Importação de plataformas de petróleo impactou resultado
Os investimentos cresceram no
terceiro trimestre, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea)). O Indicador Ipea de Formação Bruta de
Capital Fixo (FBCF) referente ao terceiro trimestre do ano avançou 9,6%
frente ao segundo trimestre. O resultado foi impactado pelas operações
de importação de plataformas de petróleo. Segundo o Ipea, o novo regime
especial, que suspende os tributos cobrados sobre bens destinados a
atividades de exploração de petróleo e gás natural, o Repetro-Sped,
exerceu impactos significativos, tanto no cálculo da FBCF
(investimentos) quanto na contabilidade da balança comercial brasileira.
Com o novo regime, as empresas não são mais beneficiadas com a
exportação de plataformas de petróleo. Em função disso, algumas
plataformas feitas no regime anterior estão sendo importadas. Assim, a
propriedade de máquinas e equipamentos passa de subsidiárias localizadas
no exterior para empresas sediadas no Brasil, impactando positivamente
os investimentos.
Na
comparação com o mesmo período de 2017, o crescimento dos investimentos
no terceiro trimestre deste ano ficou em 13,1%. O desempenho também foi
positivo no acumulado em 12 meses até setembro: aumento de 6,1% – o que
representa um incremento de 2,3 pontos percentuais à taxa de crescimento
da FBCF quando se excluem as importações e exportações de plataformas
de petróleo. Quando se faz a comparação mensal, houve queda. Depois de
crescer 13,5% em julho, em relação a junho, o Indicador Ipea de FBCF
apontou quedas de 4,2% em agosto e 6,1% em setembro.
Como
todo o impacto das importações de plataformas incidiu sobre o consumo
aparente de máquinas e equipamentos (Came), esse componente da FBCF
apresentou crescimento de 27,7% no terceiro trimestre. O Came
corresponde à produção doméstica, excluídas as exportações e acrescidas
as importações. Dentre seus componentes, enquanto a produção interna de
bens de capital líquida de exportações registrou crescimento de 1,2%, a
importação de bens de capital aumentou 104,5% no terceiro trimestre,
comparado o período anterior. O indicador de construção civil, por sua
vez, registrou a terceira variação positiva em quatro meses: alta de
1,5% em setembro, na comparação com agosto. O segmento encerrou o
terceiro trimestre com expansão de 3,5% frente ao segundo trimestre.
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