A carga tributária atingiu 32,43% de tudo o que o país
produz – Produto Interno Bruto (PIB), em 2017. A informação foi
divulgada hoje (3) pela Receita Federal. É o maior índice em quatro
anos.
Em relação a 2016 (32,29%), a carga tributária aumentou 0,14 ponto
percentual. De acordo com a Receita, a variação resultou da combinação
dos acréscimos em termos reais (descontada a inflação) de 0,99% do PIB e
de 1,4% da arrecadação tributária nos três níveis de governo.
O PIB no ano de 2017 apresentou aumento em relação ao ano anterior,
alcançando aproximadamente R$ 6,56 trilhões. E a arrecadação chegou a R$
2,13 trilhões.
Dentre os tributos federais, os que mais contribuíram para o aumento
da carga tributária foram os programas de Integração Social (PIS) e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e a Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), responsáveis pelo
crescimento de 0,21 ponto percentual. Segundo a Receita, o acréscimo
decorreu principalmente da elevação das alíquotas sobre combustíveis
(gasolina e diesel).
Já as maiores reduções se devem ao Imposto de Renda sobre a Pessoa
Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),
responsáveis por um decréscimo de 0,35 ponto percentual. Isso ocorreu
porque, em 2016, houve aumento da arrecadação com o Regime Especial de
Regularização Cambial e Tributária, conhecido como Lei da Repatriação.
Esse regime permitiu a regularização de recursos, bens ou direitos
remetidos ou mantidos no exterior ou repatriados por residentes ou
domiciliados no país, que não tinham sido declarados ou que tinham sido
declarados incorretamente. No total, em 2016 foram arrecadados R$ 23,5
bilhões.
Quanto aos tributos estaduais, houve acréscimo de arrecadação em
relação ao ano anterior do Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e
Serviços (ICMS) de 0,12 ponto percentual.
https://www.istoedinheiro.com.br/carga-tributaria-sobe-para-3243-do-pib-diz-receita-federal/
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