quinta-feira, 25 de abril de 2013

Brasil busca acordos para atrair estrangeiro a concessões

Infraestrutura


Secretária de Comércio Exterior do MDIC disse que visitas recentes de comitiva do Brasil na Europa foi para mostrar as oportunidades de negócio no Brasil em infraestrutura

Aeoroporto de Congonhas, São Paulo
Governo quer estrangeiros investindo em concessões de aeroportos (foto), portos, rodovias e ferrovias (Reinaldo Canato )
 
A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, informou nesta quarta-feira que o governo pretende assinar acordos para atrair empresas estrangeiras para os processos de concessões. "O governo esteve (recentemente) em Londres justamente para promover o portfólio de oportunidades de investimento no Brasil, na área de infraestrutura", afirmou a secretária em referência aos processos de transferência à iniciativa privada de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias.

"Hoje de manhã se tratou disso com mais detalhes, e uma série de outras visitas que eles farão aqui no Brasil tem por foco permitir que se conheça melhor, com mais detalhes, os projetos para os quais buscamos atrair investimentos." As declarações da executiva foram dadas durante a sétima edição do Comitê Econômico de Comércio Conjunto Brasil/Reino Unido (Jetco, na sigla em inglês), em São Paulo.

Prazeres relatou ainda que o Brasil trabalha em uma "oferta na área de bens" para um futuro acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) e disse esperar que o bloco europeu faça o mesmo. "O MDIC trabalha para elaboração de uma oferta na área de bens. Essa negociação é de grande importância, é a principal negociação para um acordo de âmbito preferencial", afirmou. "Espero que a União Europeia tenha uma oferta para apresentar ao Mercosul para um acordo de livre comércio entre os dois blocos."

De acordo com a secretária, a facilitação de negócios bilaterais é a chave para a redução de custos no comércio exterior. Ela afirmou que, apesar da crise, Brasil e Reino Unido têm intensificado seus laços comerciais. Tatiana mencionou ainda dois pontos cruciais para o Brasil: infraestrutura e educação. "São dois temas que o governo brasileiro tem que atacar", afirmou ela, dizendo que o Reino Unido tem muito a que contribuir. Como exemplo, citou a experiência do Reino Unido com a tecnologia para o trem de alta velocidade e o intercâmbio proporcionado pelo programa Ciência Sem Fronteiras.

Mais cedo, os governos brasileiro e britânico assinaram dois memorandos de entendimento. Um sobre mecanismos de cooperação nas áreas de comércio, investimento, serviços, sustentabilidade, educação, padronização, pesquisa e inovação. E o outro para desenvolvimento da segunda versão do sistema de Consulta aos Acordos de Preferências Tarifárias (Capta). "Os dois memorandos são importantes para desenvolver o comércio bilateral, por meio de transparência nas regras tarifárias entre os dois países e inovação", disse o ministro de Negócios, Inovação e Treinamento britânico, Vince Cable.
O ministro britânico projetou um crescimento de dois dígitos nas exportações para o Brasil até 2015. Dados de 2010, segundo a assessoria do consulado britânico, apontam que esse fluxo atingiu 3,1 bilhões de libras. 

"Esperamos um crescimento de dois dígitos, tanto no fluxo de investimento quanto no comércio", declarou Cable.

(com Estadão Conteúdo)

Brasil e Reino Unido vão ampliar acesso a informações de comércio exterior

 


