possível periculosidade para a sociedade.”
http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/professora-feminista-ameaca-alunos-escrotos-quero-arrebentar-fascista-a-pau-1px0nx89x5gc8ifteforhx9h8?utm_campaign=push-noticias&utm_content=push-noticias&utm_source=netdeal&utm_medium=push
O imposto sobre heranças e o exemplo sueco
“Quem não vê, por exemplo, que tudo que é produzido ou
aperfeiçoado pela arte e pelo trabalho de um homem deve ser-lhe
assegurado como seu, a fim de encorajar esses úteis hábitos e
realizações? Ou ainda, que a propriedade deve passar por herança para os
filhos e parentes, tendo em vista o mesmo útil propósito?” […]
“Quem
não vê, por exemplo, que tudo que é produzido ou aperfeiçoado pela arte
e pelo trabalho de um homem deve ser-lhe assegurado como seu, a fim de
encorajar esses úteis hábitos e realizações? Ou ainda, que a propriedade
deve passar por herança para os filhos e parentes, tendo em vista o
mesmo útil propósito?” David Hume
Em novembro do ano passado, o Estado do Rio de Janeiro aumentou a alíquota do imposto sobre heranças e sobre doações,
de 5% para 8%, sob efusivos aplausos da esquerda. Este imposto, assim
como o tal imposto sobre grandes fortunas, é um dos fetiches dos
socialistas que encontram amparo em vários países capitalistas liberais,
como Estados Unidos, Reino Unido e Japão.
Nos Estados Unidos, há um movimento dentro do Partido Republicano que, com o aval do presidente Donald Trump, pretende extinguir o imposto de herança (inheritance tax), hoje na faixa dos 40%. Esperemos que prospere.
Como já tive a oportunidade de mencionar neste mesmo espaço,
este é um imposto temerário, não apenas por induzir a transferência de
riquezas para o exterior, mas principalmente porque fragiliza a taxa de
poupança doméstica, que tem nos muito ricos a sua maior fonte.
Como ensinou Adam Smith, a poupança
(que ele chamava de parcimônia) é condição sine qua non para o
investimento e a formação de capital, sem a qual não há aumento da
produção (crescimento econômico). Transferir poupança dos ricos para o
Estado é uma forma simples – e estúpida – de transformar poupança em
consumo (do governo), prejudicando a sociedade como um todo.
Entregar parte da poupança dos muito
ricos para os governos, assim como as decisões de onde investir essa
poupança para os políticos e os burocratas, pode até fazer algum bem ao
ego dos invejosos, mas em termos econômicos, para a sociedade em geral,
isso é altamente contraproducente.
Não por acaso, países que outrora
cobravam altos impostos sobre heranças e doações, alguns dos quais
bastante igualitários, estão voltando atrás. É a realidade se impondo
sobre as ilusões ideológicas. É o caso da Suécia.
O imposto de herança sueco existiu,
com várias alterações ao longo dos anos, desde o século XVII. A
alíquota do imposto sucessório alcançou seu recorde em 1983, com uma
taxa máxima de 70%, aplicável a cônjuges e filhos. A eliminação do
malfadado imposto, imposta pela realidade, começou alguns anos
depois. Em 2004, ano em que foi definitivamente revogado, por votação
unânime do parlamento, a alíquota já era de 30%.
Os principais problemas do imposto
sobre herança na Suécia recaíam sobre as empresas familiares. A base da
tributação, mesmo com as regras de alívio introduzidas em várias
ocasiões, especificamente para aliviar o ônus sobre as pequenas empresas
familiares, consistia muitas vezes em ativos societários (capital). Com
isso, os herdeiros das empresas eram muitas vezes obrigados a vender
ativos do negócio para pagar o imposto. Não era incomum que o imposto
sobre herança drenasse tanto capital das empresas, que seu
desenvolvimento futuro ficasse comprometido. Esses problemas, como é
óbvio, traziam conseqüências profundas para a sociedade em geral e para a
economia sueca em particular.
Por volta dos anos 90, a situação era
tão grave que famílias inteiras simplesmente deixaram o país, levando
consigo suas fortunas e negócios. O fundador da Tetra Pak, Ruben
Rausing, o fundador da IKEA, Ingvar Kamprad, e o industrial Fredrik
Lundberg, todos escolheram emigrar.
Em 2002, o governo social-democrata
nomeou uma comissão parlamentar para revisar e avaliar os impostos sobre
a propriedade. Parecia haver uma crescente compreensão, entre os
social-democratas, dos problemas relacionados a esses impostos. Havia
também uma crescente preocupação sobre como os impostos suecos sobre o
capital funcionavam em um mundo globalizado.
