segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Gasto no cartão internacional será fixado em real do dia da compra


Medida demorará mais de um ano para ser implementada

 

Por Agência Brasil 

 

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Gasto no cartão internacional será fixado em real do dia da compra


Os gastos feitos em moeda estrangeira nos cartões de crédito internacionais terão seu valor fixado em reais pela taxa de conversão vigente no dia de cada gasto realizado. A medida foi anunciada pelo Banco Central (BC) e passa a valer a partir a partir de 1º de março de 2020. Dessa forma, afirma o BC, o cliente ficará sabendo já no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais, eliminando a necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente. “A medida aumenta a previsibilidade para os clientes em relação ao valor a ser pago, evitando o efeito da variação da cotação da moeda estrangeira entre o dia do gasto e o dia de pagamento da fatura”, explicou o BC, em nota. Além disso, acrescenta o BC, a medida eleva a transparência e a comparabilidade na prestação do serviço, padronizando as informações sobre o histórico das taxas de conversão nas faturas que terão de ser divulgadas em formato de dados abertos, de forma que os rankings de taxas possam ser estruturados e divulgados.

Para a sistemática de fixação do valor em reais na data do gasto, a fatura terá de apresentar, além da identificação da moeda, a discriminação de cada gasto na moeda em que foi realizado e o seu valor equivalente em reais e as seguintes informações adicionais: data, valor equivalente em dólares (quando a moeda usada na compra for diferente da divisa norte-americana) e a taxa de conversão do dólar para o real. De acordo com a circular, as instituições poderão ofertar ao cliente sistemática alternativa de pagamento da fatura pelo valor equivalente em reais no dia de seu pagamento. Nesse caso, regulariza a circular, o cliente terá de aceitar “expressamente” essa opção.

Segundo o presidente do BC, Ilan Goldfajn, a medida demorará mais de um ano para ser implementada pelas instituições financeiras. “Algumas instituições já oferecem, outras ainda precisam mudar o sistema. O consumidor vai se sentir mais confortável em saber na hora da compra quando ele gastou. É algo que facilita a vida do cidadão”, destacou.



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