Brasil e Reino Unido firmaram nesta quarta-feira (24), em São Paulo, Memorando de Entendimento para ampliar o sistema de Consulta aos Acordos de Preferência Tarifária (Capta), que reúne dados sobre a redução do Imposto de Importação resultante de acordos internacionais de comércio assinados pelo Brasil. Atualmente, por meio da página do Capta, no portal do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é possível acessar detalhes sobre essa redução, chamada de preferência tarifária, concedida pelo Brasil a 44 países e recebida pelo Brasil de 37 países.
Pelo acordo, o Capta passará a oferecer também as seguintes informações: as tarifas aplicadas às exportações brasileiras pelos principais parceiros comerciais do Brasil (não apenas as preferências tarifárias); as regras e as tarifas do Sistema Geral de Preferências (SGP); as regras de origem dos acordos de preferência tarifária; e os compromissos dos acordos em serviços celebrados no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O objetivo da iniciativa é facilitar o acesso a essas informações e, desta forma, ampliar o aproveitamento, por parte dos exportadores, das reduções tarifárias negociadas pelo Brasil em acordos bilaterais. Assim, o exportador poderá decidir facilmente, entre vários países, qual deles é a melhor alternativa comercial para o seu produto.

A secretária de Comércio Exterior do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, o ministro de Negócios, Inovação e Treinamento do Reino Unido, Vincent Cable, e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga, assinaram o documento que prevê essa ampliação, durante reunião do Comitê Econômico e de Comércio Conjunto Brasil-Reino Unido (Jetco, na sigla em inglês).

O serviço é e continuará sendo gratuito. O Capta está disponível a partir de qualquer computador ligado à internet. Além disso, a ferramenta conta com versão especialmente desenvolvida para dispositivos móveis, como smartphones e tablets.

O MDIC e o ministério britânico também firmaram na reunião de hoje outro memorando de entendimento, este com foco em comércio, investimentos, serviços, sustentabilidade, educação, normatização, pesquisa e desenvolvimento, e inovação. O acordo estabelece um plano bienal (2013-2014) em que serão elaborados projetos específicos nessas áreas entre os dois governos.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC

Empresa tem dados pessoais de 25 milhões





DE SÃO PAULO
 
A ClearSale provavelmente sabe muito sobre sobre você. Ela armazena informações sobre os donos de 25 milhões de CPFs --praticamente todos os que já compraram na web. 

Computadores analisam os pedidos das lojas que ela atende. Se parecem confiáveis, são aprovados automaticamente --um comprador rotineiro, por exemplo. Se há suspeitas --a ClearSale sabe que o dono do cartão mora longe do endereço de entrega, digamos--, ele vai à "análise manual". Isso significa que alguém vai ligar para o suposto comprador. 

A Folha visitou a central onde as ligações são feitas. Quem liga são "analistas de risco", nome pomposo para ex-operadores de call-center treinados para identificar fraudadores. 

Um caso era o de um cliente que comprou uma cara passagem aérea em cima da hora. Fraudadores fazem isso, pois dá pouco tempo para a verificação. 

A operadora tinha nome, CPF, nascimento, endereço, oito telefones, profissão, escolaridade, endereços anteriores, empresas de que participa e nome dos pais, filhos e sócios, além de todas as suas compras anteriores na internet. Ao ver que o cliente mora nos Jardins, ela brinca: "É rico, deve ter sido ele mesmo". 

Os dados têm várias origens. Líder de mercado e com 12 anos, a ClearSale já acumulou um histórico enorme de cadastros. Além disso, compra dados. Uma fornecedora é a ZipCode, que se apresenta como vendedora de "mailing" e de "enriquecimento de dados" para "marketing direto, crédito, cobrança e antifraude". Há várias outras, com informações de milhões de brasileiros. 

Para Chiamulera, isso não significa ataque à privacidade. "Hoje, não há isso de meu CPF'. Os dados estão na web. Sem um banco de dados como o nosso, não haveria e-commerce. Nunca vamos vender dados ou usá-los com marketing."

Deficit nas contas externas atinge nível da crise de 2002







Rombo chega a 2,93% do PIB, maior patamar desde agosto daquele ano
Piora da balança, alta nas remessas de lucros e maiores gastos no exterior levam deficit a US$ 25 bilhões no ano
DE BRASÍLIA

O deficit das transações do Brasil com o resto do mundo atingiu em março o nível da crise de 2002, quando o real sofria forte desvalorização. O rombo das contas externas chegou a US$ 67 bilhões em 12 meses, o equivalente a 2,93% do PIB --maior patamar desde agosto daquele ano. 