A comissão parlamentar sugeriu então, em junho de 2004, reduções substanciais do imposto sobre heranças e doações. Mas isso não foi suficiente. Em setembro de 2004, os social-democratas, o Partido Verde e o Partido de Esquerda concordaram em revogar completamente o imposto sobre heranças e doações.
A comissão parlamentar sugeriu então, em junho de 2004, reduções substanciais do imposto sobre heranças e doações. Mas isso não foi suficiente. Em setembro de 2004, os social-democratas, o Partido Verde e o Partido de Esquerda concordaram em revogar completamente o imposto sobre heranças e doações.
A abolição desse imposto marcou o
início de um debate mais amplo sobre questões de propriedade na Suécia,
um debate que levou também à abolição do imposto sobre riquezas
(fortunas) em 2007. É importante destacar que tais reformas foram
realizadas por um governo social-democrata e, posteriormente, levadas
adiante por um governo de centro-direita.
A revogação desses impostos
destrutivos deu à Suécia um sistema tributário mais inteligente e trouxe
empresários e capitais de volta ao país. Um sistema tributário mais
inteligente gera maior crescimento econômico e, portanto, maiores
receitas tributárias.
Não por acaso – como previram Arthur Laffer e outros economistas vinculados à chamada “Supply Side Economics”-,
a carga tributária sueca diminuiu, de 51% do PIB, em 2000, para 44% em
2014.
Apesar desta queda de 7% em relação ao PIB, a arrecadação fiscal, ajustada pela inflação, aumentou em SEK 260 bilhões no mesmo período, graças ao impulso do crescimento econômico.
Apesar desta queda de 7% em relação ao PIB, a arrecadação fiscal, ajustada pela inflação, aumentou em SEK 260 bilhões no mesmo período, graças ao impulso do crescimento econômico.
Hoje, Ingvar Kamprad e outros
empresários voltaram para a Suécia e os donos de empresas familiares não
precisam se preocupar mais com o planejamento tributário da sucessão
nas empresas. O apoio político a essas reformas ainda é forte, e apenas o
Partido de Esquerda mudou de opinião, desde 2004.
João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ,
profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto
Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero
Hora e Gazeta do Povo.
https://www.institutoliberal.org.br/blog/economia/o-imposto-sobre-herancas-e-o-exemplo-sueco/
Liberdade de expressão e desregulamentação das profissões artísticas
Por Heitor Machado, publicado pelo Instituto Liberal
A liberdade de expressão, tema
fundamental aos liberais, é possivelmente uma das maiores ameaçadas em
tempos de autoritarismo. Em países desenvolvidos, sua defesa chega a ser
expressa na constituição. Os americanos, por exemplo, têm na sua
primeira emenda as seguintes palavras: “O congresso não deverá fazer
qualquer lei a respeito de um estabelecimento de religião, ou proibir o
seu livre exercício; ou restringindo a liberdade de expressão, ou da
imprensa; ou o direito das pessoas de se reunirem pacificamente, e de
fazerem pedidos ao governo para que sejam feitas reparações de queixas”.
Em nossa Constituição também temos o artigo 5°, inciso IX a garantia da
liberdade de expressão sem qualquer tipo de censura.
Isso não significa, porém, que essa
liberdade será exercida sem responsabilidade. Se no uso de sua liberdade
de falar, qualquer indivíduo imputar crime, ferir a honra ou trouxer um
claro prejuízo a outrem, está previsto em nosso Código Penal os crimes
de calúnia, injúria ou difamação para a punição contra eventuais
discursos prejudiciais à boa convivência em sociedade.
A regulamentação das profissões
artísticas não põe em risco apenas o uso da palavra como também criará
barreiras artificiais dentro desse mercado. Uma minoria privilegiada de
pessoas terá acesso às certificações necessárias para entrada no
mercado, exigência explícita da lei 6533/78 em seu artigo 7°). Para os
demais, sobra a informalidade, que obviamente diminui a remuneração dos
artistas que não cumprem tais exigências.
A desregulamentação não só dará mais
oportunidade para mais pessoas como também aumentará os limites dos
discursos, já que um número crescente de pessoas poderá expressar
livremente suas ideias sem a necessidade da burocracia estatal fazendo
exigências a esse direito. Sendo assim, é pelo caminho das ideias da
liberdade que surge o pedido da inconstitucionalidade dessas
regulamentações.
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