Medida demorará mais de um ano para ser implementada
Os gastos feitos em moeda
estrangeira nos cartões de crédito internacionais terão seu valor fixado
em reais pela taxa de conversão vigente no dia de cada gasto realizado.
A medida foi anunciada pelo Banco Central (BC) e passa a valer a partir
a partir de 1º de março de 2020. Dessa forma, afirma o BC, o cliente
ficará sabendo já no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais,
eliminando a necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente. “A
medida aumenta a previsibilidade para os clientes em relação ao valor a
ser pago, evitando o efeito da variação da cotação da moeda estrangeira
entre o dia do gasto e o dia de pagamento da fatura”, explicou o BC, em
nota. Além disso, acrescenta o BC, a medida eleva a transparência e a
comparabilidade na prestação do serviço, padronizando as informações
sobre o histórico das taxas de conversão nas faturas que terão de ser
divulgadas em formato de dados abertos, de forma que os rankings de
taxas possam ser estruturados e divulgados.
Para
a sistemática de fixação do valor em reais na data do gasto, a fatura
terá de apresentar, além da identificação da moeda, a discriminação de
cada gasto na moeda em que foi realizado e o seu valor equivalente em
reais e as seguintes informações adicionais: data, valor equivalente em
dólares (quando a moeda usada na compra for diferente da divisa
norte-americana) e a taxa de conversão do dólar para o real. De acordo
com a circular, as instituições poderão ofertar ao cliente sistemática
alternativa de pagamento da fatura pelo valor equivalente em reais no
dia de seu pagamento. Nesse caso, regulariza a circular, o cliente terá
de aceitar “expressamente” essa opção.
Segundo
o presidente do BC, Ilan Goldfajn, a medida demorará mais de um ano
para ser implementada pelas instituições financeiras. “Algumas
instituições já oferecem, outras ainda precisam mudar o sistema. O
consumidor vai se sentir mais confortável em saber na hora da compra
quando ele gastou. É algo que facilita a vida do cidadão”, destacou.
http://www.amanha.com.br/posts/view/6669
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