Em março, o deficit foi de US$ 7 bilhões, o maior já registrado para o mês. Com isso, o rombo no primeiro trimestre atingiu US$ 24,9 bilhões, mais que o dobro do verificado no mesmo período de 2012. O desempenho é o pior desde ao menos 1947, início da série histórica do BC. 

O resultado é explicado pela piora da balança comercial, pelo aumento de remessas de lucros das empresas estrangeiras instaladas no país para as suas matrizes e pelo aumento dos gastos dos brasileiros no exterior.
Mas a crescente deterioração nas contas externas não é vista com preocupação pelo BC, segundo o chefe do Departamento Econômico da instituição, Tulio Maciel. 

Ele afirma que parte da piora nas estatísticas reflete a retomada do crescimento da economia brasileira e a desaceleração na maior parte dos países desenvolvidos. 

É o caso da balança comercial. O saldo negativo de US$ 5,2 bilhões no trimestre, após o superavit de US$ 2,4 bilhões no mesmo período de 2012, mostra que o Brasil está com dificuldades de exportar devido ao baixo crescimento da Europa, dos EUA e da China. 

Ao mesmo tempo, as compras de importados crescem para atender ao aumento do consumo no Brasil. 

INVESTIMENTOS
 
Os dados do BC mostram ainda uma redução no volume de investimentos estrangeiros diretos, que ajudam a cobrir saldos negativos em outras transações com o exterior. 

No primeiro trimestre deste ano, eles somaram US$ 13,3 bilhões, ante US$ 15 bilhões no mesmo período de 2012. 

Para o BC, o ingresso desses recursos deve aumentar ao longo do ano, já que tradicionalmente os primeiros meses são mais fracos. 

Maciel lembrou que o dado acumulado até agora está em linha com a projeção oficial de fechar 2013 com um volume de investimentos diretos de US$ 65 bilhões. 

Folha de São
Paulo

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Europeus decidem apoiar embaixador brasileiro para o comando da OMC


 
 
 
Às vésperas da segunda rodada de votações na Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo recebeu  a informação de que a União Europeia vai apoiar o seu nome para a direção-geral da organização.

A adesão dos europeus, somada às declarações de voto da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e da Comunidade do Caribe (Caricom, na sigla em inglês) e a boa influência do Brasil entre os países africanos, praticamente assegura a presença do embaixador brasileiro como um dos dois nomes finais para a escolha do novo diretor geral, na avaliação de diplomatas ouvidos pelo Estado.

Nessa reta final, o Itamaraty aposta em Azevêdo e na indonésia Mari Pangestu como os nomes que restarão depois dessa nova rodada de votações. Na OMC, a escolha do diretor-geral é feita em etapas, nas quais os países indicam seus candidatos preferidos. Os mais votados passam para a rodada seguinte.
Este ano, a eleição iniciou com nove nomes, reduzidos para cinco no início de abril. Agora, a chamada "troica" - representantes do Paquistão, Suécia e Canadá, que coordenam a votação - pediu a indicação de dois candidatos.

O resultado será anunciado até sexta-feira.
A decisão dos europeus de votar em bloco tanto em Azevêdo quanto no mexicano Hermínio Blanco praticamente tira do páreo os candidatos da Nova Zelândia, Tim Groser, e da Coreia do Sul, Taeho Bark. Restam Blanco, Pagesti e Azevêdo.

A aposta da União Europeia é por um candidato latino-americano, com o brasileiro ocupando o primeiro lugar do voto europeu.

Força. A proximidade do Brasil com África e América Latina, no entanto, dá mais força ao brasileiro do que ao mexicano, e essa é a aposta do Itamaraty. Apesar de ser considerado o candidato da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube dos países mais ricos, Blanco não tem tanto trânsito nem é tão conhecido entre os europeus quanto Azevêdo.

Entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil também deve levar a maior parte dos votos, pelo menos como segunda opção. Os russos tinham como preferência o neozelandês, mas numa última etapa devem escolher o Brasil. China e Índia ainda são difíceis de prever, especialmente numa rodada final entre Indonésia e Brasil. Apesar de as negociações serem consideradas positivas, nenhum dos dois países se comprometeu com Azevêdo.

O brasileiro também virou uma espécie de candidatos dos pequenos. Países como Portugal, Macedônia e Romênia aderiram à campanha - os portugueses, especialmente, fizeram campanha entusiasmada por Azevêdo.

Campanha. Um movimento de última hora chegou a propor que a escolha fosse feita em quatro rodadas, e não três, como estava previsto inicialmente. 

Com três favoritos - Brasil, México e Indonésia -, a ideia é que saíssem os três esta semana, depois se retirassem dois nomes, até a escolha final.

O governo brasileiro não aceitou a proposta. A avaliação é que estender a campanha seria prejudicial. Ontem o México também não aceitou, o que enterrou a ideia.

Dentro do Itamaraty, a avaliação é que as chances de Azevêdo são muito boas, mas não é possível ainda fazer nenhuma aposta no resultado.

Em nenhum dos cenários, no entanto, a diplomacia brasileira vê o embaixador fora da rodada final.  
 
Fonte: O Estado de S. Paulo
 

Indústria de biscoitos lança marca para exportar com valor agregado







A indústria nacional de biscoitos desenvolveu uma marca com o objetivo de promover o produto brasileiro internacionalmente e alavancar as exportações.

O selo Happy Goods, que acompanhará os produtos brasileiros, será lançado em maio, em São Paulo.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biscoitos, atrás dos EUA. 
No entanto, ocupa a 33ª posição entre os exportadores, segundo a Anib (Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos).

Um dos entraves é que o produto é visto como de baixo valor agregado. 
"Vendemos preço baixo, mas não a qualidade. Queremos mostrar que também temos sofisticação", diz Alexandre Colombo, presidente da Anib.

As exportações de biscoitos somaram US$ 139 milhões no ano passado, alta de 6% ante 2011.
 
A previsão para este ano é de aumento de 8%.
O selo estará presente nos estandes do Brasil em feiras internacionais e há projeto para que ele esteja nas embalagens, junto com o slogan "Baked in Brazil".

A Bauducco, responsável por 49% das exportações, vai adotar a marca. 
"A nossa indústria é avançada, temos um parque fabril importante, mas não conseguimos transmitir isso", afirma Edgar Matos, diretor de exportação.


Fonte: Folha de S. Paulo

Metade dos consumidores acha vinho importado caro, mostra pesquisa

 
 
 
Quase metade dos consumidores brasileiros de vinho importado acha a bebida cara, mostra pesquisa divulgada nesta quarta-feira (24) pela empresa britânica Wine Intelligence em evento promovido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

A pesquisa foi realizada com 705 consumidores brasileiros de vinhos importados com idades entre 18 e 59 anos. 

Segundo os dados, 49% reclamaram do preço.

De acordo com a pesquisa, 84% dos consumidores dizem que, na hora da compra, optam pelos melhores vinhos dentro de suas possibilidades orçamentárias.

O estudo também detalhou as preferências dos consumidores com relação aos tipos de vinho oferecidos no mercado. 

Segundo a pesquisa, 58% preferem o vinho tinto.

A pesquisa mostra que, na hora da compra, 66% dos consumidores gostam de experimentar estilos novos e diferentes regularmente e 26% tendem a consumir o que já conhecem. 

Outros 8% não ligam para o que compram desde que o preço seja justo.

Para 78% dos entrevistados, beber vinho é bom para a saúde. Esse percentual é maior em consumidores acima dos 35 anos (entre 35 e 44, são 87%). Segundo a pesquisa, 52% consideram que o hábito de tomar vinho é importante para manter seu estilo de vida. 

A pesquisa foi feita com consumidores das cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro e Salvador (BA), além de moradores de todo o Estado de São Paulo, incluindo a capital.  

Fonte: Fecomércio-SP