Objetivo é tornar as empresas mais competitivas e prepará-las para as possibilidades que o mercado internacional oferece
A Federação das Indústrias
(Fiesc) lançou o Programa de Internacionalização da Indústria de Santa
Catarina, na reunião de diretoria da entidade, nesta sexta-feira (14),
em Florianópolis. A iniciativa tem o objetivo de tornar as empresas mais
competitivas e prepará-las para as diversas possibilidades que o
mercado internacional oferece, seja exportação, importação ou alianças
para fazer frente aos concorrentes internacionais presentes no Brasil e
no exterior. Por meio do programa, a Federação mapeou 60 iniciativas,
programas e serviços nacionais e catarinenses, dos quais boa parte são
gratuitos, e estão disponíveis às empresas que desejam melhorar o
desempenho nessa área. Ao longo do próximo ano, pelo menos 570
indústrias de todas as regiões catarinenses de micro, pequeno, médio e
grande portes serão convidadas a participar de encontros e realizar um
diagnóstico que vai medir o grau de maturidade da companhia em relação à
internacionalização.
“A
internacionalização é um dos quatro pilares da nossa gestão ao lado de
infraestrutura, inovação e inclusão de pessoas e empresas. A indústria
de Santa Catarina tem setores reconhecidos no mercado internacional, mas
há um contingente de empresas, principalmente de pequeno e médio
portes, que têm grande potencial para avançar nessa área, mas ainda
precisam se preparar para isso. Sabemos que a concorrência não é mais
local, mas sim, global. Ainda que muitas indústrias não atuem
propriamente no comércio internacional, seus produtos e serviços
enfrentam a concorrência de empresas do exterior que atuam no mercado
brasileiro. Por isso, é essencial ter competitividade”, afirmou Mario
Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc. Ele lembra que o plano será
apresentado nas 16 vice-presidências da entidade e vai mobilizar
lideranças dos mais diversos segmentos.
“Precisamos
mudar a chave da compreensão do que é internacionalização”, declarou
Maria Teresa Bustamante (foto), presidente da Câmara de Comércio
Exterior da Fiesc, lembrando que internacionalização vai muito além da
exportação e da importação. “É decisão estratégica da empresa se ela vai
exportar, importar ou fazer alianças estratégicas internacionais. O que
temos por obrigação, como defensores da indústria, é que as empresas
têm de ser competitivas e estar preparadas para enfrentar o concorrente
externo, seja em nosso país ou no exterior”, completou. Em sua
apresentação, Maria Teresa explicou que a partir da aplicação do
diagnóstico individual, a empresa saberá o seu grau de maturidade em
relação ao comércio exterior e, com isso, poderá criar um plano de ação.
“A partir das respostas, é possível identificar se a empresa está
madura para o comércio internacional ou quais os requisitos ela precisa
preencher para isso. Há ferramentas que envolvem benefícios fiscais,
como o Drawback, por exemplo, que são desconhecidas. Se o diagnóstico
mostrar que a empresa precisa avançar em contratos internacionais, vamos
qualificá-la para que ela domine isso”, explicou.
A
presidente da Câmara recordou que o Brasil tem sua economia aberta e o
novo governo tem anunciado a intenção de reduzir alíquotas de
importação, o que reforça a importância de a indústria brasileira
ampliar sua competitividade para poder fazer frente a essa nova
realidade. Dados levantados pela Fiesc mostram que cerca de 6,5 mil
indústrias catarinenses exportaram de 2012 a 2017. Dos 50 mil
estabelecimentos industriais presentes no estado, 13% atuam em comércio
internacional.
s ações já
realizadas no âmbito do programa podem ser divididas em quatro fases:
mapeamento e análise de programas existentes, estudo e identificação de
empresas potenciais, proposta de sensibilização e indicadores de
medição. Em 2019 serão realizados 26 eventos regionais de
sensibilização, nas 16 vice-presidências da Fiesc, com foco nas micro e
pequenas empresas. Os encontros terão dois formatos. Um é o Diálogo
Empresarial, focado na alta direção das empresas, e o outro é um
workshop que reunirá lideranças das empresas e profissionais de comércio
exterior. No segundo semestre está prevista ainda a realização do
“Diálogo Empresarial Transfronteiriço para Internacionalização”, no
extremo-oeste, e também um encontro em Florianópolis com a participação
das empresas sensibilizadas e entidades que integram o ecossistema
industrial ligado à internacionalização. No final do próximo ano deve
ser lançada uma plataforma on-line que vai permitir maior conexão entre
as empresas que atuam na área, vai oferecer inteligência competitiva,
capacitação, entre outras ações.
http://www.amanha.com.br/posts/view/6791
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